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Este ano, a equipe de casters do PUBG MOBILE Pro League Brasil recebeu reforços. Um deles é o narrador e apresentador Murillo Shooow, que atua há 10 anos no cenário de e-sports. Conheça mais sobre sua trajetória e dicas de locução:

Ínicio da carreira

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Murillo Medeiros, mais conhecido como Murillo Shooow sempre brincou com a voz imitando locutor de mercado, carro de som, etc. O apresentador era mototáxi no interior do Rio de Janeiro e começou com um notebook e um microfone de 15 reais. Em 2011, ele foi convidado para narrar um campeonato amador e está até hoje no mercado.

“Em 2016, parei de trabalhar pra viver 100% de narração. Desde o começo, meu irmão mais novo foi meu principal apoiador, meus pais curtiam e apoiavam e minha esposa me conheceu bem no início de tudo. Ela também foi meu pilar de incentivo”, conta Medeiros.

Já no PUBG Mobile, ele iniciou em 2018, como narrador no Star Challenge. “Acredito que foi o primeiro jogo mobile de battle royale que eu fiz, e me abriu a mente para os gamers de celular. [...] “Ser o apresentador oficial do jogo, comandar o show do meu jeito é maravilhoso. É muito gratificante fazer parte!”, comenta o locutor. 

Dicas de Narração 

-Leia muito: aumente sua gama de palavras e sinônimos;

-Evite comidas e bebidas geladas: “Se eu sentir a garganta “pegando” já faço gargarejo com água morna, sal e vinagre”;

-Inalação com soro fisiológico para hidratar as cordas vocais;

-Exercícios para aquecimento vocal, relaxamento de alguns músculos que envolvem a mandíbula de bochechas; 

Murillo Shooow ressalta a importância de procurar um fonoaudiólogo. É necessário encontrar um profissional da área que lhe ajude conforme sua necessidade.

Medeiros conta que o apresentador José Carlos Araújo, o “garotinho”, é sua maior inspiração. Ele também aconselha a ver vídeo aulas, estudar outros narradores - com cuidado para não copiar bordões ou trejeitos - e assistir a si mesmo. “Você é seu principal crítico. Além disso, estar aberto a críticas construtivas, seja de onde vier, faz muita diferença, principalmente quando vêm do público, pois é a eles principalmente a quem você deve agradar”, complementa.

Murillo Medeiros finaliza incentivando os iniciantes na área: “Se joguem, tentem, arrisquem, mas, principalmente, se empenhem! Estudem o jogo, o trabalho no qual querem exercer. Nunca se esqueçam que dez anos atrás eu era mototáxi em uma cidade do interior do Rio de Janeiro e não desisti. Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é de alguém que acredite”, conclui.

No próximo sábado (25), celebra-se o Dia Nacional do Rádio, data que visa homenagear o nascimento do professor, antropólogo, escritor e ensaísta brasileiro Edgard Roquette-Pinto (1884-1954), considerado como pai da radiodifusão no Brasil.

A primeira transmissão radiofônica brasileira ocorreu em 1922, que captou o discurso do Presidente da República da época, Epitácio Pessoa (1865-1942). Há quase cem anos, Roquette-Pinto enxergava na tecnologia uma oportunidade para educar a população.

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No ano seguinte, o professor fundou a primeira estação de rádio brasileira, Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que hoje é conhecida como Rádio do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Desde então, o rádio continuou a evoluir, se mantém presente na vida das pessoas e é responsável por formar diversos profissionais.

Segundo o jornalista, locutor, narrador esportivo e professor do projeto Conectados, Raony Pacheco, os estúdios radiofônicos dispõem de diversos softwares e tecnologias que anteriormente eram impensáveis. Atualmente, o rádio também trabalha com a imagem. “Realizamos lives e interações com os ouvintes e demais plataformas. Às vezes você está ao vivo em um estúdio, no YouTube, Facebook e, tudo isso requer que o locutor tenha conhecimentos da parte tecnológica”, comenta.

