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O juiz Miguel de Brito Lyra Filho, da 3ª Vara Cível de João Pessoa, outorgou liminar que favorece as paraibanas Maria Eduarda Lucena dos Santos, Marcella Quinho de Ramalho e Amanda Borba Cavalcanti. Segundo as estudantes, o onipresente hit 'Ai se eu te pego' - que interpretado por Michel Teló ganhou o mundo no ano passado - são de autoria delas. O magistrado determinou o bloqueio da renda arrecadada com distribuição e venda da música.

“Ai se eu te pego” todo mundo conhece. Dentro e fora do país a música cantada por Michel Teló tem grudado na cabeça dos ouvintes, devido aos seus insistentes versos. A autoria da música é registrada pela dupla Sharon Acioly e Antônio Dyggs, mas no início do ano as quatro estudantes paraibanas entraram na justiça reclamando autoria. Seu objetivo é granejar reconhecimento pela coautoria e obterem participação nos lucros com a distribuição de 'Ai se eu te pego'. 

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A Editora Musical Panttanal Ltda, a cantora Sharon Acioly, o compositor Antônio Diggs, a empresa Teló Produções Ltda, e Michel Teló terão dois meses para apresentar um balanço do que foi arrecadado com a canção. Já a Som Livre Ltda. e a Apple do Brasil Ltda, também distribuidoras da música, devem estabelecer toda a arrecadação judicialmente, manter o crédito indisponível em até cinco dias. A multa para o descumprimento da lei é de R$ 50 mil por dia. 

 

A cantora Sharon, credita música a "três backing vocals de João Pessoa":

 

 

Michel Teló interpreta "Ai, se eu te pego" e vira febre no YouTube:

 

Ademir Oliveira Rosário, conhecido como "Maníaco da Cantareira" foi condenado a 57 anos de prisão hoje, pelos assassinatos e estupros de dois adolescentes na zona norte de São Paulo. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o cumprimento da pena será inicialmente em regime fechado.

O crime ocorreu em setembro de 2007, quando os corpos dos irmãos Josenildo José de Oliveira e Francisco Ferreira de Oliveira Neto, de 14 e 15 anos, respectivamente, foram encontrados na mata da Serra da Cantareira. Ademir, que foi preso alguns dias depois, também teria abusado sexualmente dos jovens.

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O julgamento começou nesta tarde no Fórum de Santana e apenas o réu confesso foi ouvido. O juiz Gilberto Ferreira da Cruz, do 2.º Tribunal de Júri, afirma na sentença que Ademir deve ficar preso. "Por se tratar de réu perigoso e violento, reedito e ratifico o decreto de prisão preventiva, visto que os seus pressupostos fáticos e requisitos jurídicos (genéricos e específicos) estão até agora presentes e reforçados", afirma.

A defesa de Ademir tentou reformar a sentença para que o réu não fosse a júri popular, mas a Justiça negou o pedido, afirmando que havia indícios suficientes para que o acusado fosse julgado. O advogado deverá recorrer da decisão.

O outro acusado de cometer os crimes junto com Ademir, Élson José Messagi, foi condenado em outubro de 2009 a 31 anos de prisão. O réu deverá continuar detido no presídio de Taubaté, no interior do Estado.

A Justiça italiana condenou o Brasil a pagar mais 246,7 milhões (R$ 585 milhões) à Italplan Engineering - empresa que elaborou projetos para o trem-bala Rio-São Paulo - e deu 60 dias para que o País quite o débito, sob risco de sofrer outra execução forçada. A decisão, à qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, partiu do Tribunal de Arezzo, na Toscana, o mesmo que, ao cobrar suposta dívida de 15 milhões, determinou o bloqueio de contas bancárias do Itamaraty em agências da Itália.

Como o Estadão revelou na sexta-feira, o tribunal toscano aceitou os argumentos da empresa, que alega ter levado calote da Valec - estatal que cuida das ferrovias - por projetos e estudos elaborados. O secretário-geral do Itamaraty, embaixador Ruy Nogueira, foi enviado a Roma para negociar com a chancelaria italiana uma solução para o caso.

