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O ministro da Secretaria de Micro e Pequenas Empresas, Guilherme Afif Domingos, afirmou nesta sexta-feira acreditar que o Congresso irá pedir por desonerações para as micro e pequenas empresas. "É uma questão lógica, não é desoneração, é você dar um tratamento equânime, um tratamento justo", afirmou.

Segundo Afif, mesmo com a afirmação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o governo não concederá mais desonerações, isso não se encaixaria à realidade das micro e pequenas empresas. "As desonerações que foram feitas sempre foram para as empresas de grande porte e agora nós queremos gerar emprego, gerar desenvolvimento, então tem que tirar carga das costas dos pequenos", afirmou.

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O ministro ponderou que a questão da carga tributária para os micro e pequenos empresários é um problema equacionado em função do Simples. "O que precisamos é simplificar o Simples. E eu advogo a ideia de que o tratamento tem que ser pelo porte da empresa e não pelo ramo que ela está. É um ponto fundamental que atinge não só a parte fiscal, mas também a burocrática." Afif afirmou que a pasta estuda formas de permitir que uma empresa S/A entre no regime simplificado de tributos. "Hoje a empresa S/A não pode entrar no Simples, mas já existe a ideia de criar a S/A Simplificada que poderia entrar", afirmou.

O ministro rechaçou a ideia de que a elevação da taxa Selic possa prejudicar mais os micro e pequenos empresários. Segundo ele, não houve alta dos juros e sim "uma correção da inflação". "A taxa de juro real continua bastante baixa no Brasil. Só que nós tivemos um ciclo inflacionário que foi repassado à taxa de juros e será retirado à medida que a inflação mostrar decréscimo como está acontecendo agora", disse. Segundo ele, a grande dificuldade do setor para ter acesso a recursos é a burocracia e necessidade de garantia. "Não acredito que seja a taxa (de juros)", afirmou.

Afif disse ainda que a pasta trabalha para tentar adequar a situação das empresas que ultrapassam o teto do Simples de R$ 3,6 milhões e acabam prejudicadas por mudanças tributárias. "É um dos pontos que nós estamos debruçados, mas não encontramos ainda a solução adequada", afirmou, ressaltando que os dados estatísticos mostram que são poucas as empresas nesse limite.

Ele afirmou ainda que substituição tributária é um dos pontos que mais tem preocupado os micro e pequenos empresários. "Os governos estaduais foram na indústria antecipar a arrecadação com a alíquota cheia e desrespeitaram a alíquota das micro e pequenas, tirando o seu poder de competitividade", avaliou. Segundo Afif, esse é um ponto que a pasta vai "mexer pesado". "Vai criar uma grande grita, mas nós vamos enfrentar", avisou.

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), prorrogou nesta segunda-feira, (1º), por 60 dias a vigência da Medida Provisória 613. Editada em 7 de maio de 2013, a MP institui crédito presumido de PIS/Pasep e da Cofins na venda de álcool e dá incentivos tributários também a outros insumos da indústria química nacional. A decisão está publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.

A São Paulo Transporte (SPTrans), que administra o transporte público da cidade, informou nesta quinta-feira, 27, em nota, que não foi abordada a questão dos 15% de redução na remuneração aos cooperados, mencionada pelo setor. Segundo a empresa, foi informado em reunião com cooperativas a aplicação da Lei Federal 12.715, de 2012, que trata da desoneração do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre a folha de pagamento de empresas inclusive do setor de transportes. Ainda de acordo com a nota, "o tema que vem sendo tratado e explicado aos trabalhadores é sobre o impacto dessa legislação na remuneração do setor". Além dessa lei, há desonerações em outros setores.

Desde 1º de junho está em vigor a MP que reduziu a zero as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a receita das empresas de transporte. O governo federal pressionou para que prefeitos de partidos que formam a base aliada reduzissem a tarifa para segurar a inflação.

