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A Sony fez um anúncio hoje (19) que irá cortar funcionários da sua sede e também fechar uma de suas fábricas. Será um corte de um quinto do seu total, somando 10 mil empregos que serão extintos até março do próximo ano. Além disso a fábrica que fechará as portas será no Japão,  onde são feitas lentes de câmeras e celulares. 

Mas os cortes não param por ai. Uma unidade química da Sony foi vendida a um banco estatal no Japão e isso gerou 1.800 demissões. Também serão demitidos mais 2 mil funcionários da região central do país, na fábrica de Gifu. A Europa também passará por cortes e lá serão mil funcionários demitidos na fábrica de Joint Venture, que produz celular, e mais mil em outras unidades espalhadas pelo continente. 

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Todas essas demissões são medidas de economia para a companhia que pretende ter uma diminuição de 30 bilhões de ienes em gastos por ano, o que é equivalente a 378,6 milhões de dólares. 

O governo da França está estudando cortar custos trabalhistas para empregadores em cerca de 40 bilhões de euros (US$ 51,59 bilhões) durante cinco anos de governo do presidente francês, François Hollande, afirmou o jornal Le Monde, sem citar fontes.

O governo socialista está em conversações com empregadores e sindicatos sobre maneiras para tornar o mercado de trabalho mais baixo e mais flexível. Ao assumir o poder em maio, Hollande desfez os planos de seu antecessor conservador, Nicolas Sarkozy, para financiar um corte nos impostos pagos pelos empregadores com um aumento no imposto de valor agregado.

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O gabinete de Hollande está estudando financiar um corte de impostos na folha de pagamento paga pelos empregadores com um imposto maior, possivelmente através da contribuição social geral existente, que é tributado sobre as receitas do trabalho e capital, disse Le Monde. As informações são da Dow Jones.

O governo de Portugal realizará em breve conversações com sindicatos comerciais e empresários sobre alternativas para as medidas de austeridade, após uma tempestade de críticas aos planejados cortes de gastos. A decisão foi tomada após uma reunião de oito horas do Conselho Consultor de Estado convocada na sexta-feira pelo presidente do país, Aníbal Cavaco Silva. A iniciativa surge após um comunicado do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de que ele estava aberto ao diálogo, depois que suas propostas enfrentaram forte oposição.

As propostas incluíam aumento da contribuição social dos empregados de 11% para 18% dos salários e cortes dos rendimentos de 23,75% para 18%, na esperança de criar empregos. "O governo não é cego, nem surdo e eu não vou ficar calado", declarou Passos Coelho no Parlamento. "Eu não confundi determinação com intransigência", disse.

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O cumprimento das metas de déficit é essencial para que Portugal receba mais dinheiro do pacote de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) negociado no ano passado, no valor de 78 bilhões de euros.

Mas os cortes de gastos e as reformas econômicas exigidas como parte do pacote de socorro provocaram uma recessão no país. A economia portuguesa teve contração de 1,2% no segundo trimestre, muito maior que a queda de 0,1% registrada no primeiro trimestre. No ano cheio, a projeção é de que a economia do país tenha um declínio de 3%. As informações são da Dow Jones.

O governo espera redução de 30% nas tarifas portuárias após o pacote de concessões que deverá ser anunciado em meados de outubro, informou o presidente da Empresa de Planejamento Logístico (EPL), Bernardo Figueiredo. Ele disse que são dois os objetivos perseguidos com as novas medidas: aumentar a capacidade instalada para atender ao mercado nos próximos 20 anos e estimular a competição, para baixar preços.

"Se você tem toda a capacidade concentrada em um único fornecedor, isso pode gerar distorções", comentou. "Na Europa, você tem concorrência porto a porto, e dentro dos portos os terminais disputam um com o outro, e é isso que faz os preços caírem por lá." O governo também fez um levantamento em cada porto do País para avaliar as necessidades de investimento de cada um. "A capacidade vai variar de porto para porto", disse.

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Também em outubro deverão ser negociadas as novas concessões em aeroportos, segundo informou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, da NBR, a TV oficial do governo federal. Ela não adiantou o formato que será adotado, mas garantiu que, qualquer que seja o modelo escolhido, a Infraero terá participação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Milhares de pessoas saíram ontem às ruas na Espanha e Portugal para protestar contra a política de austeridade de seus governos. Em Madri, os manifestantes exigiram que a proposta de cortes apresentada pelo governo seja alvo de um referendo nacional. Enquanto a multidão ganhava as ruas, ministros espanhóis alertavam que "mais sacrifícios" terão de ser feitos e que os cidadãos que hoje estão "bravos" um dia vão "agradecer" pelas reformas que estão sendo feitas.

Espanha e Portugal vivem as piores crises de suas histórias democráticas, com desemprego, a maior dívida pública em 100 anos, estão em recessão e atravessam uma tensão política como poucas vezes viram nos últimos 30 anos.

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Ontem, a meta dos organizadores da manifestação em Madri era a de alertar o governo que entidades, sindicatos e associações de profissionais não aceitarão as medidas de austeridade. Segundo os organizadores, mais de 100 mil pessoas estiveram nas ruas da capital. Para o governo, o auge da passeata contou com 65 mil pessoas.

Para atingir os objetivos fiscais da União Europeia (UE), o governo de Mariano Rajoy iniciou um projeto de austeridade que já cortou salários, demitiu milhares de funcionários, fechou escolas, passou a cobrar pelos tratamentos de saúde. Rajoy está sendo pressionado a pedir um resgate da UE. Mas sabe que isso será acompanhado por duras exigências e praticamente um controle de Bruxelas sobre suas contas.

Num documento assinado por mais de 900 entidades, os manifestantes pedem que os cidadãos sejam consultados sobre as políticas de austeridade. Apesar da manifestação, o governo da Espanha insistiu que não prevê nenhuma mudança em seus planos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, disse que a rodada final das medidas de austeridade contém cortes dolorosos e injustos, mas é necessária para restaurar a credibilidade da Grécia, de modo o país que continue recebendo financiamento dos credores. Samaras afirmou que "todos os cortes injustos" serão restaurados, quando a economia começar a crescer novamente.

A endividada Grécia enfrenta o quinto ano de uma profunda recessão, que fez a economia encolhe 20% e taxa de desemprego saltar para 24,4% em junho. A maciça ajuda concedida pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) permitiu que o país evitasse a falência.

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Samaras está na cidade de Thessaloniki, no norte da Grécia, para abrir a Feira Internacional de Comércio. Ele foi recebido por três manifestações diferentes, sendo a maior delas por militares e policiais furiosos com os cortes de salário. Em Atenas, mais de 2 mil pensionistas protestaram em uma marcha pacífica. As informações são da Associated Press.

Milhares de policiais, bombeiros e funcionários da Guarda Costeira da Grécia se reuniram nesta quinta-feira no centro de Atenas, em protesto contra novas medidas de austeridade do governo, das quais fazem parte os € 13,5 bilhões (US$ 17 bilhões) exigidos em cortes pelos credores internacionais do país. Os manifestantes cantaram slogans e carregaram faixas com as frases: "piedade, parem os cortes" e "não podemos mais". A polícia estima que três mil participaram do protesto.

A manifestação faz parte de uma série de protestos do funcionalismo público contra a nova rodada de redução nos salários e nas pensões. Médicos do Estado e juízes fizeram uma greve na quarta-feira, enquanto funcionários das universidades e agentes fiscais preveem protestos nos próximos dias.

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Os protestos deverão chegar ao auge no sábado em Salonica, segunda maior cidade da Grécia e no norte do país, que deverá ser visitada então pelo primeiro-ministro grego Antonis Samaras.

