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A Ucrânia informou nesta terça-feira (17) que 22 pessoas ainda estão desaparecidas, após um ataque com míssil contra um prédio residencial em Dnipro, que deixou pelo menos 44 mortos.

A Presidência ucraniana informou que o corpo de uma criança foi encontrado em meio aos escombros na manhã desta terça-feira.

"Trinta e nove pessoas foram resgatadas, entre elas seis crianças; 44 pessoas morreram, incluindo quatro crianças; e 79 pessoas ficaram feridas, das quais 16 são menores", disseram os serviços de resgate ucranianos nesta terça, em seu último balanço.

O prefeito de Dnipro, Borys Filatov, confirmou o número de 44 mortos no Facebook.

E este número pode aumentar. As equipes de resgate fazem o possível para encontrar as pessoas que continuam desaparecidas entre os grandes blocos de concreto.

"Vinte e duas pessoas ainda estão sendo procuradas", disseram os serviços de resgate ucranianos no Telegram na manhã desta terça-feira.

O atentado é um dos mais mortais cometidos contra civis desde o início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

No sábado, um míssil atingiu um prédio residencial em Dnipro, arrasando "mais de 200 apartamentos", segundo Kyrylo Tymoshenko, assessor da Presidência ucraniana.

Em seu discurso diário, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu na segunda-feira que "todas as pessoas culpadas desse crime de guerra serão identificadas e levadas à Justiça".

A Rússia nega qualquer envolvimento no ataque.

O bombardeio em Dnipro levou à demissão de um assessor da Presidência ucraniana, cujas declarações sobre um possível erro das tropas ucranianas para explicar o ataque mortal causaram grande revolta na população.

"Um erro fundamental e, em seguida, a renúncia", escreveu Oleksiy Arestovych no Telegram para explicar sua saída.

O número de mortos em um ataque no sábado de míssil russo contra um prédio na cidade de Dnipro, no sudeste da Ucrânia, subiu de 23 para 29 neste domingo, 15, informou o governador regional. Equipes de resgate ainda tentam retirar os sobreviventes dos escombros.

Profissionais de emergência trabalharam durante a noite no prédio residencial onde viviam cerca de 1,7 mil pessoas.

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As mortes relatadas no Dnipro foram o maior número de civis mortos em um só lugar desde o ataque russo de 30 de setembro na região de Zaporizhzhia, de acordo com o projeto The Associated Press-Frontline War Crimes Watch.

Os ataques russos ocorreram no sábado e também visaram a capital, Kiev, e a cidade de Kharkiv, no nordeste do país.

A Rússia disparou 33 mísseis de cruzeiro no sábado, dos quais 21 foram abatidos, afirmou o general Valeriy Zaluzhny, comandante-em-chefe das forças armadas ucranianas.

O míssil que atingiu o prédio foi um Kh-22 lançado da região de Kursk, na Rússia, segundo o comando militar da Força Aérea. A Ucrânia não possui um sistema capaz de interceptar esse tipo de arma.

O presidente Volodymyr Zelenskyy informou que pelo menos 73 pessoas ficaram feridas e 39 pessoas foram resgatadas até a tarde de domingo. O governo da cidade em Dnipro disse que 43 pessoas foram dadas como desaparecidas.

Neste domingo, as forças russas atacaram uma área residencial na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, disse o governador regional Yaroslav Yanushevych em um post no Telegram.

Segundo informações preliminares, duas pessoas ficaram feridas.

Pelo menos 21 pessoas morreram em Dnipro, segundo um novo balanço divulgado neste domingo (15) pelas autoridades ucranianas, um dia depois de um míssil russo ter caído sobre um prédio desta cidade do leste da Ucrânia.

Segundo as autoridades, mais de 40 pessoas ainda estão desaparecidas após o ataque, que aconteceu em meio às comemorações do Ano Novo ortodoxo.

Pelo menos 21 pessoas morreram e outras 73 ficaram feridas no bombardeio do prédio, disse Mykola Lukashuk, chefe do conselho regional. Uma menina de 15 anos estava entre os mortos, segundo as autoridades.

"As operações de resgate continuam. Não se sabe o paradeiro de mais de 40 pessoas", disse o chefe da administração militar da região de Dnipropetrovsk, Valentyn Reznichenko.

