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Uma publicação de um internauta chamado Diego Leiras e compartilhado pela pré-candidata a presidente do Brasil Manuela D’ Ávila (PCdoB), nesta sexta-feira (16), está polemizando nas redes sociais. O cidadão, sem tocar no nome da vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL), fez uma comparação indireta entre a morte de Jesus e da parlamentar carioca indagando porque tanta comoção se ambos “defendiam bandidos”. 

O internauta chegou a ressaltar que não entendia o motivo para tantas passeatas e ainda foi direto: “Fica defendendo os direitos humanos, dá nisso”, em referência à atuação da vereadora, que iniciou sua militância em direitos humanos após perder uma amiga vítima de bala perdida em um tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré. 

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D’ Ávila, apesar de compartilhar a polêmica postagem em seu facebook, nada comentou apenas utilizou o recurso “se sentindo pensativa”. Os internautas repercutem a comparação e as opiniões são as mais diversas. “Não importa quem ela era, se negra ou branca, é um homicídio. Agora, comparar a morte de uma vereadora com a morte de Jesus não acho correto”, disse uma seguidora. 

 

O serviço Disque Denúncia do Rio de Janeiro recebeu ao longo desta quinta-feira (15) dez ligações com informações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O conteúdo das ligações não foi divulgado, já que o serviço garante o anonimato e transmite as informações exclusivamente à polícia.

O Disque Denúncia divulgou nesta quinta um cartaz em que pede informações que ajudem a descobrir quem matou Marielle e Anderson. Não há recompensa pelas eventuais informações.

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O cartaz traz a foto das duas vítimas. Quem tiver qualquer informação pode usar os seguintes canais: Whatsapp ou Telegram, pelo 21-98849-6099; Central de Atendimento do Disque Denúncia, pelo 21-2253-1177; Facebook (www.facebook.com/procurados.org); e o aplicativo Disque Denúncia RJ.

Durante protestos sobre temas diversos sociais, uma onda de “todos juntos” por um ideal toma conta de quem vai às ruas. Não foi diferente o que aconteceu, no final da tarde desta quinta-feira (15), no centro do Recife, durante o ato marcado em manifestação ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), que aconteceu na noite dessa quarta (14), no Rio de Janeiro. O protesto, que teve concentração na Câmara Municipal de Vereadores, saiu em caminhada até o Palácio do Campo das Princesas. Em um só tom, os que participaram do ato, em sua maioria jovem, clamavam por justiça e repetiam com insistência a frase “não vão nos calar”. 

No entanto, os militantes, manifestantes e até colegas de Marielle tiveram que durante a caminhada se deparar com o outro lado da história: a apatia. Se, de um lado, o momento era de dor e comoção onde muitos se abraçavam, do outro, não raro, foi visto pessoas que passavam reclamando a começar pelos motoristas que, impedidos de passar, de forma agressiva ressaltavam que travar o trânsito é algo “injusto”. 

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Mais a frente, enquanto caminhavam, muitos dos que passavam a pé também pareciam incomodados. Na hora em que os líderes pediram um minuto de silêncio, um cidadão que provavelmente voltava do trabalho gritou sem pensar: “Isso tudo aqui não resolve nada”. O outro chegou a dizer: "Palhaçada". Os manifestantes calados continuaram como que já conformados com esse tipo de tratamento. 

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No exato momento, uma das que discursaram na hora do silêncio, disse que existe luta enquanto há homens que “planejam” a morte dos que incomodam. “Todos querem o nosso silêncio, o silêncio da nossa liberdade, o silêncio do nosso corpo, mas não nascemos para a dor, não nascemos para o silêncio. O silêncio já não é mais um caminho. Não venha nessa de chamar uma mulher de vagabunda e engole esse assobio”, desabafou uma mulher que se definiu como uma “Marielle Presente”, em referência que todas representam a vereadora. 

No final do ato, que terminou em frente do Palácio do Campo das Princesas, foi mostrado uma outra face: o tumulto gerado pela “ausência” do Estado. Uma fileira de policiais e uma grade separou os manifestantes do palácio, o que gerou revolta por parte de alguns. “Cadê o governador que não vem falar com o povo”, indagou um dos presentes, apesar do horário avançado. “Para que esta grade?”, perguntou outro. Uma confusão iniciou quando alguns tentaram avançar derrubando as grades, mas a reação foi imediata: spray de pimenta contra o grupo. 

