Tópicos | mental

A realidade virtual, embora tenha seus primórdios por volta dos anos 1930, ganhou mais visibilidade a partir de 2010, impulsionada principalmente pela chegada dos óculos virtuais e os jogos de videogames, que êm conquistando espaço. Atualmente é utilizada por diversos segmentos, entre eles a saúde mental, apoiada em ferramentas como games, produções cinematográficas, marketing e educação. A psicóloga Juliane Haddad, utiliza a realidade virtual para tratamentos de fobias e ansiedade em geral.  

A psicoterapeuta utiliza a ferramenta no tratamento de pacientes com fobias e comenta quais são os casos mais comuns em seu consultório. “Uma das fobias mais comuns, é a de avião. Acredito que entre todas, ela acaba sendo uma das mais limitadoras, pois pode impedir, por exemplo, que a pessoa tenha uma promoção no emprego, ou faça uma viagem de férias com a família, por não conseguir entrar em um avião.Além disso, há outras fobias como: a de animais, altura, elevador, social – que podem impedir a pessoa de falar em público ou até mesmo de fazer uma refeição em uma praça de alimentação, e temos ainda a fobia de procedimentos médicos, que também é muito comum”, esclareceu Haddad.  

##RECOMENDA##

A psicoterapeuta também explicou que disponibiliza em seu consultório uma plataforma de realidade virtual como uma das alternativas para tratar os pacientes que sofrem com essas fobias. Trata-se de um recurso que permite a aplicação da técnica de exposição gradual, onde ela expõe o paciente à “situação” da qual ele teme, fazendo com que aos poucos ele se acostume e aprenda a controlar suas emoções em relação ao que até então, ele temia.

“Essa é só uma das técnicas para tratamentos de fobias, e no meu caso, porque tem alguns profissionais que já expõe logo no início, faço uma exposição gradual. O paciente vivencia dentro do consultório a situação que lhe gera medo e ansiedade. Ele se vê dentro do avião e fazendo todos os passos: entrando no aeroporto, fazendo check-in, entrando na aeronave, nós vamos trabalhando passo a passo”, explicou Juliane.  

 

O dia 18 de maio é celebrado como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Por tratamentos menos cruéis e mais humanizados, a data foi instituída para relembrar os horrores que ocorriam nos corredores das clínicas psiquiátricas no fim da década de 1970.

Nesta época, diversos movimentos ligados à saúde denunciaram os abusos cometidos nestas instituições, assim como a precariedade de condições de trabalho. O principal nome deste campo no Brasil é a médica alagoana Nise da Silveira (1905-1999), que ocupou a linha de frente na crítica aos modelos terapêuticos da época, ao criar um ateliê criativo no Centro Psiquiátrico Nacional, na zona norte do Rio de Janeiro.

##RECOMENDA##

Inspirada em Carl Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica, Nise foi uma das primeiras mulheres a se formar em medicina no Brasil. Em meados de 1940, foi a pioneira na terapia ocupacional, técnica que utilizava de atividades recreativas como tratamento de distúrbios psíquicos.

A médica alagoana ganhou destaque ao usar da arte como forma de expressão, dando voz aos conflitos internos vivenciados principalmente por esquizofrênicos, esses que tiveram suas obras expostas ao redor do mundo. Algumas destas obras foram expostas no II Congresso Internacional de Psiquiatria, em Zurique, na Suíça, onde a médica encontrou Carl Jung pessoalmente, com quem já trocava cartas a respeito de suas técnicas e arte produzida no centro psiquiátrico.

Já no fim da década de 70, o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM),  contando com a participação popular, inclusive de familiares de pacientes, e o Movimento Sanitário foram os dois principais agentes responsáveis por esta iniciativa de mudança.

