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O acusado pelo assassinato da menina Beatriz Mota, de 7 anos, o réu Marcelo da Silva, ficou em silêncio durante toda a audiência de instrução do Caso Beatriz, realizada nesta quinta-feira (15), na Vara do Tribunal do Júri de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A audiência teve início às 9h e foi encerrada por volta das 10h. O réu Marcelo da Silva tem o direito de se manter em silêncio e seguiu a orientação da defesa técnica de fazer isso. 

Lucinha Mota, a mãe de Beatriz, afirmou que Marcelo da Silva ficou em silêncio “porque ele sabe da barbaridade e da crueldade que fez com a vida de Beatriz”. “Ele sabe do monstro que é, por isso ficou em silêncio. Marcelo da Silva, você foi condenado. Você vai a júri popular e Petrolina vai condenar você. A nossa luta não terminou, ela só vai terminar quando esse monstro for condenado, quando a gente tiver a certeza de que esse monstro não vai voltar às ruas. Só vamos parar quando tivermos a certeza de que esse monstro não vai fazer outra vítima, outra Beatriz”, garantiu.

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“Nós não vamos permitir protelação. Chega de tanta demora. São 7 anos de injustiça, de inércia do Estado de Pernambuco. Nós não vamos mais admitir. Queremos que seja rápido, Marcelo tem que ser pronunciado rápido. O júri de Marcelo tem que ser rápido. É muita demora, gente. É demora demais para colocar esse monstro no banco dos réus. A gente precisa de celeridade dentro da Justiça, nos tribunais. Chega dos nossos filhos estarem sendo assassinados”, protestou. 

A mãe de Beatriz declarou que estará na porta do Fórum de Petrolina até que o júri seja marcado. “Eu vou estar aqui todo o dia 10 na porta do Fórum enquanto o júri de Beatriz não for marcado. Eu não vou sair da frente desse Fórum porque nós não suportamos mais tanta demora, tanta inércia. Nós queremos justiça. Já tiraram o nosso bem maior, que foi a vida de Beatriz. Isso não volta. Os sonhos de Beatriz não voltam mais, mas a nossa Justiça tem que garantir a ela que o assassino vá para a prisão e não saia de lá. Por isso vamos estar aqui cobrando todos os dias, cobrando celeridade. Vocês devem isso a Beatriz”, destacou.

A audiência de instrução e julgamento do homem acusado de matar a menina Beatriz Angélica Mora, de 7 anos de idade, durante uma festa da escola em que estudava, começa nesta terça-feira (22), em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, com previsão de início às 8h. 

Além do réu confesso, Marcelo da Silva, de 40 anos, 16 testemunhas de acusação e defesa também vão ser ouvidas no Fórum de Petrolina. 

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A mãe da menina Beatriz, Lucinha Mota, ressaltou a importância do momento para ela e a família. “A vida é o direito mais valioso de todos nós. Após longos dias, de muita luta, quase 7 anos depois de termos perdido a vida de Beatriz, chegamos a um importante momento: amanhã terá início a audiência que escreverá o futuro do assassino brutal que cruelmente nos tirou Beatriz”. 

“Me fiz muitas perguntas ao longo desse tempo, busquei em todos os cantos respostas sempre com convicção de que justiça é um caminho que devemos trilhar. Muitos estiveram comigo, alguns eu nem conheço, mas agradeço por nos ajudarem a chegar até aqui, peço que nos incluam em suas orações especialmente nos próximos dois dias”, desabafou.

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Caso Beatriz

A menina Beatriz Mota foi assassinada a facadas em uma sala desativada do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, onde estudava, no dia 10 de dezembro de 2015. A menina foi assassinada enquanto acontecia a formatura da irmã mais velha. 

A menina se afastou para beber água e não voltou mais, tendo o seu corpo sido encontrado 30 minutos depois.

O acusado foi reconhecido a partir de amostras coletadas na faca utilizada no crime. 

O Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) denunciou à Justiça, Marcelo da Silva pelo homicídio da criança Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva, morta aos 7 anos com 72 facadas no Colégio Nossa Auxiliadora, em Petrolina, onde estudava. A denúncia foi feita através do Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE), instituído pela Procuradoria-Geral de Justiça para acompanhar as investigações do caso.

