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Buscando ressignificar a morte, um grupo de empresas brasileiras investiu em BioParques. A proposta é transformar as cinzas do ente querido em parte de um substrato preparado para o plantio de árvores a serem escolhidas por quem presta a homenagem, tentando ressignificar um cemitério comum, transformando em bosques. 

O serviço, chamado de "cemitério do futuro", funciona assim: após escolher uma entre várias espécies típicas regionais, em cerimônias especiais, as famílias realizam o plantio de sementes em BioUrnas, isto é, em urnas ecológicas patenteadas pelo BioParque e desenvolvidas na Espanha por designers catalães. Essas urnas são monitoradas de 12 a 24 meses por uma equipe de especialistas no IncubCenter, uma espécie de viveiro tecnológico. Após esse período, uma nova cerimônia é agendada para o plantio definitivo da árvore no solo do parque.

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Todas as árvores são identificadas por um QRcode e o seu crescimento pode ser acompanhado por uma plataforma desenvolvida pelo BioParque. Ela possibilita, ainda, a inserção de imagens, textos e áudios, para que cada família (re)construa, de forma personalizada, a história de seu homenageado.

Segundo informado pela assessoria do BioParque, a iniciativa é pioneira na América Latina. Para a implementação do projeto foram investidos R$ 150 milhões. A primeira unidade está localizada em Nova Lima, Minas Gerais e ainda não foi totalmente inaugurada. Uma outra unidade do BioParque deve ser lançada em São Paulo, em 2021.

Um curso prático de “Propagação de espécies frutíferas nativas da Amazônia”, de 8 a 12 de maio, em Belém, é uma das ações do projeto MelhorFruta, desenvolvido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Durante cinco dias serão apresentadas soluções tecnológicas para a aceleração da germinação de sementes que apresentem dormência e, ainda, os procedimentos práticos para a propagação.

A escolha das espécies que serão trabalhadas no curso é resultado das demandas que chegam à Embrapa, por meio do Setor de Atendimento ao Cliente (SAC), e ainda de frutas de maior potencial comercial e econômico, como explica o pesquisador Urano de Carvalho, um dos instrutores. Segundo o pesquisador, as campeãs em procura são castanha-do-brasil, bacuri, uxi, pequiá, muruci, taberebá, entre outras.

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Inúmeras são as vantagens das técnicas de propagação aos pomares comerciais. “Uma das principais é a redução em até 50% do tempo de produção das frutíferas. O bacuri, por exemplo, quando enxertado, começa a frutificar em cerca de cinco anos, enquanto que na natureza levaria o dobro do tempo”, enfatiza Urano. Características mais aceitas no mercado como tamanho, quantidade de polpa e sabor, ou seja, frutos maiores e mais doces, também podem ser potencializadas.

Por meio do curso, a Embrapa pretende levar ao maior número de produtores o conhecimento sobre as técnicas de propagação. Para isso, participam da capacitação técnicos, extencionistas e ainda agricultores que sejam lideranças e, assim, atuem como agentes multiplicadores desse conhecimento. “Dominando as técnicas, os agricultores melhoram a qualidade de seus pomares e frutos, agregando valor ao produto, movimentando a economia de suas regiões e do estado”, analisa Urano de Carvalho.

O curso será ministrado pelos pesquisadores Walnice Oliveira do Nascimento e Urano de Carvalho, além dos assistentes Roberto Jerônimo de Souza e Álvaro Malcher Henriques. Contará ainda com a participação de Benito Calzavara, do Ideflor-Bio.

Com informações da assessoria da Embrapa.

 

 

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