Tópicos | Grupo Itapemirim

O Ministério da Justiça e Segurança Pública abriu ontem processo administrativo contra a companhia aérea ITA, do Grupo Itapemirim, em razão da suspensão abrupta de voos que deixou mais de 45 mil passageiros sem atendimento neste fim de ano.

A ITA terá 20 dias para apresentar sua defesa no âmbito do processo. Após a finalização do procedimento, a Secretaria Nacional do Consumidor pode aplicar multa de até 11 milhões à companhia, além determinar outras medidas cautelares de atendimento aos consumidores desassistidos pela empresa.

##RECOMENDA##

Ao defender a abertura do processo administrativo, a Coordenação-Geral de Consultoria Técnica e Sanções Administrativas da Senacon apontou indícios de infração de seis artigos do Código de Defesa do Consumidor no caso da ITA.

"Não só incide a responsabilidade objetiva pelo integral da empresa aérea em seus negócios e a respectiva álea, patente é o não cumprimento do que foi ofertado e adquirido numa situação delicada de pandemia e ainda, em plenas festas de final de ano. Além disso danos gerados, soma-se a tal fato uma grande frustração na expectativa de consumo", registra trecho do documento.

Em um primeiro momento, a Senacon notificou a Itapemirim Transportes Aéreos a prestar esclarecimentos sobre a paralisação de suas atividades. O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor questionou a empresa sobre a acomodação de passageiros em outros voos e assistência a consumidores estavam em aeroportos aguardando os voos da companhia.

O DPDC chegou ainda a exigir um plano de atendimento para os passageiros que foram lesados e questionou a razão da paralisação de todos os sistemas de atendimento ao consumidor.

A empresa respondeu os questionamentos da Senacon, mas as informações foram consideradas 'insatisfatórias'. Assim a investigação preliminar sobre o caso foi convertida em processo administrativo.

A Senacon diz acompanhar diariamente desdobramentos do caso junto a Procons dos Estados, além da suspensão pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) da autorização da ITA para operar.

Ao Estadão, o presidente da empresa, Sidnei Piva, afirmou que a empresa não está em estado falimentar e que fez contatos com fundos de investimento interessados em fazer aportes no negócio.

O CEO da Ita Transportes Aéreos, Tiago Senna, anunciou, nesta semana, em uma transmissão pela internet, que o Grupo Itapemirim deve começar a ofertar viagens aéreas a partir de 2021. Por isso, a empresa projeta a realização de processos seletivos para pilotos, copilotos, comissários, entre outros cargos que serão ofertados.

Segundo o CEO, a partir do começo de setembro, a empresa deverá iniciar as seleções. “O início das admissões provavelmente será em setembro. A princípio, até o nosso início de operação, nós vamos estar admitindo aproximadamente 600 pessoas entre todos os setores. Tripulantes serão 170 pilotos e 300 comissários, e bastante gente para aeroportos e manutenção”, disse Tiago Senna.

##RECOMENDA##

A empresa Itapemirim já vem trabalhando com serviços rodoviários e ferroviários. Agora, com o mais novo modal, passará a ofertar os transportes aéreos com bases principais nas cidades de Guarulhos e Brasília. Para a seleção dos candidatos, o CEO da empresa comentou, na live, que os candidatos passarão por uma prova, análise curricular e qualificação. Será exigido de todos os candidatos, no mínimo, o conhecimento das línguas portuguesa e inglesa.

"A pré-seleção vai ser feita através de um site especializado, onde todo o processo vai ser feito por meritocracia. É um Catho aéreo, que executa testes de capacitação e qualificação. Vamos buscar todos os candidatos dentro deste banco de talentos. Isso será divulgado nas nossas redes sociais", conta. Ele ainda esclarece: “Basicamente, o processo vai ter uma prova, em que vamos ter uma qualificação dos candidatos. Português e inglês são para todos os funcionários, é uma exigência nossa. Pilotos, comissários, cada um vai ter o seu rol de matérias. A nota vai ser classificatória. Temos uma nota mínima, isso vai ser publicado. Depois disso, teremos uma análise curricular e de créditos, como horas de voo, etc. Mínimo para copilotos: 200 horas de voo. E para pilotos o mínimo vai ser de mil horas de comando (5 mil horas de jato)”, finaliza Senna.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando