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A educação é uma área considerada importante para grande parte da população e sua gestão passa pela escolha eleitoral, quando decidimos quem estará à frente de cargos das casas legislativas e do poder executivo, como prefeituras, câmara de vereadores, governos dos estados e federal. Isso se torna ainda mais forte quando falamos de educação pública.

Diante do fato e com a aproximação da data do pleito do segundo turno das eleições municipais de 2020, que são realizadas em meio a uma pandemia de Covid-19 que impôs enormes desafios no setor educacional, torna-se especialmente importante pensar nas propostas de cada candidato para a área. Pensando em auxiliar o eleitor recifense que voltará às urnas no domingo (29), após uma campanha acirradíssima para decidir se a capital de Pernambuco será comandada pela petista Marília Arraes ou pelo candidato do apoiado pela atual gestão, João Campos, do PSB, o LeiaJá preparou uma reportagem reunindo as principais propostas de ambos para a educação da cidade pelos próximos quatro anos. 

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João Campos (PSB)

Em texto encaminhado por sua equipe de assessoria de comunicação, o candidato a prefeito João Campos afirmou que enquanto estiver na vida pública, a educação será sua prioridade “e prioridade é mais do que discurso”. Nas palavras dele, a área será colocada “no orçamento, na agenda do prefeito”. 

Além de destacar ações desenvolvidas em sua vida pública como deputado federal, o candidato apresentou como propostas a alfabetização de crianças e criação de programas para criar vagas para estudantes que possam se tornar mão de obra para o Porto Digital. 

“Em Brasília, fui um dos fundadores da Comissão Externa que Fiscalizou o MEC, membro da Comissão de Educação, um dos autores do Projeto de Lei que propõe a reformulação do ensino técnico no Brasil e, enquanto candidato a prefeito, já assumi o compromisso de dobrar o número de creches no Recife. Além disso, vou criar as condições para alfabetizar na idade certa todas as crianças até os 7 anos de idade. Fechando este tripé, que fará a educação dar um salto de qualidade para figurar entre as primeiras do Brasil, vamos criar o Embarque Digital. O programa disponibilizará 500 vagas por ano para cursos voltados às demandas do Porto Digital”, afirmou o candidato ao LeiaJá por meio de nota.

Em seu plano de governo, que pode ser conferido na íntegra, o pessebista alega que “novas frentes devem ser abertas para garantir, por exemplo, a implantação de espaços para atividades específicas com crianças, priorizando a atenção especial para deficiência ou limitação motora e cognitiva”.

O candidato elogia a gestão dos últimos oito anos, afirmando que “a estratégia posta em prática na educação municipal foi o início de uma intensa mudança de padrão da infraestrutura e pedagógico". "Os principais desafios apontam para a universalização das oportunidades de educação de qualidade para todos, com atenção especial à primeira infância”, acrescenta o filho de Eduardo Campos.

Assim, inicia um discurso pautado na ideia de continuidade e aprimoração. “Implica continuidade de projetos e programas já implantados, mas garantir outros avanços inadiáveis na qualidade do processo de aprendizagem, das práticas e métodos pedagógicos e de ambiente educacional adequado, com valorização dos profissionais da educação e do desempenho escolar. Para que a rede possa estimular habilidades de enfrentar desafios, trabalhar em grupo de forma motivadora e lidar com equilíbrio e resiliência para resolver problemas. Para exercer uma cidadania consciente, ativa e responsável”, diz o plano de governo, sem dar mais detalhes sobre as políticas públicas planejadas para implementar as ideias propostas.

No que diz respeito à educação para o trabalho, o candidato propõe “estruturação de espaços para organização de cooperativas nas regiões da cidade, orientando a oferta de cursos profissionalizantes e formação empreendedora para as demandas registradas e reorganizando a rede existente para integração com todo o sistema de geração de oportunidades de emprego”.

Marília Arraes (PT) 

A respeito da educação, o programa de governo da candidata a prefeita do Recife pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Marília Arraes, começa falando sobre os desafios da atual conjuntura da cidade, expressando o desejo de promover “a educação pública, gratuita, de qualidade, laica e livre de censuras”. 

Como exemplos de boa gestão anterior na educação, a candidata cita “políticas públicas implantadas nos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma, que estão presentes aqui no Recife". "Programas e investimentos desenvolvidos, tais como: (...) O  [programa] de Acesso ao Ensino Técnico e emprego (Pronatec), o da Universidade para todos (Prouni), a criação da Farmácia Popular, o Piso Nacional de Educação”, consta no plano de governo.

Sobre as propostas para um eventual mandato como prefeita, a candidata fala que a “democratização do acesso aos bens culturais será um vetor de combate às desigualdades”. “No nosso governo, os territórios periféricos vão receber atenção redobrada no estabelecimento das políticas de cultura. Incentivaremos as atividades culturais e suas interfaces com a educação, o turismo, o meio ambiente, a saúde e o esporte e o lazer, criando e executando projetos envolvendo várias secretarias, entendendo a cultura como um tema transversal”, diz o plano.

Sem mais detalhes práticos sobre a maneira como as ideias seriam implementadas, Marília também diz, em seu plano de governo, que sua gestão “garantirá o direito ao acesso da população, de todas as idades, ao esporte e lazer em seus bairros e comunidades, onde as escolas municipais terão um papel fundamental”. 

O LeiaJá solicitou entrevistas a ambos os candidatos para detalhar mais suas ideias para a educação, mas não foram concedidas, sob o argumento de que suas agendas de campanha estavam lotadas.

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