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No caso de São Paulo, isso fez com que o aumento para R$ 3,20 (já revogado) fosse menor do que deveria, pela inflação acumulada desde o último reajuste. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira, 27, a recomposição parcial do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca e móveis. As novas alíquotas passam a valer na segunda-feira, 1º. A alíquota do fogão, que hoje é 2%, passa para 3% e valerá até setembro. Para tanquinho, a alíquota de 3,5% passa para 4,5%. Para refrigerador e congelador, os 7,5% passam para 8,5%. A máquina de lavar roupa, que antes tinha taxa de 20%, já está em tarifa definitiva de 10%. Móveis em geral, que têm alíquota de 2,5%, passarão a ter 3%. Para painéis, o valor de 2,5% passa para 3%. Laminados, com alíquota de 2,5%, terão IPI de 3%. A alíquota de luminárias, que hoje é de 7,5%, passará para 10%. No caso dos papeis de parede, a mudança é de 10% para 15%. O ministro lembrou que a recomposição das alíquotas começou neste ano. "Em fevereiro, já demos um primeiro passo e já fizemos recomposição parcial das alíquotas", lembrou Mantega.

Mantega garantiu que o varejo e a indústria de móveis e eletrodomésticos de linha branca farão um esforço para absorver a recomposição das alíquotas de IPI sem que haja um aumento de preços. O compromisso, acrescentou o ministro, tem o objetivo de não prejudicar as vendas e nem causar impacto na inflação. "Os setores vão procurar absorver o aumento de tarifas de forma que preço não se eleve. Tanto o varejo quanto o setor produtor farão esforço para manter os preços atuais", disse Mantega.

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Ainda assim, afirmou o ministro, os empresários se queixaram do aumento de custos de alguns insumos e componentes. "Ficamos de estudar o que fazer para impedir que haja um aumento de custos para a produção que possa ser repassado para o consumidor final. O nível de vendas desses produtos teve crescimento moderado nesses primeiros cinco meses do ano e, portanto, deve continuar tendo esse desempenho", completou.

A entrevista coletiva, marcada para 18h, começou com quase uma hora de atraso. Ao chegar ao auditório do ministério, jornalistas perguntaram ao ministro sobre o jogo da Copa das Confederações entre Espanha e Itália, que havia terminado alguns minutos antes, com vitória dos espanhóis. "Eu estava torcendo para Itália ganhar porque ela é um adversário melhor para o Brasil", disse Mantega. "Na verdade, nem sabia que tinha o jogo", afirmou em seguida.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou neste quinta-feira, 27, novas medidas de desonerações e disse que o momento é de colher os frutos das ações já realizadas. Segundo ele, o governo não pode mais abrir mão de receitas este ano.

Perguntado sobre as demandas do setor de aço, Mantega disse estar preocupado com os aumentos de preço que ocorreram com as principais matérias-primas. "Estamos vendo o que podemos fazer para que produtos caiam e não subam, diminuindo custos para indústria brasileira que utiliza aço", afirmou, para logo em seguida descartar uma desoneração específica para o segmento

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"Não temos perspectivas de fazer desonerações para o setor porque já estamos com programa em curso e não dá para aumentá-lo, não temos condições ficais para aumentar", admitiu. "Novas medidas ficam postergadas para não termos frustração da arrecadação. Temos que melhorar nosso desempenho fiscal", completou.

Mantega afirmou que o aumento das alíquotas do IPI para linha branca e móveis anunciado nesta tarde vai gerar aumento de R$ 118 milhões na arrecadação em três meses. Já a renúncia, por não ter colocado a alíquota plena do IPI de julho a setembro, é de R$ 307,5 milhões, segundo o ministro. Questionado sobre o que ocorrerá após setembro, Mantega disse: "vamos ver". "A ideia é a recomposição das alíquotas, mas podemos calibrar o tempo disso, dependendo da situação da arrecadação, do desempenho do setor e da inflação, porque essa alíquota tem reflexo nesses três elementos", afirmou.

O presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Flávio Rocha, afirmou nesta quinta-feira, 27, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está "impedido" de fazer uma "pura e simples prorrogação" da atual redução do IPI para a linha branca. "Deve sair uma solução intermediária", afirmou em referência à elevação da alíquota do tributo. A alíquota menor de IPI para esses produtos vale apenas até o próximo domingo, dia 30.

Depois de sair de reunião com Mantega, Rocha afirmou que teve a percepção de que o dilema está entre o comprometimento do governo com o ajuste fiscal e o desejo de manter a competitividade dos itens relacionados no Programa Minha Casa Melhor, recém-lançado para financiar móveis e eletrodomésticos para beneficiários do Minha Casa Minha Vida.