O partido de Samaras, o conservador Nova Democracia, prometeu antes das eleições não reduzir os salários chamados "especiais", que são os de policiais, bombeiros, guarda costeiros, funcionários das universidades e do judiciário.

Mas à medida em que o governo grego luta para realizar cortes nos gastos que equivalem a 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB), os cortes nos salários especiais voltaram à pauta.

As informações são da Dow Jones.

O ministro das Finanças da Grécia, Yannis Stournaras, disse hoje que os líderes dos três partidos que formam a coalizão governista chegaram praticamente a um acordo sobre bilhões de euros em cortes orçamentários que o país terá de fazer para cumprir as condições de seus credores internacionais.

"O cenário básico foi finalizado. Existem um ou dois assuntos menores ainda pendentes. Vamos continuar conversando com os representantes dos partidos", disse Stournaras, após reunião com os líderes da aliança no escritório do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras.

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A Grécia está se esforçando para estabelecer um montante de 13,5 bilhões de euros (US$ 16,9 bilhões) em cortes de gastos a serem implementados em 2013 e 2014 a fim de trazer o déficit orçamentário do país abaixo de 3% do PIB no prazo de dois anos, conforme prometido à troica de credores, que inclui a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional.

A reunião com os líderes partidários precede a visita de uma delegação da troica a Atenas na semana que vem.

Os cortes orçamentários, entre outras reformas, são uma pré-condição para a Grécia receber a próxima tranche de ajuda financeira externa, no valor de 31 bilhões de euros. A expectativa é que a troica anuncie um veredicto sobre as reformas gregas no começo de outubro. No dia 8 daquele mês, os ministros das Finanças da zona do euro se reunirão, em Bruxelas, para decidir sobre a liberação da ajuda.

Também após a reunião, o líder do partido Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis, disse que ainda não foi fechado um acordo sobre os cortes de gastos. "A avaliação das medidas ainda não foi concluída", disse. As informações são da Dow Jones.

O Serviço Postal dos Estados Unidos divulgou hoje que vai consolidar quase um terço das suas unidades de processamento de correspondência no meio deste ano, após o Congresso não ter conseguido aprovar esta semana uma legislação para a reforma da empresa de correio.

Como parte do plano de cortar US$ 1,2 bilhão em gastos, o Serviço Postal disse que vai fechar ou fundir 140 das suas 461 unidades de processamento. Esse processo deve ser concluído até fevereiro. Em 2014, devem ser fechadas mais 89 unidades.

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A estratégia de consolidação deve reduzir a força de trabalho do Serviço Postal em 13 mil funcionários. Atualmente, o correio norte-americano emprega mais de 500 mil pessoas. As mudanças devem gerar o atraso na entrega de alguns tipos de correspondências. A companhia espera registrar um prejuízo de US$ 14 bilhões neste ano fiscal.

As informações são da Dow Jones.

A Sony vai cortar 10 mil empregos no mundo inteiro, cerca de 6% da sua força de trabalho, neste ano como parte de um plano de restruturação criado pelo novo presidente da companhia, Kazuo Hirai, afirmou hoje o Nikkei, maior jornal de negócios do Japão.

De acordo com o jornal japonês, que não cita fontes, os cortes devem ser feitos nas áreas de manufatura e gerenciamento, diferente das reduções anteriores, em que os principais “alvos” eram os setores de vendas ou uma combinação das suas fábricas.

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A demissão de 10 mil funcionários inclui o corte de cerca de 5 mil posições de trabalho informado pela Sony recentemente e que afeta várias áreas de negócios que não são fundamentais para a companhia, incluindo operações químicas e a produção de telas pequenas e médias de LCD. Ainda não está claro se esses funcionários vão manter seus empregos após serem transferidos para fora da empresa. A reportagem do Nikkei não especificou de onde os outros cortes viriam.

