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Em e-mail enviado a policiais, o delegado-geral adjunto da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Waldir Antonio Covino Junior, afirma que corporação vive uma situação orçamentária "caótica" e "alarmante" e pede que os delegados elaborem planos de contingência que reduza o impacto da "absoluta indisponibilidade financeira". Nesta terça-feira, 25, após o documento ter sido vazado, o secretário estadual de Segurança Público, Mágino Alves Barbosa Filho, classificou a mensagem de "precipitada" e disse que há previsão de liberação de crédito suplementar.

"Procedimentos foram encaminhados objetivando, ao menos, amenizar a deficiência, contudo sem sucesso, o que faz com que se avizinhe quadro de absoluta indisponibilidade financeira", escreveu o delegado-geral adjunto aos subordinados.

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Segundo Covino Junior, o plano de contingência tem de considerar despesas, recursos existentes e os "compromissos assumidos" para determinar quais "atendimentos" serão suspensos temporariamente.

"Exemplificando: sem possibilidade de novas aquisições de materiais de consumo, quais unidades deverão ser temporariamente suspensas e a partir de qual data. Sem recebimento de recursos suplementares para despesas com combustíveis, a partir de quando não será possível abastecer viaturas e aeronaves. Sem disponibilização de recursos suplementares para despesas contratuais (limpeza, impressão, corporativa, manutenção predial ou de viaturas), quando serão suspensos os serviços e quais unidades deverão ter o funcionamento temporariamente suspenso", escreveu. Ele define como prazo para recebimento dos planos de contingência esta sexta.

Na tarde desta terça-feira, Mágino classificou como "precipitada" a mensagem de Covino Junior. "Isso é uma precipitação da delegacia-geral adjunta de soltar esse e-mail porque havia já um crédito suplementar de R$ 4.134.310. Ficou evidente a precipitação desse pedido de suplementação, já que o crédito tramita desde 2 de junho", afirmou ontem, durante evento na sede da secretaria para divulgação de dados de criminalidade.

Pacote para a PM

O documento veio à tona no mesmo dia em que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) divulgou um "pacote de segurança" para a Polícia Militar. Além da compra de 72 viaturas para o Comando de Policiamento da Capital (CPC), o governador autorizou a abertura de concurso público para 2,2 mil soldados e 221 oficiais da PM.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a onda de violência que atingiu a zona norte de São Paulo, no começo da semana, a Polícia Civil iniciou na noite de quinta-feira (08) uma operação que envolveu agentes das 13 delegacias da área para identificar os autores dos assassinatos ocorridos na região. Até agora, houve pelo menos dez homicídios após a execução da soldado da PM Marta Umbelina da Silva, no sábado (03).

Segundo o responsável pela 4.ª Delegacia Seccional, Cosmo Stikovics Filho, participam da ação 150 policiais. A ideia é monitorar toda a região das 21h às 6h. Até as 23h, os policiais já haviam apreendido 22,5 kg de cocaína pura e detido um traficante.

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Policiais civis dizem acreditar que, pelas características, pelos menos três crimes ocorridos na região desde o fim de semana passado tenham relação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Um deles seria a morte de Marta, assassinada com mais de dez tiros pelas costas, na frente da filha de 11 anos, no sábado à noite, na Vila Brasilândia.

A zona norte já foi alvo de outras operações nesta semana. Cerca de 200 homens do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) seguiram até a Brasilândia na terça-feira (06). Na quarta (07), foi a vez de a PM realizar a Operação Saturação em 19 bairros da região.

Violência

Pelo menos nove pessoas foram assassinadas entre a quarta-feira (07) à noite e a madrugada de quinta-feira (08) na Região Metropolitana - cinco foram mortas em confronto com agentes de segurança. Em Cotia, guardas-civis metropolitanos entraram em confronto com suspeitos na madrugada - dois morreram e dois foram presos. No dia anterior, um guarda de Cotia foi baleado em suposta tentativa de assalto.

Nos Jardins, na zona sul da capital, um suspeito morreu ao trocar tiros com a PM após assaltar uma loja de conveniência em um posto de gasolina. Em Diadema, no ABC paulista, um homem foi morto e outro acabou preso na noite de quarta-feira (07) ao, supostamente, trocarem tiros com a PM quando assaltavam um veículo.

Em Itaquaquecetuba, um homem morreu e outro foi preso após um tiroteio com PMs. A Polícia Civil ainda registrou mortes na Vila Matilde, na zona leste, e em Taboão da Serra, Itapevi e Embu das Artes, na Grande São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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