Tópicos | Lembrança

Quase quarenta anos depois do roubo de sua caminhonete durante uma turnê nos Estados Unidos, a musa do rock Patti Smith chorou de emoção quando uma fã devolveu uma bandana que pertenceu ao irmão da cantora, já falecido. Patti Smith, de 68 anos, lançava no domingo, em Chicago, seu novo livro, "M Train", quando uma mulher confessou em público que tinha uma bolsa da autora com antigos objetos.

A princípio, Smith parecia "totalmente perdida", mas quando examinou o conteúdo da bolsa, encontrou no fundo uma bandana que pertenceu ao seu irmão, Todd, morto em 1944, contou uma testemunha. "Ao ver esta bandana, que seu adorado irmão, falecido, usava antes de dá-la para ela, (Patti) começou a chorar. Pouco depois, metade do público estava chorando com ela", contou a testemunha, um homem identificado com o pseudônimo "maxnix" em um fórum on-line especializado em música.

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Na bolsa também havia uma camisa que Patti Smith usou em uma reportagem da revista Rolling Stone em 1978, assim como uma camiseta com o rosto do guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards. Um artigo publicado em 1979 no Chicago Tribune reportou que a caminhonete alugada para a turnê da cantora tinha sido roubada em frente ao hotel onde estava hospedada, depois de um show nesta cidade do norte dos Estados Unidos. Guitarras, amplificadores, etc.: o valor dos bens roubados chegou na época a 40 mil dólares, o equivalente a US$ 130 mil atualmente.

"Este sentimento de fazer sua heroína feliz... É um grande momento. Foi a coisa mais importante da minha vida", contou ao Chicago Tribune a mulher que entregou os objetos a Patti Smith.

Noreen Bender, de 56 anos, disse ter herdado a bolsa muitos anos atrás, através do amigo de um amigo. Também revelou que queria devolvê-la, mas que não sabia como.

Atualmente, Patti Smith está em turnê pelos Estados Unidos lançando seu livro, "M Train", que trata sobretudo da morte do seu irmão e marca os 40 anos de lançamento de seu álbum mítico, "Horses".

A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz, chorou nesta quinta-feira ao ver o uniforme escolar que vestia quando os talibãs tentaram matá-la, e que ainda apresenta vestígios de sangue.

Durante a inauguração de uma exposição dedicada a ela e ao indiano Kailash satyarthi, no centro Nobel de Oslo, capital da Noruega, Malala não pôde conter sua emoção diante do uniforme.

"És muito valente", disse Satyarthi à jovem, enquanto lhe dava um beijo na cabeça, segundo a agência NTB.

No dia 9 de outubro de 2012, talibãs paquistaneses detiveram o ônibus escolar de Malala, com então 17 anos de idade, no norte do Paquistão, e dispararam uma bala que atingiu sua cabeça.

Desde então, a jovem, que conseguiu sobreviver ao atentado, converteu-se em um ícone mundial da luta pela educação das meninas.

Malala e Satyarthi receberam na quarta-feira o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços na luta contra a exploração infantil e na defesa do direito à educação.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) emitiu nota de pesar lamentando o falecimento do empresário Antônio Ermírio de Moraes, citado como "um modelo de industrial e de cidadão por suas ações em favor do desenvolvimento e da redemocratização do País".

O texto, assinado pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, menciona também Antônio Ermírio era um "obstinado na conquista de seus objetivos" e que "nos lega um importante exemplo com sua vida de empreendedor e de defensor da ética nas relações humanas. Deixa, também, um admirável trabalho em favor da educação e da saúde dos brasileiros mais pobres, por meio de obras sociais a que se dedicou pessoalmente".

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Para a CNI, o Brasil precisa de mais cidadãos e empresários como Antônio Ermírio. "Neste momento de pesar, nossos pensamentos se voltam para a família e os amigos de Antônio Ermírio de Moraes", cita a nota da confederação.

Há 20 anos, a Fórmula 1 tinha o seu final de semana mais sombrio já descrito pela história da categoria. O GP de San Marino, que foi realizando de 29 de abril a 1° de maio foi marcado pelas mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna. Logo na sexta-feira, durante os treinos livres, Rubens Barrichello teve um incrível acidente com a Jordan 194 na Variante Bassa do circuito Enzo e Dino Ferrari.

