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Depois da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, ressaltar o baixo número de mulheres que conseguiram conquistar uma vaga na Corte, aumentaram as discussões sobre a participação feminina em espaços de poder no país. A ministra se manifestou após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar Cristiano Zanin para substituir Ricardo Lewandowski no Supremo. 

Em toda a história republicana do STF, instalado em 1891, apenas 3 mulheres ocuparam vagas: a ex-ministra Ellen Gracie, que foi indicada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 2000; a ministra Cármen Lúcia, indicada por Lula em 2006; e a própria Weber, indicada pela ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) em 2011. Vale ressaltar que, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também sofre com a pouca representatividade feminina.

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Em seu comando, o STF teve apenas duas mulheres na presidência, algo que reforça a desigualdade de gênero em um país, no qual as mulheres correspondem a 51,1% da população, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A magistrada que lamenta a pequena quantidade de mulheres na cúpula dos Tribunais Superiores e no Poder Judiciário, acredita que existem muitas figuras femininas preparadas para assumirem vagas no Judiciário. “No Brasil, nós temos muitas mulheres na base da magistratura, na Justiça em primeiro grau, mas o número decresce no intermediário. Na cúpula, nos tribunais superiores, o número é ínfimo", ressaltou. 

Em março deste ano, durante cerimônia realizada pelo STF em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, Rosa Weber fez uma comparação entre a quantidade de homens e mulheres que conseguiram uma vaga no Supremo. “A história republicana deste STF conta com apenas 3 ministras, entre 169 ministros, de ontem de hoje e de sempre”, afirmou. 

“O direito das mulheres a igualdade de tratamento e acesso a espaços decisórios como forma de luta contra discriminação de gênero não é projeto realizado, mas projeto em construção”, declarou a magistrada. 

Em entrevista ao LeiaJá, o cientista político Arthur Leandro disse que a indicação, pelo presidente Lula, de Cristiano Zanin para a vaga aberta no STF gerou controvérsia e críticas por não ter sido uma mulher a escolhida para ocupar a posição. 

 "Essa escolha foi avaliada negativamente por entidades feministas e de direitos humanos, que defenderam a indicação de uma mulher para a vaga aberta, destacando a importância da representatividade de gênero na mais alta corte do país", observou.

Para o especialista, a falta de representatividade de gênero no STF espelha a sub-representação da mulher nos espaços de poder da sociedade brasileira, e é um problema histórico que precisa ser enfrentado. Ele ainda disse que a indicação de Zanin "só reforçou essa desigualdade". 

"Acredito que a escolha de Zanin foi um tanto quanto equivocada. A declaração da ministra Rosa Weber criticando a falta de mais mulheres no STF no mesmo dia da indicação de Zanin foi uma crítica indireta à escolha do presidente Lula", afirmou Arthur Leandro ao comentar sobre os desafios enfrentados pelas mulheres. 

"As críticas à indicação de Zanin são compreensíveis. Ele não tem experiência como magistrado, o que é uma exigência histórica do STF. Aparentemente, Lula se rendeu ao pragmatismo ao escolher um amigo fiel, não quis arriscar-se, por exemplo, a indicar novamente alguém como Joaquim Barbosa, que foi o relator no processo do Mensalão. A escolha de Zanin, apesar de compreensível do ponto de vista de aversão ao risco, foi uma oportunidade perdida para reduzir a desigualdade entre homens e mulheres no Brasil", pontuou. 

Mesmo com as polêmicas que circundam o assunto, o nome do advogado escolhido por Lula ainda será avaliado pelo Senado Federal. Após a entrevista, os parlamentares decidirão se será aprovada ou não a indicação. O advogado precisará passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para depois ocorrer a votação no plenário.

Dois mil funcionários da Petrobras estão na mira das investigações de um possível esquema de corrupção na petroleira. Todos os empregados com acesso a informações dos projetos denunciados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, tiveram computadores e celulares apreendidos pela auditoria interna liderada pela ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie.

O trabalho da ex-ministra foi apresentado pela primeira vez ao conselho de administração da empresa, na reunião da última sexta-feira, dia 6, segundo uma fonte na empresa. À cúpula da estatal, a comissão especial revelou que conseguiu salvar informações que podem levar ao dimensionamento do estrago da corrupção na empresa e à identificação dos envolvidos na corrupção. Por utilizar métodos científicos, o trabalho poderá ser usado em juízo.

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O primeiro passo da comissão foi impedir que informações fossem apagadas. "Do nada, apareciam homens vestidos de terno para pegar computadores e celulares. Sem aviso prévio. Ninguém sabia quem eram", conta um funcionário que ocupa cargo de chefia no edifício sede da Petrobras.

