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O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, rechaçou nesta quinta-feira (2) que os lotes do leilão de 4G na faixa de 700 megahertz (MHz) que micaram na disputa desta semana já possam ser ofertados no leilão de "sobras" de radiofrequências que o órgão regulador pretende realizar até a metade do próximo ano. "Ainda é muito cedo para se oferecer essa frequência novamente", afirmou.

No começo de setembro, Rezende adiantou que o governo vai leiloar, até julho de 2015, novas sobras de frequências que poderão ser usadas para a oferta de qualquer serviço de telecomunicações, incluindo banda larga móvel e TV. De acordo com ele, serão ofertados lotes nas faixas de 1,8 gigahertz (GHz), 2,5 GHz e 3,5 GHz.

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De acordo com o presidente da Anatel, o Lote 4 do leilão de 700 MHz, que não foi vendido esta semana, não custará menos que R$ 2,7 bilhões quando for novamente licitado. O valor corresponde ao preço mínimo de R$ 1,893 bilhão mais os R$ 887,5 milhões que o vencedor do lote teria como obrigação para a "limpeza da faixa" hoje ocupada pelos radiodifusores. "Um novo leilão pode até ocorrer antes da limpeza completa da faixa, mas o gasto com o processo já está garantido pelos vencedores do leilão desta semana", explicou Rezende.

Claro, TIM e Telefônica/Vivo adquiriram lotes nacionais de 4G em 700 MHz na última terça-feira, em um leilão sem disputa e com ágio próximo de zero. A Algar Telecom comprou o lote regional referente a sua área de concessão. Como a Oi e a Sercomtel não participaram do certame, os lotes 4 (de abrangência quase nacional) e 6 (área da Sercomtel, no Paraná) não foram vendidos.

A Oi não participará do leilão da frequência de 700MHz para o 4G, que está marcado para 30 de setembro de 2014. As entregas das propostas estão sendo feitas na manhã desta terça-feira, 23, na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), onde estão representantes de TIM, Algar Telecom, Claro e Telefônica/Vivo.

Em nota, a Oi afirma ter "um diversificado portfólio de espectro" para atender à crescente demanda por dados móveis "de forma competitiva", além de rede de Wifi e rede fixa. A empresa ressalta que já atua em 4G na faixa 2,5GHz "para servir os seus clientes e atender às obrigações de cobertura até 2017, podendo no futuro vir também a utilizar a faixa de 1,8GHz."

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"Nesse sentido, e considerando que a faixa leiloada só poderá ter utilização plena em 2019, a Companhia decidiu manter a sua estratégia de investimento em projetos estruturantes de rede que atendam aos objetivos de melhoria do nível de qualidade e percepção dos serviços prestados aos seus clientes no acesso fixo e móvel e reforçar os investimentos em aumento de cobertura e capacidade da rede móvel e na expansão de banda larga e TV paga, numa lógica multiprodutos e convergência a nível nacional", diz, em nota ao mercado.

Sob pressão da área econômica do governo, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, recuou da promessa feita às operadoras de telefonia celular de crédito ilimitado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o financiamento das licenças públicas na nova faixa de frequência 4G.

Após a repercussão negativa de suas declarações desta quarta-feira (27), ao jornal O Estado de S. Paulo, Bernardo voltou atrás ao alegar ter se "enganado" sobre a possibilidade da liberação de mais de R$ 8 bilhões pelo BNDES para o pagamento à vista dos valores das licenças, o que pode ajudar o Tesouro Nacional a fechar as contas públicas em 2014.

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"De fato, eu falei que teria financiamento, mas não prestei atenção a esses aspectos. Agora é que entrei nesses detalhes", afirmou ontem o ministro ao jornal. "Fui alertado pela minha equipe que o BNDES não pode financiar as outorgas."

Pacote

Agora, Paulo Bernardo diz que o BNDES está "formatando um pacote" para fomentar os investimentos das companhias de telecomunicações em redes e infraestrutura. "Com juros adequados, apostamos que as empresas terão maior disposição para comprar radiofrequência e investir na implantação do 4G", disse.

O BNDES confirmou, por meio da sua assessoria, que não financia outorgas de concessões públicas. A outorga não é um dos itens financiáveis de acordo com as políticas operacionais do banco. E informou que tem participado do financiamento dos planos de investimento das empresas e deve continuar a atuar assim.

O alerta ao ministro partiu do próprio Ministério da Fazenda, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. A Fazenda é a maior interessada no pagamento à vista do valor das licenças neste ano. O Tesouro Nacional conta com os R$ 8,2 bilhões das outorgas para melhorar o resultado das contas públicas e ajudar no cumprimento da meta de superávit primário de 1,9% do PIB, que, todavia, está longe de ser alcançada.

Mas há também uma preocupação do governo de que a mistura do leilão de 4G com o tema fiscal prejudique o resultado da disputa, reduzindo o potencial de ágio na disputa.

Em termos práticos, a limitação do BNDES não impede que as empresas paguem à vista as outorgas. Segundo fontes, o banco mantém a disposição de liberar recursos, liberando o caixa das teles para que elas possam quitar, no ato de assinatura dos contratos, os valores das licenças. Assim, as companhias usariam recursos próprios para pagar o leilão. Mas contratariam crédito no BNDES a título de investimento. Como o dinheiro não tem "carimbo", os recursos do empréstimo serviriam para zerar essa contabilidade das empresas.

"Isso é uma decisão financeira, isso não é proibido", disse uma fonte.

Dinheiro

Por isso, embora agora negue o financiamento do BNDES às outorgas, Paulo Bernardo reforçou a sinalização de que não faltará dinheiro às companhias que apostarem no 4G. Apesar do "ruído" em torno da capitalização desse negócio, o governo acredita que a disputa no leilão será grande, até mesmo porque nenhuma grande empresa do setor pode se dar ao luxo de ficar fora de uma frequência tão importante.

Uma fonte lembrou que as teles sempre tiveram trânsito livre no BNDES, até mesmo para operações corriqueiras de capital de giro. A novidade seria a criação de uma linha nova, com os tais "juros adequados" dos quais fala o ministro. A Claro, segundo uma fonte, seria a operadora mais preparada para dar um lance à vista.

Questionada sobre o assunto, a empresa informou que não se manifestaria. A Vivo estaria em situação semelhante no leilão, mas também não comenta o assunto. Apesar do aceno financeiro feito pelo BNDES, essas empresas tendem a analisar a possibilidade de capitalização fora do País para garantir a participação no leilão.

Procuradas, TIM e Oi também não se posicionaram sobre a questão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A quatro meses do fim do mandato, o governo prepara um novo programa para expandir as redes de fibra óptica em até 2 mil municípios. O plano, batizado de "Banda Larga Para Todos", prevê a oferta de subsídios para atrair o interesse de empresas em construir as novas malhas. Além das companhias de TV a cabo e de telefonias fixa e móvel, o pacote quer atrair as distribuidoras do setor elétrico.

O plano é fazer leilões de áreas para implantação de fibra, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. "Não faremos essa ampliação como obra pública. O que queremos é dar subsídios para fazer redes no interior do País. Damos incentivo e realizamos um leilão. Vence a empresa que exigir menos incentivo para realizar aquela obra", disse.

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Hoje, cerca de 3,4 mil municípios estão cobertos com redes de fibra, disse Bernardo. A meta do programa é levar essas malhas a quase 2 mil municípios que ainda estão descobertos. Pelo plano, a estatal Telebrás deverá assumir as obras de algumas regiões menos atrativas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O BNDES vai bancar 100% do custo da telefonia celular 4G na faixa de 700 megahertz (MHz), a ser leiloada em 30 de setembro, informou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. O banco, segundo ele, vai liberar recursos também para a montagem das redes pelas empresas de telecomunicações nos próximos quatro anos, além de financiar as outorgas e o custo da "limpeza" da frequência - as empresas detentoras de canais de televisão na faixa de 700 MHz deverão ser ressarcidas para deixar a frequência livre para telefonia e internet.

