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O responsável pela declaração mais polêmica da campanha, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, era um dos mais animados ao chegar nesta noite de domingo (26) no hotel onde a presidente Dilma Rousseff dará entrevista ainda hoje. Holland disse que o Brasil pode esperar mais quatro anos de crescimento e grande prosperidade.

No auge da campanha, ele sugeriu que os brasileiros substituíssem a carne pelo ovo e o frango. A declaração foi usada várias vezes pelo candidato da oposição Aécio Neves (PSDB), durante a propaganda eleitoral e também nos debates. Dilma chegou a criticar a declaração de Holland, chamando-a de "infeliz". O secretário chegou abraçando amigos, animado, e confiante numa bem-sucedida política econômica do próximo governo.

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O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, minimizou nesta quarta-feira 8, o impacto da alta recente do dólar sobre a inflação. Segundo ele, os últimos exercícios mostram baixa transferência do câmbio para a inflação doméstica. "Como o câmbio é flutuante, é difícil avaliar. Essa transmissão do câmbio para a inflação é baixa em relação ao passado", afirmou.

O secretário evitou, no entanto, responder pergunta sobre se o IPCA mais alto retira espaço para reajuste dos combustíveis.

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Represamento de preços

Holland comentou também o resultado do IPCA de setembro. Segundo ele, não se sustenta a hipótese de represamento de preços e parte das explicações para a alta de preços de itens monitorados é o reajuste de preços de energia residencial, que subiu 1,37% no mês. "Nós também observamos reajustes em passagem aérea, por dois meses consecutivos teve reajuste acima de 10%. Contudo, no ano de 2014, acumulam redução de preços de 24%", disse.

O secretário afirmou ainda que carnes, dentro do item de alimentação e bebidas, tiveram aumento de 3,17% no mês, contribuindo para aumento do grupo alimentação e bebidas de "forma relevante". "Estamos no período de entressafra, coincidindo com período de seca. Isso acaba elevando o custo unitário", disse. "Ao mesmo tempo tem aumentos de demanda externa", afirmou. Segundo o secretário, o brasileiro tem uma série de outros produtos substitutos para carne, como frangos, ovos e outras aves, que vêm apresentando comportamento benigno este ano.

O secretário ainda destacou alguns produtos, como a farinha de mandioca, que apresenta queda de 26,54% no ano. Segundo ele, os preços no atacado, que estavam em deflação, apresentaram recuo. "Esses preços no atacado também devem ajudar no controle da inflação ao consumidor nos próximos meses, outubro, novembro e dezembro", afirmou. A avaliação dele é de que os últimos três meses tenha um comportamento melhor que o último trimestre do ano passado, "de sorte que a inflação convirja para as metas".

Desafio

Confrontado com o fato de a inflação ter ficado nos últimos quatro anos mais perto de 6,5%, Holland avaliou que o importante é que o IPCA tem permanecido dentro da meta. Ele não quis avaliar, no entanto, se há uma resiliência maior da inflação. "Não sei se tem resiliência maior ou menor. O fundamental é que tem estado dentro das metas anunciadas. Estamos num regime de metas e temos que responder às metas. Estamos entregando há 11 anos", afirmou.

Questionado sobre se o IPCA alto iria assustar o eleitor nas eleições, o secretário respondeu que a análise técnica é de que a inflação está sobre controle, estável e pouco variável. "Estamos conseguindo isso há 11 anos", insistiu, destacando que é grande desafio buscar inflação menor. "E isso é obtido por uma série de boas políticas", afirmou.

Na avaliação do secretário, boas políticas têm sido implementadas e intensificadas e ajudarão a reduzir a inflação. Ele citou o programa de investimentos, a desoneração da folha de pagamentos e os programas de qualificação dos trabalhadores.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, destacou por mais de uma vez, em entrevista para comentar o IPCA de agosto, que todos os analistas projetam que a inflação de 2014 deve convergir para muito próximo de 6%, o que mostra mudança relevante de previsão em relação ao início do ano. "Não só a nossa avaliação, mas é a avaliação que temos de economistas em geral, que, na média de setembro a dezembro deste ano, teremos um comportamento melhor da inflação do que o observado no mesmo período do ano passado. O próprio mercado já projeta isso", afirmou. Segundo ele, em algum mês pode ficar parecido, mas a média do período será menor que os mesmos meses do ano passado. "O IPA-DI agrícola reforça, com deflação relevante de produtos importantes", disse.

