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Os líderes das economias da América Latina fizeram alertas, durante a reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), para que a região não baixe guarda em face da administração bem-sucedida em relação à crise global de 2008-2009.

"Depois do sucesso para lidar com os episódios em 2008 e 2009, há um tipo de complacência", disse o ministro das Finanças do Uruguai, Fernando Lorenzo, durante debate no Banco Mundial.

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Embora a região tenha conhecimento sobre suas crises no passado, não tem experiência para lidar com a amplitude do tremor global que poderia ser criado se os problemas na Europa tiverem aprofundamento, citou Lorenzo.

O ministro das Finanças do México, Jose Antonio Meade, disse que está levemente mais otimista sobre o futuro imediato diante da melhora recente da perspectiva para os EUA e para a Europa.

"Apesar disso, há elementos importantes de tensão no mundo que nos obrigam a perguntar se nós estamos preparados", disse o mexicano, durante o mesmo painel. "O que você encontrará é heterogeneidade na América Latina".

O FMI, enquanto isso, enfatizou que as condições atualmente favoráveis na América Latina, incluindo elevados preços de commodities, não vão durar para sempre. "Nosso conselho principal é reconstruir os amortecedores agora, antes que os riscos se materializem, ou antes que as condições favoráveis externas desapareçam", disse Nicolas Eyzaguirre, diretor do Departamento Ocidental do FMI. Eyzaguirre ainda advertiu os países para que não caiam no protecionismo. As informações são da Dow Jones.

A greve geral nacional que ocorreu nesta quinta-feira na Espanha começou pacífica, mas antes do meio dia manifestantes entraram em choque com a polícia nos centros de Madri e Barcelona. Pelo menos 58 pessoas foram detidas e nove ficaram feridas, informou uma funcionária do Ministério do interior, Cristina Díaz. Em Madri, manifestantes invadiram e destruíram uma lanchonete do McDonald's. Em Barcelona, multidões jogaram vários objetos contra policiais e provocaram pequenos incêndios nas avenidas. A polícia espanhola reagiu. Policiais civis à paisana espancaram manifestantes com cassetetes em alguns pontos de Madri. Em outras ruas, policiais protegeram lojas ameaçadas de saques. Mas a principal manifestação em Madri, com centenas de milhares de pessoas convergindo para a Puerta del Sol, foi pacífica. Centenas de milhares de pessoas também protestaram em Valência e Sevilha.

Em Barcelona os confrontos de rua também foram violentos. Uma multidão destruiu e incendiou uma loja de café da Starbucks. El Mundo falou em "outra batalha campal" no centro de Barcelona. A indústria automotiva da Espanha, que está concentrada na Catalunha, parou. Operários não foram trabalhar nas fábricas das montadoras SEAT e Nissan, informou El Mundo. Os metalúrgicos protestam contra a reforma trabalhista defendida pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, de centro-direita.

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A greve, convocada pelos dois maiores sindicatos espanhóis, foi o primeiro desafio às medidas de austeridade e reformas do primeiro-ministro Mariano Rajoy. A greve atraiu o apoio do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), que esteve no poder até dezembro e representa a maior oposição no Parlamento, e também do bloco Esquerda Unida.

Nas ruas do centro de Madri havia um pouco mais de trânsito do que o normal, já que mais pessoas usaram seus carros para ir para o trabalho. O governo regional da capital entrou num acordo com as operadores de transporte público para que operassem com no mínimo 30% de sua capacidade. Em Madri, a Prefeitura disse que a adesão à greve foi de 26% do funcionalismo público, de acordo com o jornal El País.

Na estação de metrô e trem Sol havia menos atividade do que de costume. Lidia Castillo, garçonete de um restaurante próximo, disse que havia menos pessoas do que o normal no trem, que a trouxe do subúrbio de Villaverde. Segundo ela, os trens passam em intervalos de 20 a 30 minutos, em vez dos 10 a 15 minutos habituais.

Grupos de manifestantes pacíficos apitavam e agitavam bandeiras. Um pequeno grupo parou em frente a um café e colou adesivos na vitrine, antes de um garçom sair e mandá-los embora. "Greves não resolvem nada", disse o garçom Andres.

Em outras partes de Madri, seis policiais ficaram levemente feridos em confrontos com grupos sindicais e manifestantes contrários às políticas de austeridade, informou um porta-voz do Ministério do Interior. Manifestantes bloquearam estradas na Catalunha e em Valência, no leste do país, e fecharam parques industriais em Zaragoza, no norte, de acordo com uma associação de empresas de transporte.

A lei de reforma trabalhista tem como objetivo tornar mais fácil para as empresas demitir e contratar funcionários e é vista pelo governo com uma forma de reduzir a taxa de desemprego no país, que é de 23% e a maior da zona do euro. O projeto foi saudado por autoridades da União Europeia. O governo espanhol diz que se trata do mais importante projeto aprovado neste ano, mas os sindicatos afirmam que ela vai resultar numa taxa de desemprego ainda maior.

As informações são da Associated Press, da Dow Jones e dos jornais espanhóis El País e El Mundo.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deste ano, medido em dólares, deverá superar o do Reino Unido, alçando o país ao posto de sexta economia mundial, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). A troca de posições acontece devido ao agravamento da crise na Europa, que afeta diretamente o crescimento das principais economias do continente e ameaça países como Grécia, Portugal e Itália.

 

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Uma projeção recente da Economist Intelligence Unit (EIU) aponta que o PIB brasileiro deve fechar 2011 em US$ 2,44 trilhões, enquanto o Reino Unido não contabilizará mais do que US$ 2,41 trilhões.

