Todos os bebês que nascerem em uma das três maternidades do Recife (Professor Barros Lima, Arnaldo Marques e Bandeira Filho) a partir desta sexta-feira (11) serão submetidos ao teste da orelhinha. O anúncio feito esta manhã pelo assessor executivo da Secretaria de Saúde do Recife, Tiago Feitosa, na maternidade Bandeira Filho, no bairro de Afogados. O exame da orelhinha beneficiará uma média de mil crianças, por mês.

O teste consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz. De acordo com a fonoaudióloga, Paula Portela, o exame é simples e realizado por um especialista por meio de um estímulo acústico na orelha do recém-nascido. Através do resultado é possível identificar algum tipo de perda auditiva congênita e/ou adquirida no período neonatal. A avaliação é indolor e dura cerca de dez minutos.

A Triagem Auditiva Neonatal é imprescindível para todos os bebês, principalmente àqueles que nascem com algum tipo de problema auditivo para que não haja prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança. “O teste é feito no período de internação do bebê. O resultado é imediato. Isso é importante para que caso haja algum problema, a criança seja o mais rápido possível tratada. Antes os problemas de audição só eram percebidos e diagnosticados quando já estavam em estágio avançado. Isso complicava o tratamento”, destacou o assessor.

Os casos mais graves são encaminhados a outros hospitais. “Se for detectada alguma alteração, o bebê é encaminhado ao otorrino do Hospital Gouveia de Barros para ser submetido a novos exames. Se o problema for ainda mais sério, o médico fará o encaminhamento para hospitais do Estado que tenha todos os recursos necessários para a realização de outros exames mais complexos”, observou a fonoaudióloga.

Nascido há dez dias, Rafael Luiz Pereira, foi um dos primeiros bebês a ser submetido ao teste. “Agora estou tranquila em saber que meu filho não tem nenhum problema de audição. Mas, é uma boa iniciativa também para as crianças que tenham alguma doença, pois iniciarão o tratamento logo cedo, evitando problemas maiores no futuro”, observou a mãe do pequeno Rafael Luiz, Alice Pereira de Souza, 21 anos.

O exame já vem sendo realizado desde o final de junho, nas três maternidades, e durante esse período passou por ajustes técnicos e burocráticos. Mesmo assim, uma média de quatro mil crianças já realizaram o teste.