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Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro não é mais presidente do Santos. Na noite desta quinta-feira (15), o dirigente surpreendeu e anunciou a decisão de deixar o cargo, que fica agora fica efetivamente nas mãos de Odílio Rodrigues. Ele vinha exercendo a função interinamente desde agosto do ano passado, quando o próprio Luis Álvaro se afastou por questões médicas.

Foram justamente estes problemas de saúde que o agora ex-presidente usou para justificar a renúncia. De acordo com nota divulgada no site oficial do Santos, "sua licença médica precisou ser prorrogada por tempo incerto e indeterminado". Um boletim médico assinado pelo doutor Henrique Grunspin, do Hospital Albert Einstein, explica que Luis Álvaro tem "diagnóstico de insuficiência cardíaca congestiva, impossibilitando de exercer as funções de presidente até segunda ordem".

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Com histórico de problemas cardíacos, Luis Álvaro foi internado diversas vezes nos últimos anos e, consequentemente, precisou pedir licença do cargo de presidente também em algumas oportunidades. Em agosto do ano passado, o pedido de licença foi de um ano, mas, antes que o período chegasse ao fim, veio a renúncia.

Apesar do histórico comprovado do dirigente, a oposição santista vê na renúncia desta quinta uma manobra da situação. Com a saída de Luis Álvaro e a entrada de Odílio Rodrigues, o novo presidente teria o direito de concorrer à reeleição em dezembro, segundo o estatuto do clube. Caso contrário, Odílio estaria impossibilitado de ser candidato, já que fora eleito duas vezes como vice-presidente, número máximo previsto pelo estatuto.

Odílio sequer foi confirmado como candidato da situação. "Por enquanto a situação não está falando sobre nomes. Estamos montando apenas uma plataforma", ele chegou a dizer. No entanto, o dirigente seria o nome forte escolhido pela chapa que hoje comanda o clube para bater de frente com Marcelo Teixeira, especulado como candidato da oposição. Teixeira foi presidente do Santos em duas oportunidades: a primeira, de 1991 a 1993 e a segunda, de 2001 a 2009.

O presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro não resistiu. Pressionado depois de ver 97 conselheiros protocolarem o pedido de convocação do Conselho Deliberativo para votar o seu impeachment, ele pediu no início da noite desta quinta-feira licença de um ano do cargo - o mandato termina em dezembro de 2014.

No pedido entregue ao Conselho, Luis Alvaro alegou problemas de saúde. "Este prazo deve ser suficiente para a continuidade de meu tratamento de saúde, que prevê várias sessões de fisioterapia no Hospital Albert Einstein e uma série de limitações que impedem minha atuação 100% dedicada ao clube", disse em parte de uma carta divulgada no site do clube.

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O vice Odílio Rodrigues assumirá o cargo, mas também é alvo de protestos da torcida e da oposição pela forma como conduziu a venda de Neymar para o Barcelona. Odílio é criticado também por não ter reforçado a equipe, que patina no Campeonato Brasileiro.

Mesmo se não conseguisse o impeachment, a oposição prometia brecar todas as votações no Conselho e, assim, impedir que a administração de Luis Alvaro tomasse qualquer decisão.

No início do ano, Luis Alvaro sofreu um enfarte e graves complicações pulmonares. O quadro clínico do dirigente é delicado desde 2003, quando sofreu quatro paradas cardíacas. Durante o seu mandato, por várias vezes ele pediu licença médica.

"É fato que o Santos precisa de um presidente que esteja presente em seu dia a dia, liderando a reformulação em curso após um período de três anos com seis títulos conquistados, o controle das finanças e a redemocratização de nosso estatuto", escreveu Luis Alvaro.

Segundo o dirigente, o pedido de afastamento por um ano foi feito em nome de suas filhas. "Nos últimos dias, aflitas com meu estado de saúde, minhas seis filhas fizeram um apelo comovente para que eu me dedicasse de maneira mais séria a meu tratamento, sob risco de acontecer o pior a qualquer momento".

Na busca por reforços para 2013, o presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, admitiu que errou na montagem do elenco para a temporada de 2012. Segundo ele, faltou 'fôlego' na hora de escolher o plantel, que no segundo semestre fez campanha irregular no Brasileirão.