Um porta-voz da Sony afirmou que a companhia não tem comentários a fazer sobre a reportagem, que foi publicada apenas dias antes do presidente da Sony, fazer um comunicado sobre seus planos para melhorar a situação da companhia. Hirai fará  uma entrevista coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 12/4, para falar sobre sua estratégia.

A Sony, que tem perdas de 2,7 bilhões de dólares durante o ano fiscal que acabou em março, está se movimentando para voltar a focar em seus mercados principais de aparelhos eletrônicos, como smartphones e tablets, além de serviços de rede. 

Hirai já disse repetidas vezes que os cortes de empregos são uma possibilidade e que nenhuma área da empresa está fora de risco. O executivo assumiu o lugar de Howard Stringer, que estava no cargo desde 2005 e também realizou cortes de milhares de empregos. Até o final de março, a Sony tinha quase 170 mil funcionários no mundo todo.

O anúncio do bloqueio das verbas incluídas no Orçamento de 2012 por meio de emendas parlamentares provocou reações diversas na Câmara: naturalidade, cautela e espanto. A informação divulgada pelo Ministério do Planejamento considera que o corte de R$ 55 bilhões no Orçamento deste ano atingiu o correspondente ao total de emendas apresentadas pelos deputados e pelos senadores, de R$ 20,3 bilhões.

O líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), foi o mais enfático ao considerar "uma loucura total" cortar emendas, sejam elas destinadas pelas bancadas a obras prioritárias dos Estados ou destinadas individualmente pelos parlamentares aos municípios. "Se for corte das emendas individuais, o governo bebeu. Se for emendas de bancadas, o governo também bebeu", reagiu Portela.

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Relator do Orçamento no Congresso, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), reconheceu que haverá tensão, mas sugeriu cautela. "O Congresso não pode ter uma atitude orientada apenas por emendas", disse. Ele lembrou que as emendas parlamentares nunca são executadas plenamente e que as receitas neste início do ano são bastante diferentes das obtidas ao final. "As emendas ganharão melhor condição de execução no final do ano. Naturalmente vai ter um ajuste no decorrer do ano. Um corte dessa magnitude não se sustenta", disse.

Esse também foi o entendimento do líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP). "O governo sempre faz isso e depois acaba liberando uma parte. O contingenciamento é só para fazer um ajuste no Orçamento. Vejo isso com naturalidade. Todo ano é assim. A base já está acostumada", afirmou Tatto. Ele descartou uma eventual rebelião dos parlamentares aliados por conta do bloqueio das emendas ao Orçamento.

No PMDB, a reação inicial foi semelhante. "Contingenciamento é um gesto político e feito todo ano. Quem tem um pouquinho de experiência não se assusta com isso. Ninguém duvida que isso será reposto. No primeiro quadrimestre já dará para ver a arrecadação, saber se a realidade comporta ou não (a liberação) e ir dosando (a execução orçamentária). É normal", afirmou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), preferiu fazer uma análise técnica dos cortes antes de avaliar os impactos políticos do contingenciamento no Congresso. Ele avaliou que há sempre um desconforto com cortes de emendas, que são "instrumentos para as pequenas cidades executarem obras", mas não queria fazer uma análise precipitada do contingenciamento.

Na oposição, a reação foi vincular o corte orçamentário com a falta de rigor nas despesas públicas. O líder do PSDB, Bruno Araújo (PE), afirmou que o bloqueio do Orçamento poderia ser menor, caso o governo cortasse gastos e reduzisse o número de ministérios, hoje em 38. "O governo opta por contingenciar o orçamento, que foi discutido e votado pelo Congresso, em vez de reduzir seus gastos de forma mais drástica", disse Araújo. "O governo não sinalizou sequer que pretende reduzir o tamanho da máquina pública, cada vez mais cara e ineficiente. E cortar investimentos é impor sacrifícios ao cidadão", completou.