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Rocha falou ainda que as vendas do setor tiveram prejuízo de cerca de 15% nas últimas duas semanas. Segundo ele, um dos motivos é que as lojas passaram mais tempo fechadas devido às manifestações populares realizadas no País. Ele afirma que os estabelecimentos só ficaram abertos 90% do tempo que deveriam nesse período.

A vice-presidente do IDV, Luiza Trajano, confirmou que o governo não deve prorrogar a redução de IPI para a linha branca e móveis. Segundo ela, esse foi o sentimento dos empresários após reunião encerrada com o ministro Mantega. "Não deve ter prorrogação pelo que eu senti", afirmou a presidente do Magazine Luiza. "Acredito que vai ter reajuste no IPI. O tamanho dele, eu não sei. Estou torcendo para ser menor", disse. A empresária acrescentou que, se não houver a recomposição total da alíquota do IPI de uma só vez, dá para o varejo segurar os preços.

De acordo com Luiza, o governo tem um ajuste fiscal a ser feito, o que não deixa espaço para renúncia de receitas. "Ele (governo) está muito ponderado porque o momento exige aperto fiscal. Mas também precisa de consumo, porque sem consumo não tem emprego", disse a empresária.

Segundo ela, o aumento do IPI pode não chegar ao consumidor se o governo garantir que não haverá elevação de preços dos insumos, como aço e madeira.

Luiza disse que durante a reunião os empresários explicaram a situação atual do mercado, que teve queda nas vendas nas últimas duas semanas porque as lojas tiveram que ficar fechadas por conta das manifestações em todo o País, mas, por outro lado, os empresários entendem que têm um trabalho fiscal a ser feito.

Luiza disse que, apesar disso, o pleito do setor é de que não houvesse o aumento do IPI.

Ela disse que os empresários trabalham no sentido de conseguir um pacto para que não haja impacto nos preços dos produtos incluídos no programa Minha Casa Melhor. Esse programa do governo financia a compra de eletrodomésticos como fogão e geladeira, com o compromisso de um desconto de 5% no preço pelo varejo.

O relator da proposta que desonera o transporte público no País, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), afirmou nesta quarta-feira que o projeto pode ser aprovado no Congresso em um prazo de 15 dias. Segundo ele, se a proposta for mesmo aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na próxima terça-feira, a Câmara pode votar o projeto na terça-feira da semana seguinte.

Segundo ele, a proposta em discussão prevê a desoneração de PIS e Cofins do óleo diesel e sobre equipamentos e a redução da alíquota da contribuição sobre a folha de salários de 2% para 0,5%. De acordo com Zarattini, também é preciso desonerar o transporte público de ICMS.

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O presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), relator da proposta no Senado, afirmou nesta quarta que, se não tivessem as manifestações, as chances de aprovação do projeto seriam pequenas. "As manifestações estão mudando o clima. O parlamento escuta as ruas e toma a decisão. Uma resposta dos Poderes seria muito importante", afirmou Lindbergh ao chegar para o encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Ele disse que os Estados e municípios terão que aderir à proposta em função das fortes manifestações e que, em razão disso, terão que perder receitas de ICMS e ISS.

Segundo Zarattini, a prova de que o governo tem interesse no projeto é a reunião com o ministro da Fazenda. De acordo com o deputado, com a desoneração, é possível chegar a uma redução nas tarifas de 10% a 15%. Ele acredita que a proposta será aprovada no prazo previsto por ele porque há urgência. "A urgência é política, que é o que mais interessa", disse.

O senador Lindbergh Farias informou que, pelos cálculos da consultoria do Senado, a perda fiscal para a União seria em torno de R$ 4 bilhões, mas o número ainda será conferido com o ministério da Fazenda.

O deputado federal de Pernambuco, Mendonça Filho (DEM), afirmou que o executivo federal copiou o seu Projeto Lei que foi apresentado à casa legislativa o ano passado e versa sobre a isenção do PIS e do Confins para o transporte público. Provavelmente essa semana o Congresso Nacional deverá apreciar uma Medida Provisória (MP) de autoria do Governo Federal que trata do mesmo assunto e poderá resultar na redução da passagem de ônibus.

