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O presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, John Boehner, indicou neste domingo (28) que o envio de tropas americanas ao Iraque ou à Síria pode ser necessário para eliminar a ameaça representada pelo grupo extremista Estado Islâmico. O presidente americano, Barack Obama, disse que se opõe a isso, mas Boehner sugeriu que o uso de tropas de combate pode ser necessário caso a coalizão internacional não consiga se unir para derrotar os militantes.

"Em algum momento, as botas de alguém têm que estar no chão", disse Boehner em uma entrevista ao programa "This Week", da ABC News. Até agora, a Casa Branca e seus aliados têm feito apenas ataques aéreos contra os extremistas e estão se preparando para treinar rebeldes sírios em solo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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A seleção feminina de basquete do Catar perdeu por W.O. a sua partida contra a Mongólia pelos Jogos Asiáticos, que estão sendo realizados em Incheon, na Coreia do Sul, já que suas jogadoras não receberam permissão para atuar usando o véu que levam na cabeça as mulheres muçulmanas.

A confusão sobre a aplicação de regras menos rigorosas sobre as vestimentas, destinadas a tornar os jogos mais inclusivos, recentemente definidas pela Federação Internacional de Basquete (Fiba), parece ser a causa do problema. E a delegação do Catar está considerando deixar os Jogos Asiáticos por causa desse fato.

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"As jogadoras catarianas se recusaram a retirar o véu", disse a porta-voz do comitê organizador do evento, Anna Jihyun You. Dez minutos depois da hora programada para o início da partida "às 4h25 hora local, se declarou o abandono de jogo e seu deu a vitória para a Mongólia".

A porta-voz disse que as autoridades não receberam qualquer instrução para que as jogadoras pudessem usar o véu que cobre a cabeça, e só seguiram as regras que restringem a utilização destes, bem como de acessórios para o cabelo e joias. "O comitê organizador não faz as regras e as autoridades da partida não receberam instruções da Federação Internacional de Basquete", disse.

A delegação do Catar ficou surpresa com a decisão e seu chefe, Khalil Al-Jabir, disse que a equipe "seguramente não vai jogar" nesta competição se as jogadores não receberem permissão para utilizar o véu. "Esperávamos que nossas jogadoras seriam autorizadas a usar o véu, por isso viemos", disse. "Ninguém nos disse que não seria permitido e nós aguardamos esclarecimentos".

Em outras competições, como os eventos de badminton, tiro e provas de pista, vem sendo permitida a utilização do véu. As regras de cada esporte são definidas pela respectiva federação internacional e muitas permitem que os atletas usem acessórios que cobrem a cabeça durante as competições.

As regras sobre o uso de véus na cabeça no basquete ganharam relevância neste ano, quando se pediu para jogadoras indianas retirassem a vestimenta durante a Copa Asiática, jogada em julho na China.

No início deste mês, a Fiba disse que lançaria um programa piloto de dois anos que permitiria que as jogadoras usassem o véu. Porém, especificou a situação posteriormente. "A decisão do Conselho Central permite exceções que podem ser aplicadas a nível nacional, mas os Jogos Asiáticos são uma competição internacional", avisou a federação.

Para sua lua de mel, o jihadista checheno Abu Abdel Rahman presenteou a segunda mulher com uma visita ao califado do Iraque e da Síria a bordo do primeiro ônibus turístico fretado pelo grupo ultrarradical do Estado Islâmico (EI).

Esta organização jihadista, conhecida por suas atrocidades - como sequestros, apedrejamentos, decapitações e até crucificações -, decidiu promover o turismo na região que controla há meses entre a Síria e o Iraque.

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Duas vezes por semana, organiza viagens entre Raqa, no norte da Síria, e a província de Al-Anbar, no oeste do Iraque, a bordo de um ônibus que carrega a bandeira preta do grupo.

"Os jihadistas são românticos. Logo após o casamento, Abu Abdel Rahman, de 26 anos, levou sua esposa síria à Al-Anbar", explicou com ironia à AFP Hadi Hamadé, um ativista anti-regime e hostil aos extremistas.

Mas, neste ônibu, os casais não podem sentar juntos. "As mulheres vão na parte de trás e os homens na frente. Durante toda a viagem, o motorista toca cânticos jihadistas", acrescentou através da internet.

Segundo o ativista, que reside em Raqa e usa um pseudônimo por razões de segurança, "a viagem começa em Tal Abyad (na fronteira com a Turquia) e termina na província iraquiana de Al-Anbar. Você pode sair onde quiser e, claro, sem a necessidade de passaporte".

Antes de anunciar o "califado", há quase três semanas, os jihadistas anunciaram o fim das "fronteiras herdadas do colonialismo", abrindo simbolicamente uma estrada entre o Iraque e a Síria. O EI nasceu no Iraque em 2006 e se espalhou para a Síria, com o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, há três anos.

"É claro, a viagem não é gratuita. Os preços variam dependendo do trajeto", explica Hadi Hamade.

Escoltados por combatentes armados

De acordo com Abu Qutaiba Hamadi, um rebelde sírio da região de Deir Ezor, essas viagens começaram logo após a proclamação do califado.

"A maioria dos motoristas de ônibus são jihadistas estrangeiros. Falam inglês entre si e se vestem seguindo a moda no Afeganistão", disse à AFP.

"Por isso, um tradutor os acompanha em cada ônibus, servindo igualmente de guia. Os passageiros não estão armados, mas os ônibus são escoltados por veículos com homens armados", indicou.

O EI controla as províncias de Deir Ezor e Raqa, no norte e no leste da Síria, e várias áreas do Iraque ao norte e oeste de Bagdá.