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Numa primeira decisão, de setembro de 2011, a Justiça italiana condenou o governo brasileiro a pagar 15 milhões, valor que cobriria as despesas mais imediatas da Italplan. Na sentença mais recente, de 7 de fevereiro, o juiz Carlo Breggia, da Seção de Montevarchi, ordena o pagamento dos 246,7 milhões restantes da suposta dívida.

O magistrado cita a "inércia" do governo brasileiro no caso, pois, embora notificado da primeira decisão, não apresentou recurso para revertê-la, o que acabou gerando o bloqueio das contas. A execução dificulta o pagamento de pessoal e de despesas da embaixada em Roma.

Ontem, o Departamento Internacional da Advocacia-Geral da União (AGU) informou que o órgão ainda não foi notificado dessa segunda decisão. De acordo com a AGU, as providências processuais quanto à decisão que condena o Brasil a pagar 15 milhões estão sendo discutidas em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores e dos Transportes. O Brasil tem 60 dias, a partir da notificação, para apresentar recurso. Caso contrário, a cobrança se torna definitiva.

O Ministério dos Transportes alega que os estudos realizados pela Italplan são regidos pela Lei de Concessões e Permissões de Serviços Públicos (8.987/1995), que obrigaria apenas o pagamento por serviços que foram, efetivamente, aproveitados no projeto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Começa às 13h30 de hoje, no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, o julgamento de Ademir Oliveira Rosário, conhecido como o "maníaco da Cantareira". Ele é acusado pelo homicídio de dois irmãos adolescentes, em 22 de setembro de 2007, na Serra da Cantareira, na zona norte da capital paulista. Segundo o Tribunal de Justiça, apenas o réu confesso será ouvido durante o júri e a previsão é a de que a sentença seja divulgada ainda hoje.

Ademir foi preso alguns dias depois de matar os irmãos Francisco Ferreira de Oliveira Neto, de 14 anos, e Josenildo José de Oliveira, de 13. Ele teria abusado sexualmente de um dos meninos. Os corpos foram encontrados em uma mata próxima à serra.

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A defesa entrou com recurso a fim de reformar a sentença para afastar os crimes sexuais, sob a alegação de ausência de indícios suficientes de autoria, mas o desembargador Poças Leitão, relator do processo, entendeu haver indícios suficientes de autoria, tanto em relação aos homicídios como no tocante aos crimes sexuais, mantendo, assim, a decisão que leva Ademir a júri popular.

A Justiça de São Paulo decidiu ontem manter a indenização de R$ 40 mil, por danos morais, a Geisy Arruda, contra a Academia Paulista Anchieta S/C (Uniban), segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo.

A determinação foi estabelecida pela 34ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que manteve a decisão da 9ª Vara Cível de São Bernardo do Campo, de acordo com o TJ.

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Geisy, segundo informações do TJ, foi hostilizada por outros alunos da universidade, em outubro 2009, quando usava um vestido curto durante as aulas. Segundo o TJ, a estudante, à época, foi expulsa da faculdade, sob "alegação de desrespeito à moralidade e à dignidade acadêmica".

A Uniban foi condenada em 2010 a pagar R$ 40 mil pelo episódio e recorreu da sentença. A defesa da ex-aluna, que pediu R$ 1 milhão de indenização por danos morais, considerou baixo o valor fixado pela Justiça e também recorreu da decisão.

Os advogados de Geisy afirmam que houve falha na prestação de serviço e que os direitos da estudante, como consumidora, foram violados, por causa das agressões verbais e da ameaça à segurança pessoal dela. Já a Uniban alegou que Geisy teria planejado o episódio para adquirir notoriedade e conseguir vantagens.

O Ministério Público Federal (MPF) no Ceará denunciou hoje (8) à Justiça cinco pessoas por participação no vazamento de questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2011. Foram citados na denúncia duas representantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pelo Enem; uma representante da  Fundação Cesgranrio, que preparou e aplicou a prova; e dois funcionários do Colégio Christus, de Fortaleza, cujos alunos tiveram acesso antecipado a algumas questões.

