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O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, prometeu neste sábado apoio ao presidente afegão em sua tentativa de trazer o Taleban para a mesa de negociações, um sinal de estreitamento dos laços entre as duas nações.

Sharif se reuniu com o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, em seu escritório na capital paquistanesa, Islamabad. Ghani chegou ao Paquistão na sexta-feira para uma visita de dois dias, buscando reparar o relacionamento entre os dois países, que tiveram desentendimentos nos últimos anos. O antecessor de Ghani, Hamid Karzai, frequentemente acusava o Paquistão de fazer vista grossa ao Taleban e outros grupos militantes que realizavam ataques transfronteiriços a partir de regiões tribais. O Paquistão, por sua vez, culpava Cabul por não policiar as próprias fronteiras.

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Ghani convidou o Taleban para participar das negociações de reconciliação nacional. No sábado, Sharif apoiou a iniciativa, mas acrescentou que o processo deve ser totalmente coordenado pelo Afeganistão. "Eu reafirmo que um Afeganistão pacífico, estável, unido e próspero é do interesse nacional vital do Paquistão", destacou o líder paquistanês. "Temos problemas comuns e alegrias comuns. A nossa segurança e prosperidade futura permanecem interligadas."

O presidente afegão elogiou o primeiro-ministro do Paquistão e conclamou as duas nações a iniciar uma nova página em sua relação. "Temos de superar o passado", disse Ghani. Ele defendeu um esforço conjunto para conter o extremismo e o terrorismo, alegando que "qualquer instabilidade no Paquistão nos afeta, e qualquer instabilidade no Afeganistão afeta vocês". Fonte: Associated Press.

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani Ahmadzai, prometeu neste sábado (1°) reprimir a corrupção e garantir a segurança no país, apesar de ataques insurgentes em Cabul, no leste do país, terem matado 12 militares.

Em declarações feitas após uma visita de quatro dias à China, Ahmadzai afirmou que aqueles que desviaram quase US$ 1 bilhão do Kabul Bank em 2010 enfrentarão a Justiça nos tribunais. O incidente dizimou a confiança dos investidores no já anêmico setor financeiro do país.

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Ghani Ahmadzai fez da batalha contra a corrupção endêmica uma iniciativa política central. Uma de suas primeiras ações, após assumir o cargo, foi a de reabrir o caso do Kabul Bank e iniciar um processo contra os acusados de usarem o banco como caixa para uso pessoal.

Em relação à segurança, o presidente disse que a China está comprometida em ajudar a promover a paz ao Afeganistão, depois de mais de 30 anos de guerra e que o território afegão nunca mais seria usado como base para que insurgentes lancem ataques contra outros países.

Ahmadzai convidou o Taleban a se juntar no processo de paz apoiado pela comunidade internacional, sua primeira referência direta aos insurgentes que aprofundaram os ataques destinados a derrubar seu governo, que tem apenas um mês. "A paz não é fácil, mas isso é compulsório", disse durante entrevista coletiva transmitida ao vivo pela televisão nacional. "Se fazer a paz fosse fácil, nós teríamos feito antes."

O presidente afegão não fez nenhuma proposta para negociações de paz com o Taleban. Enquanto isso, a violência matou neste sábado 12 membros das forças de segurança na província Logar, no leste do país.

O porta-voz do governo da província, Din Mohammad Darwesh, disse que um carro-bomba matou seis policiais e três soldados no distrito de Azra. Ele afirmou também que a explosão feriu cerca de 20 civis e destruiu prédios. O Taleban assumiu a responsabilidade pelo ataque. Logo depois, uma bomba explodiu em uma rodovia, matando três policiais e ferindo outros três no distrito de Baraki Barak, segundo o porta-voz. Ninguém assumiu de imediato a autoria da explosão.

Fonte: Associated Press.

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