O secretário fez questão de ressaltar que não existe estouro da meta de inflação mês a mês, no acumulado em 12 meses. "O regime de meta de inflação aqui e em todos os países que adotam se referem ao ano calendário. A inflação pode ultrapassar metas anunciadas ao longo do ano. Isso acontece em muitos casos e o importante é que feche o ano dentro das bandas ou da meta central", justificou.

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Para ele, os últimos meses deste ano serão melhores que em 2013 porque a seca para o setor agrícola está menor. "Está menos esparramada neste ano do que no ano passado", disse. Holland afirmou que, em 2013, a situação de seca envolveu aproximadamente 1.200 municípios e muitos produtores agrícolas. Esse ano, esta seca está mais concentrada em municípios que são menos intensivos em produção agrícola", afirmou. "Ela está bem menor que 1.200 municípios. Alguma coisa próxima a 700 municípios", continuou.

Segundo Holland, a previsão de inflação mais comportada até o final do ano também se justifica pela acomodação de vários preços agrícolas nesse período. "Feijão este ano está com preço bem abaixo do ano passado", disse. O secretário disse que qualquer recuperação que venha a ter nos preços até o fim do ano será pequena perto do que teve no ano passado. "Essa seca que acontece nesse período da pastagem, por mais que afete a produção de carnes e seus substitutos, é menor que no ano passado porque a produtividade agropecuária neste ano está melhor que no ano passado", avaliou.

Para ele, também já houve um ciclo de alta dos produtos monitorados que afetaram a inflação nesse período. "Eu poderia dizer que o conjunto mais relevante desses produtos monitorados já contribuíram para a inflação deste ano. E o efeito deles até dezembro é muito menor. Não diria residual, mas bem menor do que foi até então e no ano passado", afirmou.

O secretário defende que a inflação está muito mais benigna neste ano que nos anos anteriores, a despeito de o País estar vivendo quatro anos de seca. "Não é um período trivial para atividade agrícola", afirmou.

Ele disse que a inflação no Brasil está sob controle há 10 anos consecutivos e que, no cenário básico do governo e do mercado, ela permanecerá dentro das metas anunciadas. "Eu destaco sempre a inflação de alimentação e bebidas, que é a mais importante para as famílias e para os trabalhadores de todo o País. Ela ajuda no orçamento familiar, principalmente a população de renda menor", disse.

O secretário disse que o comportamento tanto dos preços livres quanto de alimentos se deve à "exitosa" política econômica e às políticas públicas. "No caso de alimentos, são os planos safras que temos anunciado ano após ano que incentivam a inovação no campo e o aumento da produtividade, como também redistribuem melhor a produção de vários produtos vulneráveis às condições climáticas no Brasil", disse. "No caso dos demais produtos livres, é resultado de uma política econômica voltada para combater a inflação no Brasil".

Reajuste de energia

Holland não espera para o restante do ano grandes reajustes nos preços da energia elétrica. Segundo ele, a maior parte ocorreu entre janeiro e agosto, período que acumula alta de 11,66% de reajuste. "Teve essa alta e o que nós temos no calendário daqui para frente é um reajuste bem menor e com impacto bem menor no IPCA do que teve nesse ciclo até agora", disse.

Ele também falou sobre os preços de passagens aéreas. "Pela fórmula de cálculo, podemos esperar nova alta em setembro, mas não será nada parecido com o período anterior à Copa e que depois se dissipou", explicou.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcio Holland, evitou comentar a medida publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU) que altera a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos externos tomados por empresas e bancos com prazo superior a 180 meses. "O ministro (Guido Mantega) falará a respeito da medida", disse Holland, após participação no Fórum Brasil de Infraestrutura.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcio Holland, disse nesta quarta-feira, 4, que os investimentos em infraestrutura de estradas, ferrovias, portos e aeroportos, entre outros, chegaram a R$ 153 bilhões até o fim de 2013 e devem alcançar R$ 265 bilhões até o fim deste ano. "Temos desonerado os investimentos no Brasil, o que fez com que o preço para se investir tenha caído sistematicamente no País nos últimos anos", afirmou, durante apresentação no Fórum Brasil de Infraestrutura.