Coletados os arquivos, o foco agora será a comprovação da veracidade das informações utilizadas no balanço financeiro de 2014. A Petrobras corre contra o tempo para divulgar o resultado e evitar o pagamento antecipado de dívidas. A ideia é rastrear dados falhos e conferir credibilidade aos números que serão apresentados à empresa de auditoria financeira PricewaterhouseCoopers.

Nova diretoria

 

Sob o comando de Aldemir Bendine, a nova diretoria da Petrobras assumiu hoje a empresa sem que houvesse um período de transição com a antiga gestão. Os cinco executivos que pediram demissão na semana passada - todos aposentados ou em processo de aposentadoria - já não dão mais expediente na empresa. Também não há previsão de que Graça Foster, ex-presidente, compareça à estatal.

Segundo apurou o Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado, os executivos da antiga diretoria se colocaram à disposição de Bendine para uma eventual colaboração. Mas, até agora, não houve qualquer convocação.

Antes de deixar a empresa, a equipe de Graça deixou um esboço do plano de investimento para o período de 2015 a 2019, e relatórios operacionais das diversas áreas da empresa.

Além de uma nova diretoria, a Petrobras passa também por alterações no conselho de administração. Em votação interna, Deyvid Bacelar foi eleito o novo conselheiro representante dos empregados em substituição a Silvio Sinedino.

A ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie Northfleet vai integrar o Comitê Especial da Petrobras, anunciado na noite desta terça-feira (23) para acompanhar investigações na estatal, de forma independente. O órgão terá três membros, sendo duas pessoas de fora da companhia, e ficará diretamente ligado ao Conselho de Administração.

Os nomes foram escolhidos pelos escritórios Trench, Rossi e Watanabe, Gibson e Dunn & Crutcher, responsáveis por investigações na Petrobras, que indicaram também o alemão Andreas Pohlmann para o comitê. O terceiro membro será o diretor de Governança, Risco e Conformidade, que está sendo recrutado no mercado.

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Em nota, a companhia disse que a ministra aposentada, que exerceu o cargo de presidenta do STF, é “reconhecida dentro e fora do Brasil por ser grande jurista com vasta experiência na análise de questões jurídicas complexas”. O alemão Andreas Pohlmann é  formado em direito pela Universidade Goethe, foi diretor de Governança da Siemens entre 2007 e 2010, além de ser sócio-fundador da  Pohlmann & Company, consultoria especializada na área.

O comitê especial deverá aprovar planos de investigação, receber e analisar informações encaminhadas pelos escritórios, assegurar que investigações sejam feitas com independência, analisar, aprovar e viabilizar a implementação de recomendações, além de de comunicar e/ou autorizar escritórios a se comunicar com autoridades e agências reguladoras. Também será tarefa do novo órgão fechar relatórios conclusivos sobre apurações internas.

O candidato a presidente Aécio Neves (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 23, no intervalo do jogo entre Brasil e Camarões, pela primeira fase da Copa do Mundo, que a jurista e ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie Northfleet é um dos nomes cotados para a candidatura a vice-presidente na chapa.

No PSDB, os nomes do senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) e do empresário e ex-governador do Ceará Tasso Jereissati também são citados para compor a chapa. Antes de começar o segundo tempo da partida, Aécio afirmou que a seleção brasileira está com moral no jogo, mas que a dificuldade está no meio de campo.

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A presidente Dilma Rousseff assinou hoje o ato indicação da ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Rosa Maria Weber Candiota ao Supremo Tribunal Federal (STF). A indicação deverá ser publicada na edição de amanhã do Diário Oficial da União. O nome de Rosa Maria Weber Candiota ainda tem de ser aprovado pelo Senado. Ela deverá ocupar a vaga deixada com a saída de Ellen Gracie, que se aposentou em agosto.

O decreto que concede aposentadoria à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie Northfleet foi publicado na edição desta segunda-feira (8) do Diário Oficial da União. Com a confirmação da aposentadoria, o STF deve pedir à presidente Dilma Rousseff que um novo ministro seja indicado rapidamente.

A ministra Ellen Gracie, a primeira mulher a ser indicada para a Corte, anunciou sua saída na semana passada. O nome da substituta vem sendo discutido pelo governo e pode ser anunciado no início desta semana.

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Cabe à presidente Dilma escolher e nomear os ministros do STF. Logo no início do mandato, em fevereiro, ela indicou Luiz Fux para ocupar a cadeira surgida com a aposentadoria do ministro Eros Grau. A expectativa é de que agora ela indique uma mulher. Entre os nomes comentados no Supremo estão o da juíza Sylvia Steiner, do Tribunal Penal Internacional, da ministra do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha e da procuradora Flavia Piovesan, especialista em direitos humanos.

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