O democrata argumentou que a parlamento apresenta proposta, mas as pautas de votação do legislativo são definidas pela Presidência da República, o que gera um engessamento de muitas matérias no Congresso Nacional. “Fico aqui a imaginar como é que o governo copia o meu projeto ao invés de simplesmente apresentar um requerimento de urgência para aprova-lo”, comentou o deputado ao conceder entrevista a uma rádio local.

O parlamentar também ressaltou que esta ação de copiar propostas da oposição também foi usada pelo Governo Federal no caso da desoneração da cesta básica. O projeto apresentado pelo deputado Bruno Araújo (PSDB) foi vetado a princípio pela presidenta Dilma (PT) que posteriormente enviou uma MP com o mesmo teor do que foi apresentado pelo tucano.

O projeto da Prefeitura de São Paulo de desonerar empresas que se instalarem na zona leste da capital irá incluir negócios com foco em Tecnologia da Informação (TI), call centers, educação profissional, entre outros, informou nesta terça-feira o secretário de finanças do município, Marcos Cruz. "Vamos trabalhar muito na área de TI, área de call centers e atendimento e na área de educação profissional e alguns outros", detalhou Cruz, após palestra no evento New Cities Summit, na zona sul da capital paulista.

O projeto da Prefeitura, que segundo Cruz faz parte do Arco do Futuro - promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad que prevê a descentralização da cidade -, irá desonerar empresários do pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e do Imposto Sobre Serviços. "O IPTU a gente está trabalhando com até o limite da isenção total para as empresas que se instalarem naquela região, dentro dos setores selecionados. O ISS, pensamos em uma redução de 5% para até 2%", disse.

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De acordo com Cruz, o projeto está sendo finalizado e ainda não tem data para ser enviado à Câmara dos Vereadores. "Devemos mandar para a Câmara nas próximas semanas. O que estamos discutindo (do projeto) é para ele ser simples, para que saia de fato do papel", ressaltou.

Relator da Comissão Mista da Medida Provisória (MP) 601, o senador Armando Monteiro (PTB-PE), se diz "frustrado" pelo fato de a MP não ter sido apreciada pela Câmara nesta quarta-feira, 22. "(Se tivesse sido aprovada na Câmara) Teríamos garantido a votação no Senado na próxima semana", disse. A MP dispõe sobre a desoneração da folha de pagamento para setores da economia e sobre o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra).

Ele destacou, no entanto, que acredita na aprovação da MP. "Se for votada (na Câmara) na segunda-feira (27), com acordo amplo das lideranças, é possível votar no Senado", avaliou. A MP caduca no dia 3 e, antes disso, precisa ainda ser aprovada pelo Senado. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), no entanto, anunciou na semana passada que não mais aceitará MPs que cheguem ao Senado com menos de sete dias de validade. A decisão de Calheiros ocorreu em meio a críticas pela tramitação relâmpago da MP dos Portos, que, para não perder a validade, foi aprovada pelos senadores no mesmo dia em que saiu da Câmara.

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Reafirmando que "a primeira opção é preservar o projeto de conversão", Monteiro avaliou que, caso a MP venha a caducar, há duas alternativas. O governo poderia reeditar uma outra medida sobre a mesma questão ou, ainda, incluir temas da 601 em outras MPs que tramitam pelo Legislativo. Neste caso, afirmou, precisaria haver "nexo temático entre as matérias". O relator da Comissão Mista da MP 601 disse que não teve conversas com a administração federal sobre possíveis alternativas.

O relatório de Monteiro sobre a MP, aprovado no dia 8 na comissão mista, prevê que o Reintegra seja prorrogado até dezembro de 2017. O texto original previa que o benefício vigoraria apenas até dezembro de 2013. Além disso, o parecer estende a desoneração da folha de pagamento para vários setores da construção civil e do varejo. Se aprovado, as empresas contempladas no relatório poderão trocar a contribuição previdenciária de 20% por um recolhimento de 1% a 2% do faturamento.

O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira (22) que o governo estima que pelo menos metade dos telefones celulares habilitados no País em 2014 serão smartphones, ou seja, equipamentos com acesso à internet 3G ou 4G. "A indústria do setor estima que este ano o porcentual já possa chegar a 35%, e a desoneração dos aparelhos deve ajudar", acrescentou, durante palestra no 57º Painel Telebrasil, organizado pelo sindicato das companhias de telecomunicações.