Holland voltou a destacar que as economias mais avançadas caminham em um processo de recuperação gradual, o que melhora o ambiente global e potencializa as oportunidades para se investir no País. "Nossos gargalos são oportunidades rentáveis, e o mundo deve ter menos clusters de volatilidade à frente", avaliou. "Pode haver descompasso entre pleitos da sociedade e investimentos, mas eles estão em processo. Investimentos em infraestrutura tomam tempo, mas estão acontecendo", completou.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) está olhando "para trás" em suas análises sobre o Brasil, o que faz com que a instituição subestime a capacidade de crescimento do país neste ano, afirmou nesta terça-feira, 08, em Washington o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland.Em sua opinião, as projeções pessimistas do Fundo não refletem a melhoria dos indicadores e fundamentos brasileiros registrada em fevereiro e março, depois de um início de ano turbulento.

"É difícil um órgão ter a capacidade de observação de todos os países do mundo com a propriedade que temos domesticamente. Provavelmente, o FMI nem sequer abriu os dados de janeiro a março de 2014", disse Holland, para quem as projeções foram baseadas em resultados do último trimestre de 2013.

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O Brasil sofreu o segundo maior corte nas projeções de crescimento apresentadas pelo FMI no documento Perspectiva Econômica Mundial, ficando atrás apenas da Rússia. A organização internacional espera que o PIB brasileiro tenha expansão de 1,8% em 2014. Em janeiro, a expectativa era de 2,3%. A equipe do Ministério da Fazenda projeta 2,5%.

Holland citou uma série de dados para justificar a estimativa mais otimista, entre os quais a queda da inadimplência e do desemprego e o aumento da massa salarial e da confiança das famílias. Ao lado da redução da inflação de alimentos e bebidas, esses indicadores devem gerar aumento do consumo e, por tabela, do investimento, sustentou.

Além da projeção baixa de crescimento, o FMI criticou a deterioração da situação fiscal do Brasil, os gargalos de infraestrutura e a inflação persistentemente alta, que continuará a exigir aumento da taxa de juros. Em tese, o aperto monetário tem impacto negativo sobre o investimento, o que provoca a redução do ritmo de crescimento.

O secretário disse que o rebaixamento da classificação de risco do Brasil pela agência Standard & Poor's não impediu a melhoria da percepção do País pelos investidores, que olham para a rentabilidade e o tamanho do mercado doméstico. Holland lembrou que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) no acumulado de 12 meses chegou em fevereiro a US$ 65,8 bilhão, comparados a US$ 64,05 bilhões registrados em dezembro.

Segundo ele, a primeira quinzena de janeiro foi marcada por uma série de incertezas, geradas pelo início do processo de retirada de estímulos monetários nos Estados Unidos, sinais de desaceleração na China e o dilema europeu entre crescimento e consolidação fiscal.

O cenário hoje está mais claro, observou. O Federal Reserve deve começar a elevar os juros em 2015, mas a taxa deve encerrar o ano em um patamar ainda baixo, de 1%. E, na Europa, a percepção é de que é necessário manter os estímulos ao crescimento. "Grande parte das fontes de incerteza foi minimizada." Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

O crescimento do investimento e o reequilíbrio dos motores que movem a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil não é um fenômeno recente como argumenta o Fundo Monetário Internacional (FMI) em relatório anual sobre a economia brasileira divulgado nesta quarta-feira, 23, de acordo com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland.

O Brasil tem dado atenção ao investimento desde 2006 e 2007, quando o governo passou a priorizar o setor de infraestrutura, diz Holland. "O que acontece agora é a ampliação desses investimentos, com o programa de concessões. Não é uma preocupação recente. Já estamos conduzindo essa agenda há um pouco mais de tempo", disse a jornalistas na sede da entidade na capital norte-americana.

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Para Holland, no relatório, o FMI procura enfatizar que mais recentemente o Brasil vem buscando balancear os segmentos que puxam a economia, antes dominada pelo crescimento do consumo. O secretário disse que, nos últimos dez anos, o investimento aumentou a uma taxa anual de 5,7% e a economia cresceu a uma média de 3,6%, enquanto o consumo teve expansão de 4,3% ao ano. "Nos últimos dez anos, o investimento já estava crescendo acima da taxa média de expansão da economia brasileira. Portanto esse rebalanceamento de um modelo baseado em consumo para outro baseado em investimento já estava acontecendo há algum tempo."

Holland frisou ainda que, por conta de programas do governo para redução dos custos financeiros e tributário associados os investimentos, tem havido uma queda do preço do investimento em relação a média de preços da economia. Ou seja, os bens de capital ficaram mais baratos. Com isso, para aumentar a participação do investimento no Produto Interno Bruto (PIB), o aporte precisa crescer ainda mais.

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