A presidente Dilma Rousseff sancionou ontem o orçamento deste ano eleitoral sem ter que enfrentar o desgaste de vetar artigos aprovados, em dezembro, pelo Congresso Nacional. A atitude já era esperada porque todos os pleitos que implicavam aumento das despesas públicas foram barrados pelo governo, com a liberação de cerca de R$ 300 milhões em emendas parlamentares.

Com essa liberação, Dilma conseguiu impedir a inclusão do reajuste do Judiciário e o aumento real dos benefícios previdenciários de quem recebe mais do que o salário mínimo. Só os servidores públicos do Judiciário reivindicavam um reajuste médio de 56% - que custaria R$ 7,7 bilhões em 2012.

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No caso dos aposentados, o governo se comprometeu a negociar uma política de valorização real dos benefícios, como já é feito com o salário mínimo, para garantir o poder de compra desses beneficiados.

O discurso dos aliados do governo para conter aumento de salário é que em ano de crise econômica mundial é preciso por o pé no freio nos gastos públicos.

O Orçamento 2012 prevê receita total de R$ 2,150 trilhões. Como o refinanciamento da dívida pública leva R$ 655 bilhões, o valor cai para R$ 1,602 trilhão. Estão previstos investimentos de R$ 79,7 bilhões, valor 37,58% maior do que a proposta encaminhada pelo Executivo (R$ 57,93 bilhões). Desses R$ 79,7 bilhões, R$ 42,4 bilhões serão destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Já os gastos com pessoal estão estimados em R$ 203,24 bilhões.

Cortes

Com a sanção da peça orçamentária, a equipe econômica agora se prepara para cortar despesas - uma operação que precisa chegar a R$ 70 bilhões, para cumprir a meta estabelecida para pagamento de juros.

Dentre as concessões feitas pelo relator-geral do Orçamento, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para garantir a aprovação da peça está o aumento de R$ 3,4 bilhões para R$ 3,9 bilhões da previsão de recursos para compensação dos Estados exportadores prejudicados com a Lei Kandir.

Além disso, ele elevou de R$ 900 milhões para R$ 1,4 bilhão a verba do seguro agrícola e reforçou em R$ 170 milhões os investimentos para o Rodoanel em São Paulo. O deputado liberou ainda R$ 50 milhões para demandas de investimentos das bancadas do Ceará, Minas Gerais e Paraíba. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para acelerar a economia neste ano eleitoral, a presidente Dilma Rousseff quer proteger da tesourada no Orçamento, que pode atingir R$ 70 bilhões, os programas que assegurem o emprego e, consequentemente, o consumo dos brasileiros. Até segunda-feira, Dilma quer finalizar a maratona de reuniões, iniciada ontem com cada um de seus ministros, para eleger prioridades e definir quais programas poderão ser adiados.

A estratégia tem como objetivo facilitar o trabalho da equipe econômica na hora de bloquear recursos para conseguir atingir a meta de resultado das contas públicas, sem que haja impacto no crescimento. O desejo do governo é de uma expansão do PIB de algo entre 4% e 5% este ano. Dilma começou a "sabatina" com os ministros da área social, para sinalizar a prioridade do governo.

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Na avaliação dos técnicos, o governo precisa investir mais, liderando um movimento a ser seguido pelo setor privado. Por isso, a intenção é de que a tesoura não atinja esse grupo de despesas.

Na Esplanada, a expectativa é que Dilma retome a prática de quando era ministra da Casa Civil e avalie cada programa em detalhe. Ela pretende reverter o que ocorreu no ano passado, quando muitos gastos em obras não saíram do papel por problemas de gestão. Dessa forma, os investimentos acabaram registrando um encolhimento em relação a 2010. No global, foram R$ 41,9 bilhões em 2011, ante R$ 44,7 bilhões no ano eleitoral de 2010, segundo o site Contas Abertas.

A "faxina" que atingiu o Ministério dos Transportes, segundo maior orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é um exemplo. A área, que tinha R$ 17,1 bilhões para gastar, encerrou o ano com desembolsos de R$ 12,8 bilhões, sendo que R$ 6,8 bilhões eram restos contratados no governo Lula.