Após o susto, no sábado, era a vez de Roland Ratzenberger marcar tragicamente o seu nome na história da Fórmula 1. O piloto da Simtek há havia disputado de três GPs naquela temporada – do Brasil, Pacífico e de San Marino –, mas infelizmente só conseguiu realizar uma única corrida em sua carreira, em que conquistou o 11° lugar, no circuito de Ainda, no Pacífico. Empolgado por ter terminado a sua primeira corrida, o jovem Ratzenberger estava se preparando para o seu novo desafio, que era o GP de San Marino. Ele tinha que exigir o máximo do seu carro, visto que o seu contrato com a Simtek era apenas de cinco corridas. Isso certamente criou uma grande pressão nos ombros do piloto austríaco. Tentando melhorar seu tempo e classificar-se para a corrida, Ratzenberger entrava na pista. Ele começou a correr ferozmente, o S951 chegou a 308 km/h até que a pressão aerodinâmica na asa dianteira foi mais forte, quebrando o dispositivo, fazendo o carro da Simtek saltar na pista e se chocar contra o muro.

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O choque violento causou mal estar a todos. Especialmente a Ayrton Senna o momento trágico dentro dos boxes. O impacto foi tão forte que o chassi destruído do S951 se arrastou com o Ratzenberger até a ‘Curva Tosa’. Sid Watkins e equipe correram logo para tentar salvar a vida do jovem piloto. A TV exibia de longe as tentativas do experiente médico da F1 em que realizava massagens cardíacas e todos os procedimentos de reanimação para poder transportá-lo a um hospital em Bolonha. Sua morte foi confirmada pelos comissários de prova minutos depois da entrada de Ratzenberger no hospital em Bolonha pela diretoria do circuito Enzo e Dino Ferrari. No laudo médico foram constatadas fraturas no crânio, múltiplas lesões no pescoço. A Simtek se negou retira-se do GP de San Marino e determinou a David Brabham a correr no lugar do falecido e esquecido Roland Ratzenberger. Recentemente Adrian Newey admitiu que se sente culpado pelas mortes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger. O projetista taurino, que na temporada de 1994 trabalhava na Williams, chegou a revelar que após os treinos livres do GP de San Marino, ele negou ajuda no conserto da asa dianteira do S951 que iria ser guiado por Ratzenberger.

Curta carreira na Fórmula 1

Ratzenberguer começou a sua carreira na Fórmula 1 na temporada de 1994. Ele fechou um contrato de cinco corridas com a Simtek, que era a única equipe que tinha somente um carro no grid. No GP do Brasil, ele participou dos treinos livres, mas não conseguiu se classificar no classificatório e consecutivamente para a corrida em Interlagos.

A estreia de fato de Ratzenberger aconteceu no GP do Pacífico, que foi realizado no circuito de Aida. O piloto alemão terminou a prova na 11° posição com a diferença de cinco voltas atrás do vencedor da prova que foi Michael Schumacher da Benetton.

 

Carreira no automobilismo japonês e britânico

Roland Ratzenberger começou a correr em 1983. Ele iniciou o seu batismo no automobilismo mundial na Fórmula Ford Alemã em que se tornou campeão após duas temporadas da sua entrada. Ainda em 1985, Ratzenberger também se tornou campeão europeu da Fórmula Ford. No final desta temporada, ele participou no Formula Ford Festival, que foi realizado no circuito britânico de Brands Hatch. Na ocasião, ele terminou a corrida em segundo. Nas temporadas de 1987 e 1988, Ratzenberger começou realmente a sua preparação para a Fórmula 1. O piloto alemão correu na Fórmula 3 britânica, mas não conseguiu resultados de destaques. Ao mesmo tempo, Roland participou do Mundial de Turismo (WTCC) com a BMW preparado pela equipe alemã Schnitzer. Ele terminou em terceiro no campeonato daquele ano. Em 1989, Ratzenberger foi para a Fórmula 3000 em que terminou o campeonato na terceira posição. Em julho desse ano, Roland teve a sua primeira experiência nas 24 Horas de Le Mans. Ele correu com Maurizio Sandro Sala e Walter Lechner no volante de um Porsche 962 pela Brun Racing. Era a primeira das cinco participações em que ele tinha realizado na categoria. O seu melhor resultado nas 24 Horas de Le Mans ocorreu em 1993, em que terminou a etapa na quinta posição com a Toyota 93-CV. A equipe era formada por Ratzenberger, Mauro Martini e Naoki Nagasaka. Interessada no talento promissor do jovem Roland, a Toyota realizou um convite para o piloto alemão correr no Japão.

Tirar uma foto para ajudá-lo a lembrar de algo pode acabar tendo o efeito contrário, revelou um estudo publicado nos Estados Unidos. Divulgada esta semana, a pesquisa mostrou que pessoas que tiram fotos de itens durante uma visita a um museu eram menos propensas a se lembrar de detalhes do que aquelas que apenas olharam para os objetos.

Essa é uma lição para um mundo cada vez mais acostumado a compartilhar fotos instantaneamente em redes sociais, explicou a cientista especializada em Psicologia Linda Henkel, da Universidade Fairfield.

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"As pessoas costumam pegar suas câmeras quase sem pensar para registrar um momento a ponto de perder o que está acontecendo bem na frente delas", prosseguiu Henkel, autora do estudo, publicado no periódico Psychological Science.

Henkel montou um experimento no museu da universidade, para onde estudantes foram levados em uma visita. No local, pediu-se que eles observassem certos objetos, fosse por fotografia, fosse olhando diretamente para eles.

No dia seguinte, sua memória dos objetos que viram foi testada, e os participantes da pesquisa se mostraram menos precisos no reconhecimento de itens que fotografaram, em comparação com aqueles que apenas os observaram.

"Quando as pessoas contam com a tecnologia para lembrá-las - contando com uma câmera para registrar um evento e, assim, não precisando voltar para lá toda a sua atenção -, ela pode ter um impacto negativo em como elas se lembram de suas experiências", afirmou em um comunicado.

Um segundo grupo ofereceu uma variação sutil das descobertas: aqueles que tiraram fotos de um detalhe específico do objeto usando o zoom da câmera pareceram preservar a memória do objeto, não só da parte focada, mas também das partes fora de enquadramento.

"Esses resultados mostram que o 'olho da mente' e o olho da câmera não são os mesmos", disse Henkel, acrescentando que a pesquisa sobre a memória indica que tirar fotos pode ajudar as pessoas a se lembrar somente se elas dedicarem algum tempo para observar e revisar. "Para lembrar, temos de acessar e interagir com as fotos, em vez de simplesmente acumulá-las", concluiu a cientista.

Eu não tenho memória. Quero dizer, boa memória. Eu esqueço fácil das coisas e carrego internamente sérias dúvidas sobre a maioria dos eventos da minha vida. É difícil, pra mim, definir o quanto do que eu lembro realmente aconteceu e o quanto eu inventei, adicionando loucuras quaisquer com a ajuda de uma imaginação fértil. Então, obviamente que quando eu tentei pensar no “melhor” filme  que eu achei ter assistido esse ano, descobri que eu não saberia nem dizer o que raios eu assisti no cinema – ou até em casa –, assim, de cabeça. Então, pra eu saber que filmes assisti ao longo da vida e como eu me senti quando os vi pela primeira (alguns única) vez, foi quase uma missão impossível.

Eu sinto falta de ter aquelas histórias de “onde você tava” ou “o que estava fazendo” quando AQUILO aconteceu (nem que seja pra dizer que eu tava fazendo maratona de algum seriado). Ou, no tema em questão, “como foi assistir ao seu primeiro filme”, “que filme te marcou mais” ou qualquer coisa que o valha. Eu tenho pouquíssimos desses momentos memoráveis; que eu lembre, pelo menos, e eu odeio isso. Então, eu guardo com muito apreço o que consigo memorizar, ainda que não sejam as grandes-obras cinematográficas-da-vida-eterna-amém. Na verdade, grandes porcarias ficam na minha lembrança de assistidas, mas numa lembrança boa, como se o acontecimento relevante naquele momento desse um pouco mais de significado ao filme, fazendo-o ficar preso na minha cabeça pra todo o sempre.

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Por exemplo, eu lembro bem de quando eu assisti Segundas Intenções, porque foi o primeiro filme que eu assisti burlando a minha idade na carteira de estudante. Assim como me recordo do último filme “classificação livre” que assisti por não ter idade suficiente pra ver algum de 12 anos, ainda que faltasse menos de um mês pra eu pular de faixa etária (essa parte eu não sei se é mentira, mas acrescenta emoção pra história, então eu incorporei como verdade há muito tempo). Fui obrigada a assistir a um filme de Angélica com Márcio Garcia, tosco até umas horas.

Também tenho gostosas memórias de boas companhias no cinema. Eu acho que me lembro de quase todos os filmes que vi nas sessões de arte do shopping Boa Vista, numa maravilhosa rotina de sábados cinéfilos que adquiri com minha irmã por uns tempos (saudosos).  Lembro ainda de toda uma batalha pra conseguir assistir a Titanic nos cinemas, e do meu pai ter um ingresso eterno pra vê-lo no São Luiz, que sempre tava lotado. Essa, por sinal, é outra memória que eu não sei se é verdade, a do ingresso que se renovava quando a gente não podia assistir ao filme por falta de lugar no cinema. Masssss eu tenho certeza absoluta de que nos “antigamente” a gente podia entrar numa sessão que ainda não tinha acabado e assistir ao fim do filme e emendar com a sessão seguinte sem custo adicional. Isso era o céu pra nós, os atrasados. Vários filmes eu vi assim com meu pai e meus irmãos. Eu não sei como a gente fazia pra evitar saber do fim. Talvez a gente ficasse de costas pra tela, tapando os ouvidos? Não sei. Mas eu me lembro de passar por isso em alguns 007 da vida.

Mas minhas lembranças são sempre tão aleatórias. Eu não tenho controle algum sobre elas. Eu, fanática por desenhos, tenho como única lembrança Disney na sala do cinema a de assistir a Mulan com minha mãe e perder o fim, porque faltou energia. Eu consigo (sem nem desconfiar da adoração que existia pela franquia) me recordar do meu primeiro contato  com Star Wars, há milhares de anos com meu tio. Aliás, parece que eu tenho uma não tão péssima memória para primeiros filmes. Eu até que me lembro de alguns. Do meu primeiro filme dos anos 2000, do primeiro em que fiquei de romance, do primeiro de namoro (tenho dúvidas entre dois, na verdade), do primeiro num multiplex, do primeiro pós-reforma do São Luiz (meu primeiro clássico, en en). É legal lembrar dessas coisas de vez em quando, né?

Toda essa minha preocupação sobre lembrar, ou não lembrar, das coisas, foi só porque eu assisti a Gravidade. Eu tava, e ainda to, completamente maravilhada com o filme (que eu tinha zero expectativas desde o primeiro trailer), e é algo um tanto quanto difícil e meio abestalhado de contar (euzinha tô nesse exato momento dizendo pra mim mesma: que frescura da peste é essa?). É que eu só queria tentar me lembrar da última vez que vi um filme que tivesse me passado essa sensação feliz de imersão completa, se é que eu já passei por isso antes. E eu não consegui. Foi como se eu tivesse no cinema pela primeira vez, capaz de adotar ele como meu primeiro filme e encantada com tudo aquilo. Pode? Não dá pra eu descrever. Só vendo mermo.

Eu tenho milhares de filmes favoritos, e talvez daqui a alguns dias eu arrume outro que eu me apaixone de alguma outra forma e fique falando maravilhas dele também. Mas esse tá tão badalado na minha memória recente que acho que já garantiu um espaço reservado na caixinha de boas lembranças.

Os japoneses respeitaram um minuto de silêncio às 14H46, em homenagem aos 20.000 mortos e desaparecidos do terremoto e tsunami de 11 de março de 2011, que também provocou um grave acidente nuclear em Fukushima.

Muitas cerimônias foram organizadas na costa nordeste abalada pelo tsunami e em outras cidades do Japão, particularmente em Tóquio, onde aconteceu um evento nacional na presença do imperador Akihito e sua esposa, além do primeiro-ministro Shinzo Abe.

O imperador Akihito saudou a memória das vítimas do desastre e pediu que não sejam esquecidas as vítimas e as pessoas que vivem "em condições difíceis, nos abrigos, na região devastada".

"Enquanto a primavera não chegar ao nordeste, não chegará ao Japão", afirmou o primeiro-ministro Abe em uma mensagem divulgada pela internet.

"Desde que cheguei ao poder, no fim do ano passado, conheci e ouvi muitas pessoas da região afetada. Nos abrigos provisórios, compartilhei a coragem e a dor dos refugiados", completou o chefe de Governo.

Na sexta-feira 11 de março de 2011, às 14H46 locais (2H46 de Brasília), um violento terremoto de 9 graus na escala Richter afetou o nordeste do Japão.

O epicentro do tremor foi localizado no Oceano Pacífico, a dezenas de quilômetros da costa nordeste da grande ilha de Honshu.

Menos de uma hora depois, uma onda de mais de 20 metros de altura, arrasou o litoral da região de Tohoku, nordeste, destruindo portos, casas, escolas e fábricas.

Também provocou um grave acidente nuclear na central de Fukushima Daiichi.

A catástrofe causou oficialmente 15.880 mortes e deixou 2.694 desaparecidos, aos quais se somam as 2.300 pessoas que morreram em consequência da degradação das condições de vida.

Os japoneses reclamam que a reconstrução não avança no ritmo desejado.

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