O Brasil já havia passado a Itália no raking mundial de economias, em 2010, chegando ao sétimo lugar. A previsão, antes da crise, era que o país subisse de posição novamente apenas em 2013.

Contudo, como a economia brasileira cresce menos do que a dos emergentes asiáticos, a Índia deve superar o Brasil como sexta economia mundial em 2013, mas o país deve recuperar o posto no ano seguinte, quando ultrapassará a França.

Ainda segundo a EIU, o até o ano de 2020, o PIB brasileiro deve ultrapassar em volume o acumulado pela Alemanha, maior economia europeia, e se tornar a quinta maior economia mundial.

Na sua visita oficial a Luanda, em discurso na Assembleia Legislativa, a presidente Dilma Rousseff voltou a criticar os países desenvolvidos na condução da crise econômica. "Parte do mundo desenvolvido continua trilhando o caminho da insensatez", disse a presidente, que foi aplaudida pelos parlamentares várias vezes durante seu discurso.

Segundo a presidente, Angola, assim como o Brasil, apostou no crescimento atuando com políticas contracíclicas que privilegiavam ações sociais de combate à pobreza, no desenvolvimento e criação de empregos. "Nossos países fugiram do receituário conservador que tão bem conhecemos na América Latina por mais de 20 anos. Seguimos outro caminho. Não renunciamos às nossas responsabilidades internacionais. Este momento exige políticas macroeconômicas sadias, inclusive para proteger nossas nações do contágio da recessão e do desemprego", disse. Angola este ano tem a expectativa de crescimento de 10%, mesmo com a crise, repetindo o índice de crescimento do ano passado.

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No seu discurso, Dilma voltou a defender a reforma dos organismos multilaterais e a participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. "O cenário internacional atravessa uma fase de acelerada transformação. Os países emergentes como os nossos são chamados cada vez mais para ocupar espaços", disse, acrescentando que o desenho dos órgãos multilaterais, que representam países desenvolvidos, está ultrapassado. "Representa uma ordem internacional que não existe mais e não representa a realidade", disse, destacando que esses organismos não refletem continentes inteiros, como América Latina e África.

O presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, em seu discurso no Palácio de Governo, durante almoço com representantes dos dois países, também defendeu a importância da presença brasileira no conselho de segurança da ONU. Em um dos trechos do discurso na assembleia, a presidente Dilma falou de improviso, o que não é de seu costume. Depois de lembrar que, em 2010, que Angola foi o terceiro maior mercado para os produtos brasileiros, ela disse que a presença de empresas brasileiras em Angola é um testemunho do esforço de fortalecer as relações comerciais e ampliar investimentos conjuntos.

Segundo Dilma, o Brasil adota princípios nessa cooperação "que gostaria e exige" que sejam aplicados em relação ao Brasil. Em seguida, listou três princípios que considera necessários de serem aplicados. "Que as empresas brasileiras que trabalham em Angola têm de contratar, empregar trabalhadores de Angola, dirigentes angolanos, engenheiros angolanos porque é isso que gostamos que façam no nosso país.

O segundo princípio é que as nossas empresas devem privilegiar também parcerias com empresas angolanas". E o terceiro ponto, segundo ela, é a necessidade de "privilegiar e aceitar a orientação, os planos e os planejamentos dos países com os quais nós estamos cooperando fraternalmente".

A presidente acrescentou que as empresas brasileiras têm de respeitar as condições, as regras e as determinações que o governo legitimamente eleito de Angola estabelece para o país. Dilma informou que são mais de US$ 3 bilhões disponibilizados pelo Brasil por meio do Fundo de Garantia à Exportação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que o maior beneficiário desses recursos tem sido Angola. Em seguida, a presidente informou que "sempre que for preciso esses investimentos serão ampliados".

A presidente anunciou que, em novembro, uma missão brasileira irá a Luanda para discutir a ampliação do relacionamento, citando vários setores, inclusive o de matriz energética.

A polícia italiana realizou nesta segunda-feira várias operações ao redor do país contra supostos anarquistas e extremistas de esquerda, após os protestos realizados no final de semana em Roma que levaram à detenção de pelo menos 12 manifestantes na capital. O governo declarou hoje que os 12 detidos, todos com menos de 30 anos, se arriscam a serem condenados a sentenças entre 3 anos e 15 anos de prisão. Eles ainda não foram formalmente denunciados.

Os 12 detidos, três das quais são mulheres, são acusados de terem respondido com violência à polícia. Segundo a agência Ansa, outras 6 pessoas foram detidas em Florença. Dos detidos em Roma, todos são italianos da capital ou do sul do país. Apenas um detido é estrangeiro e natural da Romênia. Os tumultos ocorreram no sábado quando milhares de pessoas tentaram fazer uma manifestação pacífica contra a crise econômica e o sistema financeiro, numa versão local do movimento "Ocupe Wall Street" que acontece nos EUA e no Canadá.

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Em Roma, manifestantes destruíram vitrines e caixas automáticos, saquearam lojas e também depredaram o transporte público. Muitos manifestantes agiram mascarados.

O subsecretário do Ministério do Interior, Alfredo Mantovano, disse que as operações policiais de hoje tinham em vista suspeitos da extrema esquerda. Segundo a Ansa, a polícia fez operações de busca em Florença, Ancona, Palermo, Milão e Turim.

As informações são da Associated Press e da Ansa.

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