Bernardo comentou ainda ter a percepção de que há uma grande vontade no Congresso para a aprovação da chamada Lei de Antenas, que facilitará a instalação de novas torres de telefonia móvel. "Acreditamos que possamos ver o texto aprovado ainda neste semestre", voltou a dizer o ministro.

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O ministro lembrou que o governo deve licitar no primeiro semestre de 2014 a faixa de 700 megahertz (MHz) para a telefonia e internet de quarta geração. Atualmente, o serviço já é oferecido na faixa de 2,5 gigahertz (GHz) em cerca de uma dezena de municípios, incluindo as cidades sede da Copa das Confederações.

ICMS

Bernardo voltou a dizer que o governo Federal irá procurar os Estados para propor a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para banda larga fixa. "Alguns Estados, como o Espírito Santo, já têm iniciativas nesse sentido. Estudos mostram que a redução do tributo aumenta a base de assinantes dos serviços, o que compensa a arrecadação estadual", afirmou.

Relator da comissão mista que analisa a Medida Provisória (MP) 601/12, que estende a desoneração da folha de pagamento para setores da construção civil e o comércio varejista, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) afirmou nesta segunda-feira que o relatório ampliará o alcance do alívio ao varejo. Monteiro disse que "matérias estranhas à MP" não serão contempladas.

Ele afirmou que só aceitou adicionar na lista de desonerações os segmentos que preservam "o núcleo fundamental" e os que guardam "vínculo temático" com a MP. Perguntado, Monteiro não quis informar de quais áreas se referia nem quantas emendas - das 124 apresentadas - foram aceitas no parecer. O relator da comissão mista que analisa a MP 601/12 apresentará o relatório na reunião desta terça-feira (07). O deputado Paulo Ferreira (PT-RS), que preside a comissão, quer pôr a matéria em votação no mesmo dia.

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"(O relatório) vai ampliar o alcance do comércio varejista. Há atividades (do varejo) que não estavam contempladas", disse. Referente à construção, Monteiro confirmou que a desoneração da folha para construção pesada, setor que havia sido atendido por uma medida editada pelo governo em abril, constará no documento.

Reintegra

Outro ponto de destaque na MP é a prorrogação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que permite a desoneração de resíduos de tributos sobre produtos exportados. O relator da comissão mista que analisa a MP 601 afirmou que o parecer ampliará o prazo de vigência do regime, inicialmente previsto para o fim de 2013. "Ninguém pode atuar com um horizonte tão curto", defendeu. Sem especificar qual será a nova vigência proposta no parecer, Monteiro disse que trabalhará com "compromisso de oferecer ao setor exportador um horizonte mais longo possível".

As medidas anunciadas pelo governo para estimular o setor sucroalcooleiro pretendem "reforçar o etanol" e não há compromisso de redução imediata no preço do combustível para o consumidor, informa a presidente Dilma Rousseff.

"Não creio que seja uma decisão que eu possa tomar aqui. Eu chego e digo aqui para vocês: 'Olha, o preço vai ser assim ou assado'. Tem de ver como está o mercado. Eu não tenho como adiantar para vocês", afirmou a presidente, em entrevista no Planalto, nesta terça-feira, 23, ao ser questionada se o preço do etanol cairia com as medidas.

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Dilma citou que o governo vai aumentar o porcentual de mistura de álcool anidro à gasolina, de 20% para 25%, lembrando que isso é possível porque a produção de etanol aumentou. "Esse é um mecanismo muito tranquilo de regulação. Quando aumenta a produção, você consome mais."

De acordo com a presidente, o que importa é o consumidor ter a opção de encher o tanque do seu carro com gasolina ou etanol. Diante da insistência dos jornalistas se haveria redução de preço na bomba, a presidente respondeu: "Às vezes o preço compensa e às vezes não compensa. O fato de ser flexível é que justifica, hoje, nós termos dado um passo na direção da estabilidade desse setor".

Dilma mencionou ainda que, nos anos 1980, se usava mais o carro a álcool e hoje, prosseguiu, através de uma tecnologia, que é o uso do carro flex fuel, a pessoa escolhe o que quer e pode botar no seu veículo o que quiser de cada um dos combustíveis. "É isso que faz a diferença. Por isso que o Brasil tem hoje a possibilidade de ter, e eu acredito que teremos cada vez mais, um setor de etanol que vai ter dupla função: produzir para o mercado doméstico, mas tem todas as condições também de exportar."

