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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou neste domingo (30) Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sua vitória em eleições presidenciais "livres, justas e confiáveis", segundo um comunicado difundido pela Casa Branca.

"Envio meus cumprimentos a Luiz Inácio Lula da Silva por sua eleição para ser o próximo presidente do Brasil depois de eleições livres, justas e confiáveis", destacou Biden na nota.

"Espero que trabalhemos juntos para continuar com a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos", acrescentou, pouco depois de o petista derrotar o candidato de extrema direita Jair Bolsonaro no segundo turno por uma margem bastante estreita.

Lula, de 77 anos, venceu com 50,83% dos votos contra 49,17% de Bolsonaro, de 67 anos, com 98,8% das urnas apuradas.

Durante as últimas semanas, congressistas do Partido Democrata no poder pediram a Joe Biden que reconhecesse logo os resultados das eleições no Brasil, por medo de que Bolsonaro tentasse questionar uma eventual derrota.

Os Estados Unidos são um dos principais parceiros comerciais do Brasil, a maior economia da América Latina e a 13ª do planeta em volume de Produto Interno Bruto (PIB).

Não obstante, Lula não vai se deparar com bonança econômica dos anos 2000, apesar da recuperação pós-pandemia.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia brasileira crescerá 2,8% em 2022 e 1% em 2023.

Estados Unidos e Brasil mantêm diálogos bilaterais de alto nível sobre uma série de temas como comércio e investimentos, ciência, tecnologia e prioridades energéticas.

"A relação entre Estados Unidos e Brasil é pragmática e um assunto de Estado, independentemente de quem esteja no poder", declarou à AFP Valentina Sader, diretora associada do Centro Adrienne Arsht para América Latina do Atlantic Council, em Washington.

Sader prevê que Lula dará ênfase à luta contra a mudança climática, um tema que coincide com a agenda verde de Biden.

Segundo apontam as projeções dos principais veículos de comunicação dos Estados Unidos, Joe Biden está eleito como presidente do país. Após três dias de incerteza, ele cruzou os 270 delegados, quantidade mínima necessária para conquistar a Casa Branca, com a vitória na Pensilvânia.

A Associated Press projeta a vitória com 284 delegados favoráveis ao democrata sobre os 214 conquistados pelo atual mandatário, o republicano Donald Trump. Aos 77 anos, o democrata se tornará o presidente mais velho a tomar posse no país.

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Após um processo eleitoral acirrado, Biden atingiu a votação recorde de 74 milhões de votos, um marco para os Estados Unidos, onde a votação não é obrigatória. Ele está no estado de Delaware, ao lado da candidata a vice Kamala Harris. A expectativa é a de que os dois façam, em breve, o pronunciamento oficial da vitória.

Pela primeira vez na história, o país terá uma vice-presidente, Kamala Harris, de 56 anos, que também será a primeira negra a ocupar o cargo. 

Donald Trump ainda não admitiu a derrota, e não está claro se ele continuará a contestar os resultados com base em alegadas fraudes, quando seu próprio lado já parecia resignado a quatro anos de presidência de Biden. Ele será, assim, o primeiro presidente dos EUA a ser privado de um segundo mandato desde o republicano George H. W. Bush em 1992.

Independentemente do que Donald Trump diga, a data de posse do novo presidente está inscrita na Constituição: 20 de janeiro ao meio-dia. Até lá, os estados certificarão seus resultados e os 538 delegados se reunirão em dezembro para nomear formalmente seu presidente.

“As autoridades americanas são perfeitamente capazes de expulsar os intrusos da Casa Branca”, comentou esta semana o porta-voz de Joe Biden, Andrew Bates.

Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama de 2009 a 2017, apostou que uma campanha moderada, com foco no trabalhador, devolveria aos democratas as chaves da Casa Branca, e a aposta claramente valeu a pena.

Ele tirou de Donald Trump três estados industriais que escaparam de Hillary Clinton quatro anos atrás: Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, "o coração desta nação", disse ele na sexta-feira à noite.

Neste sábado, também liderava na Geórgia, Nevada e Arizona, de acordo com resultados parciais. A apuração ocorre desde terça-feira nesses estados por conta do volume excepcional de cédulas enviadas por correio, método que foi incentivado pelo contexto de pandemia. Na Pensilvânia, essas cédulas foram 80% a favor de Joe Biden, o que permitiu que ele superasse a liderança inicial do republicano.

No total, apesar da pandemia, a participação atingiu um recorde histórico na era moderna: cerca de 66% dos eleitores votaram, de acordo com o US Elections Project.

Joe Biden obteve mais de 74 milhões de votos, ante 70 milhões de Donald Trump, no total no país. Esse "voto popular" não tem valor no sistema eleitoral americano, mas fortalece, segundo os democratas, a legitimidade política do próximo presidente.