Segundo Abu Ibrahim Raqawi, outro ativista de Raqa contactado através da internet, há passeios "duas vezes por semana, às quartas-feiras e domingos. Funciona como qualquer outra empresa de turismo, a não ser pelo fato de os ônibus circularem apenas na região sob controle do EI".

Mas, segundo ele, esses ônibus também são "populares" entre os sírios com parentes no Iraque.

"Muitos habitantes da região têm vínculos tribais e utilizam esses ônibus para ver suas famílias", disse ele.

Muitas tribos estão localizadas em territórios de diferentes países, e alguns têm membros na Jordânia, Síria, Iraque e Arábia Saudita.

"Os ônibus também transportam pessoas que trabalham no comércio ou que simplesmente querem esquecer por algumas horas os bombardeios na Síria", conclui.

No próximo sábado (28) inicia um dos períodos mais importantes para o Islã. Durante o Ramadã, os muçulmanos praticam o jejum durante o tempo em que os dias ainda estiverem sob a luz do sol. Na seleção da França, quatro jogadores seguem a religião islâmica e o assunto sobre alimentação deles não preocupa o treinador Didier Deschamps.

O lateral Bacary Sagna,  o zagueiro Mamadou Sakho, o meia Moussa Sissoko e artilheiro do time na Copa, com três gols, Karm Benzema praticarão o jejum nos dias do mundial. O hábito religioso é algo particular de cada atleta e a comissão técnica francesa promete não interferir na decisão dos atletas. “Eu acho um assunto muito difícil, Não há nada que eu possa falar. Respeito a religião de todos e se eles seguem seus costumes eu não estou preocupado”, comentou o técnico francês.

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Dois de depois de começar o Ramadã, os franceses enfrentarão a seleção da Nigéria pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2014. A partida está marcada para às 13h, horário em que os jogadores muçulmanos não podem se alimentar, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Uma mulher sudanesa sentenciada à morte por se recusar a negar a sua fé cristã depois de deixar a religião islâmica apelou da sentença, disse o seu advogado.

O apelo exige a libertação de Meriam Ibrahim, alegando à corte que foram cometidos "erros processuais", disse seu advogado, Eman Abdul-Rahim, à Associated Press na noite desta quarta-feira.

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Ibrahim foi condenada à morte por "apostasia" no mês passado por um tribunal de Cartum por supostamente converter-se do islamismo ao cristianismo. Ela afirma que seu pai muçulmano abandonou a família quando era ela era jovem e que ela foi criada por sua mãe, uma etíope cristã ortodoxa.

A sudanesa se casou com um homem cristão no sul do Sudão em uma cerimônia na igreja em 2011. Como em muitas nações muçulmanas, mulheres do islã são proibidas de se casar com não-islâmicos, embora os homens dessa religião possam fazê-lo.

Ibrahim tem um filho de 18 meses que se chama Martin e que vive com ela na prisão, onde ela deu à luz a uma segunda criança na semana passada. Pela lei, as crianças devem seguir a religião de seu pai.

A Anistia Internacional condenou a sentença, classificando-a como "abominável", e o Departamento de Estado dos EUA disse que estão "profundamente perturbados" com o caso.

O Sudão introduziu a lei Sharia islâmica no início dos anos 1980 sob o governo do autocrata Jaafar Nimeiri, em um movimento que contribui para a retomada animista e cristã no Sudão do Sul, que se tornou um país independente em 2011.

O presidente sudanês, Omar Bashir, um islamita que tomou o poder por meio de um golpe militar em 1989, disse recentemente que irá implementar o Islã de forma mais rigorosa agora que a parte não-muçulmana do país - o sul - não faz mais parte de seu território.

Um grande número de sudaneses foram condenados por apostasia nos últimos anos, mas todos eles escaparam da execução ao negarem a sua nova fé. Fonte: Associated Press.

Na celebração da independência da Síria, convertida em manifestação de apoio a Bashar Assad, na terça-feira, Sana Nasser subiu ao palanque montado em frente à sede do Banco Central e discursou para as cerca de 300 pessoas. Vestindo uma jaqueta militar de camuflagem, ela afirmou que daria seu sangue pelo presidente. "Ele nos dá tudo."

Sana, de 47 anos, é dona de casa. Seu marido, engenheiro, trabalha para o governo. "Eu dirijo carro às 3 horas da manhã, se quiser", disse. "Eu nado de biquíni na praia. Isso não existe em nenhum outro país árabe." Quando o repórter perguntou a Sana e a seus filhos adolescentes - um rapaz e duas moças - se não tinham anseio de liberdade, eles responderam: "O que temos aqui é liberdade".

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Salsan Jerir, de 42 anos, também dona de casa, trazia uma camiseta com o desenho de três leões. Ela disse que o primeiro era Hafez, pai de Bashar, que ficou no poder entre 1970 e 2000, e cujo nome significa "leão" em árabe. O segundo era Bashar e o terceiro, Haidera, seu filho. "Assad por mais 40 anos", pediu. "Eu morreria por ele."

O marido de Salsan é dono de uma granja de frangos. Segundo ela, não tem relação com o governo. Assim como Sana, Salsan teme que a queda de Assad transforme a Síria em uma república islâmica. Em Damasco, algumas moças que antes saíam com o cabelo à mostra passaram a usar o véu, com medo de ataques.

Se os opositores lutam pela liberdade, os partidários do regime também. Eles temem que a revolução traga a liberdade política, mas lhes roube a liberdade de costumes e de religião. O medo é alimentado por alguns sinais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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