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Milhares de pessoas participaram da vigília em frente à Câmara Municipal do Rio, nesta quinta-feira (15), para protestar contra assassinato da vereadora Marielle Franco, 38 anos, e de seu motorista, Anderson Pedro Gomes.

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A movimentação em frente ao Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, começou pela manhã, com a presença de dezenas de militantes, amigos e representantes de movimentos sociais.

Além de homenagear a atuação da vereadora executada quando voltava de um evento na Lapa, na noite de quarta (14), o ato engrossou o coro contra a intervenção militar instaurada há um mês no Rio de Janeiro. 

Para a militância, o crime foi político, já que Marielle havia denunciado casos de abuso da força por policiais do 41BPM, principalmente na favela de Acari, na Zona Norte do Rio.

“Isso foi um recado. Não foi um assalto, não levaram nada. Eles nem fizeram questão de disfarçar”, enfatizou a pedagoga Maria Priscila, que trabalhou na campanha de Marielle em 2016.

A deputada do PC do B, Jandira Feghali, esteve na manifestação e confirmou que uma comissão parlamentar externa solicitou uma reunião com o general interventor, Braga Netto, pra acompanhar as investigações.

 “Essa própria intervenção vai ter a obrigação de investigar, porque se eles estão no comando da Polícia Militar e no comando da Polícia Civil eles têm a obrigação de investigar”, ressaltou.

 “Hoje é o dia mais triste da história do partido”

Depois que os caixões deixaram o salão da Câmara onde foram velados em cerimônia reservada à família e amigos, o público seguiu em caminha pela Avenida Rio Branco em direção à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Ao longo do trajeto foram entoados gritos de justiça, pelo fim da Polícia Militar e pedindo a saída de Michael Temer, do governador Luiz Pezão e do prefeito Marcelo Crivella. A caminhada contou com representantes de diversas entidades sindicais, artistas, estudantes e movimentos sociais. As universidades federais, UFF e UFRJ, PUC e a estadual Uerj decretaram luto oficial de três dias.

Na frente da Alerj, políticos de esquerda dividiram o microfone com militantes e reivindicaram justiça para a morte de Marielle. “Eles perderam completamente a vergonha de atacar uma mulher parlamentar”, afirmou o deputado federal pelo PSOL, Glauber Braga. 

O presidente nacional do partido, Juliano Medeiros, confirmou ter recebido uma ligação de Temer e teria pedido ao presidente que acabasse com a intervenção no Rio. “Hoje é o dia mais triste da história do partido”, lamentou.

Ao lado do cantor Chico Buarque, o deputado estadual, Marcelo Freixo, com quem Marielle Franco trabalhou por 10 anos na Comissão de Direitos Humanos da Alerj, foi o último a discursar. “Nem que seja a última coisa que eu faça na vida, mas vou descobrir quem fez essa covardia”, assegurou.

Nascida e criada no Complexo de Favelas da Maré, Marielle Franco era socióloga formada pela PUC Rio, com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Ela cumpria o primeiro mandato de vereadora e foi eleita com mais de 46 mil votos, sendo a quinta mais votada do pleito de 2016.

Uma das poucas representantes políticas no ato desta quinta-feira (15), no Recife, em protesto à morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), foi a deputada federal Luciana Santos (PCdoB).  A comunista disse que o Brasil se tornou "o país do ódio e da intolerância" após o que chamou de "golpe" em referência ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff. 

A deputada falou que a vereadora foi uma das pessoas que resistiram ao golpe. "Após o golpe o Brasil [se tornou] o país do ódio, da intolerância, rasgaram a democracia e é por isso que em momentos como este que temos que nos agigantar. Marielle é parte da nossa luta", disse a parlamentar. 

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Luciana falou que assassinaram Marielle porque ela "incomodava". "De fato, foi um crime político porque foi praticado contra uma representante do povo legítima e negra, que incomodava muita gente. Foi um crime político pela força do estado militar do Rio de Janeiro", lamentou. 