Em outubro de 2011 foi instaurado inquérito policial para apurar a autoria do vazamento de questões da prova do Enem do ano passado. De acordo com o MPF, foi constatado que alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso antecipado a 14 questões que constavam do exame. Os itens estavam em uma apostila distribuída pela escola semanas antes da aplicação do Enem. As questões vazaram da fase de pré-testes do exame, da qual a escola participou em outubro de 2010.

Na denúncia, as funcionárias do Inep, Maria Tereza Serrano Barbosa e Camila Akemi Karino, foram denunciadas por falsidade ideológica, por negarem a possibilidade de obtenção dos cadernos de provas do pré-teste. A representante da Cesgranrio Evelina Eccel Seara teve, de acordo com a denúncia, responsabilidade no vazamento das questões do Enem quando colocou à disposição dos coordenadores dos colégios que participaram dos pré-testes do Enem os cadernos de prova, que eram protegidos por sigilo.

Além deles, dois funcionários do Colégio Christus, a coordenadora Maria das Dores Nobre Rabelo e o professor de física Jahilton José Motta, serão responsabilizados por uso e divulgação indevida do material sigiloso e pela violação de sigilo funcional.

Segundo o procurador da República Oscar Costa Filho, um dos autores da denúncia, houve uma cadeia de crimes, começando pelo Inep. Para ele, o principal problema consiste na falta de um banco de dados nacional com questões próprias para o Enem. “A notícia de que o Inep teria um banco de dados com mais de 6 mil questões é falsa. A investigação aponta isso”.

Ele assegurou que questões do pré-teste são usadas normalmente nas provas oficiais do Enem no ano seguinte. "Se eu consigo acessar o pré-teste, eu consigo acessar a prova do Enem. O banco de itens precisa ser pré-testado, mas isso demanda tempo. Além disso, é necessário um prazo de carência para essas questões aparecerem na prova. Nos Estados Unidos, esse prazo é cinco anos”.

Para Filho, é possível entender que o Ministério da Educação adiou a aplicação da prova do Enem em 2010 por não ter um banco de dados. “O MEC não tem garantia de que o Enem não vai vazar. Essa denúncia é uma responsabilização criminal e é uma interpelação ao MEC também”.

O número pequeno de condenações por improbidade administrativa no Rio levou a Corregedoria Nacional de Justiça a iniciar uma fiscalização na Justiça do Estado. O cadastro de ações de improbidade mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que só 11 pessoas nos mais de 800 processos foram definitivamente condenadas pelo crime no Rio.

O Tribunal de Justiça do Rio, assim como os demais do País, também será alvo de investigações do CNJ em outros casos.

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Há duas semanas, juízes da corregedoria foram ao tribunal e tiraram cópia de todos os processos relacionados à improbidade administrativa, incluindo ações populares e ações civis públicas. Uma análise prévia desses processos indica que há casos em tramitação desde 1992, ano em que a lei entrou em vigor. Nessa avaliação preliminar, integrantes do CNJ afirmam que o maior problema está entre os juízes de primeira instância.

A corregedoria quer saber se juízes seguram deliberadamente os processos ou se há empecilhos burocráticos ou legais, como excesso de recursos, que impedem que os casos cheguem ao final. Há ainda uma terceira possibilidade. A corregedoria desconfia que os juízes responsáveis pelos processos não estejam alimentando o cadastro de ações de improbidade mantido pelo CNJ.

Por conta disso, foi dado aos juízes do Rio prazo até o dia 23 para informarem o conselho sobre o andamento dos processos que estão em suas mãos. Os magistrados terão de indicar se já houve sentença, a data em que o processo foi julgado ou remetido para o tribunal ou em que situação está o caso.

Dados da Controladoria-Geral da União (CGU), divulgados no início deste ano, mostram que o Rio de Janeiro é o Estado com a maior quantidade de servidores públicos expulsos por envolvimento em práticas ilícitas, a maior parte envolvida em casos de corrupção. Somente em 2011, 120 agentes públicos foram expulsos ou perderam sua aposentadoria. De 2007 até o ano passado, foram 417 expulsões.

Além das ações de improbidade, a corregedoria também inspecionará o andamento das investigações disciplinares, sindicâncias e processos administrativos abertos contra servidores e magistrados.

