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Oficinas literárias, de crítica de cinema, e-books e projetos culturais, além da venda de obras, estas são as atividades que integram a I Feira Nordestina do Livro (Fenelivro). O evento surge com a proposta de levar o público a se aprofundar no meio literário participando de cursos com nomes respeitados da área como o autor Raimundo Carrero. A feira começa nesta sexta (28) e segue até 7 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco.

Dentre os cursos, José Fernando Tavares ministra Livros digitais interativos, Como ler um livro digital e Produzir um e-book com Indesign. desafios e oportunidades. Para quem tem interesse na área de produção cultural, o produtor Alexandre Melo oferece o minicurso Elaboração de projetos culturais para artistas, produtores independente e demais interessados nos patrocínios do Governo de Pernambuco. 

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O escritor Raimundo Carrero estará à frente da oficina A sedução do leitor, na qual pretende discutir e revelar os segredos da narrativa em Machado de Assis e Graciliano Ramos. Já o paulista José Geraldo Couto, um dos mais respeitados críticos de cinema do Brasil, aborda a transformação das palavras na sétima arte a partir de adaptações literárias, a narração em primeira epssoa e a 'câmera subjetiva', em um minicurso. Mais informações, assim como a programação completa da Fenelivro, podem ser encontradas na página oficial da feira.  

Serviço

I feira Nordestina do Livro - Fenelivro

De 28 de agosto a 7 de setembro | 9h às 21h

Centro de Convenções (Av. Prof. Andrade Bezerra, S/N - Salgadinho)

Gratuito

A editora Cesárea lança dentro do Festival Janela de Cinema o livro digital Utopias da frivolidade - ensaios sobre cultura pop e cinema. O livro reúne textos de Ângela Prysthon, doutora em Critical Theory And Hispanic Studies pela Universidade de Nottingham, e é organizado por André Antônio (UFRJ). No título, a autora faz questão de lembrar a sociedade vê nascer uma espécie de cibercinefilia, uma relação de consumo e de crítica de cinema mediada pela internet. O trabalho foca em nomes como Derek Jarman e Joseph Losey, além de problematizar a cultura pop em que a sociedade se insere.

O lançamento acontece no Porto Mídia, às 14h. Na ocasião também haverá um debate com a presença da autora, o organizador do livro e Thiago Soares (UFPE). O livro já pode ser adquirido no site da Cesárea, em formato digital.

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Serviço

Lançamento do Livro Utopias da frivolidade, de Ângela Prysthon
Quarta-feira (29) | 14h
Portomídia (Rua do Apolo, 181 – Bairro do Recife)

A Amazon já está disponibilizando a venda de todos os livros da saga Harry Potter, escrita por J. K. Rowling. A loja digital foi a primeira a lançar os títulos em formato eletrônico em português. Os valores ficam em torno de R$ 17,92 e R$ 22,40 cada.

Além do português, a loja ainda disponibiliza o livro em alemão, francês, espanhol, italiano e japonês. O conteúdo é compatível com todos os dispositivos que possuem aplicativos do Kindle, incluindo iPads, iPhones, iPods, PCs, Macs, Androids, BlackBerrys e Windows Phones.Os interessados em comprar o título podem acessar este link. 

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Brasília - Os desafios do livro digital no Brasil serão debatidos na Câmara dos Deputados no próximo dia 8 de maio, a partir das 14h, em seminário, no Auditório Freitas Nobre. O objetivo do evento, segundo a deputada Fátima Bezerra (PT-RN), é colher sugestões para o parecer a ser apresentado ao Projeto de Lei 4534/12, que altera a Lei 10.753, de 30 de outubro de 2003, que instituiu a Política Nacional do Livro. Ela é a relatora da proposta na Comissão de Cultura da Câmara.

A proposta foi apresentada pelo senador Acir Gurgacz (PDT-RO) e foi aprovada pelo Senado. Na Câmara, a matéria tramita em caráter conclusivo nas comissões técnicas. Se for aprovada sem alterações será encaminhada à sanção presidencial.

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“Considera-se livro a publicação de texto escritos em fichas ou folhas, não periódica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado, encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer forma e acabamento, assim como a publicação desses textos convertidos em formato digital, magnético ou ótico, ou impressos no sistema braile”, diz o texto do projeto.

A iniciativa do seminário é dos deputados Fátima Bezerra, presidente da Frente Parlamentar Mista do Livro e Leitura, e José Stédile (PSB-RS), presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Bibliotecas Públicas.