Outra causa para o desempenho modesto dos investimentos foi a mudança de governo. "Em 2010, os investimentos bombaram porque estávamos concluindo o PAC 1", explicou um assessor. "Em 2011, começou o PAC 2 e leva algum tempo até que os empreendimentos ganhem velocidade." Ele acrescentou que em 2012 já será possível ver um desempenho mais forte do PAC.

Uma terceira explicação é que os investimentos caíram porque houve uma espécie de controle informal na boca do caixa. Para fechar as contas, o Tesouro teria segurado o dinheiro, embora os ministérios possuíssem autorização para gastá-lo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Serão inaugurados nesta quarta-feira (11) dois novos fóruns em Pernambuco. As unidades são nas cidades de São José da Coroa Grande e Cortês.  As solenidades contarão com a presença do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador José Fernandes de Lemos.

A iniciativa tem como objetivo melhorar o atendimento jurisdicional, beneficiando, dessa forma, a população. Também busca uma prestação mais célere. A primeira inauguração será a do Fórum de São José da Coroa Grande, às 10h30. O evento acontece na rua Inaldo Morais de Acioli, s/n, no centro da cidade. Já a cerimônia de inauguração do Fórum de Cortês acontecerá às 16h30, na PE 85, km 26.

O Fórum de São José da Coroa Grande tem dois pavimentos com, aproximadamente, 600 m² de área construída. A unidade tem espaço para uma vara, com secretaria, sala de audiências, gabinete de juiz e sala do assessor, além de salão do Tribunal do Júri, depósito judicial, defensoria, distribuição, arquivo geral e salas dos jurados, dos oficiais de justiça, e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A obra custou R$ 1.272.529,93.

A unidade de Cortês possui um pavimento com cerca de 400 m². O Fórum abriga salas para OAB e defensoria, para oficiais de justiça, arquivo, promotoria, distribuição, além de salas para o juiz, de audiência e salão do júri, com 58 lugares. O valor total da obra foi de R$ 1.121.105,76.

Os prédios foram projetados em conformidade com as normas de acessibilidade para portadores de necessidades especiais, com a instalação de rampas, corrimãos, banheiros e estacionamentos adaptados. Os projetos foram desenvolvidos pela Diretoria de Engenharia e Arquitetura do TJPE.

Mais punição contra graduações em todo o Brasil. O Ministério da Educação anunciou hoje (2) o corte de mais de 1.287 em 58 cursos. A penalidade é fruto do resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). A medida atinge graduações nas áreas de serviço social, educação física e fonoaudióloga, que conseguiram apenas notas 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC) do ano de 2010. A escala do indicador varia entre 0 e 5, e avalia a qualidade de ensino de uma graduação através do desempenho de alunos no Enade. O corpo docente e a infraestrutura das instituições também são critérios analisados.

O Diário Oficial da União publicou as medidas, e os cortes atingem 33 cursos de educação física (1.024 vagas), 16 de serviço social (244 vagas) e 9 de fonoaudiologia (39 vagas).

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As universidades que sofreram as reduções terão até um ano para cumprir as exigências do termo de saneamento de deficiências que o governo firmará. Depois desse período, o MEC realizará uma nova avaliação e caso os cursos repitam o mau desempenho, eles poderão ser descredenciados.

Em Pernambuco, a Universidade Salgado de Oliveira (Universo) novamente perdeu vagas. Desta vez, o curso de fisioterapia teve redução de 65 vagas das 162 disponíveis. A graduação de educação física também entrou na lista, que de um total de 292 vagas, teve 58 cortes.