O CNJ quer, com essa avaliação, mensurar o funcionamento da corregedoria local. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A equipe britânica de ginástica rítmica teve sucesso no seu recurso na justiça esportiva e obteve uma vaga para participar da Olimpíada de Londres, depois de fracassar na tentativa de se classificar para os Jogos no evento-teste, que serviu como seletiva e foi realizado em janeiro.

Agora, a equipe aguarda apenas o Comitê Olímpico Britânico ratificar a decisão da Sports Resolution UK, um organismo independente de arbitragem criado para resolver disputas jurídicas na área esportiva, a sua classificação para a Olimpíada de Londres. Em seguida, as atletas que vão competir nos Jogos deverão ser definidas.

Anfitriã da Olimpíada, a Grã-Bretanha tem participação garantida em todos as modalidades do evento, mas a Associação Olímpica Britânica fez um acordo com a Confederação Britânica de Ginástica para que as atletas do país participassem do evento-teste.

As atletas teriam que atingir a pontuação de 45,223 pontos para obter a vaga olímpica. A equipe britânica de ginástica rítmica, porém, fracassou ao fazer apenas 44,950 pontos na seletiva. Porém, agora, judicialmente, conseguiu obter sua vaga nos Jogos de Londres.

Um dos seis alunos que haviam sido expulsos da Universidade de São Paulo (USP) em dezembro conseguiu reverter a decisão na Justiça. O estudante Marcus Padraic Dunne obteve a seu favor um mandado de segurança no qual o juiz Valentino Aparecido de Andrade, da 10ª Vara de Fazenda Pública, afirma que a pena foi "excessiva". Dunne foi um dos responsabilizados por uma ocupação de salas da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas) iniciada em março de 2010. A ocupação reivindicava mais vagas para moradia estudantil.

Até o mês passado, o grupo permanecia no local, que foi esvaziado no carnaval por ação policial de reintegração de posse. Na decisão, o juiz pede à USP que esclareça melhor os motivos da expulsão. Reforça que a universidade deve considerar que a ocupação se tratava de ato político. "A própria comissão admitiu ter tido um fim político (a invasão e a ocupação buscavam compelir a USP a criar mais vagas para seus alunos)", cita a decisão.

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Em nota, a USP afirma que "está tomando as providências cabíveis para esclarecer os pontos que embasaram a decisão". A universidade defende que as expulsões foram resultado de um processo administrativo disciplinar e apurou ações graves, como desaparecimento de documentos. Cinco dos seis alunos expulsos entraram na Justiça contra a decisão. Desses, três perderam a liminar e uma das ações aguarda despacho do juiz.

O DEM apresentou no início da tarde de hoje (28) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma manifestação no processo em que o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, pede acesso a uma maior fatia de recursos do fundo partidário. O partido anexou trechos de votos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento de um mandado de segurança em que eles afirmam que os deputados não "carregam" a herança dos votos quando recebem autorização para trocar de partido. Na decisão, o PR reivindicava a cadeira da Câmara do deputado Clodovil, que tinha falecido. O tribunal decidiu que a vaga era do PTC, partido pelo qual o estilista tinha sido eleito.

A distribuição de 95% do fundo partidário é feita de acordo com a bancada eleita pelos partidos para a Câmara dos Deputados. O PSD, porém, argumenta que como legenda recém-criada deveria obter os recursos referentes aos 52 deputados federais que dizem serem fundadores do partido. O DEM seria o principal prejudicado porque perdeu 16 deputados para o PSD. O ministro do TSE Marcelo Ribeiro pediu que 20 partidos que poderiam perder recursos se manifestassem no processo.

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No material entregue pelo DEM, a decisão do STF sobre o "caso Clodovil" é um dos principais argumentos. Eleito pelo nanico PTC, o estilista teve a mudança para o PR permitida pelo TSE. Após o falecimento do deputado, o PR pediu ao Supremo que o suplente convocado fosse seu e não do PTC. O STF rejeitou a tese e votos dos ministros foram anexados pelo DEM para combater a ideia de "herança eleitoral". "A justa causa para desfiliação permite que o mandato continue a ser exercido, mas não garante ao candidato, por mais famoso que ele seja, carregar ao novo partido relação que foi aferida no momento da eleição", disse Joaquim Barbosa naquela ocasião.

