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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Teatro Municipal recebeu documentos que mostram que a empresa do maestro John Neschling, a PMM Produções Artísticas e Culturais, pediu que seis notas fiscais emitidas à Prefeitura de São Paulo tivessem a descrição dos serviços alterada após pagamentos de R$ 150 mil cada uma. Para os vereadores, há indícios de fraude.

A escritora Patrícia Melo Neschling, sócia majoritária da empresa e mulher do maestro, nega qualquer irregularidade e diz que seguiu orientações do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), organização social que cuida da gestão do teatro.

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Para os promotores do Grupo Especial de Combate a Delitos Financeiros (Gedec), é preciso investigar se houve suposta alteração das notas fiscais para inserir dados falsos, o que é crime, ou se ocorreu uma adequação das notas ao contrato do maestro firmado com o IBGC, que seria um procedimento legal.

O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a um e-mail no qual Patrícia pede ao seu contador que entre em contato com o diretor financeiro do IBGC para tratar da questão da "alteração dos descritivos de notas fiscais do maestro". Patrícia pede que nas notas expedidas à Prefeitura, entre junho e dezembro de 2014, conste "serviços prestados como diretor artístico e regência do projeto Teatro Municipal de São Paulo". Antes, constava apenas o item "serviços prestados de direção artística".

Neschling assumiu a direção artística do Teatro Municipal, em 2013, quando José Luiz Herência foi nomeado para direção da Fundação Theatro Municipal e William Nacked foi escolhido para ser diretor do IBGC.

Os três - além do secretário de Comunicação Social da Prefeitura, Nunzio Briguglio Filho - são investigados pelo Gedec por suspeita de fazer parte de um esquema de corrupção que desviou pelo menos R$ 15 milhões até 2015. Herência e Nacked firmaram acordo de delação premiada com o Ministério Público. Briguglio e Neschling negam as acusações.

Em 2014, a Controladoria-Geral do Município (CGM) propôs ao IBGC que o maestro detalhasse os serviços prestados ao teatro para justificar os pagamentos. Segundo a CPI, as alterações pedidas por Patrícia seriam para a PMM se adequar às regras. "Ela será chamada para prestar esclarecimentos à CPI", disse o presidente da comissão, vereador Quito Formiga (PSDB).

Em nota, Patrícia Melo Neschling informou que pediu ao seu contador para modificar as notas fiscais seguindo orientações da direção financeira do IBGC e ressaltou que vai tomar providências judiciais pelo vazamento de seus e-mails. A reportagem não localizou ninguém da assessoria do instituto para comentar o caso.

Saída

O maestro foi afastado da direção artística do Teatro Municipal na segunda-feira, seis meses depois de seu nome aparecer oficialmente como suspeito nas investigações da promotoria. A decisão teve o aval do prefeito Fernando Haddad (PT). O IBGC anunciou o afastamento de Neschling. Em nota, o maestro afirmou que "foi traído por todos aqueles que um dia disseram prezar meu trabalho, a cultura brasileira e o Teatro Municipal". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após ser alvo de suspeitas por quase seis meses, o maestro John Neschling foi afastado na segunda-feira (5) dos cargos de diretor artístico e regente titular do Teatro Municipal de São Paulo. Ele é investigado pelo Ministério Público Estadual por suspeita de participação no esquema de corrupção que teria desviado ao menos R$ 15 milhões dos cofres municipais. O maestro nega e considera a demissão ilegal.

O regente era funcionário do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), organização social responsável pela gestão do teatro desde agosto de 2013. Oficialmente, a Prefeitura diz que o caso de Neschling ainda está sob análise da Corregedoria e sua saída agora é decisão autônoma do IBGC.

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Mas o Estado apurou que a demissão teve aval do prefeito Fernando Haddad (PT). Segundo o contrato, firmado entre a entidade e a empresa que o músico mantém com a mulher, a escritora Patrícia Melo, o pagamento das duas funções somava R$ 150 mil por mês, além de mais R$ 8 mil para despesas variadas. O motivo oficial da demissão não foi divulgado pelo instituto. Também não foi anunciado novo diretor.

A decisão pegou o maestro de surpresa. No domingo, Neschling enviou nota à imprensa afirmando que tinha o apoio de Haddad para permanecer à frente do teatro. Na mensagem, deu a entender que chegou a pensar em se demitir, mas mudou de ideia após se encontrar com o prefeito na semana passada. Em vídeo segunda-feira no Facebook, o músico agradece o público que o prestigiou em espetáculo no domingo e afirma que está "forte" e continuaria o trabalho.

A postura de Neschling não teria sido bem recebida por Haddad, já pressionado por integrantes de sua campanha e da Prefeitura - nos últimos dias, a Controladoria-Geral do Município, a Corregedoria e a Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos buscavam uma solução para o problema que havia se tornado o contrato com o maestro. Durante agenda eleitoral na segunda-feira de manhã, o prefeito afirmou que o caso estava em análise e um comunicado a respeito seria feito à tarde. A notícia foi antecipada pelo músico, que classificou a demissão como ilegal. Já o IBGC se limitou a informar que a agenda do Municipal não será alterada.

Investigações

O nome de Neschling foi citado nas investigações em março pelo ex-diretor da Fundação Theatro Municipal José Luiz Herência, primeiro delator do esquema. No acordo que firmou com o MPE, ele afirma que o músico não só sabia das fraudes como participava delas, usando a indicação de espetáculos superfaturados ou a contratação de artistas internacionais por valores superiores aos praticados no País. Um dos projetos sob investigação, o Alma Brasileira, custou R$ 1 milhão à cidade, apesar de nunca ter sido montado.

De lá para cá, o maestro passou a ser oficialmente investigado pelo Grupo Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec), do Ministério Público, e foi novamente acusado, desta vez pelo ex-diretor do IBGC William Nacked, que também teve acordo de delação homologado pela Justiça. Assim como Herência, Nacked afirma que Neschling participava do esquema ao contratar espetáculos de agentes que depois o chamavam para apresentações no exterior, como uma espécie de "toma lá, dá cá".

Na segunda-feira, os promotores do Gedec afirmaram ao Estado que, "sem perder o respeito com os investigados e todos os seus direitos individuais, a investigação criminal vai a fundo para que todos os fatos sejam desmantelados, bem como o desvio de valores seja recuperado, pouco importando quem são as pessoas envolvidas". Os promotores ainda informaram que o maestro Neschling e seu advogado há muito tempo têm acesso aos autos do procedimento investigatório. "Ele será inquirido no momento oportuno e terá a oportunidade de, querendo, dar sua versão para os fatos sob apuração."

Para o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o esquema na Câmara Municipal, vereador Quito Formiga (PSDB), a demissão de Neschling foi tardia. "A permanência dele era insustentável diante do avanço das investigações. Agora que começou a campanha o prefeito Haddad resolveu agir. Ainda bem", disse.

Músico se diz traído e afirma que decisão é 'arbitrária e ilegal'

John Neschling se antecipou ao anúncio do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC). O maestro comunicou a imprensa, em nota, na tarde de segunda-feira, que havia sido afastado da direção artística do Teatro Municipal. Nela, diz que a decisão foi um ato unilateral, que pretendeu extinguir seu contrato de "forma ilegal e arbitrária". Diante da situação, o músico afirmou que, juntamente com seus advogados, tomará as providências legais cabíveis.

Sem mencionar nomes, Neschling disse que "foi traído por todos aqueles que um dia disseram prezar meu trabalho, a cultura brasileira e o Teatro Municipal". Segundo ele, essas pessoas cederam à mentira e à pressão do Ministério Público Estadual, para manter em pé um projeto político.

Na nota, o músico afirmou que se mantém com altivez, de cabeça erguida. "Não participei de nenhum esquema, de nenhuma falcatrua. Reitero a minha inocência. Sempre julguei que aquele que é inocente deve permanecer onde está para aguardar com tranquilidade a investigação em todos os âmbitos."

Na avaliação de Neschling, há em curso atualmente um "complô político" que visa a manchar seu nome e sua história. "Quanto àqueles que atuam para liquidar meu nome e reputação, saibam que minha honra é fruto de minha trajetória de 50 anos de vida pública com imagem ilibada."

Acúmulo

O IBGC não comentou as declarações do maestro e agora ex-funcionário. Também por e-mail, afirmou que mais informações sobre o caso seriam prestadas no "momento oportuno". A organização agora terá de nomear um novo diretor artístico e também um novo regente titular para a Orquestra Sinfônica do Municipal - o maestro acumulava as funções. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo, John Neschling, um dos investigados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por suspeita de participação no esquema de corrupção que teria desviado ao menos R$ 15 milhões da casa de espetáculos, afirmou no domingo (4) que não vai deixar o cargo - ele recebe R$ 150 mil mensais. Em nota, o maestro informou que marcou um encontro com o prefeito Fernando Haddad (PT) na última sexta-feira (2) para tratar do assunto e recebeu dele o apoio necessário para sua decisão.

"No nosso encontro, ele (Haddad) me reafirmou o que vem dizendo publicamente, que apenas por uma determinação clara da Controladoria (caso houvesse provas ou indícios de malfeitos da minha parte - o que não era o caso), ele me demitiria. Afirmou, no entanto, que entendia minhas dificuldades e garantiu que respeitaria qualquer decisão que tomasse", disse Neschling.

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Segundo a assessoria de imprensa da gestão Haddad, a reunião aconteceu um dia antes, na quinta-feira (1º), e não foi divulgada publicamente na agenda diária do prefeito por se tratar de "assuntos internos".

Mobilização

No sábado (3), reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que três órgãos da administração municipal estão mobilizados para suspender o contrato do maestro, por meio de seus comandantes diretos: o corregedor-geral Daniel Gaspar de Carvalho, o controlador Gustavo Gallardo e o secretário de Negócios Jurídicos, Robinson Barreirinhas.

A análise é que as suspeitas sobre a participação de Neschling no escândalo e também do secretário municipal de Comunicação, Nunzio Bruguglio Filho - ambos negam -, pode prejudicar o desempenho de Haddad, que tenta a reeleição.

Essa movimentação contra a permanência do maestro ganhou força dentro na Prefeitura na semana passada, após o Tribunal de Contas do Município (TCM) considerar, por unanimidade, irregular o contrato firmado com o Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), responsável pela gestão do Teatro Municipal.

A saída de Neschling ainda é defendida pelos promotores que investigam o caso, por parte dos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara Municipal para apurar os desvios na instituição e também pelo ex-chefe de gabinete de Haddad, Paulo Dallari, que atuou nos últimos meses como interventor do IBGC a pedido do prefeito, mas deixou o cargo por discordar da permanência do músico.

Também na semana passada, a Polícia Federal informou aos parlamentares que compõem a CPI que o passaporte do músico seria apreendido, conforme requerimento aprovado na Câmara, o que agravou a situação. A decisão foi posteriormente revertida pela defesa do maestro.

Crime

Segundo o Grupo Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec), do Ministério Público, os desvios ocorreram entre 2013 e 2015, quando teria funcionado um esquema de uso de notas frias e aditivos irregulares em contratos, entre outras práticas. No Gedec, os suspeitos são investigados por lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa.

Além de Neschling, são alvo do Ministério Público o ex-diretor da Fundação Theatro Municipal José Luiz Herência e o ex-diretor do IBGC William Nacked. Ambos firmaram acordo de delação com o MPE e se comprometeram a devolver cerca de R$ 10 milhões aos cofres públicos. Já a Promotoria do Patrimônio Público apura, na área cível, possível má gestão do dinheiro público. Neste caso, estão incluídos Haddad e o ex-secretário da Cultura Juca Ferreira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O maestro John Neschling exigiu ter acesso ao depoimento prestado por José Luiz Herência aos integrantes da CPI como condição para confirmar sua presença na reunião desta quarta-feira, 17.

O advogado dele, Eduardo Carnelós, já teve acesso aos documentos. Herência aceitou prestar depoimento aos parlamentares no mês de junho, mas em sessão fechada, pois as investigações correm em sigilo. Além de Herência, já foram ouvidos o secretário de Comunicação, Nunzio Briguglio Filho, e o ex-secretário da Cultura Juca Ferreira.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça determinou a quebra de sigilo dos e-mails do maestro John Neschling, diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo. O pedido foi feito pelo Ministério Público Estadual (MPE), que investiga um esquema de corrupção que desviou pelo menos R$ 15 milhões dos cofres públicos. Apesar de investigado, o músico segue no comando do centro de espetáculos. Já o diretor-geral, Paulo Dallari, pediu demissão do cargo e só fica até o dia 22.

Os promotores do Grupo Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec) não quiseram falar sobre o caso. O Estado apurou que a investigação busca mensagens que mostrem a existência de um suposto esquema envolvendo o maestro, o ex-diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), William Nacked, e o secretário municipal de Comunicação, Nunzio Briguglio Filho. O IBGC é a organização social que administra o teatro.

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Segundo as investigações, o desvio de recursos aconteceu entre 2013 e 2015, quando José Luiz Herência era o diretor da Fundação Theatro Municipal. Réu confesso, Herência fez acordo de delação premiada, confessou ter desviado R$ 6 milhões e apontou a participação dos demais investigados, que negam as acusações.

Após a revelação do esquema, o prefeito Fernando Haddad (PT) nomeou Dallari diretor-geral da Fundação Theatro Municipal e interventor no IBGC. Ex-chefe de gabinete do prefeito, ele já deixaria o posto de interventor em agosto, mas ficaria como diretor da fundação. Agora, com a demissão, a Prefeitura terá de procurar outro nome para a função.

Mensagens

Com a decisão judicial, os promotores passarão a ter acesso a todas as mensagens eletrônicas trocadas por Neschling desde que assumiu o posto de diretor artístico, em 2013. O conteúdo pode revelar, por exemplo, a participação dele na contratação de espetáculos superfaturados, um dos focos da investigação, ou mesmo em apresentações negociadas, pagas e depois canceladas. É o caso do projeto Alma Brasileira, que custou R$ 1 milhão aos cofres municipais, mas nunca foi montado na capital paulista.

A negociação desse espetáculo teve início em junho de 2014 com o envio, por Briguglio Filho, de uma carta ao produtor argentino Valentin Proczynski. Nela, o secretário de Comunicação de Haddad afirma que a Prefeitura tem interesse no espetáculo, sobre a obra do compositor Heitor Villa-Lobos, e se compromete com pagamentos, mesmo sem ter acesso ao projeto. O contato teria sido feito sem o conhecimento do então secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, que também nega envolvimento no esquema.

Há a expectativa de que parte das tratativas que resultaram no pagamento do musical nunca realizado em São Paulo tenha sido feita por e-mail. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara Municipal para investigar irregularidades na gestão do teatro já teve acesso a algumas das mensagens trocadas entre os investigados pelo MPE. Em uma delas, Neschling pressiona Herência a assinar o contrato com Proczynski, já que, segundo o maestro, o cancelamento do acordo seria um "desgaste para o teatro" no Brasil e no exterior.

Para o vereador Ricardo Nunes (PMDB), que integra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Câmara para investigar irregularidades na gestão do Municipal, a decisão da Justiça deve ajudar a materializar todos os indícios já levantados pelos parlamentares sobre a participação de Neschling no esquema. "Acredito que agora as coisas vão se complicar para ele. Depois que os e-mails vierem à tona, a manutenção dele no cargo (de diretor artístico) vai ficar difícil", afirma.

Requerimento apresentado por Nunes com o mesmo objetivo, de quebra de sigilo, chegou a ser aprovado pelos demais vereadores da CPI no início de julho. Um mês depois, no entanto, o relator da comissão, Alfredinho (PT), conseguiu suspender a votação, com o argumento de que foi feita em reunião secreta. O petista não foi encontrado na segunda-feira, 15.

Em nota, a defesa de Neschling afirmou que, "embora lamente a violação do sigilo da correspondência, já que expõe dados de sua vida pessoal, a quebra do sigilo não comprometerá o músico, uma vez que ele nunca praticou ilicitude". Em entrevista, na semana passada, o maestro ressaltou que foi inocentado das acusações pela Controladoria-Geral do Município (CGM).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O maestro John Neschling anunciou ontem, 16, a temporada de óperas do Teatro Municipal de São Paulo para 2014. Serão oito títulos e a programação começa em março, com Il Trovatore, de Giuseppe Verdi. Segundo o maestro, a temporada mantém a intenção de ter no teatro uma agenda de títulos de diversas nacionalidades e fases. A ausência principal é Siegfried, que completaria o projeto atualmente em curso no teatro de montagem da tetralogia O Anel do Nibelungo, de Richard Wagner. "Não abandonamos o projeto do Anel aqui no Municipal, ele será completado", diz Neschling. "Mas como diretor artístico, me pareceu importante nesse momento me dedicar a outros títulos dentro do repertório alemão."

Neschling se refere a Salomé, de Richard Strauss, que será regida por ele e terá direção cênica da brasileira Lívia Sabag. Para 2015, fala na possibilidade de produzir outro Wagner: Tristão e Isolda. "É um sonho antigo fazer Tristão, há tantas décadas longe do Municipal, mas isso ainda está em negociações." As outras óperas do ano serão: Falstaff, de Verdi; a dobradinha Cavalleria Rusticana, de Mascagni, e I Pagliacci, de Leoncavalo (ambas regidas por Ira Levin, que fará seu retorno ao Municipal depois de deixar a direção da casa, em 2004); Tosca e La Bohème, de Puccini; Cosi Fan Tutte, de Mozart; Carmen, de Bizet. Para os próximos anos, ele fala de uma ópera inédita de Francis Hime e obras de Mozart e de Puccini, como Manon Lescaut, e a Fosca, de Carlos Gomes.

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"O objetivo é criar uma história de produções para o Municipal e formar um novo público. O teatro precisa ter montagens próprias do grande repertório, como Aida, que vamos fazer este ano, ou Tosca. No fim de 2013, por exemplo, teremos Bohème e ela voltará no ano que vem, com elenco todo nacional. É dessa rotina de produção que precisa o Municipal", disse o maestro, que anunciou mudanças na central de produção da casa que, hoje, segundo ele, não consegue comportar adequadamente as montagens realizadas. "Precisamos de um galpão maior que possa armazenar o material dessa nossa Aida, por exemplo, enquanto a central de produção no Pari ficará com as produções que serão repetidas imediatamente, como Bohème." Segundo o diretor executivo da Fundação Teatro Municipal, José Luiz Herencia, são mantidas conversas com o governo federal para viabilizar uma nova central.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O maestro carioca, John Neschling, que está na Europa e retorna ao Brasil no início da próxima semana, é o mais novo diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo. Ele já estava sendo cotado para o cargo desde que Juca Ferreira foi anunciado como secretário de Cultura do atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

John Neschling é sobrinho-neto do compositor Arnold Schoenberg e do maestro Arthur Bodanzky, nasceu no Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1947, e desde cedo começou a estudar piano. Na Europa, foi diretor artístico do Teatro Nacional de São Carlos em Lisboa, do Teatro de Sankt Gallen (Suíça), do Teatro Massimo (Palermo) e da Ópera de Bordeaux, além de ter sido regente residente na Ópera de Viena. O maestro é casado com a escritora Patrícia Melo e é pai do ator Pedro Neschling.

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