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O governo da Áustria aprovou na última terça-feira (28) a proibição do uso em público de véus islâmicos que cubram o rosto e a distribuição do Corão por salafistas, grupos de muçulmanos sunitas ultraconservadores.

Além disso, Viena quer tornar obrigatória a presença de solicitantes de refúgio em cursos de língua e cultura alemãs em seu primeiro ano de residência no país. O pacote, já anunciado em fevereiro, foi aprovado pelo Conselho dos Ministros e agora deve ser submetido ao Parlamento.

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"Apenas assim as pessoas poderão ganhar o respeito da maioria da população", afirmou o ministro das Relações Exteriores e da Integração da Áustria, Sebastian Kurz. Além disso, o país pretende controlar todos os trens provenientes da Itália na fronteira de Brennero, já palco de tensões nos anos anteriores por conta do intenso fluxo migratório.

As medidas são parte de uma movimentação para evitar o rompimento da coalizão formado pelo Partido Social-Democrata (SPO) e pelo conservador Partido Popular Austríaco (OVP), mas também para frear o crescimento da legenda ultranacionalista Partido da Liberdade (FPO), que lidera as pesquisas para as eleições parlamentares de 2018.

Também nesse contexto, a Áustria notificou a União Europeia de que não pretende mais participar de seu programa de realocação de solicitantes de refúgio, embora ainda não tenha acolhido nenhum dos 1.953 que o bloco estipulara para o país.

Viena alega que já vem recebendo proporcionalmente muito mais deslocados externos do que outras nações, como Itália e Grécia. Desde 2015, a Áustria, que possui 8,7 milhões de habitantes, já teve mais de 130 mil solicitações de refúgio.

Pela primeira vez com 85 anos, uma leitura do Corão foi realizada na sexta-feira foi realizada na basílica de Santa Sofia, monumento emblemático de Istambul e convertido em museu depois de ser sucessivamente utilizado como igreja e mesquita, informaram os meios de comunicação local.

Célebre obra arquitetônica construída no século VI, Santa Sofia foi reformada nos anos 30 pelo regime laico de Mustafá Kemal Ataturk, mas seu uso continuou sendo alvo de polêmicas frequentes entre cristãos e muçulmanos.

Na noite de sexta-feira, durante a inauguração de uma exposição sobre o "O amor do profeta", o imã da mesquita Ahmet Hamdi Akseki de Ankara leu passagens do Corão dentro do recinto, ante a presença de dirigentes turcos, entre eles o chefe da agência de assuntos religiosos, Mehmet Gormez, informou a agência Anatolia.

Santa Sofia, onde eram coroados os imperadores bizantinos, foi convertida em mesquita no século XV, depois da queda de Constantinopla em 1453 nas mãos dos otomanos, que construíram minaretes em torno da cúpula bizantina.

A basílica continuou sendo mesquita até a queda do império otomano e a fundação do Estado turco moderno, nos anos 1930, quando os fundadores laicos decidiram transformá-la num museu aberto a todos.

Mas, desde a chegada do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), do islâmico e conservador Recep Tayyip Erdogan, distintas iniciativas e declarações das autoridades fazem os defensores do laicismo que o monumento volte a ser convertido numa mesquita.

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