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De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Grupo Ser Educacional é uma das 10 empresas que mais geram valor no Brasil. 

A pesquisa realizou uma análise dos resultados de todas as empresas integrantes dos níveis 1, 2 e Novo Mercado governança corporativa da BM&FBovespa, com o objetivo de estimular empresas a usar o conceito de lucro econômico ou geração de valor na gestão de negócios. “Trata-se de mais um reconhecimento relevante para nossa empresa, que  investe de maneira continua em oferecer ensino de qualidade e de forma sustentável a todos os seus stakeholders", celebrou Jânyo Diniz, Presidente do grupo Ser Educacional.

Além do grupo Ser Educacional, foram identificadas empresas relevantes no cenário nacional como Lojas Renner, Odontoprev, Sul América, Natura, Multiplus e Cielo.

O esquema de corrupção que teria desviado ao menos R$ 15 milhões dos cofres do Teatro Municipal de São Paulo usou aditivos contratuais para elevar gastos com fornecedores e prestadores de serviço por três anos. O ex-diretor-geral do Municipal, José Luiz Herência, relatou a existência do esquema em delação ao Ministério Público Estadual.

Entre 2013 e 2015, cada acordo superfaturado rendeu 5% de propina. O Ministério Público suspeita que a 'comissão' tenha retirado do teatro R$ 5,5 milhões, ou um terço do total sob suspeita de desvio.

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O montante foi calculado de acordo com a lista de aditivos firmados pelo Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), organização social que gerencia o teatro e tinha com o diretor à época William Nacked - outro suspeito, que já fechou acordo de delação com o MPE. Foram feitas 16 revisões de contrato até novembro de 2015, período no qual o teatro teve como diretor-geral Herência, que seria o principal beneficiário dessa prática. As negociações somam R$ 111,6 milhões.

Os pagamentos eram autorizados pelo então secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, que é investigado, na área cível, por suspeita de improbidade administrativa porque autorizava os contratos. Herência, no entanto, afirmou aos promotores criminais que investigam o caso que o ex-auxiliar do prefeito Fernando Haddad (PT) desconhecia o esquema de fraude e apenas assinava os requerimentos por confiar nos gestores. Ele foi indicado ao cargo por Ferreira. Os dois haviam trabalho juntos no Ministério da Cultura.

Os ex-funcionários envolvidos firmaram acordos de delação premiada com o Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec), do MPE. A dupla assumiu participação nos desvios e se comprometeu a devolver R$ 9 milhões aos cofres públicos. Os promotores responsáveis não deram entrevistas.

Notas frias

Quarta-feira, 24, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o caso na Câmara Municipal, Herência confirmou que superfaturava contratos e também 'esquentava' notas frias por meio do IBGC. Parte dessas notas era forjada para justificar supostas obras de reparo no interior do teatro, gastos com produções de cenários e até apresentações musicais.

A comissão sobre os aditivos iria para o bolso de Herência. A meta era equiparar seus rendimentos ao salário do maestro John Neschling, que recebe R$ 150 mil por mês como diretor artístico do teatro e regente da Orquestra Sinfônica Municipal. Nacked, por sua vez, teria admitido ter usado o IBGC para pagar gastos de outra entidade que gerenciava.

Já o maestro, segundo as investigações, usava sua influência para obter contratos no exterior. Segundo informado nos acordos de delação, Neschling ordenava a contratação de artistas e produtores de fora do País que, posteriormente, o contratavam para apresentações no exterior. O suposto conflito de interesse é investigado tanto na área criminal quanto na cível. O músico nega essa relação e qualquer participação nos desvios.

Juca Ferreira afirmou que os aditivos eram aprovados mediante justificativas técnicas que apontassem a necessidade de tais medidas, que, por sua vez, eram submetidas à análise das equipes de Planejamento e de Finanças da Prefeitura. O ex-secretário disse ainda que desconhece ser investigado por improbidade e que está disposto a prestar esclarecimentos a fim de contribuir com as investigações.

Secretária de Cultura substitui Dallari no cargo

O prefeito Fernando Haddad (PT) oficializou na quinta-feira, 25, no Diário Oficial da Cidade, a exoneração de Paulo Dallari da direção da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. O advogado passou a ocupar o cargo em novembro do ano passado, após pedido de demissão do então diretor José Luiz Herência. Em seu lugar, assume Maria do Rosário Ramalho, que está à frente da Secretaria Municipal da Cultura desde abril.

Após a revelação do escândalo de fraudes, Dallari passou a ocupar também o cargo de interventor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC). A saída do advogado aconteceu a pedido, e foi provocada pela permanência do maestro John Neschling no posto de diretor artístico do Municipal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os avanços nas questões de governança corporativa são "imperativos" no mundo de hoje, para o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira. "Acredito que os avanços daqui para frente serão imperativos, pois a inovação e a complexidade de produtos não irá parar, e as mudanças que podem impactar os mercados precisam ser bem entendidas e gerenciadas. O aperfeiçoamento da governança é o que permite que isso aconteça", disse ele durante congresso do IBGC, em São Paulo.

Para que isso tudo ocorra, segundo Pereira, a coordenação entre os diversos agentes do mercado deve ser forte, priorizando discussões sobre os temas e propondo soluções de forma conjunta. Assim, as soluções para temas complexos e sensíveis virão mais rapidamente e mais firmes, de acordo com ele.

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"Com a iniciativa dos grupos de interagentes há uma melhor chance de construir alternativas que sejam vistas como soluções adequadas e tomadas de forma menos conflituosas", observou.

Pereira destacou que o tema de governança sempre esteve na agenda da autarquia, que tem como uma das prioridades trabalhar para assegurar construções de estruturas de governança mais fortes. "As diversas crises, grandes ou não, sistêmicas ou não, que afetaram de alguma forma o nível de confiança no mercado nos últimos tempos, começaram devido a questões de governança", afirmou.

Pereira destacou que melhorar é um desafio, mas que é fundamental para que o País tenha um mercado de capitais mais sólido e que continue crescendo em bases sólidas. "É um círculo virtuoso que precisamos seguir, a CVM reforçou sua missão estratégica de ser zeladora do mercado de capitais. A CVM tem compromisso de ser observadora atenta nesse processo", garantiu.

Apesar de ter apontado os desafios, o executivo reconheceu as melhoras do mercado. "Não há dúvida do avanço imenso que houve no campo da governança corporativa no Brasil nos últimos 15 anos. Temos benchmarks, e o Novo Mercado é um bom exemplo disso", observou.

Educação financeira

Pereira comentou também que está dentre as prioridades da CVM a questão de educação financeira e proteção ao investidor. "Estamos acompanhando todos os movimentos que existem no mercado, vamos inclusive fazer um seminário específico para discutir proteção ao investidor agora em dezembro, no Rio", destacou.

"Se olhar o calendário de atividades da SOI, área responsável pela orientação dos investidores, ele está pesado. Houve vários eventos, inclusive fora do Rio e de São Paulo. Uma das nossas prioridades é justamente a questão de proteção ao investidor", acrescentou.

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