Uma mulher foi resgatada depois de passar horas nos escombros, disseram as autoridades na manhã deste domingo.

Um vídeo postado pelos serviços de emergência ucranianos no Facebook e no Telegram mostrou equipes de resgate trabalhando à noite entre os escombros do prédio.

O saldo anterior era de 14 mortos e 64 feridos.

De acordo com a Presidência ucraniana, entre 100 e 200 pessoas ficaram desabrigadas após este ataque e cerca de 1.700 moradores de Dnipro ficaram sem eletricidade ou calefação.

No sul, em Kryvyi Rig, uma pessoa morreu e outra ficou ferida após o bombardeio contra prédios residenciais, segundo um balanço oficial.

No total, "o inimigo realizou três ataques aéreos e cerca de cinquenta disparos de mísseis no dia" de sábado, especificou o Estado-Maior do Exército ucraniano. "Os ocupantes lançaram 50 ataques com vários lançadores de mísseis", acrescentou.

- Tanques do Reino Unido -

Depois destes novos bombardeios contra instalações energéticas, grande parte das regiões do país registaram cortes de energia.

"É possível parar o terror russo? Sim, é possível. Isso pode ser feito de outra forma que não seja no campo de batalha na Ucrânia? Infelizmente, não", disse o presidente ucraniano Volodimir Zelensky.

"O mundo deve acabar com esse mal", insistiu o presidente, reiterando seu pedido aos países ocidentais para que forneçam mais armas.

O Reino Unido prometeu no sábado fornecer "nas próximas semanas" 14 tanques Challenger 2 para a Ucrânia.

Esta entrega reflete "o compromisso do Reino Unido em intensificar seu apoio à Ucrânia", disse o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, ao líder ucraniano em uma conversa por telefone.

O Reino Unido se tornou o primeiro país a enviar esse tipo de tanque para a Ucrânia. Zelensky saudou a decisão de Londres, que "não apenas nos fortalecerá no campo de batalha, mas também enviará o sinal certo para outros parceiros".

A diplomacia russa reagiu ao anúncio garantindo que a decisão apenas “intensificará” o conflito, “gerando mais vítimas, inclusive entre a população civil”.

Os aliados de Kiev já entregaram quase 300 tanques soviéticos modernizados, mas nunca tanques pesados de fabricação ocidental.

- "Disciplina rígida" -

Na linha de frente, a cidade de Soledar, no leste da Ucrânia, permanece "sob controle ucraniano", disse o governador da região de Donetsk, Pavlo Kirilenko, no sábado.

Soledar, a cerca de 15 quilômetros de Bakhmut, é uma das áreas "mais quentes" do conflito, disse ele na televisão.

De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos Estados Unidos, "é altamente improvável que as forças ucranianas consigam manter posições na mesma cidade de Soledar".

No meio da semana, o grupo paramilitar russo Wagner reivindicou o controle da cidade.

Quando o Ministério da Defesa russo alegou ter capturado Soledar alguns dias depois, não mencionou Wagner. Mais tarde, porém, o ministério divulgou um comunicado destacando a "coragem" das forças do grupo.

O chefe do grupo paramilitar, Yevgeny Prigozhin, elogiou suas tropas, muitas vezes apresentadas como rivais das forças regulares do Exército russo.

"O mais importante é o sistema de comando, que foi aperfeiçoado de maneira ideal. O grupo Wagner ouve todo mundo, todo mundo pode dar sua opinião", disse ele em um vídeo divulgado na noite de sábado.

Mas "uma vez que a decisão foi tomada, todas as missões foram executadas, ninguém pode voltar atrás", disse ele na gravação, ao lado do comandante de Wagner na batalha de Soledar.

"É a disciplina mais rígida que nos dá essa possibilidade", acrescentou.

A tomada de Soledar significaria uma importante vitória militar simbólica para Moscou, após os reveses sofridos por suas tropas desde setembro.

Finalista da Liga Europa na temporada passada, o Dnipro Dnipropetrovsk, da Ucrânia, foi banido de competições continentais por problemas financeiros. A punição imposta pela Uefa atinge outros dois clubes europeus. São eles: o Inter Baku, do Azerbaijão, e o Targu Mures, da Romênia.

Todos esses times haviam recebido a determinação da Uefa, no final de janeiro, de pagar suas "dívidas vencidas", com o alerta de que se não o fizessem, seriam punidos com a proibição de participarem de competições europeias. Agora eles foram efetivamente sancionados.

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A Uefa explicou que os três clubes estão proibidos de participarem da próxima competição europeia que se classificarem em um período de três anos. Anteriormente, o Astra Giurgiu, da Romênia, também havia recebido o mesmo ultimato da entidade, mas agora não está entre os clubes punidos.

O Dnipro vem sofrendo com problemas financeiros que se agravaram com o momento de instabilidade político na Ucrânia. Ainda assim, na temporada passada, o clube se classificou para a decisão da Liga Europa, mas acabou sendo derrotado por 3 a 2 para o Sevilla.

O meia brasileiro Matheus passa bem depois de desmaiar em campo nos minutos finais da final da Liga Europa, entre o time dele o Dnipro, e o Sevilla, em Varsóvia, na Polônia. O jogador chegou a ser levado para um hospital da cidade, mas passa bem, de acordo com o clube ucraniano no qual atua.

Matheus subitamente caiu desfalecido no gramado aos 40 minutos do segundo tempo, causando apreensão nos jogadores e em quem acompanhava a partida final da competição. Ele deixou o campo de maca, desacordado, e foi direto para um hospital.

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De acordo como o técnico Myron Markevych, o jogador passa bem. O Dnipro, por sua vez, publicou no seu site oficial que Matheus recuperou a consciência no caminho para o hospital e está apenas com o nariz quebrado. Antes de desmaiar, ele sofreu um choque de cabeça com o zagueiro Tremoulinas, do Sevilla.

Matheus, de 32 anos, é um dos três brasileiros que entraram em campo na final desta quarta-feira, vencida pelo Sevilla por 3 a 2. Além de Matheus, que fez carreira em Portugal e está desde 2011 no Dnipro, o time ucraniano conta com o meia Léo Matos e o zagueiro Douglas. Este último teve longa passagem pelo Vasco.

A fase de playoffs da Liga Europa, a que vale classificação para a fase de grupos da competição, tem nesta semana a realização de 31 confrontos. Dois deles foram disputados nesta quarta-feira, com destaque para a estreia vitoriosa da Internazionale. Na Islândia, a equipe de Milão derrotou o Stjarnan por 3 a 0 e agora leva uma grande vantagem para o jogo da volta, na próxima quinta, dia 28, no estádio Giuseppe Meazza.

O time italiano dominou a partida. No final do primeiro tempo, aos 40 minutos, o lateral-esquerdo brasileiro Dodô (ex-Corinthians) aproveitou uma falha da defesa islandesa e cruzou na medida para o centroavante Mauro Icardi abrir o placar. Na segunda etapa, o mesmo Dodô fez o segundo gol, aos três, e D´Ambrósio marcou o terceiro já aos 44 minutos.

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No outro duelo desta quarta, o Dnipro não pôde jogar em seu estádio - viajou até Kiev, a capital da Ucrânia -, mas saiu na frente contra o Hadjuk Split, da Croácia. Venceu por 2 a 1 e leva a vantagem do empate para a partida da volta, em território croata.

Nesta quinta, mais 29 partidas serão realizadas. Os destaques são: Astana (Casaquistão) x Villarreal (Espanha), AEL Limassol (Chipre) x Tottenham (Inglaterra), PSV Eindhoven (Holanda) x Shakhtyor Salihorsk (Bielo-Rússia), Lokeren (Bélgica) x Hull City (Inglaterra), Lyon (França) x Astra Ploiesti (Romênia), RNK Split (Croácia) x Torino (Itália), Real Sociedad (Espanha) x Krasnodar (Rússia) e FK Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) x Borussi Mönchengladbach (Alemanha).

Os 31 classificados à fase de grupos se juntarão aos 10 eliminados da fase de playoffs da Liga dos Campeões da Europa e outros sete clubes previamente classificados. São eles: Sevilla (atual campeão, da Espanha), Everton (Inglaterra), Fiorentina (Itália), Dínamo de Kiev (Ucrânia), Estoril (Portugal), Guingamp (França) e Wolfsburg (Alemanha).

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