"O presidente eleito Biden tem um mandato forte", disse a presidente democrata da Câmara, Nancy Pelosi, na sexta-feira. Mas seu poder seria muito limitado se o Senado permanecer controlado pelos republicanos. O suspense vai até o dia 5 de janeiro, data do segundo turno para senador pela Geórgia.

O ex-vice de Barack Obama se apresentou como a solução para curar o país da crise de saúde, provocada pela pandemia de coronavírus, e também da extrema polarização social que divide os americanos. Para isso, prometeu restaurar o compromisso dos EUA com princípios fundadores da sociedade americana, com uma plataforma de busca pela restauração da integridade e da normalidade. O maior desafio que se apresenta ao democrata é a contenção da segunda onda de coronavírus e a reversão da crise econômica.

Com assessorias.

O dinamarquês Lars Von Trier é conhecido por colecionar provocações cinematográficas disfarçadas de arte. Em seu novo filme Ninfomaníaca, o cineasta não foge da sua linha de produção. A primeira parte do filme estreia no Brasil nesta sexta (10) e traz cenas pornográficas com tudo à mostra, frases de efeito e a história de uma mulher autodiagnosticada como viciada em sexo.

Ninfomaníaca conta a história de Joe (Charlotte Gainsbourg), uma moça que conhece a ninfomania desde a adolescência. O filme inicia com a protagonista desmaiada e com o rosto sangrando em meio à neve. A sinestesia e uma trilha com rock pesado introduz o espectador na história. Um pescador (Stelan Skarsgard) a leva para casa e lhe dá o que beber. Joe começa a contar a sua vida sexual desde a infância, relembrando passagens que a enchem de culpa. A grande 'musa ninfomaníaca' é vivida pela franco-britânica Charlotte Gainsbourg, que também atuou em Anticristo e Melancolia.

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Mesmo com tudo à mostra e a questão psicológica, o filme de Lars Von Trier choca pouco. Ninfomaníaca não vai decepcionar quem for ao cinema atrás de pornografia leve. Contam-se mais de dez cenas de sexo entre a Joe jovem (Stacy Martin) e seus parceiros. Em uma cena, Joe faz uma aposta com uma amiga: pegar homens casados e solteiros no trem, transando com eles no banheiro. A recompensa é um saquinho de chocolates. Esta cena está no trailer que, assim como o filme, NÃO É RECOMENDADO A MENORES DE 18 ANOS. Assista:

O primeiro volume de Ninfomaníaca - que tem ao todo cinco capítulos - contém vários tipos de sexo, uma bateria de closes de pênis em série, além do close de uma punção numa vagina (desnecessário e desconfortante). Numa montagem paralela, Joe transa com quatro caras diferentes, dizendo a cada um deles que é sua primeira vez.

Durante o longa, a ninfomaníaca se define como uma pessoa má, que se preocupa apenas com seu prazer (viciada em luxúria não por necessidade, mas pela satisfação do prazer), sem levar em conta os sentimentos das outras pessoas. O pescador ouvinte tenta encontrar uma lógica naquilo que escuta, apelando para referências como a arte da pesca da truta, números de Fibonacci e a polifonia de Bach, respectivamente.

Para não dizer que o filme tem tudo para ser sem graça para boa parte do público, duas grandes sequências chamam atenção em Ninfomaníaca: uma com a atriz Uma Thurman como a esposa abandonada de um dos parceiros de Joe, que leva os filhos para conhecer o apartamento da ninfomaníaca e outra com Christian Slater, como o pai da protagonista à beira da morte. Não se pode deixar passar em branco o relacionamento de Joe com o pai. Desde criança, a relação da viciada com o pai sempre foi muito amorosa. Já com a mãe, Joe não teve a mesma sorte.

Para tornar mais artística a jornada sexual da moça, as frases de efeito equilibram as cenas pornográficas: "Minha diferença em relação aos outros é que eu sempre esperei mais de um pôr do sol"; "Para mim, o amor sempre foi apenas luxúria somada ao ciúme"; "O ingrediente secreto do sexo é o amor". No longa estão as principais marcas do cineasta: protagonista feminina, nenhum pudor nas cenas eróticas, divisão por capítulos e a tentativa de convencer o espectador de que ele está vendo algo artístico.

Versão censurada

A primeira parte de Ninfomaníaca (volume I), que estreia nesta sexta (10) é uma versão editada pelos produtores e com menor duração, com 110 minutos. A segunda parte (volume II) com 130 minutos, estreia em março deste ano. A versão de 5h30, sem cortes será exibida no Festival de Berlim, em fevereiro. A Califórnia Filmes, distribuidora de Ninfomaníaca no Brasil, pretende lançar também a versão integral nos cinemas.

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