O DEM incluiu manifestações na mesma direção ainda de Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello, Carmem Lúcia e Antonio Dias Toffoli. "Ele mudou de casa; saiu pela porta da frente de uma casa e entrou pela porta da frente de outra casa. Não levou a casa com ele para a outra. A casa anterior ficou no terreno onde já estava", argumentou Toffoli.

O partido presidido por Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, recebe atualmente cerca de R$ 42 mil mensais. Ele só tem direito a participar do rateio entre todos os partidos dos 5% de recursos do fundo partidário. Segundo estudo feito pelo TSE, o PSD poderá aumentar sua participação para R$ 1,9 milhão por mês, caso consiga direito a ter acesso à fatia dos outros 95% do fundo. Este ano está prevista a distribuição de R$ 301 milhões para os partidos por este meio.

O DEM anexou ainda um parecer do ministro aposentado do STF Paulo Brossard, que atendeu a consulta feita por oito partidos, entre eles PMDB, PSDB e PP. Nele, o jurista diz que os deputados que deixaram as legendas pelas quais se elegeram "não podem ser presenteados mágica e milagrosamente" com os votos ao migrarem para o PSD. "Conferir essa mobilidade ao voto importaria em flagrante afronta à Constituição e à lei", afirmou Brossard no parecer de 20 páginas.

O ex-ministro argumentou ainda que seria uma "fraude" à "verdade eleitoral" permitir ao novo partido ter acesso à fatia de 95% do fundo. Ele argumentou que, na eleição de 2010, o partido não era nascido nem sequer concebido.

A Justiça decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), cassado em agosto de 2011 por suposto envolvimento em fraudes em licitações. A decisão judicial que abre os dados confidenciais do ex-prefeito é extensiva a dois ex-secretários municipais, Carlos Henrique Pinto (Negócios Jurídicos), e José Francisco Kerr Saraiva (Saúde).

Em ação civil, o Ministério Público Estadual aponta desvio de R$ 7 milhões que deveriam ter sido empregados em programas de combate à Aids. Na gestão Dr. Hélio (PDT), em 2007, o dinheiro foi usado para aquisição de aparelho de televisão, abastecimento de veículo, recarga de cartão de celular, despesas com passagem e hospedagem de servidor do Ministério da Saúde para acompanhar audiência pública sobre Lei das Antenas, compra de sete portas de jequitibá rosa e gastos com bombons, biscoitos, pastilhas, bolos, chips, croissants, pães de queijo, sucos, geleias e refrigerantes.

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O juiz Mauro Iuji Fukumoto, da 1.ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, concedeu liminar em que permite o acesso às informações bancárias e tributárias do ex-prefeito no período de vigência do contrato com a Ação Artística para o Desenvolvimento Comunitário (Acadec), de agosto de 2007 a março de 2008.

Fukumoto assinala que a medida visa "averiguar a destinação dos recursos públicos envolvidos na execução dos convênios". Ele também decretou o bloqueio dos ativos financeiros e dos bens imóveis em nome de Felix Antônio Del Cid Nuñes e Ricardo Alexandre Pontes, sócios da Acadec, empresa contratada pela gestão Dr. Hélio.

A ação foi movida pela prefeitura contra três funcionários públicos que atuaram no gerenciamento do convênio e diretores da Acadec. A promotoria ingressou na ação e acusou também Dr. Hélio, amigo do ex-presidente Lula. Dr. Hélio não retornou contato da reportagem.

Auditoria

A base da ação é uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Do valor contratado - R$ 3,9 milhões à época -, apenas 8,5% puderam ser auditados por inexistirem recibos ou outros documentos que comprovassem a origem das despesas. O TCE verificou o pagamento em dinheiro e utilização de cartão de crédito, quando os desembolsos deveriam ser feitos por meio de cheques.

A auditoria aponta que os recursos foram usados também em reformas e adaptação de prédio ocupado por entidade estranha ao convênio, fretamento de ônibus e até compra de joias. "Em suma, a auditoria constatou que na prestação de contas foram admitidas excrecências e prodigalidades incompatíveis com o emprego adequado de verba pública", alerta o promotor de Justiça Geraldo Navarros Cabañas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação na Justiça Federal em Uberlândia (MG) para tirar de circulação o dicionário Houaiss, um dos mais conceituados do mercado. Segundo o MPF, a publicação contém expressões "pejorativas e preconceituosas", pratica racismo aos ciganos e não atendeu recomendações de alterar o texto, como fizeram outras duas editoras com seus dicionários.

O caso teve início em 2009, quando a Procuradoria da República recebeu representação de uma pessoa de origem cigana afirmando que havia preconceito por parte dos dicionários brasileiros em relação à etnia. No Brasil, há aproximadamente 600 mil ciganos. Desde então, segundo o MPF, foram enviados "diversos ofícios e recomendações" às editoras para que mudassem o verbete. As editoras Globo e Melhoramentos, de acordo com o órgão, atenderam às recomendações.

No entanto, o MPF afirma que não foi feita alteração no caso do Houaiss. A Editora Objetiva alegou que não poderia fazer a mudança porque a publicação é editado pelo Instituto Antônio Houaiss e que ela é apenas detentora dos direitos relativos à publicação. Diante disso, o procurador Cléber Eustáquio Neves entrou com ação solicitando que a Justiça determine a imediata retirada de circulação, suspensão de tiragem, venda e distribuição do dicionário.

"Ao se ler em um dicionário, por sinal extremamente bem conceituado, que a nomenclatura cigano significa aquele que trapaceia, velhaco, entre outras coisas do gênero, ainda que se deixe expresso que é uma linguagem pejorativa, ou que se trata de acepções carregadas de preconceito ou xenofobia, fica claro o caráter discriminatório assumido pela publicação", afirmou. "Trata-se de um dicionário. Ninguém duvida da veracidade do que ali encontra. Sequer questiona. Aquele sentido, extremamente pejorativo, será internalizado, levando à formação de uma postura interna pré-concebida em relação a uma etnia que deveria, por força de lei, ser respeitada", acrescentou o procurador.

Para Neves, o texto afronta a Constituição Federal e pode ser considerado racismo. Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou a respeito desse tipo de situação e ressaltou que "o direito à liberdade de expressão não pode albergar posturas preconceituosas e discriminatórias, sobretudo quando caracterizadas como infração penal".

Além da retirada da publicação do mercado, o MPF também pediu que a editora e o instituto sejam condenados a pagar R$ 200 mil de indenização por danos morais coletivos. A Justiça Federal ainda não se manifestou sobre a ação. A reportagem procurou o Instituto Antônio Houaiss, no Rio de Janeiro, mas a informação foi de que a pessoa que poderia falar sobre o caso não estava no local. Não houve retorno até o fim da tarde de hoje.

O advogado e ex-policial militar Mizael Bispo, acusado pela morte da ex-namorada Mércia Nakashima, se entregou hoje. Segundo informações iniciais, ele se apresentou no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo, na tarde de hoje.

A advogada Mércia Nakashima desapareceu em 23 de maio de 2010, e foi encontrada morta em uma represa de Nazaré Paulista, no interior do Estado. Ela sumiu após sair da casa dos avós.

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No dia 10 de junho, um pescador levou a família e a polícia até a represa onde o carro dela estava submerso. No dia seguinte, o corpo em avançado estado de decomposição foi encontrado. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que ela morreu por afogamento.

Está sendo velado na sede do Supremo Tribunal Federal (STF) o corpo do ex-ministro Maurício Corrêa, morto na noite de sexta-feira. Ele presidiu o STF entre junho de 2003 e maio de 2004, quando foi aposentado compulsoriamente por haver atingido os 70 anos de idade.

Advogado, ex-senador e ex-ministro da Justiça, Corrêa chegou ao Supremo por indicação do ex-presidente Itamar Franco. O sepultamento está previsto para às 17h.

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A promotoria de Milão pediu nesta quarta-feira uma sentença de cinco anos de prisão para o ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, no julgamento em que o ex-premiê de 75 anos é acusado de corrupção. O promotor Fabio De Pasquale pediu ao tribunal que condene Berlusconi, que é o homem mais rico da Itália, por ter pago US$ 600 mil a um advogado britânico, David Mills, para que ele mentisse em outro processo que envolveu acusações de evasão fiscal e falsificação contábil, relacionados a acordos feitos pelo magnata da mídia italiana.

A promotoria milanesa pressiona por um veredicto antes que as acusações prescrevam, uma vez que os eventos teriam ocorrido na década de 1990. De Pasquale calcula que o processo deverá expirar em meados de julho deste ano. Esse é um dos quatro casos abertos contra Berlusconi nos tribunais de Milão. Em outro, ele é acusado de ter pago para fazer sexo com uma menor de idade, a marroquina Kharima el-Marough, que tinha 17 anos quando frequentou festas na mansão do ex-premiê. Ele também é processado por evasão fiscal e violação de segredos de Estado.

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O advogado Mills, um especialista em paraísos fiscais fora da União Europeia (UE), foi condenado à revelia por um tribunal milanês em 2009 e sentenciado a 4 anos e meio de prisão, mas um tribunal de apelações derrubou a sentença em 2010.

"É certo, além de qualquer dúvida razoável, de que o acusado é culpado" disse o promotor De Pasquale sobre Berlusconi. O magnata diz que é inocente.

Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro em novembro do ano passado, após fracassar em convencer os mercados de que poderia reviver a cambaleante economia italiana.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A Justiça de São Paulo concedeu o benefício de prisão domiciliar a um morador de rua portador de transtorno mental. Nelson Renato da Luz foi preso em flagrante por furto, em outubro do ano passado, quando tentava furtar placas de alumínio em estações do Metrô.

Dois dias depois, a prisão foi convertida em preventiva. A prisão irregular foi descoberta por um grupo de advogados do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (ISS), que realiza um mutirão conhecido como "S.O.S. Liberdade". Marcelo Feller, um dos advogados do grupo, impetrou habeas corpus para libertar Nelson. Ele alegou que o preso sofre de doença mental. Nelson não poderia ter sido preso devido ao transtorno mental e nem pode ser internado pois o delito cometido por ele não envolve violência ou grave ameaça.

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No último dia 30, a 1ª Câmara de Direito Criminal determinou que o acusado fosse beneficiado com a prisão domiciliar, uma vez que ele foi declarado inimputável em exame de sanidade mental realizado pelo Instituto Médico Legal (IML). O acórdão foi publicado hoje no Diário da Justiça Eletrônico.

O desembargador Figueiredo Gonçalves considerou que em caso de liberdade o réu poderia voltar a cometer delitos. Em nota, o Tribunal de Justiça disse que a notícia de que o acusado é morador de rua não foi informada nos autos.

O advogado de defesa pretende entrar com recurso para que seja concedido um benefício compatível com a situação de Nelson.

O juiz Daniel Felipe Scherer Borborema, da 1ª Vara Judicial de Itirapina (SP), considerou insuficientes as provas contra o funcionário público Luiz Carlos Perin, o "Chiba", acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ter encomendado a morte do vereador Evaldo José Nalin (DEM), de Analândia, assassinado a tiros em outubro de 2010.

De acordo com sentença publicada no último dia 6, não há indício suficiente de autoria para que o acusado seja levado a júri pelo crime. O magistrado ressalvou que não se trata de absolvição sumária, e sim da falta de prova que autorize o prosseguimento da ação até o julgamento pelo tribunal do júri. "Enquanto não houver extinção da punibilidade, pode ser apresentada nova denúncia se houve prova nova", afirma o juiz. O MPE entrou com recurso e aguarda julgamento.

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O vereador foi morto na sala de sua casa, invadida por dois homens encapuzados que chegaram de moto. Eles dispararam sete vezes. A Polícia Civil concluiu que o crime teve conotação política. Nalin tinha sido ameaçado após denunciar irregularidades na administração municipal. "Chiba" é irmão do chefe de gabinete e ex-prefeito José Roberto Perin - a família controla a política local há mais de 15 anos. Testemunhas teriam visto o acusado entregando um pacote aos supostos executores do crime. Um deles, André Picanto, morreu em janeiro de 2011 após ser atropelado por um carro na Grande São Paulo. O outro nunca foi identificado. "Chiba" chegou a ser preso dois meses após o crime, acusado de intimidar testemunhas, mas foi libertado em abril de 2011.