Ao defender o etanol, a presidente falou da produtividade da nossa agricultura. "Quando se trata de cana-de-açúcar que vai virar etanol, ela é extremamente elevada se comparada com outras fontes. E também as nossas usinas, nós temos usinas modernas que são extremamente eficientes. Então, esse setor é um setor que veio para ficar e que nós sempre temos de, volta e meia, revisitar para ver o que pode ser feito para dar suporte para os nossos produtores."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considera possível acompanhar o uso correto dos benefícios anunciados nesta terça-feira, 23, para o setor de etanol. Em momentos de disparada dos preços da commodity, muitos produtores de cana-de-açúcar deslocam suas atividades do etanol para o açúcar. "Não vou dizer que é absolutamente perfeito, mas tem como a entidade financiadora acompanhar e garantir que (o recurso do financiamento) vá para o etanol", disse o ministro a jornalistas.

Segundo Mantega, a empresa que quiser acessar as linhas de crédito renovadas pelo governo tem que apresentar um projeto mostrando a finalidade dos recursos. Ele explicou que, hoje, parte da produção das usinas é açúcar e outra parte etanol e que, além disso, existe integração nas áreas de produção e distribuição.

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Longo prazo

Mantega enfatizou que o setor sucroalcooleiro precisa ser olhado a longo prazo. "O etanol tem que ocupar espaço muito maior do que tem hoje; podemos nos tornar o primeiro produtor do mundo", declarou, acrescentando que o posto é dos Estados Unidos atualmente. Para que o Brasil avance na posição, citou que é preciso ampliar as pesquisas, áreas plantadas e condições financeiras. "É nisso que estamos trabalhando. O Brasil precisará de vários bilhões de etanol por ano. No longo prazo, o setor será bem-sucedido."

O ministro explicou que as medidas anunciadas para o etanol e o setor químico sairão por Medida Provisória e valerão a partir de 1º de maio, data em que também entrará em vigor o aumento da mistura de etanol à gasolina, de 20% para 25%. Ele mencionou que, com esse pacote para o setor alcooleiro, deverá haver impacto sobre a balança comercial. "Queremos diminuir a importação de gasolina", disse.

O ministro admitiu que a existência da linha Prorenova. No ano passado, ofertou um total de R$ 4 bilhões, com desembolso de R$ 1,3 bilhão. "Agora é novo, terá também R$ 4 bilhões, só que com taxa de juros mais baixa. A condição está melhorando. Juro anterior de 8%, 9% ao ano. Agora é de 5,5%", comparou.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta terça-feira, 23, que o aumento de 20% para 25% de etanol anidro na gasolina vai reduzir o preço do combustível. Ele salientou, porém, que as medidas anunciadas nesta terça visam a viabilizar condições para que o setor realize investimentos. "Não quer dizer que vai repassar tudo para o preço, pode repassar uma parte. Aumento da produção é o que nos interessa", disse. "O setor precisa expandir produção."

O potencial de redução do preço do etanol com as medidas, no limite, conforme o ministro, é de R$ 0,12 por litro, mas ele mesmo destacou que nem tudo será repassado. "Não quer dizer que o setor vá repassar os R$ 0,12. Condição dada à indústria é que aumente investimentos e oferta. Com isso, o preço já vai ser reduzido.

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Ela também defendeu que as medidas anunciadas reduzem os custos das empresas com diminuição da incidência de tributos. "Isso só pode ajudar a diminuir inflação, e não elevá-la. Isso e o incentivo aos investimentos são elementos que beneficiam a contenção da inflação. Ambos são anti-inflacionários", argumentou.

O ministro anunciou que o governo vai reduzir a incidência de PIS e Cofins para o etanol, que atualmente é de R$ 0,12 por litro. A renúncia aos cofres públicos com a medida este ano será de R$ 970 milhões e nos demais anos, de R$ 1,181 bilhão.

