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O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, disse nesta terça ser contrário ao "vale tudo" para ampliar o tempo de TV na campanha eleitoral. Apesar de evitar comentar a adesão do ex-prefeito de São Paulo e deputado federal Paulo Maluf (PP) à chapa do petista Fernando Haddad, e a crise que isso provocou com Luiza Erundina (PSB), o tucano fez questão de dizer que não mudaria sua política de alianças por mais minutos no horário eleitoral.

"Temos já perfilado na aliança o PV, PSD, PR e o DEM. São quatro partidos, além do PSDB. Portanto, são cinco partidos na aliança. Acho que o tempo (de televisão) que nós temos já é bem razoável", disse Serra. "Claro que sempre ter mais tempo de TV é bom, mas não vale tudo", ressaltou o pré-candidato tucano.

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Apesar do tom sereno e de parecer que queria evitar polêmica, Serra usou palavras como "problema" para se referir à aliança de Haddad e Maluf e deixou claro que sua política de alianças é diferente.

"Eu não vou comentar sobre isso. É um problema de outros partidos. É a população que tem que analisar, julgar e avaliar", disse Serra. "Cada um faz a política de alianças que bem entende, cada partido e cada força política."

O pré-candidato tucano esteve no Rio, onde assistiu a um debate da Cúpula de Prefeitos (C40), entidade que reúne 59 metrópoles, no espaço Humanidade 2012, no Forte de Copacabana. Ao lado do atual prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), o tucano acompanhou uma mesa sobre a importância dos governos locais e dos compromissos coletivos no esforço de conter as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento urbano sustentável, com a participação dos prefeitos de Nova York, Michael Bloomberg, do Rio, Eduardo Paes (PMDB), entre outros.

O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra, afirmou neste sábado que a conquista de cadeiras na Câmara Municipal passa pelo corpo-a-corpo dos candidatos nas ruas. "O tempo da TV para os vereadores não tem importância nenhuma. Tem muito folclore, nas duas, três aparições (na TV). A eleição se ganha nas ruas, nas casas, nas entidades de bairro", afirmou, durante discurso na Convenção do PV que ratifica o apoio da legenda a sua candidatura.

Serra fez essa declaração em meio a uma disputa entre um grupo do PSDB que apoia uma aliança com as siglas aliadas para a escolha de candidatos a vereador e outro grupo que é contrário.

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Na saída do evento, em entrevista a jornalistas, Serra afirmou que um "chapão", na eleição proporcional, é uma tendência normal das alianças partidárias. "Estamos discutindo isso. Há posições diferentes e podemos chegar a um consenso", afirmou.

Sobre o provável apoio do PP, partido do ex-prefeito Paulo Maluf, ao candidato do PT, Fernando Haddad, Serra evitou fazer comentários, dizendo apenas: "Cada um faz alianças e vai para onde achar melhor".

Em relação à escolha do seu vice, Serra disse que a "questão envolve elementos de natureza política, de alianças e outras considerações".

Na convenção de hoje, o PV indicou o secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, como possível vice de Serra. O tucano elogiou a indicação e disse ser "um dos nomes possíveis".

O PR vai anunciar, na tarde desta segunda-feira, apoio ao pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra. O partido compõe a base de apoio do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) no Congresso Nacional e estava negociando aliança com o PT do pré-candidato Fernando Haddad, mas as negociações não avançaram porque, depois de perder o comando do Ministério dos Transportes, a sigla não foi contemplada com mais espaço na administração federal.

O sinal de que o partido fecharia aliança com os tucanos na Capital foi dado no sábado, no evento que ratificou a pré-candidatura de Haddad, quando dirigentes do PR foram convidados, mas não compareceram. O PR é dono do sexto maior tempo de propaganda na televisão, um de seus principais ativos eleitorais, com cerca de um minuto no horário eleitoral gratuito.

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Além de compor a base aliada do governo Dilma Rousseff, o PR também integra a suplência da senadora petista Marta Suplicy (SP), com o vereador Antonio Carlos Rodrigues. Na última sexta-feira, o presidente do Diretório Municipal do PR paulista, vereador Toninho Paiva, informava que o caminho da sigla nessas eleições municipais na Capital deveria ser mesmo o fechamento de uma aliança com os tucanos.

Em reunião ontem do Conselho Político do pré-candidato do PT, Fernando Haddad, o comando do partido resolveu aumentar a polarização com o PSDB e explorar as recentes panes no sistema de transporte estadual, classificando-as como um "apagão" na infraestrutura da cidade.

"É um consenso de todo o grupo de que está caracterizado em São Paulo um apagão dos transportes públicos, pelas inúmeras panes, pelos atrasos em obras, pelos projetos de investimento que estavam indefinidos", disse o petista, seguindo o roteiro definido pelo partido durante a reunião. O foco das críticas foi o governo estadual tucano, responsável pela administração dos trens metropolitanos e do Metrô e "patrocinador" da pré-candidatura de José Serra (PSDB).

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Haddad falou em "panes recorrentes" no sistema de transporte coletivo e em "subinvestimento" no setor. Não propôs saídas para melhorar a operação do sistema, mas anunciou dois nomes que formularão propostas para o trânsito em seu programa de governo: o deputado Carlos Zarattini, secretário de Transportes no governo Marta Suplicy, e o economista Ciro Biderman.

O PT também resolveu postergar a decisão sobre a coordenação geral da campanha, que, por enquanto, ficará concentrada com o presidente municipal do partido, vereador Antonio Donato. Havia uma demanda para a formação de uma coordenação compartilhada entre Donato, que é da corrente Novo Rumo, e um integrante da Construindo um Novo Brasil (CNB), a maior tendência no partido. Mas, diante da indefinição de nomes da CNB, a composição "bipartite" foi postergada.

Foi definido, no entanto, um nome do programa de governo. O ex-prefeito de Diadema José de Filippi será o coordenador-geral do programa de infraestrutura e desenvolvimento urbano. Haverá um segundo coordenador-geral para a área social, cujo nome ainda será escolhido.

Lula e Marta

Haddad voltou a minimizar a importância da participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da senadora Marta Suplicy nas suas caminhadas pela cidade. Falou dos cuidados médicos que Lula deve tomar e afirmou que, nesta fase de pré-campanha, o foco deve ser a costura de alianças e a articulação do plano de governo.

Na semana passada, sentindo-se pressionada para entrar na campanha de Haddad, Marta afirmou que o petista deve "gastar sola de sapato" pela cidade. Ontem, Haddad evitou polemizar com a ex-prefeita. "Estamos muito bem. Nós vamos andar ainda muito pela cidade."

"Haddad pode até crescer agora nas pesquisas, mas com expressão apenas quando começar a aparecer na televisão", afirmou o presidente estadual do PT, Edinho Silva, para quem a participação de Lula acontecerá conforme ocorra a melhora do seu estado de saúde. O presidente nacional do partido, Rui Falcão, afirmou que Marta irá apoiar "quando for necessário".

Os petistas também decidiram que Haddad deve aumentar sua exposição, com concessão de entrevistas a jornais de bairro e a rádios comunitárias, até o início da propaganda eleitoral, em agosto, quando, na avaliação deles, o pré-candidato deve começar a crescer nas pesquisas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de meses de pressão para que entrasse na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra (PSDB) reuniu o seu grupo de aliados mais próximos e informou oficialmente que não será candidato na eleição municipal deste ano.

O anúncio feito por Serra aos seus principais colaboradores ocorreu no domingo passado, na casa do ex-presidente municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, e na presença do ex-governador Alberto Goldman, do senador Aloysio Nunes Ferreira e do deputado Jutahy Júnior. O grupo já trabalha num plano B para a eleição na capital.

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Em razão da pressão dos seus aliados, que o queriam na disputa para trazer o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, o tucano resolveu chamar os interlocutores e dizer claramente que não concorrerá na eleição para prefeito e que está interessado nas questões nacionais. Serra também atendeu ao pedido do governador Geraldo Alckmin para se posicionasse antes das prévias do PSDB, marcadas para março.

Apesar de já ter dito publicamente que não entraria na corrida, o seu grupo ainda tinha a esperança de que ele pudesse rever sua posição e o pressionava publicamente para isso. A direção nacional do PSDB ainda planeja uma ofensiva para convencer Serra a disputar o cargo.

O Grupo Estado apurou que a decisão de Serra foi levada a Alckmin, que também contava com a possibilidade de ele reavaliar sua posição. O ex-governador é considerado o nome mais forte do PSDB na disputa, e a entrada dele no páreo libertaria Alckmin de ter que "carregar", segundo expressão usada por tucanos, outro candidato na campanha.

"Estou convicto de que ele não será candidato. Para mim, esse assunto está liquidado", afirmou Goldman. "Ele manifestou no encontro que, a partir de agora, se focará ainda mais nas questões nacionais porque o seu projeto é nacional", declarou outro participante da reunião.

De acordo com aliados, o ex-governador acha que, se entrar na disputa, passará a campanha dizendo que não renunciará para disputar outro cargo - ele renunciou à Prefeitura em 2006 para disputar o governo estadual e, depois, em 2010 para disputar a Presidência.

A candidatura a prefeito também vai contra seu projeto político: Serra pretende disputar a Presidência da República em 2014. Também disse a interlocutores que a alta rejeição apresentada nas últimas pesquisas de intenção de voto mostra que a população considera que ele não quer ser prefeito, o que aumentaria o risco de ele perder a eleição.

A decisão de Serra de não concorrer torna as prévias para escolher o candidato tucano, marcadas para março, praticamente incontornáveis. O grupo do ex-governador, no entanto, gostaria de prorrogar o prazo da disputa, o que Alckmin não aceita. Sem o ex-governador na disputa, seus aliados vão insistir nos bastidores para viabilizar o plano Afif: o apoio do PSDB à candidatura do vice-governador Guilherme Afif Domingos, ligado a Kassab, em troca da indicação do vice.

Essa saída, porém, conta a resistência dos aliados do governador - o próprio Alckmin já deu entrevistas descartando a possibilidade de o PSDB não ter um candidato na cabeça de chapa.

Ontem o governador afirmou que ainda trabalha para ter o PSD na aliança, mas, segundo interlocutores, a real preocupação de Alckmin é com o DEM, que tem tempo de TV e ameaça migrar para a campanha do PMDB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-governador José Serra (PSDB-SP) chamou de "lixo" o livro "Privataria Tucana" do jornalista Amaury Ribeiro Júnior. Na publicação, o repórter fala de um suposto esquema de corrupção no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que envolveria Serra, que ocupou a Pasta do Planejamento. "Vou comentar o que sobre lixo? Lixo é lixo", afirmou Serra ao ser questionado sobre a publicação.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também classificou a publicação como "literatura menor". Os dois participaram hoje da inauguração de uma sala da liderança tucana na Câmara batizada de Artur da Távola.

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Amaury Ribeiro Júnior foi acusado no ano passado durante a campanha eleitoral de ter encomendado a quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. Tiveram o sigilo violado o vice-presidente do partido, Eduardo Jorge Caldas Pereira, a filha de Serra, Verônica, entre outros. O jornalista negociou participação na pré-campanha da presidente Dilma Rousseff. Amaury afirmou, à época, que estava buscando informações para seu livro e negou a prática de ilegalidade.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje que o ex-governador José Serra terá o apoio do partido em qualquer disputa que deseje enfrentar. Ao chegar ao seminário do PSDB "A nova agenda - desafios e oportunidades para o Brasil", realizado no Rio de Janeiro, Alckmin evitou, no entanto, falar da disputa para a prefeitura paulistana em 2012 e para a sucessão da presidente Dilma Rousseff, em 2014.

"Serra é um dos melhores quadros do PSDB, uma liderança nacional. Ao que ele for (candidato), terá nosso apoio", disse o governador tucano. Ao comentar a candidatura do ministro Fernando Haddad a prefeito, depois da desistência da senadora Marta Suplicy, Alckmin disse ser "indiferente" o nome do candidato petista.

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Embora reconheça as dificuldades da oposição no plano nacional, Alckmin disse que "o PSDB tem história, é o partido das grandes mudanças, dos grandes avanços". "O País não é vocacionado para um partido único. O PSDB ficará firme na oposição", disse o governador.

José Serra, apesar de não ter sido vitorioso nas disputas presidenciais, tem capital eleitoral e é um ator importante nas eleições de 2012 e 2014. O que ele fará em 2012 e em 2014 deve ser uma preocupação presente no PSDB. Se não é, o PSDB comete um equívoco.

Serra poderá ser candidato a prefeito de São Paulo com o apoio do PSD. Serra pode ser candidato ao governo do Estado em 2014 com o apoio de Alckmin. Serra pode ser candidato à presidente da República pelo PSDB. E Serra pode ser candidato à presidente da República pelo PPS ou PSD.

Se Serra for candidato a prefeito e vencer a disputa eleitoral, cresce as chances de Aécio ser o candidato à presidente da República pelo PSDB. Mas se Serra for candidato ao governo do Estado em 2014, Alckmin poderá ser o candidato do PSDB à presidente. Deste modo, Aécio terá que administrar o fator Alckmin. E se Serra for para o PPS ou o PSD para ser candidato à presidente, o PSDB perde capital eleitoral.

A posição futura dos atores deve ser sempre prognosticada, pois desta forma, é possível criar estratégias. Neste instante, José Serra dificulta o sucesso eleitoral do PSDB em 2014 em virtude de que ele tem opções e capital eleitoral para prejudicar o PSDB e, particularmente, Aécio Neves.

O PSDB tem condições de retomar a presidência da República em 2014 com Aécio Neves. Mas para tal fato ocorrer, é necessário que os cenários políticos e econômicos sejam propícios. Além disto, estratégias eficientes devem ser construídas.

Não adianta o PSDB realizar uma oposição raivosa. Erros do governo do PT precisam ser mostrados ao eleitor. Mas o PSDB precisa ficar atento aos fatos trazidos pela imprensa e ao desempenho da economia, os quais afetam de modo positivo ou negativo a avaliação de Dilma. E com isto, construir a sua retórica oposicionista.

Os desejos do eleitor precisam ser monitorados. Por consequência, propostas devem ser apresentadas em conformidade com os desejos do eleitor. Uma agenda governamental alternativa as ações do PT precisa ser apresentada. O PSD e o PSB precisam se transformar em aliados. E, enfim, é preciso manter José Serra no PSDB.

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