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Ex-assessor especial do Ministério da Economia, Samuel Kinoshita foi nomeado pelo governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta terça-feira, 13, como futuro secretário da Fazenda de São Paulo. O atual ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, também vai deixar o cargo no governo federal para assumir o órgão análogo no Estado. O futuro chefe do Executivo paulista anunciou ainda a nova cúpula das polícias do Estado, que passará por mudanças estruturais.

Em coletiva de imprensa, Tarcísio elogiou a atuação de Rosário na CGU, onde chegou como funcionário de carreira. "É uma pessoa que conhece muito do tema e vai ter a missão de estruturar a Controladoria-Geral do Estado, que vai reproduzir a CGU, com uma área dedicada ao controle interno, uma a informações estratégicas e uma ouvidoria", disse.

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Já a chegada de Kinoshita confirma a influência de nomes vinculados a Guedes no secretariado paulista. Além dele, o atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, e o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, também vão assumir secretarias no governo Tarcísio. A equipe de transição conta ainda com a coordenação de Guilherme Afif Domingos, outro que trabalhou com o ministro de Bolsonaro. Guedes era considerado o nome preferido de Tarcísio para assumir o posto, mas declinou o convite e deve atuar como conselheiro da gestão paulista.

Tarcísio também apresentou o atual delegado-geral da Polícia Civil de SP, Osvaldo Nico Gonçalves, como secretário-adjunto da pasta que será comandada pelo deputado bolsonarista Capitão Guilherme Derrite. A partir do ano que vem, a secretaria vai extinguir os cargos de secretários executivos da Polícia Militar e da Polícia Civil, criados pelo ex-governador João Doria. Com a mudança, Nico assume a função de "número 2? do novo titular da pasta.

O atual diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), Artur José Dian, vai ocupar o atual cargo de Nico, de delegado-geral da Polícia Civil. Já o coronel Cássio Araújo de Freitas será o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo.

Tarcísio anunciou ainda a recondução ao cargo do atual secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Henguel Pereira.

Como adiantou o Estadão, Nico e Dian foram indicações pessoais de Derrite. Nico foi responsável pelo Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) e assumiu o cargo de delegado-geral a convite do governador Rodrigo Garcia (PSDB). A promoção de Nico é considerada uma forma de contornar resistências, já que a vinculação de Derrite à Polícia Militar poderia gerar atritos com policiais civis.

Ao todo, doze secretarias já tiveram suas chefias confirmadas. Entre eles estão o deputado federal bolsonarista Guilherme Derrite (PL), confirmado na Segurança Pública, e o ex-prefeito e presidente do PSD, Gilberto Kassab, na Secretaria de Governo.

A cidade sagrada de Meca se prepara para receber os líderes árabes e muçulmanos em três encontros, nos quais a Arábia Saudita buscará o apoio de países da região contra seu grande rival, o Irã, após recentes ataques contra alvos petrolíferos no Golfo.

O ministro saudita das Relações Exteriores, Ibrahim al Asaf, criticou na quarta-feira (29) a "interferência" iraniana na região após novas acusações do assessor americano John Bolton, que disse que Teerã estaria provavelmente por trás da sabotagem em 12 de maio contra navios petroleiros, perto dos Emirados Árabes Unidos.

As declarações foram feitas quando a Arábia Saudita, aliada sunita de Washington, busca isolar o Irã, seu grande rival xiita, e definir o tom antes destas três reuniões: a das monarquias do Golfo, a dos chefes de Estado árabes e a dos líderes de países muçulmanos.

"O apoio de Teerã aos rebeldes huthis no Iêmen é a prova de interferência do Irã nos assuntos de outras nações e é algo que (...) os países islâmicos deveriam rechaçar", disse Asaf.

O ministro saudita falou durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores dos 57 membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) na cidade de Jidá, perto de Meca, no oeste da Arábia Saudita.

Um representante de Teerã, Reza Najafi, autoridade do ministério iraniano das Relações Exteriores, participou da reunião preparatória da OCI, da qual o Irã é membro.

Asaf disse que os ataques no Golfo devem ser tratados com "firmeza e determinação".

As tensões na região aumentaram com o ataque em 12 de maio a quatro navios, dois deles petroleiros sauditas, ao largo da costa dos Emirados Árabes Unidos, bem como a multiplicação de disparos dos rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, contra alvos sauditas, incluindo duas estações de bombeamento de um oleoduto.

Além disso, as tensões exacerbaram ainda mais em abril, quando a administração de Donald Trump incluiu a Guarda Revolucionária iraniana em sua lista de "organizações terroristas". Washington também reforçou as sanções contra o Irã depois de ter abandonado, há um ano, o acordo internacional de 2015 sobre o programa nuclear iraniano.

Na quarta, Teerã negou firmemente as acusações de Bolton, chamando-as de "ridículas".

Por outro lado, um fato significativo é que o Catar, que protagonizou uma grave crise diplomática com Riad e seus aliados em junho de 2017, enviou à Arábia Saudita o seu primeiro-ministro, o xeque Abdullah bin Nasser Al Thani.

Os Estados Unidos saudaram essa situação. Washington tentou nesses dois anos mediar a situação entre os dois países, porque a tensão atrapalhava sua estratégia de isolamento do Irã.

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