Outra universidade pernambucana teve nota insatisfatória. A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) não obteve sucesso no desempenho dos estudantes de serviço social. No entanto, como a graduação só possui 40 vagas - número mínimo que um curso deve ter para funcionar, de acordo com o MEC -, nenmhuma vaga foi cortada. O mesmo ocorreu com outras instituições de Pernambuco: Faculdade São Miguel (fisioterapia) e a União de Escolas Superiores da Funeso (fonoaudiologia).

Nesta semana, o MEC já havia anunciado redução de vagas em duas instituições públicas de ensino superior.

O Ministério da Educação cortará 50 mil vagas de cursos das áreas de Ciências Médicas, Administração e Ciências Contábeis que obtiveram conceitos ruins no Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes). Os cortes, válidos para 2012, representarão 20% das vagas oferecidas hoje nos processos seletivos, mas podem chegar a 65% em instituições com mais problemas. Cursos de Medicina terão 446 vagas cortadas.

Mais de 300 instituições serão supervisionadas porque tiveram, nos últimos três anos, conceitos ruins como um todo. Entre elas estão 1 universidade - Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), com mais de 60 mil alunos em 46 cursos de graduação -, 7 centros universitários e mais de 300 faculdades isoladas. As instituições terão suas vagas congeladas e, no caso dos centros e da universidade, perderão o direito de criar cursos e aumentar a oferta sem prévia autorização do ministério.

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O anúncio foi feito ontem, quando o MEC divulgou o resultado do Exame Nacional de Desempenho (Enade) das áreas de ciência da saúde e agrárias. O exame avaliou 2.176 instituições de ensino superior, das quais 683 - mais de 30% - apresentaram índices 1 e 2, considerados insatisfatórios (a escala vai até 5). A maior parte é privada - apenas 43 com índice ruim são públicas.

Tiveram desempenho insuficiente 594 cursos, 27,2% dos avaliados. Desses, 504 passarão por supervisão e terão vagas cortadas. Os demais, das áreas de agrária, ficarão de fora. "São poucos, então ainda não faremos o processo. Mas isso não significa que não será feito", afirmou Luís Fernando Massonetto, diretor de regulação do Ensino Superior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os motoristas de ônibus e os condutores do metrô da Grécia cruzaram os braços hoje, provocando grandes congestionamento em Atenas pelo segundo dia seguido. Os funcionários da receita e do setor aduaneiro também se uniram aos protestos contra as reformas do governo prometidas em troca de um pacote de ajuda. Os funcionários da receita e de aduanas lançaram hoje uma greve de 48 horas contra cortes em seus salários.

Já a paralisação no sistema de transporte público, que incluía os bondes, resultou em alguns congestionamentos de quilômetros durante a hora do rush da manhã, quando a população tentava chegar ao trabalho. O tráfego em Atenas deve piorar amanhã, com paralisações previstas de todas as modalidades de transporte público e também dos taxistas.

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A onda de protestos ocorre antes de o governista Partido Socialista enfrentar uma votação crucial no Parlamento, ainda hoje, sobre uma bastante criticada lei de imposto sobre propriedades. A Grécia prometeu aprovar a medida a seus credores internacionais, enquanto o país se mobiliza para receber mais ajuda financeira e evitar um calote.

No mês que vem, as duas principais centrais sindicais do país - GSEE, do setor privado, e Adedy, do público - também anunciaram paralisações do funcionalismo público, no dia 5 de outubro, e uma greve geral nacional, em 19 de outubro.

Pressionado por seus credores internacionais, o governo grego decidiu na semana passada implementar novos cortes em pensões, impor novos impostos para pessoas de renda mais baixa e colocar este ano 30 mil trabalhadores em uma reserva especial de trabalho, com salários reduzidos. Cortes nos salários do funcionalismo e outras medidas também estão sendo planejadas.

Em jogo está a parcela de 8 bilhões de euros de ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) que a Grécia precisa receber nas próximas semanas, ou o governo ficará sem dinheiro em meados de outubro. Os credores do país exigiram medidas adicionais de austeridade antes da liberação de mais auxílio. As informações são da Dow Jones.

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