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A loja de brinquedos Toys 'R' Us liquidará suas 735 unidades nos Estados Unidos, anunciando o fim de um pilar dessa indústria, mergulhada em problemas financeiros - de acordo com um comunicado divulgado nesta quinta-feira (15). O grupo, que ficou conhecido nos anos 1980 e 1990 com suas enormes lojas de brinquedos, não conseguiu pagar sua dívida nem encontrar um comprador.

A Toys'R'Us se declarou em quebra em setembro de 2017, recorrendo ao capítulo 11 da legislação americana sobre falências, o que permitiu continuar funcionando normalmente enquanto negociava com seus credores. O grupo prevê uma "reorganização" e "um processo de venda" para suas atividades no Canadá, na Ásia, na Alemanha, na Áustria e na Suíça.

A Toys 'R' Us disse que seguem em aberto as opções para suas outras atividades no exterior, entre elas as lojas na Espanha, em Portugal, na França, na Polônia e na Austrália. A Toys 'R' Us tem sua base em Wayne, no estado de Nova Jersey (leste), e seu quadro de funcionários nos Estados Unidos representa mais da metade das 65.000 pessoas que emprega no total. A empresa disse que vai detalhar em breve o projeto de liquidação de suas lojas americanas e o fim de suas atividades.

"O grupo e seus conselheiros vão se esforçar para minimizar o impacto da liquidação nos mercados canadenses e no exterior", afirmou o presidente da Toys'R'Us, David Brandon, citado no comunicado.

"Estou muito decepcionado com o resultado, mas não temos mais apoio financeiro para continuar com as operações da companhia nos Estados Unidos", declarou Brandon.

"É um dia profundamente triste para nós e para milhões de crianças e famílias que atendemos nos últimos 70 anos", acrescentou.

No entanto, o grupo tentará salvar suas atividades no Canadá e algumas lojas nos Estados Unidos e está negociando "uma transação que poderia combinar até 200 lojas nos Estados Unidos com suas operações mais rentáveis no Canadá".

Já os responsáveis da Toys 'R' Us na Grã-Bretanha anunciaram que, em razão da ausência de comprador para assumir o grupo, serão obrigados a fechar cerca de 100 lojas no país, onde trabalham 3.000 pessoas, nas próximas semanas.

O surgimento de gigantes das vendas na internet, como Amazon, teve um forte impacto nos tradicionais líderes do setor de brinquedos, como Toys 'R' Us.

"A indústria mundial de brinquedos perdeu a batalha para manter a atenção das crianças, obcecada com telefones e tablets", escreveu o New York Times.

O que começou com uma loja de mobília infantil fundada em 1948 por Charles Lazarus, tornou-se uma cadeia de lojas de brinquedos, reconhecível por seu mascote, uma girafa.

A partir da década de 1980, o grupo começou a se diversificar com a criação das marcas de roupas Kids 'R' Us e Babies 'R' Us (1996) e depois abriu lojas no exterior, a primeira delas no Canadá.

Em 1998, com um atraso em relação a seus concorrentes, abriu um site para vendas pela internet e, em 2000, aliou-se à Amazon.

Em 2004, a cadeia lançou um plano de reestruturação para modernização e em 2005 foi comprada por um consórcio formado por Bain Capital, KKR e Vornado Realty Trust.

Em 2016, a Toys 'R' Us representou 13,6% do mercado de brinquedos dos Estados Unidos, contra 29,4% para o Walmart, 16,3% para a Amazon e 13,9% para a GameStop, de acordo com o instituto de pesquisa de mercado IBISWorld.

A maior rede de lojas de brinquedos do Brasil, a Ri Happy, teve 85% de seu capital comprado pelo fundo de private equity americano Carlyle. O negócio, que estaria avaliado em cerca de R$ 500 milhões, foi fechado nesta quinta-feira (1°) e formalizado nesta sexta.

O empresário Ricardo Sayon, fundador da loja que atualmente conta com 110 unidades em todo o Brasil, estaria procurando potenciais compradores para a rede desde janeiro deste ano, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.

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O plano de expansão da rede de lojas deverá ter uma duração de três anos e o principal objetivo é de ampliar a franquia com mais de 20 novas lojas ainda este ano. O grupo Carlyle tem ainda participações na operadora de turismo CVC, na rede de saúde Qualicorp e na Scalina, detentora das marcas de lingerie TriFil e Scala.

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