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O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, prometeu neste sábado apoio ao presidente afegão em sua tentativa de trazer o Taleban para a mesa de negociações, um sinal de estreitamento dos laços entre as duas nações.

Sharif se reuniu com o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, em seu escritório na capital paquistanesa, Islamabad. Ghani chegou ao Paquistão na sexta-feira para uma visita de dois dias, buscando reparar o relacionamento entre os dois países, que tiveram desentendimentos nos últimos anos. O antecessor de Ghani, Hamid Karzai, frequentemente acusava o Paquistão de fazer vista grossa ao Taleban e outros grupos militantes que realizavam ataques transfronteiriços a partir de regiões tribais. O Paquistão, por sua vez, culpava Cabul por não policiar as próprias fronteiras.

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Ghani convidou o Taleban para participar das negociações de reconciliação nacional. No sábado, Sharif apoiou a iniciativa, mas acrescentou que o processo deve ser totalmente coordenado pelo Afeganistão. "Eu reafirmo que um Afeganistão pacífico, estável, unido e próspero é do interesse nacional vital do Paquistão", destacou o líder paquistanês. "Temos problemas comuns e alegrias comuns. A nossa segurança e prosperidade futura permanecem interligadas."

O presidente afegão elogiou o primeiro-ministro do Paquistão e conclamou as duas nações a iniciar uma nova página em sua relação. "Temos de superar o passado", disse Ghani. Ele defendeu um esforço conjunto para conter o extremismo e o terrorismo, alegando que "qualquer instabilidade no Paquistão nos afeta, e qualquer instabilidade no Afeganistão afeta vocês". Fonte: Associated Press.

Manifestantes contrários ao governo invadiram o prédio da televisão estatal nesta segunda-feira (1°), o que tirou as transmissões do ar por um breve período de tempo. Os opositores entraram em confronto com a polícia e se aproximaram da residência do primeiro-ministro Nawaz Sharif.

Os atos violentos aconteceram como parte das manifestações lideradas pelo clérigo Tahir-ul-Qadri e pelo político e ex-estrela do críquete Imran Khan, que exigem a renúncia de Sharif. O premiê recusa-se a sair do cargo. No final de semana, confrontos entre manifestantes e forças de segurança deixaram três mortos e centenas feridos durante combates de rua na capital paquistanesa, Islamabad.

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Nesta segunda-feira, manifestantes e policiais se confrontaram em várias áreas da chamada zona vermelha, um amplo complexo de prédios do governo e gramados no centro de Islamabad.

Os manifestantes, armados com porretes e muitos usando máscaras de gás, jogaram pedras contra a polícia. Cinco policiais, dentre eles um graduado chefe de polícia de Islamabad, e três manifestantes foram levados para o hospital, sangrando.

Parte dos opositores conseguiu passar por um portão que cerca da residência do primeiro-ministro, mas foram impedidos de seguir adiante por tropas paramilitares e do Exército.

Eles também invadiram o prédio da emissora estatal de televisão, localizada em outra área da zona vermelha, o que tirou as transmissões do ar por um breve período. No interior do edifício, os manifestantes avançaram pelos corredores com paus e porretes, quebrando equipamentos, sob as vistas de nervosos funcionários.

As manifestações contra Sharif constituem a maior ameaça a seu governo, que assumiu o poder há pouco mais de um ano. Várias rodadas de negociações entre representantes de Khan e de Quadri com o governo não resultaram num acordo.

Os dois líderes afirmam que houve ampla fraude eleitoral na eleição de maio de 2013, vencida com enorme vantagem pelo partido de Sharif. Observadores internacionais não encontraram evidências de grandes adulterações eleitorais.

Os protestos começaram com uma marcha para Islamabad que teve início na cidade de Lahore, leste do país, no dia da Independência, 14 de agosto. Assim que chegaram à capital, os manifestantes acamparam perto do Parlamento. Khan e Qadri convocaram milhões para se juntar aos protestos, mas a multidão chegou no máximo a algumas dezenas de milhares, nos pontos mais altos das manifestações. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestou nesta quarta-feira a expectativa em que a cooperação militar não se transforme em fonte de tensão nas relações de seu país com o Paquistão. O comentário foi feito depois de uma reunião com o primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, na Casa Branca.

Em entrevista coletiva concedida depois do encontro, Sharif afirmou ter levantado com Obama a questão dos bombardeios com drones promovidos pelos EUA em território paquistanês e disse que esses ataques precisam cessar.

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Obama enfatizou que "combater o terrorismo não é fácil" e disse ter discutido com Sharif meios de manter a cooperação militar sem desrespeitar a soberania do Paquistão.

Ontem, as organizações não-governamentais (ONGs) Anistia Internacional e Human Rights Watch denunciaram que o governo norte-americano violou leis internacionais ao usar aviões não tripulados, os chamados "drones", para assassinar supostos militantes islâmicos. Além disso, os ataques ditos "seletivos" no Paquistão, no Iêmen e na Somália deixaram um rastro macabro de mortes de civis que inclui crianças, mulheres e idosos.

Índia - Sharif disse também ter conversado com Obama sobre o desenvolvimento de uma relação construtiva com a vizinha e rival Índia, inclusive no que diz respeito à disputada região da Caxemira. Fonte: Associated Press.

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