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Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo há dois anos e meio uma vacina que pretende eliminar a dependência de cocaína, revelaram na segunda-feira os participantes do projeto, que está em fase de testes com animais.

"Desenvolvemos uma molécula que estimula a produção de anticorpos contra a cocaína no sistema imunológico", afirmou à AFP o professor Angelo de Fátima, do departamento de Química Orgânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um dos responsáveis pela pesquisa.

"Esses anticorpos capturam a cocaína, impedindo-a de chegar ao cérebro, e reduzem os efeitos euforizantes da droga, o que leva o usuário a perder interesse" no seu consumo, explicou o acadêmico.

De Fátima lembrou que nos Estados Unidos há pesquisas nesse mesmo sentido, mas com moléculas diferentes.

"Nossa molécula é distinta da americana. A nossa carece da parte proteica", declarou, sem revelar o nome da molécula utilizada, pois esta "ainda não foi patenteada".

Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o consumo de cocaína no Brasil é quatro vezes maior que a média mundial.

Perante esta situação, a vacina é uma estratégia promissora para o tratamento do vício.

A princípio, a vacina só será usada por pacientes altamente motivados a parar de tomar drogas, para a prevenção do abuso de cocaína por crianças e adolescentes, ou na luta contra o crack, diz Fátima.

Cientistas americanos desenvolveram minúsculos robôs com asas, inspirados nas moscas, que poderiam algum dia ajudar a polinizar cultivos ou na busca por sobreviventes de desmoronamentos, assim que puderem voar de forma autônoma.

Os protótipos, desenvolvidos por pesquisadores da Universidade de Harvard, pesam 80 miligramas e conseguiram fazer curtos voos controlados ao agitar as asas mecânicas, enquanto ainda presas a um minúsculo cabo de controle, noticiou a edição desta semana da revista Science.

Os robôs, do tamanho de uma moeda, exibem duas asas finas que se agitam 120 vezes por segundo.

Voos de teste demonstraram que eles são capazes de executar manobras básicas, inclusive pairar no mesmo lugar por 10 segundos antes de cair.

Especialistas estão estudando moscas reais em busca de pistas para melhorar o desempenho dos robôs.

"As moscas realizam algumas das mais incríveis acrobacias na natureza usando apenas cérebros minúsculos", disse Sawyer Fuller, pesquisador de pós-doutorado e co-autor do estudo.

"Suas capacidades excedem o que nós podemos fazer com o nosso robô, portanto gostaríamos de entender melhor sua biologia e aplicá-la ao nosso trabalho", acrescentou.

O processo de fazer os robôs voarem levou 12 anos, explicou Robert Wood, principal pesquisador e professor da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard.

"É só realmente por causa desses avanços recentes do laboratório em manufatura, materiais e desenho que nós conseguimos tentar isto. E funcionou particularmente bem", emendou.

O cabo de eletricidade precisa ser mantido até que soluções sejam encontradas para uma célula de combustível portátil de alta densidade energética, forte o suficiente e leve o bastante para sustentar um voo independente, afirmaram os cientistas.

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