REFORMA PSIQUIÁTRICA

Em 18 de maio de 1987, foi realizado um encontro com os grupos favoráveis a políticas antimanicomiais. Deste encontro surgiram propostas para reformar o sistema psiquiátrico brasileiro. Pela relevância do encontro, o dia 18 de maio ficou conhecido como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

Com o objetivo de extinguir os manicômios, o projeto de reforma psiquiátrica no Brasil buscava substituir, aos poucos, o tratamento precário fornecido por serviços comunitários. Neste cenário, o paciente seria encorajado a um maior exercício de cidadania, fortalecendo os vínculos sociais e familiares, não sendo isolado destes.

A partir da reforma, o Estado se viu proibido de construir ou contratar serviços de hospitais psiquiátricos. Substituindo as internações, os pacientes teriam acesso aos tratamentos psicológicos, atividades alternativas de lazer e tratamentos menos invasivos do que os que eram usados nos hospitais até então.

Um dos principais pontos do Movimento de Luta Antimanicomial consistia em gerar um diálogo de conscientização com as instituições legais e com os cidadãos, elaborando assim um discurso que portadores de transtornos mentais não representam risco ou ameaças ao círculo social, mito este que perdura até hoje.

Neste cenário, o respeito e a conscientização seriam armas necessárias para reformular todo o modo como os pacientes eram tratados até então, dentro ou fora das instituições responsáveis pelo tratamento.

Por Matheus de Maio

 

Um homem foi resgatado caminhando entre os carros na BR-408, em São Lourenço da Mara, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, nesse domingo (2). Ele apresentava ferimentos pelo corpo e confusão mental, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF),

Os próprios motoristas que haviam passado nas proximidades da Arena Pernambuco informaram à PRF sobre o andarilho. Ele aparentava ter 55 anos e afirmou que se machucou em uma queda, segundo a PRF.

##RECOMENDA##

Após retirá-lo da rodovia, as autoridades o encaminharam para o posto policial no Curado, Zona Oeste no Recife, onde recebeu água e alimentação. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) realizou os primeiros socorros e, em seguida, o levou para a UPA de São Lourenço da Mata.

O vídeo no qual mostra um homem agredindo um ator na tentativa de “salvar Jesus”, durante a encenação da crucificação de Cristo, na noite dessa sexta-feira (30), em Nova Hartz, no Rio Grande do Sul, repercutiu nacionalmente neste sábado (31). O questionamento da população é o que teria levado o agressor, que usou um capacete para cometer a violência, a agir de tal forma. 

Em entrevista concedida ao LeiaJá, o diretor da peça e também de Cultura do município, Adriano Ferreira, contou que o cidadão teria problemas mentais. “Pelo que se comenta, é um cidadão que está com problema mental, desequilibrado, mas ao mesmo tempo como é que um cara desse estaria andando de moto? E voar daquela altura em cima do palco? São coisas inexplicáveis que a gente não tem como dizer. Nunca esperávamos uma coisa dessa até porque na peça tem várias famílias sentadas assistindo e nunca imaginávamos que alguém pudesse fazer isso”, lamentou. 

##RECOMENDA##

Testemunhas afirmaram que o intruso teria gritado “seus demônios, eu vim para salvar Jesus”. Ferreira contou que o rapaz poderia ter “surtado” pela cena ter sido muito forte. “A gente estava levando uma mensagem e, quem sabe, por ter sido tão forte e impactante. Naquele momento o rapaz surtou tanto que ele se direciona direto aos soldados que, na cabeça dele, mataram Jesus e fez aquele ato. Ele foi contido, tirado do palco pelos próprios atores. Depois, quando ele já estava embaixo, cercamos e ajudamos a segurar para que não batessem nele”.  

Ferreira falou que, apesar da tamanha agressão, os mais de 80 atores envolvidos não desejam o mal dele. “Se ele está doente tem que ajudar a tratar porque o nosso papel é a de levar a mensagem de Jesus. Se a gente se reúne e trabalha tanto nessa peça para levar o amor, já que esse era o papel de Jesus, temos que começar por nós. A gente tem que seguir a vida. Ficamos conhecidos no Brasil inteiro e a gente queria o reconhecimento pelo trabalho e não pelo ato que aconteceu, mas Deus sabe de todas as coisas”, afirmou. 

