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Nenhum sinal de trabalhadores em obras. Cercado por tapumes, o mato crescido e entulhos habituais dos terrenos abandonados. O hotel-marina do Porto Novo Recife no Cais de Santa Rita, inicialmente, era para estar pronto para a Copa de 2014. Já este ano, novo prazo dado para início da construção: junho. Às vésperas do penúltimo mês do ano, o cenário não muda. Nada acontece.

Arrendada em 2012 pela empresa Gerencial Brasitec Serviços Técnicos, subsidiária da Companhia Excelsior de Seguros, a área foi contemplada com projeto de revitalização dos armazéns 7 ao 17, entre os quais já funcionam o polo gastronômico e a Central de Artesanato de Pernambuco. O hotel, marina e o centro de convenções, que funcionarão de forma integrada, correspondem aos armazéns 15, 16 e 17, respectivamente. 

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Quando ganhou a licitação, há três anos, o grupo Excelsior obteve o direito de transformar os antigos armazéns de carga por 25 anos. Diretor-financeiro da empresa, Sérgio Bivar não se mostra satisfeito com a demora. “Estamos esperando a licença (de construção) sair. Não sei qual é o problema na prefeitura e acho até bom vocês cobrarem deles. O projeto parece que passou pela Regional, como projeto arquitetônico, mas ainda precisa ser aprovado pela CTTU, Secretaria de Meio Ambiente”. 

Bivar revela que um protocolo foi encaminhado à Secretaria de Meio Ambiente, no intuito de receber a licença de instalação, em meados de março de 2015. O empresário admite que o projeto “perdeu o ciclo econômico (de expansão) do Estado e o cenário de receita agora é outro”. “Éramos para ter começado há três anos. Dentro de um prazo de 25 anos, já perdemos mais de 7%, quase beirando a inviabilidade do projeto. Mas a crise não afetará, porque assumimos o compromisso”, disse o executivo da empreiteira. 

O hotel terá sete pavimentos, com mais de 200 leitos, com bares, restaurante e uma marina internacional com também 200 vagas. Interligado ao centro de convenções e um empresarial construídos nos armazéns 16 e 17, o projeto tem um investimento total de R$ 160 milhões.

Prefeitura rebate: grupo não deu entrada no pedido de licença

Através da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, a Prefeitura do Recife se defendeu e disse haver pendências do Grupo Excelsior de Seguros. Em nota, explica que o projeto do hotel-marina foi aprovado em fevereiro de 2015, após passar pela Comissão de Controle Urbanístico (CCU), pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) e “nas demais instâncias exigidas em um processo de análise de empreendimentos de impacto”.

Desde a aprovação, a Secretaria afirma que os “responsáveis pela construção não deram entrada na licença de construção”. Situação semelhante em relação aos armazéns 16 e 17, onde serão construídos o centro de convenções e empresarial. “O projeto seguiu para análise dos diversos órgãos e instituições envolvidos e foram feitas exigências aos empreendedores – etapa esta que ainda não foi concluída pelos mesmos”, explicita o texto. 

O discurso é o mesmo da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Segundo a pasta, as licenças prévias para a construção nos armazéns citadas já foram emitidas para os responsáveis pelo Porto Novo Recife. Porém, a Secretaria “aguarda a apresentação de novos documentos por parte do empreendedor para concluir o processo de licenciamento ambiental”. 

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