O ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho (PSB), negou na manhã desta segunda-feira (30) que sairá como candidato à Prefeitura do Recife este ano e afirmou que existe a expectativa de que a Frente Popular possa voltar a se unir, dependendo do resultado das prévias petistas. “Esperamos que os debates das prévias não criem posições de radicalização e ruptura. E depois é esperar o tempo para cicatrizar eventuais feridas que forem abertas por causa do processo das prévias”, diz o Fernando Bezerra Coelho em entrevista a Rádio Folha.
Para ele, a “troca de acusações e farpas” é natural neste processo de disputa interna, mas frisa que disputa está sendo avaliada por todos os partidos da Frente Popular. Em relação a uma candidatura alternativa a do PT dentro da Frente, o ministro entende que deve ser analisada, caso os partidos não voltem a se entender. “Cada um de nós torcemos que uma frente política ampla possa ser reeditada. Mas estamos aguardando qual será o resultado das prévias e de como o PT se comportará”.
##RECOMENDA##
Os cenários políticos do estadual e nacional também foram comentados pelo ministro, que enxerga como positiva a aproximação entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Fernando acredita que uma relação amistosa entre os dois políticos possa trazer mais benefícios para Pernambuco. “O Estado é que se beneficia com essa aproximação, mesmo Jarbas sendo oposição, a união amplia mais o protagonismo do jogo político no País”.
Visualizando além do protagonismo estadual do governador, o ministro afirma que aproximação entre Eduardo e Jarbas possa ser positiva para voos maiores em 2014 ou 2018, rumo a Presidência da República. “O governador (Eduardo) é um grande quadro no País, seja em 2014 ou em 2018. O próprio Lula já disse que Eduardo Campos é um grande quadro”. “Acho que a possibilidade da reeleição da presidente Dilma se impõe. Mesmo com a crise econômica mundial, ainda assim o Brasil está se saindo bem economicamente. Dilma está trabalhando e se legitimando para a reeleição de 2014, mas ainda tem muito jogo para 2014”.
O ministro participa, no final da tarde desta segunda-feira, da instalação do Comitê Intergrado de Combate a Seca do Estado, no Palácio do Campo das Princesas. A medida é uma das ações que os Estados do Nordeste tomarão para combater a seca na Região. A estiagem fez com que 500 municípios nordestinos decretassem Situação de Emergência por conta da maior seca dos últimos 40 anos, que já atinge 11 milhões de pessoas.
O Comitê, que terá papel de fiscalizar e monitorar as ações para minimizar a seca, será coordenado pelo secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, e composto por técnicos do Governo Federal, das defesas civis nacional, estadual e municipal, além das Forças Armadas. O ministro disse que a Governo Federal destinará mais de R$ 11 bilhões em programas relativos ao combate a seca do Nordeste, são eles: PAC 2 (investimentos previstos R$ 5 bilhões e 500 milhões) e programa Água (R$ 4 bilhões e 500 milhões).