Foi suspensa hoje (24) a liminar que liberava o acesso de estudantes às provas e aos espelhos de correção das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. A decisão é do presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), Paulo Roberto de Oliveira, que considerou a disputa judicial "a mais aparente politização das questões relativas ao Enem".

Para o presidente, a decisão da Justiça Federal no Ceará desrespeitou acordo firmado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Nacionais (Inep), pela União e pelo Ministério Público Federal, para liberar o acesso às provas corrigidas a partir de 2012. O termo de ajustamento de conduta, mediado pela Subprocuradoria-Geral da República, foi assinado em agosto de 2011.

Oliveira também critica a conduta do MPF no caso, lembrando que o pedido inicial à Justiça sofreu duas alterações ao longo do tempo. Ele sugere que o órgão não sabia o que queria, mas apenas perseguia um resultado. "Se, de um lado, o exame ainda não ostenta – é fato a se lamentar – a qualidade operacional desejada, de outro não pode ser ignorado o descuido – inexiste palavra mais amena para dizê-lo – com que vem sendo judicialmente combatido”.

O desembargador argumenta ainda sobre a dificuldade operacional para que os mais de 3,8 milhões de estudantes que fizeram o Enem tenham acesso às provas, preferindo o conceito de eficiência ao do direito de informação. "A disponibilização das provas e dos espelhos (...) contribuiria mais para tumultuar o certame, já tão devedor de credibilidade à sociedade, que propriamente para eficacizá-lo”.

O MPF havia pedido à Justiça Federal no Ceará que o direito de acesso à redação do Enem e de pedir revisão da nota, já garantido a 12 alunos, fosse estendido a candidatos de todo o Brasil.

A Justiça Federal suspendeu o sequestro de todo o complexo agropecuário - 27 fazendas e 450 mil cabeças de gado - do banqueiro Daniel Dantas. O patrimônio estava sob regime de arresto desde julho de 2009, no âmbito da Operação Satiagraha - investigação sobre supostos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que a Polícia Federal atribuía ao dono do Opportunity.

A Satiagraha foi declarada nula e, por consequência, todas as provas colhidas pela PF, em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tomada em maio de 2011. A devolução dos pastos e do rebanho do banqueiro foi ordenada pelo juiz Douglas Camarinha Gonzales, da 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo. "Decisão judicial não se discute, cumpre-se", assinalou Camarinha, em alusão à ordem do STJ.

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A decisão de Camarinha foi baixada nos autos do sequestro das fazendas e dos semoventes, espalhados em quatro Estados: 23 no Pará, 2 em Mato Grosso, uma em Minas e uma em São Paulo. A defesa já havia requerido, no início da vigência do arresto, sua revogação.

"Tem-se, pois, como claro o caráter de acessoriedade desse feito ao seu principal (ação penal da Satiagraha) de forma que a sorte do acessório deverá seguir a do principal", destacou o magistrado. A sentença será enviada aos cartórios de registros de imóveis onde se situam as fazendas comunicando o desbloqueio.

"O sequestro de bens da Santa Bárbara sempre careceu de qualquer fundamento", assinala a advogada Dora Cavalcanti, que atuou na defesa da agropecuária. "Ninguém da empresa foi denunciado pelo Ministério Público, nenhum executivo. Nunca se apurou nada em relação à Santa Bárbara." Dora observa que conseguiu, inicialmente, autorização para a Santa Bárbara comercializar o gado. "Isso evitou a quebra da empresa, que, no entanto, ficou submetida a todas as restrições." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A operadora TIM voltou a ter permissão para comercializar novas linhas de celular no Ceará, depois de ter sido proibida pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região de aumentar a sua base de clientes no Estado, no final de dezembro de 2011.

A medida atendia ao pedido da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Ceará (Decon), que pedia um plano de melhorias dos serviços oferecidos aos clientes, antes de reiniciar a adesão de novos usuários.

Após avaliação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que comprova melhorias de infra-estrutura realizadas pela operadora, no Estado, o TRF suspendeu a liminar que proibia novos contratos ou procedimentos de portabilidade.

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