No total, o crédito do BNDES para o setor pode passar dos R$ 20 bilhões, assegurando até o esperado reforço de caixa pelo Tesouro para garantir a economia para pagamento de juros da dívida em 2014, o chamado superávit primário.

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"Todas as informações que temos é de que o banco vai financiar outorgas e obrigações e também topa financiar a construção da infraestrutura para implantar o 4G", diz Bernardo. "Além dos quase R$ 12 bilhões em outorgas e obrigações, acho que seria por volta de mais uns R$ 10 bilhões ao longo de quatro anos. Não será tudo de uma vez: as empresas vão fazendo a rede e pegando os recursos."

Meta

O economista do Banco Safra, Carlos Kawall, diz que a operação com o BNDES era esperada, já que o governo sempre contou com o 4G no planejamento fiscal do ano. "É uma receita extraordinária que todos sabiam que o governo iria buscar. Já havia a ideia de que teria de haver esse financiamento."

Mas essa antecipação de arrecadação, segundo ele, não será suficiente para garantir a meta de superávit de 1,9% do PIB em 2014. "Pelas nossas contas, o superávit ficará em 1,3% este ano, incluindo o desempenho de Estados e municípios."

Para o economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria, a medida faz parte do arsenal de "contabilidade criativa" do governo. "No fundo, essa operação significa uma antecipação de receitas, pois o governo vai registrar R$ 8 bilhões no caixa este ano, quando esses recursos poderiam entrar em até seis anos nas contas públicas", diz Salto. A manobra não é ilegal, diz, mas remete à "contabilidade criativa", prejudica a transparência fiscal e repercute nas notas das agências internacionais de classificação de risco.

Barato

Bernardo diz que as empresas deverão recorrer ao financiamento para pagar à vista os mais de R$ 8 bilhões que a licitação deve render aos cofres públicos em 2014. "Mantivemos as regras tradicionais. Ou seja, a empresa pode pagar 10% da outorga à vista e financiar o restante em até mais seis parcelas", diz. "Mas o juro da Anatel é alto, porque é calculado sobre IGP-DI mais 1% ao mês, o que daria 22% ou 23% ao ano. Já as taxas do BNDES, vinculadas à TJLP, são muito menores. Se a empresa não quiser pegar o empréstimo, tudo bem, mas acabará pagando mais pela faixa."

O preço mínimo para os lotes da frequência de 700 MHz foi fixado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em R$ 7,7 bilhões. Mas um pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) obrigou as quatro companhias que já oferecem o 4G na faixa de 2,5 gigahertz (GHz) - Vivo, Claro, TIM e Oi - a pagar um adicional de R$ 561 milhões para levar o novo espectro. Isso eleva o lance mínimo do leilão para R$ 8,26 bilhões.

Para ele, o valor das outorgas não deve ser muito maior que o preço mínimo porque o "custo TCU" de mais de meio bilhão de reais pode reduzir o ágio da disputa. "Pode ser que diminua o ágio, mas, de qualquer forma, não poderíamos não cobrar esse adicional das quatro companhias que estão no 2,5 GHz."

A operadora de telefonia móvel Tim reafirmou sua participação no leilão do 4G na frequência de 700 megahertz (Mhz). Em comunicado divulgado pela assessoria de imprensa, a companhia disse que irá analisar o edital divulgado nesta quinta-feira, 21, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mas vai apresentar proposta para os lotes oferecidos no documento, já que considera a faixa fundamental para a ampliação da rede 4G.

"A empresa ressalta ainda que irá colaborar com a antecipação do cronograma, buscando a liberação do espectro o quanto antes, por entender que se trata de uma oportunidade única para a modernização digital do Brasil, beneficiando tanto o setor de telefonia quanto as empresas de TV", disse em comunicado à imprensa.

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A Claro se manifestou em nota, esclarecendo que tem conhecimento da publicação oficial do edital, no entanto, não confirmou sua participação. "A operadora ressalta que, devido à complexidade da licitação, está em fase de análise do documento divulgado", declarou via assessoria.

Também por meio de assessoria de imprensa, a Nextel divulgou nota sem confirmar participação no leilão. "A Nextel irá analisar os detalhes do edital de licitação das faixas de 700 MHz para identificar oportunidades geradas pela oferta desses novos espectros de radiofrequência".

Procuradas pela reportagem, Oi e Telefônica Vivo disseram que não vão se pronunciar sobre o assunto.

Segundo o edital, as empresas devem entregar suas propostas à Anatel no dia 23 de setembro. O certame do leilão deve ocorrer no dia 30 do mesmo mês, às 10h, na sede do Anatel em Brasília. Se as operadoras Claro, Vivo, TIM e Oi arrematarem os lotes disponíveis - a exemplo do que ocorreu no leilão do 4G na faixa de 2,5 gigahertz (Ghz) em 2012 - o valor mínimo a ser desembolsado somará R$ 11,86 bilhões, contando outorgas e obrigações.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, avaliou nesta quinta-feira (21) que o edital de 4G publicado hoje pelo órgão regulador traz vantagens para novas companhias que ingressam no setor no País. A pedido do Tribunal de Contas da União (TCU), o documento prevê que as quatro empresas que já oferecem o serviço internet móvel de quarta geração no Brasil - TIM, Vivo, Claro e Oi - paguem adicionais que, somados, chegam a R$ 561,5 milhões.

"Esperamos que haja novos concorrentes no leilão de 4G, mas é difícil fazer previsão sobre a participação de empresas estrangeiras na disputa", afirmou Rezende. O presidente da Anatel evitou comentar a possível participação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento das outorgas ou ainda a expectativa de arrecadação do Tesouro Nacional com o leilão, uma vez que apenas 10% dos valores da outorgas mínimas - que vão de R$ 7,7 bilhões a R$ 8,26 bilhões, com o adicional do TCU - serão obrigatoriamente pagos à vista este ano.

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Rezende evitou novamente comentar as expectativas do Tesouro Nacional com a arrecadação do leilão de 4G. Ele defendeu os valores das outorgas mínimas da disputa. "O leilão de 4G não é arrecadatório. Essa questão tem que ser perguntada ao Tesouro", limitou-se a responder.

Questionado se os valores ajudam o Tesouro a fechar as contas do superávit primário de 2014, Rezende defendeu o edital citando experiências internacionais. "Não fizemos conta de chegada para valor das outorgas e o próprio Tribunal de Contas União (TCU) ficou satisfeito com plano de negócios apresentado pela agência", completou.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou na tarde desta quinta-feira (21) o edital para o leilão do 4G na frequência de 700 megahertz (MHz) confirmando o certame para o dia 30 de setembro, às 10h, na sede do órgão, em Brasília. Se as operadoras Claro, Vivo, TIM e Oi arrematarem os lotes disponíveis, a exemplo do que ocorreu no leilão do 4G na faixa de 2,5 gigahertz (Ghz) em 2012, o valor mínimo a ser desembolsado somará R$ 11,86 bilhões, contando outorgas e obrigações.

A faixa de 700 MHz foi dividida em três lotes de abrangência nacional, que terão valor mínimo de R$ 1,928 bilhão cada. Um quarto lote, com abrangência praticamente nacional, exceto municípios das regiões de concessão da CTBC e da Sercomtel, custará R$ 1,893 bilhão. Já o lote regional que corresponde à área da CTBC custará R$ 29,560 milhões e o referente à área da Sercomtel outros R$ 5,282 milhões. Somados, os valores mínimos das outorgas chegam a R$ 7,7 bilhões.

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No entanto, a pedido do Tribunal de Contas da União, a Anatel impôs uma cobrança adicional para as empresas que já operam no 4G em 2,5 GHz e arrematem lotes no leilão de setembro. Isso porque TIM, Claro, Oi e Vivo poderão utilizar a nova faixa para cumprirem obrigações referentes ao leilão anterior. Somados, esses valores adicionais chegam a R$ 561,5 milhões, elevando a outorga mínima para R$ 8,26 bilhões caso sejam essas mesmas quatro companhias as vencedoras do certame.

O edital confirma que pelo menos 10% do valor das outorgas deverão ser pagos à vista pelas companhias no ato da assinatura dos contratos. O valor restante poderá ser dividido em até seis parcelas anuais.

Além disso, a Anatel definiu os valores máximos para o custo que as teles vencedoras terão com a "limpeza" da faixa de 700 MHz hoje ocupada pela TV analógica. Nos três primeiros lotes de abrangência nacional, essas obrigações custarão R$ 903,9 milhões para cada companhia. No quarto lote, as obrigações serão de R$ 887,6 milhões. O mesmo vale para os lotes que ocupam as áreas da CTBC (R$ 13,859 milhões) e Sercomtel (R$ 2,476 milhões). Somadas, essas obrigações adicionais chegam a R$ 3,6 bilhões.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (20) revogar a medida cautelar que suspendia a publicação do edital do leilão de telefonia móvel 4G na faixa de 700 Mhz. O ministro relator Benjamin Zymler afirmou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) encaminhou documentos esclarecendo as dúvidas e apresentou uma nova minuta de edital contendo, segundo ele, "sensíveis modificações em relação ao que anteriormente havia sido apresentado".

Com as respostas encaminhadas pela Anatel, Zymler entendeu que não há mais impedimentos para a continuidade da licitação e apresentou seu posicionamento ao plenário do TCU, que referendou a decisão do ministro.

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Mas a decisão apenas derrubou a medida cautelar que impedia a publicação do edital por entender que não há mais indícios de irregularidade. Agora, o tribunal analisará a viabilidade técnica e econômica do leilão. "Nesse segundo momento, poderá haver necessidade de expedir eventuais determinações corretivas", disse Zymler.

O edital foi aprovado em julho. O governo espera licitar a frequência 4G ainda em setembro. A estimativa é arrecadar R$ 8 bilhões para os cofres do Tesouro, valor que pode aumentar a depender da disputa entre as empresas.

Antes, quando concedeu a medida cautelar, Zymler havia considerado insuficientes os estudos da Anatel por não demonstrar equilíbrio entre aqueles que já detêm a autorização para operar na faixa 2,5 GHz - licitada em 2012 - e os novos operadores.

A Anatel apresentou ao TCU dois fluxos de caixa: um com o cálculo do preço mínimo para autorização da faixa de 700 MHz e outro com a vantagem econômica a ser ofertada para os vencedores que já detêm faixa 2,5GHz.

Contas

O ministro levantou também questões no edital como a possibilidade de parcelas adicionais de valor incerto a serem descontadas do valor de outorga ofertado e do valor de renovação de outorga. Na última hipótese, seria constituído ainda um crédito em favor dos vencedores do leilão, atualizado pelo IGP-DI. Zymler questionava ainda se o crédito poderia ser constituído sem previsão orçamentária e sem observar a legislação sobre o assunto. A Anatel retirou a previsão desse mecanismo do edital.

Também foram feitas questões de ordem teórica, como a possibilidade de a Anatel criar uma entidade privada para administrar o processo de redistribuição de canais sem previsão legal. A agência, de acordo com o ministro, prestou os esclarecimentos necessários.

Apesar da liberação para a publicação do edital, o relator do processo no TCU apontou que será realizada uma análise "profunda e ampla" do caso quando for realizado o julgamento do processo licitatório.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse nesta quinta-feira (7) que o órgão regulador deve responder os questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o leilão de telefonia 4G na faixa 700 Mhz até terça ou quarta-feira da próxima semana.

Nesta quarta (6), o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) referendou medida cautelar de segunda-feira, que suspendeu a publicação do edital de leilão de telefonia 4G na faixa 700 MHz. O TCU tem dúvidas sobre o custo de limpeza da faixa apresentado pela Anatel.

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O tribunal também questiona se há isonomia entre os competidores que já detém frequências na faixa 2,5 GHz e possíveis novos entrantes interessados na faixa de 700 MHz. A previsão do governo era realizar o leilão até meados de setembro.

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) referendou nesta quarta-feira (6) a medida cautelar que suspendeu a publicação do edital de leilão de telefonia 4G na faixa 700 MHz. A previsão do governo era realizar o leilão até meados de setembro. A suspensão da publicação do edital vale até o TCU analisar e aprovar estudos pedidos pelo ministro relator Benjamin Zymler.

No plenário, Zymler afirmou que os estudos apresentados até agora pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não foram suficientes para convencê-lo de que há equilíbrio na disputa entre as empresa que já detêm autorização para operar na faixa 2,5 GHz, licitada em 2012, e os novos pretendentes.

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O ministro disse que, tecnicamente, é possível realizar o leilão, desde que seja demonstrado matematicamente que não será ferida a isonomia entre as partes."Não saberia dizer nem mais se há vantagem ou desvantagem de ser detentor de autorização pretérita", disse Zymler.

A avaliação também é de que há obstáculos de natureza jurídica, além de "sérias dúvidas" sobre a correção do fluxo de caixa apresentado pela Anatel. Na visão de Zymler, isso "implica dizer que não há segurança quanto à exatidão do preço mínimo da licitação em tela".

De acordo com o ministro, o estudo deve conter o fluxo de caixa específico para o cálculo do preço mínimo para a autorização de uso da faixa de 700MHz e também quantificar a vantagem econômica a ser oferecida aos vencedores da licitação que já detêm a faixa 2,5 GHz. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou na terça-feira que a Anatel deverá prestar os esclarecimentos técnicos necessários ao TCU até amanhã. E manteve a expectativa de que o leilão ocorra até o fim de outubro.

A Anatel solicitou que o caso tramitasse em sigilo. Apesar de submeter a decisão ao plenário do TCU, o ministro Benjamin Zymler não citou dados protegidos que constam no estudo elaborado pela agência.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que o preço da outorga do leilão 4G na faixa de 700 Mhz deverá ser elevado em 1%, devido a alterações de parâmetros solicitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o edital. "O TCU não falou em preços. Ocorreram alterações de parâmetros que devem ter impacto de 1%", comentou.

De acordo com o ministro, o pedido de esclarecimentos técnicos do TCU, que deverão ser prestados pela Anatel, não deverá provocar mudanças substanciais no edital do leilão. "Há boas condições para fazer o leilão. Se tiver alguma questão onde haja convencimento das partes, pode ser que haja alguma mudança", disse. "Não temos expectativas de que vão mudar questões essenciais, até porque estamos muito adiantados. Se tiver que ser feito algum ajuste, será feito", acrescentou.

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O Ministério das Comunicações admite que pode haver algum ajuste na data do leilão de concessão da faixa de 700 MHz para transmissão de dados de quarta geração, o 4G. No entanto, o ministro Paulo Bernardo afirmou que a realização do leilão dificilmente passará de agosto. "A data prevista é meados de agosto. Evidente que podemos fazer algum ajuste, mas dificilmente vai sair do mês de agosto. O pessoal acha que deve ser lá pelo dia 15 ou dia 18 de agosto", contou Bernardo, após participar do seminário internacional A internet das coisas: Oportunidades e perspectivas da nova revolução digital para o Brasil, promovido pelo BNDES.

O ministro lembrou que a previsão de arrecadação do novo leilão 4G feita pelo Ministério da Fazenda é de R$ 7,5 bilhões, mas disse que o valor pode ser maior, caso haja concorrência. "Isso é uma previsão. Vamos fazer todos os cálculos de novo antes de publicar o edital. Foi estipulado um preço mínimo pelos lotes, claro que leilão é leilão, pode ser que haja uma concorrência maior e aumente a arrecadação prevista", ressaltou.

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Quanto às críticas sobre a ausência de obrigações de cobertura para as operadoras interessadas, Bernardo afirmou que o edital prevê contrapartidas como indenizações a canais de televisão que terão que liberar a faixa de 700 MHz para o 4G.

"As empresas todas em qualquer hipótese vão ter obrigações para desocupar faixa e indenizar investimentos que vão ter que ser feitos pelos setor de televisão, isso inclusive vai ser expresso em números. No edital, vai ser citado quanto que vai ser o limite do pagamento", apontou o ministro das Comunicações.

Investidores

Bernardo contou que viaja ao exterior em junho para conversar com possíveis investidores para o leilão de 4G. A delegação brasileira passará por Estados Unidos e Europa, por sugestão da própria presidente Dilma Rousseff.

"Nós vamos fazer uma viagem, conversei até com a presidente (Dilma Rousseff), falei que ia fazer, ela achou que era importante não só ir para os Estados Unidos como para a Europa também. Estou pensando em fazer uma única viagem, aí a gente vai às duas regiões de uma vez", contou Bernardo.

Diante das especulações da entrada de novas operadoras estrangeiras no País interessadas na nova faixa de 4G, Bernardo confirmou que tem mantido conversas com empresas interessadas no leilão, mas não quis revelar nomes. "Estamos conversando informalmente com muita gente. Mas não vamos divulgar nada", declarou.

O leilão das faixas de frequência de 2,5 gigahertz (GHz) e de 450 megahertz (MHz) será realizado nesta terça-feira, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília, a partir das 10 horas. As grandes operadoras de telefonia móvel do Brasil - Claro, TIM, Oi e Vivo -, além da Sky e da Sunrise, entregaram suas propostas e documentações para participação no processo. O valor mínimo proposto pelo governo, somado todos os lotes, é de R$ 3,8 bilhões.

Na faixa de 2,5 GHz será introduzida no Brasil a telefonia móvel de quarta geração (4G), que promete maior qualidade e velocidade na transmissão de dados. Com a licitação da faixa de 450 MHz, as áreas rurais serão contempladas com serviços de voz e internet banda larga.

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Segundo cronograma do edital, todos os municípios com mais de 100 mil habitantes devem ter cobertura 4G até 31 de dezembro de 2016. As cidades-sede da Copa das Confederações precisam ser cobertas pelo 4G até 30 de abril de 2013, enquanto as da Copa do Mundo devem contar com o serviço até 31 de dezembro de 2013.

Serão leiloados seis lotes, dois regionais e quatro nacionais. Estes são nas subfaixas W (região Norte e Bahia), X (São Paulo, Minas Gerais e maior parte do Nordeste), V1 (Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo) e V2 (Rio Grande do Sul e Centro-Oeste). O preço mínimo para os lotes W e X é de R$ 630 milhões e para os V1 e V2, de R$ 315 milhões.

A analista de telecomunicações da BES Securities, Jessica Antunes, destaca que para a Vivo a faixa de 4G ajudará a expandir seus serviços para fora de São Paulo, enquanto para a Oi contribuirá para melhorar a qualidade da rede. No caso da TIM, segundo a analista, será uma oportunidade de diversificação de sua base de clientes, concentrada no segmento pré-pago.

O processo de licitação do 4G ocorre no momento em que a tecnologia anterior, a 3G, ainda se consolida. Segundo levantamento da Teleco e da Huawei, 51,8% dos municípios e 85,3% da população eram atendidos com o 3G ao final do primeiro trimestre deste ano.

A atual cobertura de 3G já supera os compromissos estabelecidos, em termos de atendimento da população, exigidos pela Anatel para o ano de 2016, de 83%. Já em municípios atendidos, as empresas estão dentro do cronograma previsto, superando as metas para 2013. Até 2016, 68% dos municípios devem ser atendidos com o 3G.

Além disso, as empresas vêm investindo desde o ano passado na expansão da rede HSPA+ (ou 3G Plus), que atinge velocidade de transmissão de dados até três vezes superior à tecnologia atual. A Vivo, por exemplo, pretende expandir o HSPA+ para toda rede de 3G este ano.

No final de abril, segundo dados da Anatel, a Claro liderou os acessos de 3G via aparelho, com 15,3 milhões, seguido por Vivo, com 13,7 milhões; TIM, com 12,8 milhões; e Oi, 3,7 milhões. Em terminais de dados, Vivo tem 3,8 milhões de acessos; TIM, 2,5 milhões; Claro, 1,7 milhão; e Oi, 600 mil.

Em termos de municípios já cobertos com o 3G, ao final do primeiro trimestre, a liderança era da Vivo, com 2.727 cidades. Na sequência estão Claro (866), TIM (512) e Oi (308).

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Batista Rezende, disse nesta quarta-feira que a área técnica da agência já indeferiu as impugnações apresentadas pelas empresas no leilão da faixa de 2,5 gigahertz (GHz), voltada para a telefonia de quarta geração (4G); e da faixa de 450 megahertz (MHz), voltada para banda larga móvel rural. Segundo ele, o conselho da Anatel deve decidir sobre as questões até sexta-feira. O leilão está marcado para 12 de junho.

"Existe uma tendência muito grande de o conselho acabar decidindo não acatar as impugnações das empresas. Se acatarmos uma impugnação, teremos que refazer os prazos", afirmou, após participar de audiência na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados. "Eu tenho certeza de que o leilão vai acontecer no dia 12, sem nenhum tipo de impugnação judicial ou administrativa."

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Segundo Rezende, algumas empresas questionaram a cobrança do ônus da concessão, taxa que equivale a 2% do faturamento e deverá ser paga a cada dois anos. Outras questionaram a área de cobertura da zona rural. Rezende acredita que não será preciso fazer um leilão de sobras. "Leilão de sobras é normal, mas achamos que vamos atingir plenamente o objetivo no leilão de 4G", afirmou.

Depois de muita discussão e vários cronogramas, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) confirmou hoje que começa a receber, em 5 de junho, documentos de identificação e de regularidade fiscal, as propostas de preço e a documentação de habilitação das empresas interessadas em participar do leilão das faixas de frequências de 2,5 GHz (destinada à quarta geração da telefonia móvel) e de 450 MHz (dedicada à melhoria de cobertura das áreas rurais).

A licitação, que faz parte dos esforços da Agência de liberar faixas de frequência para o tráfego de voz e dado, será realizada no Auditório do Espaço Cultural Renato Guerreiro, situado no Setor de Autarquias Sul, Quadra 6, Bloco C, em Brasília (DF).

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O Edital de Licitação nº 004/2012/PVCP/SPV-ANATEL estará disponível, para consulta, no site da Anatel, a partir das 14h do dia 27 de abril de 2012 (próxima sexta-feira). Os interessados em participar poderão adquiri-lo também com a Comissão de Licitação, situada no 8º andar do Bloco E, Quadra 6, Setor de Autarquias Sul, Brasília (DF), a partir do mesmo horário e data, nos dias úteis, das 9h às 12h e das 14h às 18h.

Na avaliação do presidente da Agência, João Rezende, as regras do leilão incentivam a participação dos interessados e, certamente, o resultado da licitação será positivo para o País. As faixas a serem licitadas poderão ser utilizadas para tráfego de voz e para internet de alta velocidade. De acordo com o edital, inicialmente, será oferecido aos interessados o direito de uso da faixa destinada à melhoria da cobertura na área rural.

O critério de seleção da proposta vencedora da faixa de 450 MHz será o de menor preço ao consumidor. Caso não haja propostas ou sejam apresentadas propostas insatisfatórias, a faixa de 450 MHz será ofertada junto com lotes da faixa de 2,5 GHz. Nessa hipótese, os vencedores serão aqueles que apresentarem os maiores lances.

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