Além da medidas de desoneração para o setor sucroalcooleiro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta terça-feira, 23, a redução de PIS e Cofins para o setor químico. A alíquota será diminuída de 5,6% para 1% na compra de matéria-prima da chamada primeira geração e de insumos na segunda geração. O setor ainda continuará com o direito de receber um crédito tributário de 9,25%. Com isso, disse Mantega, o crédito real sobe de 3,65% para 8,25%. "Estamos reduzindo o tributo dos principais elos da cadeia produtiva do setor químico para viabilizar mais competição com os produtos fabricados nos Estados Unidos", afirmou o ministro.

Ele afirmou que a redução de tributo irá vigorar até 2018, quando a alíquota de PIS e Cofins voltará ao patamar atual. Os tributos ficarão em 1% em 2013, 2014 e 2015. A partir de 2016, a alíquota volta a subir até atingir o patamar atual em 2018. Segundo o Ministério da Fazenda, a renúncia fiscal será de R$ 670 milhões por ano. "Será um período que a indústria terá um custo menor para alcançar o custo das concorrentes", disse.

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A diretora de economia e estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fátima Ferreira, disse que a desoneração da produção é importante para o País, para a indústria como um todo. "Estamos com 80% da capacidade instalada, com ociosidade elevada e riscos elevados", afirmou. Para ela, a medida veio em "excelente hora", pois dá "certo alívio" ao setor.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o governo vai reduzir a incidência de PIS e Cofins para o etanol, que atualmente é de R$ 0,12 por litro. "Vamos dar crédito de PIS e Cofins correspondente a esse valor e, assim, vamos neutralizar seu impacto", explicou. "É como se fosse zero (a incidência desses tributos) e a indústria vai ter estímulo adicional para se expandir", considerou. A renúncia aos cofres públicos com a medida este ano será de R$ 970 milhões e nos demais anos, de R$ 1,181 bilhão.

Além disso, Mantega anunciou uma linha, chamada de Pró-Renova com disponibilidade de crédito de R$ 4 bilhões, para a renovação da plantação de cana e para novas plantações. "Portanto, é para renovação e novos investimentos", disse.

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A linha, que é um programa do BNDES, conforme Mantega, é muito "conveniente", com prazo de 72 meses e carência de 18 meses, além de taxa de juros de 5,5% ao ano. O custo da equalização será de R$ 334 milhões. Além disso, o ministro anunciou uma linha para estocagem com prazo de 12 meses e juros de 7,7% ao ano.

No início do anúncio, Mantega afirmou que é preciso estimular investimentos e produção de etanol. "Hoje, o Brasil é o principal produtor de açúcar do mundo e o segundo maior de etanol", comparou. "Mas precisamos ampliar os investimentos para aumentar a oferta e a mistura com a gasolina, substituindo uma parte do consumo de gasolina", continuou.

O ministro lembrou que a primeira medida para o setor já foi anunciada há alguns meses, que é o aumento de 20% para 25% da quantidade de álcool anidro na gasolina. O aumento do mix começará em 1º de maio. "Temos condição de fazer isso porque a área plantada se expandiu de 8% a 10% e a safra 2012/13 é muito boa. Tem expansão de mais de 10%. Com isso, teremos etanol suficiente para a mistura", considerou.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que os produtores do setor sucroalcooleiro se manifestaram satisfeitos com as medidas. Segundo ele, a produção de etanol se elevará este ano para cerca de 28 bilhões de litros, ante uma safra anterior de 23 bilhões de litros. "Estamos, com isso, procurando manter esta alternativa do setor energético", afirmou. Lobão disse que o governo não abandonará a produção de etanol no Brasil.

Com a desoneração dos smartphones, o setor de telecomunicações espera que haja uma ampliação do uso do tráfego de dados para internet móvel 3G, que vem apresentando falhas diante do aumento da utilização dos serviços nos últimos tempos. Para o presidente do sindicato das teles (Sinditelebrasil), Eduardo Levy, a medida do governo, que deverá baratear os aparelhos em cerca de 10%, vai aumentar a demanda pelos serviços de dados. A situação, porém, ocorre quando o País passa a contar com 4G, o que tende a desafogar os serviços 3G.

"O cliente do 4G tem um perfil de maior uso de dados, que paga mais pelo serviço, deixando o tráfego em 3G mais livre. O 4G, naturalmente, vai trazer uma melhora ao 3G", declarou Levy à Agência Estado.

