Tópicos | criação de novos partidos

A filiação partidária, o domicílio eleitoral e a criação de partidos políticos devem ter seus processos realizados e aprovados até um ano antes das eleições para quem deseja se candidatar a um cargo eletivo em 2016, ou seja, até o dia 2 de outubro deste ano. O alerta foi dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira (23), a pouco mais de dois meses para a expiração do prazo.

A data, segundo o TSE, é um divisor de águas no processo eleitoral e acolhe o princípio da segurança jurídica, já que a partir daí não se podem ocorrer mudanças nas regras para as eleições. 

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A filiação partidária de primeira instância ou para a migração de legenda é um dos pontos mais recorrentes nesta época. As legendas, inclusive, iniciam uma campanha de filiação durante esse período para potenciais candidatos a prefeitos e vereadores. 

O prazo, entretanto, não é o mesmo para magistrados, integrantes de tribunais de contas, membros do Ministério Público e militares que desejam concorrer ao pleito. Eles podem se filiar até seis meses antes da eleição. 

Criação de partidos - No Brasil, a Constituição Federal assegura a livre criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. No entanto, a Lei das Eleições restringe a participação nos pleitos dos partidos criados a menos de um ano antes da eleição. Com isso, as legendas criadas em vésperas de eleições não participam delas. 

Um exemplo disso é a Rede Sustentabilidade, encabeçada pela ex-senadora Marina Silva (PSB), que em 2013 não conquistou o registro oficial, o que obrigou os políticos que aguardavam a nova sigla para a disputa se abrigarem em outros partidos. Este ano, a legenda deve ser oficializada em agosto.  

O Brasil poderá ganhar mais quatro novos partidos políticos ainda este ano para concorrer às eleições de 2014. A discussão sobre a matéria que trata da criação de novas agremiações está, neste momento, no Supremo Tribunal Federal (STF). Isso acontece porque o Congresso Nacional, por meio de uma Emenda Constitucional, tentou impedir a distribuição do tempo dos programas de TV e rádios e do Fundo Partidário para as novas legendas.

Poderão ser criadas ainda este ano a Rede Sustentável, que tem como principal articuladora política, a ex-ministra do meio ambiente Marina Silva. Atualmente a mobilização gira em torno da coleta de assinaturas. Outras siglas estão com o processo de registro já adiantados. Este é o caso do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), que já protocolou seu pedido de registro, e do Partido Liberal Brasileiro (PLB), que falta alguns documentos para se registrar no TSE.

Outra agremiação tem como principal mentor o deputado Paulinho da Força (PDT-SP), presidenta nacional da Força Sindical. Ele tem buscado apoio político para criar o Partido da Solidariedade. Cada legenda, mesmo que não possua representantes em nenhuma das três esferas de poder (município, assembleias estaduais, Congresso Nacional e Senado), têm o direito ao fundo partidário e ao tempo do programa partidário gratuito no Rádio e TVs.

Em 2012, o menor repasse que aconteceu foi para Partido Ecológico Nacional (PEN), criado no mesmo ano. A nova legenda recebeu cerca de R$ 340 mil. O tribunal Superior Eleitoral atualmente conta com 30 partidos políticos registrados.

Para uma legenda ser criada a lei exige primeiro a assinatura de 101 membros fundadores distribuídos em pelo menos nove estados. Eles registram o estatuto em um cartório civil em Brasília e o publicam no diário oficial da União.

Depois desse trâmite jurídico, a legenda poderá sair para coletar assinaturas em todos território nacional, sendo necessário 0,5 dos votos válidos da ultima eleição, para que a legenda seja criada.

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