Ela ainda pediu que uma comissão externa apurasse o que chamou de "execução" de Marielle. "Que essa luta prossiga. Aqui nas ruas de Pernambuco continuaremos firme na luta e fora Temer", concluiu.

O destino final dos militantes, protestantes e todos os que se comoveram com a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), no Recife, nesta quinta (15), foi o Palácio do Campo das Princesas. "Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar", gritam os manifestantes em frente ao palácio.  

Uma fileira de polícias e uma grade separa os manifestantes do palácio. "Cadê o governador que não vem falar com o povo", diz uma das manifestantes. "Vamos abrir isso aí", pediu outro.  "Para que essa grande", ainda indagou mais um. Em um momento do ato, os manifestantes tentaram ultrapassar a grade e foram impedidos pela polícia, que lançou spray de pimenta contra o grupo. Na confusão, os manifestantes caíram uns por cima dos outros, mas ninguém ficou ferido. 

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A vereadora do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Marielle Franco, foi assassinada dentro de um carro, na noite dessa quarta-feira (14), no bairro do Estácio, no centro do Rio de Janeiro.

"Ela é (sic) preta, é favelada, a Marielle representa a mulherada", com esse refrão um grupo de militantes e pessoas revoltadas com o assassinato da vereadora Marielle Franco, que aconteceu na noite dessa quarta-feira (15), no Rio de Janeiro, caminham pelas ruas do Recife, na noite desta quinta (15), nas proximidades da Câmara de Vereadores, para reforçarem que a "luta" continua.

O destaque no protesto é uma grande faixa em preto pedindo "Fora Temer". Muitos outros que participaram do ato carregam cartazes como Não Vamos nos Calar" e "Marielle Santos" em referência a que a morte da vereadora representa a todas as vítimas de violência ou que podem vir a ser.  

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Militantes e representantes de movimentos se revezam no carro de som para falar sobre a indignação. Um dos dirigentes ressaltou que o Estado é "culpado" pela violência. "É preciso fazer uma grande rebelião para acabar com o capitalismo. A gente vai mudar isso tomando o poder e com uma revolução negra. Todos na rua lutando por uma vida digna", pediu. 

"Hoje e sempre Marielle vai estar sempre juntos. Seguiremos para que esse Brasil do Genocidio termine", ressaltou outro. 

Durante a manifestação, é possível ver muitas pessoas comovidas, se abraçando, em lamentação pelo assassinato. O crime aconteceu na Rua Joaquim Palhares, quando a parlamentar voltava do evento Roda de Conversa Mulheres Negras Movendo Estruturas, realizado na Lapa.  O motorista que a levava também foi morto.

A morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson tem gerado grande comoção e repercussão nesta quinta-feira (15). O pré-candidato a presidente do Brasil, Guilherme Boulos (PSOL), também falou sobre o assunto afirmando que não há dúvidas de que foi uma execução e ressaltou que o momento é de muita dor “para quem luta”. 

“Dor ainda maior para quem conheceu Marielle. Imagino a de quem convivia diariamente com ela. Uma guerreira que deixará saudades. E deixará também inspiração. Não há dúvidas de que foi uma execução, um crime político”, declarou o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST).

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Boulos falou que Marielle fazia da denúncia a execuções, como a da qual foi vítima, “o centro da sua valorosa militância”. “Os tiros que mataram Marielle e Anderson não podem ser esquecidos. Não podemos nos acovardar, não irão nos intimidar. Devemos nos encher de coragem para levar adiante a luta dela, a nossa luta”. 

Ele exigiu por justiça. “Não descansaremos enquanto não tivermos a resposta de quem matou Marielle. Isso não a trás de volta, mas mantém acesa a chama da sua luta. Marielle, guerreira, honraremos sua caminhada”, prometeu. 

A vereadora foi morta, na noite dessa quarta-feira (14), quando voltava de um evento sobre mulheres negras, na Lapa, no Rio de Janeiro. O motorista que a levava também foi morto. O crime ocorre poucos dias após Marielle denunciar, junto com o coletivo Papo Reto, a ação truculenta de policiais na Favela do Acari, Zona Norte do Rio, onde dois jovens foram mortos. 

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