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A China vai endurecer a regulamentação das empresas de tecnologia para combater com mais eficácia as práticas monopolísticas e os fluxos financeiros que representam um risco para o sistema financeiro, anunciou nesta sexta-feira (5) o primeiro-ministro, Li Keqiang.

"Os esforços [para combater] as situações de monopólio e os fluxos de capital não regulamentados serão intensificados" com o objetivo de garantir uma concorrência saudável, manifestou Li na abertura da sessão plenária anual do Parlamento chinês.

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No final de 2020, o governo comunista interrompeu a saída na bolsa da gigante do pagamento online Ant Group, fundada por Jack Ma, pioneiro do comércio eletrônico na China com seu grupo Alibaba. A operação abortada deveria ter sido a maior entrada na bolsa de todos os tempos.

Alibaba e sua rival Tencent (com o serviço WeChat Pay) são os dois gigantes privados que compartilham o imenso mercado de pagamento eletrônico na China, um setor que até agora é pouco regulamentado em um país onde o dinheiro em notas quase desapareceu.

Pequim está especialmente preocupada com o crescente peso dos gigantes privados, em detrimento dos bancos tradicionais e cujos empréstimos representam um risco para o sistema financeiro do país.

Nos últimos meses, o governo chinês já havia começado a reforçar o controle sobre os gigantes digitais. Em dezembro, Alibaba foi colocada sob investigação por "práticas suspeitas de monopólio".

Os reguladores endureceram também as normas sobre o microcrédito online, popular entre os chineses e as pequenas empresas que têm dificuldades para obter empréstimos em bancos tradicionais.

A economia digital teve nos últimos anos um forte desenvolvimento, graças à generalização dos pagamentos eletrônicos e à multiplicação dos serviços online ao alcance dos smartphones.

Os gigantes da tecnologia, incluindo o Google, são livres para censurar o conteúdo como desejarem, segundo decisão anunciada na quarta-feira (26) por um tribunal dos Estados Unidos em um caso histórico de liberdade de expressão relacionado a plataformas privadas da Internet.

A decisão do Tribunal de Apelações do Nono Circuito de São Francisco (Oeste) rejeitou as alegações conservadoras de um meio de comunicação de que o YouTube violou a Primeira Emenda censurando seu conteúdo.

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A Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos proíbe o governo, mas não as partes privadas, de censurar a liberdade de expressão.

Apesar de seus dois bilhões de usuários mensais, o YouTube, de propriedade do Google, "continua sendo um fórum privado, não um fórum público sujeito a escrutínio judicial sob a Primeira Emenda", afirmou o tribunal.

A mídia conservadora sem fins lucrativos PragerU argumentou que o Google limitou ilegalmente o acesso a seus vídeos que discutiam questões como "diferenças entre homens e mulheres", "problemas ambientais" e "outras questões discutidas nos campi das universidades".

De acordo com o processo da PragerU, o Google agiu "de maneira arbitrária ou caprichosa que fornece discrição irrestrita para discriminar um usuário com base em sua identidade".

Como exemplo, ele citou vídeos semelhantes de contas mais liberais, como BuzzFeed, TEDx Talks e Real Time with Bill Maher, que não haviam sido restringidos.

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