O dirigente comparou o desempenho do time com as provas de atletismo. "O Brasileirão é uma prova longa, uma maratona, mas a Santos talvez seja melhor em uma corrida de 100m do que em maratona. Mas vamos mudar nossas características", afirmou na segunda-feira, na chegada à entrega do prêmio dos melhores do Brasileirão. Neste ano o time foi campeão paulista pela terceira vez consecutiva e foi semifinalista da Copa Libertadores - torneios que têm um formato mais curto que o dos pontos corridos do Brasileirão.

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Oliveira disse que compreende as cobranças do técnico Muricy Ramalho por reforços, mas comentou que o clube precisa tomar cuidado com suas finanças antes de contratar. Ele dá como quase certa a contratação do volante Renê Junior, da Ponte Preta, além de ter revelado que pretende trazer o meia Montillo e o atacante Robinho.

O presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, desmentiu nesta terça-feira a notícia de que teria afirmado que a lesão de Paulo Henrique Ganso, negociado com o São Paulo na semana passada, seja "incurável".

"Gostaria de esclarecer de forma veemente que, em nenhum momento, afirmei que a contusão do atleta Paulo Henrique Ganso é incurável, como repercutiram alguns veículos de imprensa", registrou dirigente santista, em nota oficial. "Faço questão de repelir qualquer declaração neste sentido, pois, inclusive, ela deporia contra os fatos".

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De acordo com Luis Álvaro, o Santos não teria feito proposta para renovar o contrato de Ganso, como aconteceu antes da negociação com o São Paulo, se o jogador estivesse gravemente lesionado.

"Se não acreditasse na recuperação plena do atleta, em nenhum momento o Santos teria tentado renovar seu contrato por mais de três vezes. Além disso, nosso Departamento Médico, considerado um dos melhores do Brasil, teria nos informado sobre a gravidade da lesão", reforçou o presidente.

As supostas declarações de Luis Álvaro sobre a lesão de Ganso foram publicadas no jornal O Estado de S.Paulo na edição desta terça-feira. "Vão ter de acompanhar com muito cuidado o jogador. Na minha opinião, o que ele tem é incurável", teria afirmado o dirigente, em um "recado" ao rival São Paulo. O presidente não deu detalhes sobre a suposta lesão.

Na mesma notícia, Luis Álvaro criticou a opção de Ganso pelo São Paulo porque ganharia um salário inferior (R$ 350 mil mensais) em comparação à última proposta do Santos (R$ 420 mil). "Ele ganharia mais no Santos. Mas a verdade é que ele não queria mais jogar no nosso clube".

Ao final da nota oficial publicada nesta terça, o presidente santista disse que a negociação de Ganso já é "página virada na história" do clube. "Desejamos toda a sorte ao atleta em sua carreira, agradecendo pelos serviços prestados enquanto atuou pelo Santos. Consideramos sua passagem pelo clube vitoriosa e sua negociação uma página virada em nossa história", afirmou.

O presidente do Santos, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, resolveu adotar o bom humor para ironizar a informação dada pelo jornal catalão "Sport" de que Neymar estaria acertado com o Barcelona para se apresentar em 2014. O dirigente disse que tudo isso é obra de ficção.

"Os catalães são muito criativos. Não é para menos. De lá vieram grandes artistas, como Gaudí, Miró e Salvador Dalí. O problema é que entre a imaginação e a realidade há um oceano", afirmou o dirigente, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Segundo o jornal, Neymar receberia 7 milhões de euros (R$ 16 milhões) por ano, salário equivalente ao de nomes como Xavi e David Villa. O Barcelona já teria pago um adiantamento ao Santos para garantir a contratação do jogador, que receberia um bônus de 1 milhão (R$ 2,4 milhões), caso fosse eleito o melhor do mundo pela Fifa.

Pelo acordo, haveria um pacto de sigilo para que nenhum dos envolvidos confirmassem o acerto. Luis Álvaro ironiza: "O assunto é tão sigiloso que eu desconheço. Só se alguém falsificou a minha assinatura".

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