 

O diretor ainda contou que a família do agressor foi buscá-lo na praça e garantiu que o ator que foi atacado está bem e terminou a peça mesmo após todo o ocorrido. De acordo com ele, mais de três mil pessoas assistiam à peça no momento. “Há muitas pessoas fazendo chacota, dando risada, mas ao mesmo tempo estão conhecendo o trabalho que é árduo e no qual muitas pessoas se dedicam para que aconteça. O fato acontecido, por mais que seja difícil de encarar isso, vai nos dar força para continuar”, concluiu. 

 

 

O japonês que confessou ter assassinado 19 pessoas em um centro para portadores de deficiência mental sorriu para as câmeras da imprensa nesta quarta-feira (27), ao ser levado para um interrogatório.

A polícia revistou a casa do homem de 26 anos, que sempre defendeu a teoria de que "pessoas com problemas mentais deveriam desaparecer". Foi isso que o levou na terça-feira a assassinar os pacientes a facadas.

Com um casaco azul cobrindo sua cabeça, Satoshi Uematsu foi escoltado da delegacia de polícia até uma van, ante uma multidão de repórteres. Dentro do veículo, ele tirou o casaco e sorriu abertamente para a imprensa.

Durante a chacina, Uematsu amarrou os funcionários do centro e começou a atacar os deficientes com facas e, depois do massacre, se entregou à polícia, declarando que "todos os deficientes deveriam desaparecer".

As vítimas são nove homens e dez mulheres com idades entre 18 e 70 anos. Entre os 25 feridos, 20 sofreram "cortes profundos no pescoço", segundo um médico. As vítimas foram levadas a seis hospitais diferentes.

A polícia informou que há uma investigação em andamento "para determinar os detalhes" do incidente ocorrido em Sagamihara, cidade de 700 mil habitantes. O agressor, que chegou a trabalhar por um tempo no centro, teria quebrado as janelas para entrar no lugar, onde havia 160 internos.

O autor da matança já havia enviado em fevereiro passado uma carta ao presidente da Dieta, a câmara baixa do parlamento japonês, ameaçando matar 470 deficientes. Na carta, Satoshi Uematsu dizia que essas matanças seriam uma "revolução", que impediriam "a Terceira Guerra Mundial", segundo a imprensa japonesa. Depois disso, ele ficou hospitalizado durante dez dias.

Os japoneses se questionavam um dia após o pior massacre registrado no país por que foi permitido que ele deixasse o hospital sem uma avaliação mental mais profunda. A polícia da localidade de Tsukui não quis fazer comentários sobre a investigação, limitando-se a informar que o agressor foi levado para um tribunal para ser interrogado.

A imprensa local informou que Uematsu teria dito aos policiais que queria pedir desculpas às famílias das vítimas pela perda súbita de seus entes queridos, mas que não se arrependia do que tinha feito. "Eu salvei pessoas com muitas deficiências", teria comentado.

Este foi o ataque interno mais sangrento no Japão desde 1938, quando um homem munido com um sabre e um fuzil matou 30 pessoas antes de tirar a própria vida. Massacres deste tipo são muito raros no Japão, que tem uma legislação de controle de armas muito severa e uma taxa de criminalidade relativamente baixa.

Em junho de 2008, um homem de 28 anos armado com faca e dirigindo um caminhão semeou pânico no bairro de Akihabara, em Tóquio, atropelado pessoas e depois esfaqueando várias outras. Sete pessoas morreram e dez ficaram feridas. O agressor foi condenado à pena de morte.

Em junho de 2001, um homem entrou em uma escola primária de Ikeda, na cidade de Osaka, e matou oito crianças com uma faca.

Mas uma das ocorrências que mais abalou o país aconteceu em 20 de março de 1995, quando um ataque com gás sarin matou 13 pessoas no metrô de Tóquio, em uma ação praticada por membros da seita apocalíptica Aum Shinrikyo.

O gás altamente tóxico afetou ainda 6.300 pessoas, algumas de forma irreversível.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando