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O deputado estadual Pastor Júnior Tércio (PP-PE) apresentou, na última quinta-feira (26), um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que tem como objetivo punir as práticas de 'surf' e 'morcegamento' em ônibus do transporte público de passageiros no estado.

Se o PL for aprovado, será obrigatória a fixação de avisos nos ônibus contendo a seguinte expressão: "É proibido a prática de surf e morcegamento, sob pena de multa". Nos casos em que a regra não for cumprida, o motorista do veículo deverá, imediatamente, parar o ônibus e pedir que o usuário desça do transporte. No entanto, se esse pedido não for respeitado, o profissional deverá solicitar intervenção policial para resolver a situação.

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O texto não explica como a lei irá proteger a segurança dos motoristas que cumprirem o que é recomendado. Em entrevista ao LeiaJá, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, disse que "não adianta propor uma solução para o problema sem entender a realidade do transporte público da Região Metropolitana do Recife".

Ele ainda afirmou que em nenhum momento o deputado procurou o sindicato para saber o seu posicionamento e as demandas dos motoristas. Ciente que o surf nos coletivos é uma prática antiga no estado, Aldo se mostrou surpreso em saber que o PL propõe que o condutor do veículo tome as primeiras medidas legais para que seu usuário desça do transporte. "Temo que isso aumente os casos de violências com a categoria", declarou. Aldo diz manter constantes diálogos com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para decidir a melhor forma de combater a prática sem afetar a segurança dos profissionais.

O projeto de lei do parlamentar informa que as multas podem variar de R$ 1.000,00 mil até R$ 100.000,00 mil para as pessoas flagradas cometendo a prática.

Segundo o presidente do PTB em Pernambuco, Coronel Meira, o casal Junior e Clarissa Tércio, recém-filiados ao PP, passaram as últimas semanas fazendo um verdadeiro leilão se oferecendo a todos os partidos, inclusive um projeto de apoio (arte de outdoor) com o pré-candidato do União Brasil, Miguel Coelho (DEM). A verdade é que, de acordo com Meira, os Tércios se utilizaram da Igreja Evangélica para, nitidamente, colocar seus interesses pessoais à frente.

"É só observar atentamente o desconforto dos apoiadores do Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), pela ausência da deputada Clarissa e do vereador Júnior de Tércio, no evento que contou com a presença de Anderson Ferreira (PL), Gilson Machado (PSC) e o próprio Presidente (Lançamento da Pedra Fundamental da Escola de Sargentos do Exército): todos convocados por Jair Bolsonaro para compor seu palanque no Estado de Pernambuco", disse.

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"Utilizar a desculpa de que não houve espaço em legendas conservadoras em Pernambuco, é uma inverdade, pois, muito antes de todos esses acontecimentos, o PTB abriu as portas não só para os Tércios como para todos os Conservadores e Cristãos que desejassem concorrer nestas eleições", observou Coronel Meira.

"Se não bastasse essa traição com os eleitores pernambucanos, os Tércios ainda ajudarão, com seus votos, a eleger os candidatos de Paulo Câmara (PSB). Partidos como PSB, PCdoB, PSOL e PT, estão alinhados com Lula, e em Pernambuco, além destes, ainda há o Republicanos e o Progressistas (PP). Embora essas duas legendas estejam na base do Governo Federal, em Pernambuco elas são totalmente contra o Presidente, desta forma, é inadmissível que conservadores e verdadeiros cristãos façam parte destas legendas socialistas, que são contra Bolsonaro e trabalham contra as pautas das igrejas e da família", criticou Meira.

 

Foi publicado no Diário Oficial do Recife, edição desse sábado (8), a sanção do prefeito João Campos à lei municipal que declara a música gospel como patrimônio da capital pernambucana.

No projeto de lei Ordinária de número 363/2021, o vereador bolsonarista Pastor Júnior Tércio (Podemos), não consegue esclarecer o que motiva o título de "Patrimônio Imaterial do Recife" para um estilo musical/louvor nascido na comunidade negra dos Estados Unidos. A intenção do vereador seria 'elevar o nível' da manifestação cultural na cidade.

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“A música gospel se tornou um patrimônio nacional, e por que não dizer mundial, de sorte a merecer a declaração de ‘Patrimônio Cultural Imaterial do Município do Recife’. Esta iniciativa valoriza a cultura gospel e a eleva ao nível das demais manifestações culturais”, justifica o parlamentar.

Tércio também busca conectar sua proposição com o número de protestantes que há no Estado de Pernambuco.

“Pernambuco é o Estado com maior concentração de evangélicos do Nordeste, tanto em números absolutos quanto em termos proporcionais. Um em cada cinco pernambucanos se declara protestante, de acordo com o censo do IBGE”, escreve.

Confira o projeto que agora virou lei na íntegra.

Entre posicionamentos progressistas ou conservadores, o uso do capital político familiar é uma prática oligárquica persistente em Pernambuco, que abrange, sobretudo, os poderes Legislativo e Executivo. Às vésperas do processo eleitoral de 2022, os herdeiros políticos de direita e centro-direita seguem a toada e começam sinalizar quais nomes estarão na disputa pelo governo do Estado.

O LeiaJá reúne, a seguir, um apurado sobre as principais famílias conservadoras pernambucanas e como elas estão se movimentando nos meses que antecedem o pleito governamental.

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A expansão da família Ferreira

A candidatura do atual prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), tem se apresentado como uma certeza entre os conservadores. Em visita ao Agreste pernambucano no último domingo (22), ele chegou a ser chamado de “futuro governador” por aliados.

Reeleito ainda no primeiro turno, Anderson reforçou sua posição contrária ao PSB ao declarar apoio à Marília Arraes (PT) na disputa pelo segundo turno da capital pernambucana. O político, que comanda uma das principais cidades da Região Metropolitana (RMR), também tem afirmado publicamente que as pessoas foram “abandonadas” pela atual gestão do governo, liderada por Paulo Câmara (PSB).

Sob a forte influência do patriarca Manoel Ferreira (PSC), que está em seu oitavo mandato como deputado estadual, o clã dos Ferreira conseguiu se infiltrar em diversas estruturas políticas do Estado. Entre as conquistas da família, que costuma contar com o apoio do universo evangélico, está a cadeira na Câmara dos Deputados, ocupada por André Ferreira (PSC), irmão gêmeo de Anderson.

No Recife, o poder se expandiu também para Câmara Municipal: Fred Ferreira (PSC), cunhado dos herdeiros políticos, cumpre seu segundo mandato como vereador.

O legado dos Coelho

A história política que já passou por quatro gerações, hoje desemboca no nome de Miguel Coelho (DEM), atual prefeito de Petrolina, cidade do Sertão pernambucano. Recém-chegado no Democratas, partido que já conta com os nomes de seus irmãos, Fernando Filho, deputado federal, e Antônio Coelho, deputado estadual, Miguel é apontado como um dos principais nomes da disputa pelo governo estadual.

O titular da oligarquia é Fernando Bezerra Coelho (MDB), atual senador por Pernambuco e pai de Miguel, Fernando e Antônio. FBC viu a força política familiar se originar em Clementino Coelho, seu pai, também conhecido como Coronel Quelê, e Dona Josefa, a matriarca que, posteriormente, tornou-se uma notável articuladora da dinastia na Região do São Francisco.

Embora Bezerra Coelho atue como o líder do governo federal no Senado, o político tem agido de maneira mais discreta nas últimas semanas. No início de agosto, por exemplo, ele se mostrou contrário ao desfile de militares em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Além disso, o deputado Fernando Filho votou contra a PEC do voto impresso, tornando o cenário de possível apoio dos setores bolsonaristas ao nome de Miguel Coelho ainda mais incerto.

Casal Collins: o conservadorismo ao lado do PSB

Atual aliado da Frente Popular de Pernambuco, de Paulo Câmara (PSB), Cleiton Collins (PP), ou Pastor Cleiton Collins, como prefere se apresentar, deu o pontapé inicial na carreira política em 2014, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez. Atualmente, cumpre o quarto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Cleiton Collins é pastor da Assembleia de Deus, Ministério Madureira, e se auto intitula “defensor da família”. Ademais, fundou, em 2003, a Organização Não Governamental (ONG) Saravida, com o objetivo de atuar na recuperação de dependentes químicos. O combate às drogas através da religião, inclusive, é uma das principais bandeiras defendidas pelo político, que também tem envolvimento com pautas relativas à educação, criança e juventude, pessoas com deficiência e do consumidor.

Bolsonarista e antipetista, Collins foi à Brasília (DF) no início de agosto, para protestar a favor da PEC do voto impresso, posteriormente derrotada na Câmara.

Embora ainda “pequeno”, o espólio dos Collins é considerado influente entre as denominações evangélicas pernambucanas. Em 2016, a missionária da Assembleia de Deus e esposa do pastor, Michele Collins (PP), foi a vereadora mais votada no Recife, com mais de 15 mil votos.

Defensora de pautas consideradas ultraconservadoras, Michele foi reeleita em 2020, com 6.823 votos, o menor número do partido. Especula-se que o casal se mantenha sob as asas do PSB nas eleições de 2022, visto que ambos declararam apoio integral ao PSB no processo eleitoral que levou João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife, no ano passado.

Família Tércio mira alargamento do poder

A líder do PSC na Alepe, Clarissa Tércio, figura como a principal voz do clã Tércio em Pernambuco. Em seu segundo mandato como deputada estadual, a “estreante” na política é uma das personalidades conservadoras mais alinhadas às decisões do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sendo cotada, inclusive, para se lançar candidata ao governo do Estado em 2022.

Filha do pastor Francisco Tércio, que é presidente da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Novas de Paz, Clarissa se envolve, de maneira frequente, em polêmicas ligadas ao discurso fundamentalista que propaga. Em maio, ela chegou a denunciar uma escola municipal que, de acordo com ela, estaria praticando “doutrinação de gênero”.

O episódio gerou mal estar com a Secretaria de Educação e Esportes (SEE), que defendeu a formação “cidadã, ética, inclusiva e plural” praticada nas unidades de ensino. Durante a pandemia, a parlamentar também fez publicações negacionistas sobre o novo coronavírus nas redes sociais, além de defender o tratamento com o uso medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.

Em 2020, Clarissa conseguiu expandir a atuação da família para a Câmara Municipal, através do mandato do marido, o pastor Júnior Tércio (Podemos). Também “defensor da família”, o pastor e agora vereador, é vice-presidente do Ministério Novas de Paz, além de radialista na rádio evangélica Novas de Paz. O casal é considerado um dos principais expoentes do bolsonarismo em Pernambuco.

Os Lyra e o patrimônio político nas mãos de Raquel

Atual prefeita de Caruaru, cidade do Agreste pernambucano, Raquel Lyra (PSDB) é a primeira mulher a ocupar o cargo. Apesar do ótimo desempenho nas urnas, Lyra, que foi reeleita com 66% dos votos e é presidenta estadual do partido, ainda não confirmou a participação na disputa pelo lugar no Palácio do Campo das Princesas. Nos bastidores, contudo, seu nome é citado com frequência.

Raquel é a terceira geração do grupo de políticos da família Lyra, que construiu o legado na Princesinha do Agreste a partir da iniciativa de João Lyra Filho. O mascate e caminhoneiro estacionou o veículo em Caruaru e começou a erguer o futuro político que culminaria em dois mandatos como prefeito da cidade. Os herdeiros seguiram os mesmos passos: João Lyra Neto (PSDB), pai de Raquel, chegou a ser governador do Estado, e Fernando Lyra, ex-ministro da Justiça, além de ex-deputado federal.