Entre os impactos causados pela tecnologia no ambiente radiofônico, Pacheco destaca a interação com as redes sociais, que consegue aproximar os ouvintes, os locutores e as rádios. Além disso, o locutor lembra que por conta dessa expansão, uma rádio de São Paulo consegue conquistar um público em lugares distantes, como por exemplo, no Nordeste.

Durante sua carreira como radialista, Pacheco afirma que seu principal aprendizado foi descobrir que nem só de locução vive o rádio, despertando para outros aspectos como produção e sonoplastia, essenciais para a execução dos programas radiofônicos. “Nos cursos em que eu dou aula, há muitos alunos que pensam que vão apenas falar no rádio. Só que existe também a importância de saber produzir um bom texto, fazer a produção, um espelho, um roteiro muito bem organizado e saber dosar e aprender a utilizar as ferramentas sonoras para não deixar buraco”, explica.

Além disso, o locutor afirma que para trabalhar no rádio, não basta ter uma voz bonita, é necessário saber se comunicar e o que o ambiente de trabalho demanda pessoas que dominem a técnica.

O Rádio na Pandemia

Durante a crise sanitária de Covid-19, Pacheco reforça a importância que os avanços tecnológicos tiveram no ambiente radiofônico. De acordo com o locutor, o uso de diversos softwares permitiram trabalhar faixas de áudio de diferentes maneiras e produzir e realizar os programas de casa, independente do estilo.  “Um exemplo é o jornalista José Luiz Datena, um cara 'velho' do cenário que teve que se adequar à tecnologia em sua casa, se acostumar a olhar a webcam enquanto fala e ter a certeza de que seu conteúdo foi ao ar”, descreve.

O radialista enfatiza que atualmente, o locutor que tiver bons equipamentos, conhecimentos das áreas tecnológicas e não ficar restrito apenas a ter uma boa voz, leitura e interpretação, sairá na frente. “É importante que ele entenda de produção, que saiba utilizar uma mesa de áudio e um microfone. Acredito que as mudanças vieram para ficar e quanto maior for o foco em todos os cenários, melhor será para o profissional da área de rádio”, prevê.

Na próxima quinta-feira (7) encerra o prazo para se inscrever nas oficinas gratuitas do Projeto Conectados, da Fundação Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga, na zona sudeste de São Paulo. “Iniciamos as oficinas em 2011 com uma única turma em uma sala pequena. Hoje atendemos cerca de 74 alunos. Nosso objetivo é qualificar e preparar o profissional para o mercado de trabalho na comunicação”, diz o coordenador do projeto Rafael Schmidt.

São oferecidas 30 vagas para o curso de rádio e outras 30 para o curso de locução esportiva, uma oportunidade para quem deseja se aproximar do universo da radiofônico.  Segundo o professor de locução e texto do projeto, Raony Pacheco, estudantes de comunicação e apaixonados por rádio, mas que nunca tiveram condições de pagar um curso na área, estão entre os que se interessam pela oficina gratuita. “Nós temos alunos com mais de 50 anos de idade que sempre sonharam em aprender locução e, claro, apresentar um programa. Já temos ex-alunos no mercado de trabalho. Alguns em emissoras rádio e outros que foram para a área de locução em eventos corporativos”, conta.

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A novidade deste ano é que o Projeto Conectados também oferecerá oficina gratuita de fotografia. São 14 vagas.

O curso de rádio terá aulas a partir do dia 19, as terças e sextas-feiras, em dois períodos, das 9h15h às 11h45 e das 14h às 16h30. Já o curso de locução esportiva começa no dia 21 com aulas às quintas-feiras, das 9h30 às 11h45, e aos sábados, das 9h às 12h. A oficina de fotografia terá aulas às quartas-feiras, das 9h às 12h, a partir do dia 20.

Para fazer a inscrição é necessário levar foto 3×4, cópia do RG do responsável (se for menor de 18 anos), cópia do RG do participante e cópia do comprovante de residência. Os cursos têm duração de um ano, com entrega de certificado após cumprimento das atividades.

 

Serviço

Projeto Conetados

Inscrições até dia 7 de fevereiro, das 9h às 17h30

Na Rua Clóvis Bueno de Azevedo, 159, Ipiranga, São Paulo (próxima da estação de metrô Alto do Ipiranga)

 

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