O MPPE analisou o inquérito policial concluído, de 27 volumes, totalizando 5.831 páginas. O protocolo da denúncia foi iniciado na quarta-feira (31) e encerrou nesta quinta-feira (1º), devido à quantidade de arquivos que acompanham.

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Marcelo da Silva, de 40 anos, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (artigo 121, parágrafo 2º, incisos I, III, IV, e § 4º (segunda parte), do Código Penal Brasileiro, presentes as qualificadoras de motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima; e a causa de aumento de pena de um terço, pois o crime foi praticado contra pessoa menor de 14 anos.

Além da denúncia, o GACE também se posicionou favoravelmente ao pedido de prisão preventiva do denunciado, por entender que essa medida é necessária para acautelar a ordem pública, considerando o modus operandi do delito, causando temor social, bem como ao risco de reiteração delitiva, com intuito de prevenir o possível cometimento de novos delitos.

Relembre o crime  

O crime ocorreu em 10 de dezembro de 2015, em uma sala do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, situado em Petrolina, Pernambuco. Na ocasião, ocorria uma festa de formatura no colégio. O corpo e a arma do crime foram encontrados em uma sala localizada em nível inferior ao da arquibancada da quadra poliesportiva.

Atuação do Ministério Público

O MPPE acompanhou o andamento das investigações desde o seu início, tendo sido constituído grupo de trabalho já em 10 de junho de 2016. O grupo requisitou diversas diligências investigatórias à Força Tarefa da Polícia Civil com o fito de esclarecer lacunas que existiam nos referidos autos antes da captura do suspeito.

Em 17 de agosto de 2021, a equipe ministerial que acompanhava o caso foi reconfigurada, tendo sido instituído pelo Procurador-Geral de Justiça o Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE), composto por Ângela Márcia Freitas da Cruz, Promotora de Justiça e Coordenadora do CAO Criminal, Érico de Oliveira Santos, 7º Promotor de Justiça Criminal de Petrolina, Almir Oliveira de Amorim Júnior, 9º Promotor de Justiça Criminal de Petrolina e Filipe Regueira de Oliveira Lima, Promotor de Justiça de Lagoa Grande.

Da assessoria do MPPE

Foi inaugurada nesta sexta-feira (31), em Juazeiro-BA, a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Beatriz Mota F. da Silva. O nome é uma homenagem à menina Beatriz, que foi assassinada aos 7 anos durante uma festa em um colégio de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

A creche atenderá 200 alunos de dois a cinco anos de idade. Antigamente no local funcionava a Escola Aprígio Duarte, que foi reformada, ampliada e climatiza. O local possuirá salas pedagógicas, parque infantil, pátio coberto, entre outros espaços.

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A solenidade de inauguração da unidade contou com a participação dos pais de Beatriz e integrantes da família. Na página Beatriz Clama por Justiça, administrada pela família, foram publicados os seguintes dizeres: “Gostaríamos de agradecer a comunidade juazeirense pela homenagem, estamos unidos no propósito de vermos a justiça sendo feita. O caso Beatriz já é um marco na história pela incessante batalha em ver o direito ser cumprido, não há nada que impeça a nossa luta porque somos movidos pelo amor e pela fé e estamos certos de que as muralhas cairão ao chão e a verdade prevalecerá”.

O caso – Beatriz foi assassinada durante a festa de formatura da sua irmã no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, em dezembro de 2015. Ela foi encontrada com 42 perfurações pelo corpo.

Até agora o caso não foi desvendado. A família já chegou a fazer protesto no Recife, encontrando-se com o governador Paulo Câmara. Com um ano de caso sem solução, a Polícia Civil mudou a responsabilidade das investigações, assumindo a delegada Gleide Ângelo com o apoio de mais dois delegados.

No dia 15 de março, Gleide convocou uma coletiva para mostrar novas imagens do responsável pelo crime. Há uma recompensa de R$ 10 mil por informações que levem ao autor do crime. 

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