Oposição ao governo do PSB, Raquel Lyra declarou, no início de agosto, que ainda não é “momento” para falar sobre a possível candidatura. Segundo ela, ainda é preciso fazer um “diagnóstico” em relação à situação do Estado. “Estamos discutindo com outros partidos a montagem desse amplo diagnóstico e vamos fazer avaliações, ouvir a população e especialistas para que a gente possa fazer uma leitura do nosso Estado para entender quais são os principais caminhos e apontá-los para o futuro”, projetou.

 

 

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC), que afirma estar “completamente alinhada” às bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é apontada como uma possível aposta do campo conservador ao governo do Estado de Pernambuco em 2022. A parlamentar está em seu primeiro mandato e é casada com o vereador do Recife Júnior Tércio (PODE), pastor da Igreja Assembleia de Deus.

Classificando as eleições como um processo “diário e natural”, Clarissa afirma que “muita coisa pode acontecer” até o período eleitoral. “A minha prioridade nesse momento é continuar executando com excelência o mandato que me foi confiado. Costumo dizer que sou Serva de Deus e do povo. Eles que direcionam meus próximos passos”, diz.

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Segundo a parlamentar, que é líder do Partido Social Cristão (PSC) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ainda não existe uma movimentação partidária oficial para que seu nome esteja à frente na disputa. Contudo, ao ser perguntada sobre o tabuleiro político que começa a se articular para uma possível polarização entre esquerda x direita no Estado, Clarissa cita a bíblia, e defende o livre arbítrio da população.

“A Bíblia diz que, ao que crê, tudo é possível. O povo tem nas mãos a chave das duas portas. Uma aponta para um futuro justo, sólido e próspero. A outra aponta para o retrocesso e o caos”, ressalta. Ainda de acordo com ela, “há uma grande parcela da população que anseia por legítimos líderes conservadores”.

Sobre o encontro com o coronel Meira, presidente do PTB em Pernambuco, realizado no último dia 7 de junho, durante a passagem da deputada federal Bia Kicis (PSL - DF) pelo Recife, Tércio diz que sua “principal aliança é com Pernambuco” e que “para que haja a escolha de um vice, a majoritária [PSC] teria que ser palpável no cenário”.

Embora as pesquisas já sinalizem o desgaste da imagem de Jair Bolsonaro (sem partido), que também não alcançou a maioria dos votos em Pernambuco, a deputada não considera isso um possível “obstáculo” caso a candidatura ao governo se concretize.

“Não acredito na narrativa dessas pesquisas distorcidas que apontam desgastes do presidente nos desdobramentos da pandemia em qualquer lugar que seja. O povo tem se mantido alerta. Tem saído às ruas em apoio aos direcionamentos do governo federal e isso tem sido nosso principal termômetro”, enfatiza, citando as manifestações bolsonaristas durante a pandemia.

Avaliando a gestão atual

Ao ser questionada sobre os desdobramentos da pandemia em Pernambuco, Tércio faz questão de destacar que tem opiniões contrárias ao atual governador Paulo Câmara (PSB): “Acredito que qualquer escolhido para governar Pernambuco, de forma justa e responsável, deverá agir de maneira completamente diferente dos que hoje comandam nosso Estado”.

A parlamentar, que sinaliza em suas redes sociais a proximidade com a Polícia Militar de Pernambuco, considera a valorização da força policial como prioridade. “Há muita coisa a se fazer e a primeira delas, no caso da segurança pública, é valorizar a força policial do nosso Estado que tem sido tão desonrada e massacrada salarialmente há décadas”, diz.

Tércio também categoriza a gestão da Saúde no Estado como “egocêntrica e desestruturada”, e cita as investigações de desvios de recursos do combate ao novo coronavírus. “Os desvios, escândalos, respiradores de porcos e confrontos da polícia federal em relação ao Covid-19 no nosso Estado apontam para os principais responsáveis que ‘viabilizaram’ mortes evitáveis”, finaliza. Ela ainda sinaliza que “inúmeras” mudanças precisam ser feitas, apesar de não pontuar nenhuma.

 

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