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O Projeto de Lei 6477/13, da deputada Sandra Rosado (PSB-RN), está tramitando atualmente em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Educação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania do Senado. A proposta prevê a ampliação na concessão de bolsas que antes eram destinadas para formação inicial de professores da educação básica que não possuíam títulos, em nível médio ou superior, passando a atender todos os profissionais da área, incluindo atividades técnicas e administrativas.

As bolsas poderão ser usadas também na formação continuada e participação em projetos de pesquisa. O projeto ainda receberá análise das comissões de Educação; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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Com informações da Agência Câmara de Notícias

 

 

Diferentemente do que muitos imaginam, a terceira idade não é sinônimo de inatividade e problemas de saúde. Há muito tempo que a velhice deixou de ser uma etapa monótona da vida e se transformou em uma fase para se buscar novas oportunidades de aperfeiçoamento intelectual e de entretenimento. Cursos de idioma, informática, aula de dança, ou até mesmo, o ingresso numa faculdade: são inúmeras as oportunidades para esse público cada vez mais ativo, interessado e cheio de vontade de aprender.

O estudante Zacarias Bezerra, 80 anos, é um exemplo de sabedoria e de que não existe idade certa para estudar. “Eu comparo a vida a uma bicicleta: você tem que estar sempre andando porque, no dia em que você parar, cai. Assim, são os estudos. Se não procurar estar atualizado, sempre lendo e estudando, a mente não funciona”, afirma.

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Ele, que ingressou a pouco mais de três meses num curso gratuito de idiomas, diz ter encontrado no ensino da língua inglesa uma forma de rebuscar conhecimentos já adquiridos tempos passados. “Eu fazia cursos online de inglês, o que me ajudou a ter um bom vocabulário. Mas, resolvi optar por um curso presencial porque as aulas acompanhadas de um professor conta muito para reforçar o conteúdo e também estimula o aprendizado. Hoje, posso dizer que minha pronúncia melhorou consideravelmente”, explica. “Eu sou bom em francês desde adolescente, mas me interessei pelo inglês porque é o único idioma que ainda desbanca como língua universal. Quem não tiver um conhecimento básico, fica por fora de oportunidades”, completa.

Bezerra também fala da importância de buscar conteúdos fora da sala de aula. “Uma forma que encontro para pôr em prática os estudos, é buscando outras fontes de informação. Pesquisar em sites, assistir seriados e filmes legendados, além de escutar artistas internacionais têm sido grandes alicerces. É nesse meio que acabo descobrindo novas palavras e aproveito para compartilhar com os colegas de classe e com a professora”, diz. Sobre quem diz não ter tempo para estudar, ele comenta: “Nessa vida, há tempo para tudo, o segredo é saber administrar os horários. Se qualificar, seja no que for, deve vir em primeiro lugar”, conclui.

Faculdade como opção de realização profissional

Retornar às salas de aula é um desafio para profissionais que decidem mudar de carreira ou se especializar em um determinado segmento de atuação. Enfrentar uma nova graduação não é um procedimento simples para quem ainda está no mercado de trabalho ou já se aposentou, porém muitos decidem voltar à faculdade para expandir seus horizontes e, assim, realizar-se profissionalmente.

Assim fez Sidnei Pires, 71 anos, formado em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele, que exerceu a profissão durante, aproximadamente, 40 anos, e resolveu ingressar, em 2009, numa faculdade de jornalismo.

Formado na área de comunicação social desde dezembro do ano passado, Pires conta que foram os movimentos estudantis em defesa do ensino público gratuito e de boa qualidade que os despertaram para o jornalismo. “A política, que exerci desde os tempos acadêmicos, em que defendíamos um ensino público gratuito e de boa qualidade, continuou também na vida profissional, em que eu lutava junto às instituições de representação da categoria médica pela melhoria e qualidade da saúde pública. As lutas e engajamento político que me abriram portas para o jornalismo, pois eu testemunhei uma época em que a sociedade estava passando por um grande déficit ideológico, dominada pela procissão única do neoliberalismo”, relembra.

E foi na faculdade que ele encontrou um meio de disseminar seus projetos. “Há alguns anos participo, como colunista, do Portal Vermelho e ando fazendo pesquisas para um livro sobre o povoamento da região do Alto Pajeú, desde os primeiros embates entre os nativos tapuias e os fidalgos da Casa da Torre dos tempos de Tomé de Souza”, fala. “O jornalismo contribuiu muito para o aprendizado das várias linguagens, como instrumentos de alcance e interação com diferentes tipos públicos”, complementa o jornalista.

Em relação aos planos futuros na carreira jornalística, Sidnei Pires já tem metas: “Pretendo divulgar, atualizar, ampliar e dar continuidade a uma experiência de blogueiro. Para isso, acabo de dar uma cara nova ao meu antigo blog Boletim H.S Liberal, que passa a se chamar agora, Boletim Sidnei Pires. Assim, almejo continuar a escrever e pesquisar sempre”.

A esposa de Pires, Leila Jinkings, 58 anos, também optou pelos caminhos da comunicação. Formada em arquitetura pela Universidade de Brasília (UnB), ela explica que a graduação lhe estimulou na área de fotojornalismo. “Como arquitetura é um curso voltado para ciências humanas, nós tínhamos cadeiras que nos aproximavam da sociedade. Nisso, chegávamos a fazer entrevistas e registrar, por meio de fotos, o contexto social como um todo, o que me aproximou da comunicação”, conta.

“Nas décadas de 80 a 90, eu ingressei no fotojornalismo, o que me rendeu vários trabalhos para revistas de renome como IstoÉ e Veja. Apenas em 2008, é que resolvi ingressar no curso de jornalismo para ter um conhecimento mais amplo no segmento”, afirma a, também, jornalista.

Diferentemente de Sidnei Pires, Leila se identifica com a área audiovisual, com foco em direção e roteiro. “Já estou arquitetando abrir uma produtora para divulgar meus trabalhos audiovisuais. A ideia já existe, só falta a aprovação do Cadastro Geral de Contribuintes (CGC) e outros processos burocráticos em que eu já estou providenciando. Num dos últimos projetos, está o documentário que realizei junto com Sidnei sobre a trajetória do desaparecido político na época da ditadura Hiram de Lima Pereira. É um dos trabalhos mais emocionantes que já fizemos e que nos garantiu um dez no Trabalho de Conclusão de Curso”, comemora.

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