Devem participar do evento o secretário executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura do Ministério da Cultura, José Castilho Marques Neto; a presidenta da Câmara Brasileira do Livro, Karine Pansa; o coordenador do Programa Prazer em Ler do Instituto C&A, Volnei Canônica; a diretora da Divisão de Conteúdo Digital do Ministério da Educação, Monica Franco; a coordenadora-geral dos programas do Livro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Sonia Schwartz; dirigentes de livrarias e editoras e escritores.

Em 2013, a estudante Beatriz Aguiar ingressou no 1º ano do ensino médio em uma escola particular de Brasília. Além de todas as mudanças já esperadas para o período, mais uma: o material escolar agora não ocupa mais do que o espaço de um tablet na mochila. Por quatro parcelas de R$ 277 ela comprou as obras que serão usadas e atualizadas durante o período letivo. O Ministério da Educação (MEC), planeja, para os próximos anos, dar acesso a esse material aos alunos da rede pública.

Consta no edital para os livros a serem distribuídas em 2015 pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) a inscrição de obras multimídia, que reúnam livro impresso e digital. Eles deverão ter vídeos, áudios, animações, infográficos, mapas interativos, páginas da web e outros objetos que complementarão as informações contidas nos textos escritos. "Além de termos acesso aos textos, temos outros recursos para ajudar no aprendizado, eu estou gostando muito", diz Beatriz. Nesta quarta-feira é comemorado o Dia Nacional do Livro Didático.

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Segundo a pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Priscilla Tavares, "avaliações do ensino reportam que os alunos não frequentam a biblioteca por falta de interesse pela leitura. Por outro lado, além de atrair, essas obras têm alcance restrito: o aluno, em casa, pode não ter computador ou internet". Dados do Ibope Media mostram que no terceiro trimestre de 2012, 94,2 milhões de brasileiros, menos da metade (47,5%), tinham acesso à internet.

Priscilla afirma também que os meios digitais podem ajudar no desempenho dos estudantes ou atrapalhar. Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de 2007 concluiu que as escolas com acesso à internet têm maior eficiência, que se reflete no desempenho dos estudantes. O mesmo estudo mostrou que os laboratórios podem ser mal utilizados, levando ao pior desempenho por "alocar equivocadamente" o tempo dos estudantes. "Os alunos estão adaptados, têm maior convívio com os meios digitais, mas muitos professores não têm esse conhecimento. O recurso audiovisual é bom quando se sabe usar", diz a pesquisadora.

Tablets

Para melhorar o acesso, o MEC já distribuiu 382.317 tablets. A meta é chegar a 600 mil até o final deste ano. Na primeira etapa, os equipamentos serão destinados a professores de escolas de ensino médio. Apenas o Amapá e o Maranhão não aderiram ao programa. Estão previstos conteúdos de domínio público, outros disponibilizados pelo MEC e pela Khan Academy. Por ano, o ministério investe cerca de R$ 1 bilhão pelo PNLD.

De acordo com o presidente Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), o setor busca o aperfeiçoamento na área para atender à demanda cada vez maior. Ele explica, no entanto, que os preços não devem sofrer muitas alterações: "É possível que fique mais barato com a eliminação da cadeia de custo do papel. No entanto, surge outra cadeia, que envolve hospedar a obra em algum servidor para acessá-la pela internet entre outros. No fim, trocam-se alguns custos por outros".

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara defende um modelo já adotado nos Estados Unidos, o chamado Recursos Educacionais Abertos (REA), por meio do qual o governo compra os direitos autorais das obras. Isso permitiria que os professores tivessem acesso facilitado não apenas a uma obra por disciplina (como ocorre pelo PNLD), mas a todas as disponibilizadas pelo MEC. "O professor pode usar 20, 30 obras, variando em cada aula como achar melhor". O REA consta no Projeto de Lei 1513/2011, em tramitação na Câmara dos Deputados. A Abrelivros adianta que caso o modelo passe a vigorar, deverá ser cobrado um valor adequado à disponibilização do conteúdo. Com informações da Agência Brasil.

O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) abre nesta segunda-feira (21) o período para inscrições de obras destinadas a alunos e professores do ensino médio da rede pública para o ano letivo de 2015. A partir de agora, as editoras também poderão inscrever livros digitais – cujo acesso pode ser feito em computadores ou em tablets.