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Segundo ele, o setor ampliou os investimentos para dar conta do aumento da demanda por serviços de dados, que têm como um de seus principais gargalos a dificuldade para a instalação de novas antenas radiobase. Uma nova lei está em tramitação no Congresso para facilitar a construção da infraestrutura.

Levy afirmou, porém, que o setor conseguiu dobrar a velocidade de instalação de novas antenas desde o ano passado, e que vem negociando com alguns municípios uma flexibilidade para a construção da infraestrutura necessária para ampliar o tráfego de dados. O dirigente ressaltou que hoje "o País está ativando um smartphone por segundo" e, ao mesmo tempo, reduzindo o custo das tarifas cobradas dos usuários. "Isso gera um bom desafio para o setor", afirmou.

Para ele, as teles seguirão investindo na melhoria dos serviços, sob pena de perda dos clientes para a concorrência. "Estamos próximos de atingir os objetivos de meta de qualidade. Mesmo com as dificuldades, a rede está trafegando numa velocidade melhor", avaliou. Segundo Levy, a medição dos índices de qualidade dos serviços das teles, por parte da Anatel, também evoluiu.

Empresas

Por meio das assessorias de imprensa, as teles informaram que estão analisando o teor da medida, assim como os requisitos técnicos para o enquadramento dos aparelhos dentro da desoneração.

A TIM afirmou que vai entrar em contato com os fabricantes para verificar os procedimentos necessários para a adoção dos benefícios e possível redução dos preços dos smartphones em suas lojas.

A Telefônica/Vivo afirma que tomará as providências e realizará os ajustes necessários para repassar o benefício aos clientes.

A Oi também apoia a medida e avalia que a desoneração vai democratizar o acesso ao serviço de internet móvel no País.

A desoneração de tributos federais incidentes sobre a venda de aparelhos smartphones vai reduzir os preços dos aparelhos em, ao menos, 7% para os consumidores, segundo o presidente Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. "Somente com a desoneração, os preços devem cair 7%. Mas, dependendo da estratégia dos fabricantes, esse porcentual pode até ser maior, como forma de ganhar fatia de mercado", disse Barbato.

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta terça-feira decreto que zera as alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep e Cofins incidentes sobre a receita bruta decorrente de venda de smartphone, tipo de celular que permite acesso à internet. Para garantir o benefício, o valor de venda no varejo desses produtos não poderá exceder os R$ 1,5 mil. O incentivo atinge apenas os bens produzidos no País, conforme processo produtivo básico estabelecido pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e da Ciência, Tecnologia e Inovação.

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Segundo Barbato, a desoneração deverá contribuir para que as vendas de smartphones cresçam cerca de 80% este ano, atingindo 29 milhões de unidades. "O smartphone já vem ganhando terreno no mercado de telefonia e, com a redução dos preços, deve avançar sobre os modelos tradicionais."

Barbato avalia que, "tranquilamente", a partir de 2014, mais da metade dos aparelhos de telefone vendidos no País já sejam os smartphones. Neste ano, eles devem representar cerca de 44%. "Os telefones com menores funções vão começar a cair em desuso", afirmou.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira que a desoneração dos smartphones já deixará os aparelhos mais baratos no Dia das Mães. Como a redução a zero da alíquota do PIS/Cofins se dará na venda dos produtos, a medida valerá inclusive para os estoques das lojas.

"Quem quiser dar o smartphone de presente para as mães já terá esse benefício", disse o ministro ao deixar a comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, onde participou de audiência pública.

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Bernardo, que prometeu editar uma portaria ainda esta semana para regulamentar o decreto publicado nesta terça-feira, disse que o aumento da demanda de internet móvel terá que ser atendido pelas companhias de telecomunicações. "Vamos cobrar qualidade no serviço. Hoje temos 65 milhões de pontos de internet móvel e a estimativa é termos 130 milhões no fim de 2014. E as empresas terão que se virar para dar conta dessa demanda", disse.

A estimativa inicial de renúncia fiscal do governo era de R$ 500 milhões por ano, mas segundo o ministro, como a medida está entrando em vigor em abril, em 2013 esse valor será menor. "Tudo também depende do ritmo de vendas. Se houver mais comércio de aparelhos, a renúncia tende a ser maior", afirmou.

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