A versão digital deve vir acompanhada do livro impresso, ter o mesmo conteúdo e incluir conteúdos educacionais digitais como vídeos, animações, simuladores, imagens e jogos para auxiliar na aprendizagem. Continua permitida a apresentação de obras somente na versão impressa para viabilizar a participação das editoras que ainda não dominam as novas tecnologias.

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A outra novidade é a aquisição de livros de arte para os alunos do ensino médio da rede pública. Os demais livros a serem comprados pelo governo são os de português, matemática, geografia, história, física, química, biologia, inglês, espanhol, filosofia e sociologia.

Os títulos inscritos pelas editoras são avaliados pelo Ministério da Educação que elabora o Guia do Livro Didático com resenhas de cada obra aprovada. Esse guia é disponibilizado às escolas que aderiram ao PNLD do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Cada escola escolhe, então, os livros que deseja utilizar.

De acordo com o Ministério da Educação, a previsão inicial de aquisição para 2015 é de aproximadamente 80 milhões de exemplares para atender mais de 7 milhões de alunos.

O período de inscrição de obras pelo Programa Nacional do Livro Didático vai até 21 de maio. De 3 a 7 de junho, estará aberto o período de entrega de livros impressos e da documentação. O prazo  de entrega de obras digitais e respectivos documentos é de 5 a 9 de agosto.

Outrora, a expansão de formatos como o MP3 (MPEG Audio Layer-3) fizeram estremecer a indústria fonográfica – e ainda o fazem. O formato, que possui facilidade de divulgação e circulação na internet, veio a atingir o funcionamento de todo um esquema que envolve o mundo da música: compositores, intérpretes, músicos, gravadoras, selos, produtores musicais, executivos, lojas de discos. Todos sentiram-se ameaçados pela tecnologia, facilidade e gratuidade da difusão que esta mídia, unida a internet, proporciona aos fãs de música.

Hoje, um novo dilema se instaura em outra indústria cultural tão ou mais forte que a fonográfica: a editorial. O rebuliço é ainda maior, devido à tradição que os livros têm, que remonta à antiguidade, mas o fato é que os livros digitais tem conquistado seu espaço na vida dos leitores. Ainda que tímida e vagarosamente, os e-readers já começaram a aparecer com cada vez mais força e aceitação do público.

Boa parcela do leitor de hoje faz parte de uma geração já inserida em um contexto em que a internet é quase onipresente, com suas infindáveis possibilidades e facilidades de acesso à informação. Por outro lado, podemos ver autores que não encontram brecha para adentrar o mercado editorial da maneira tradicional e resolvem se arriscar a lançar suas obras no ambiente da web, de divulgação mais ampla, simples e sem custos.

Carlos Gomes, 30, é um deles. Professor de literatura e editor do blog Outros Críticos, lançou recentemente um livro digital sob o custo de R$ 6 em seu blog pessoal, para ser vendido em sites como Amazon.com e PagSeguro. A obra foi disponibilizada em formatos como EPUB, PDF e Kindle Edition. “Livro digital é opção pra quem não encontra espaço em editora. É o primeiro que coloco no formato digital. As vendas ainda estão tímidas, mas espero melhoras. A chegada da Amazon ao Brasil, por exemplo, é uma das coisas que facilitará a venda dos produtos em formato Kindle”, pontua Gomes.

Todo escrito em letras minúsculas, corto por um atalho em terras estrangeiras é o nome da obra de Carlos, que aos poucos vem tomando maiores dimensões de acesso e downloads pagos. Vale dizer que a qualidade da obra não muda, apenas o formato. E isso em nada impede de se folhear, a cada página – digital ou não –, uma prosa latentemente poética. Segundo Gomes, seu livro levou três anos para ser construído.

O livro tem a presença de uma musicalidade marcante, do uso de metáforas e repetição de palavras e é dividida em quatro momentos: Cenários, Corpos, Estudos e Vozes. “Tenho como referência escritores como Osman Lins, Jorge Luis Borges e Joyce, que se caracterizam como três momentos meus enquanto leitor de contos, e me influenciaram como escritor, pois ainda estou engatinhando”, afirma.

Já existem boas obras disponíveis na internet, como a autopublicação de Gomes. O futuro do livro digital é, porém, antes de tudo uma questão cultural: a procura e a aceitação são fatores que ditam o que vai e o que fica nas estantes – ou nos e-readers. Cabe ao tempo, e à tecnologia, se (a)firmar.

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