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Paul Lane usa a boca, a bochecha e o queixo para apertar botões e guiar seu carro virtual pela pista de corrida "Gran Turismo" no console PlayStation 5. É assim que ele joga há 23 anos, depois que um acidente de carro o deixou incapacitado para usar os dedos.

Jogar videogame é um desafio para pessoas portadoras de deficiência há muito tempo, principalmente porque os controles padrão de consoles como PlayStation, Xbox ou Nintendo podem ser difíceis de manusear, ou até impossíveis, para pessoas com limitações de mobilidade. Perder a capacidade de jogar não é apenas perder um dos passatempos favoritos, podem também agravar o isolamento social em uma comunidade que já o vivencia em uma taxa muito mais elevada do que a da população em geral.

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Dentre as iniciativas da indústria de jogos para lidar com esse problema, a Sony desenvolveu o controle Access para o PlayStation, com a colaboração de Lane e outros consultores de acessibilidade. É a novidade mais recente no mercado dos controles acessíveis, para o qual contribuem desde a Microsoft e algumas startups, até amadores com impressoras 3D.

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"Eu gostava muito de esportes antes da lesão", conta Cesar Flores, de 30 anos, que usa cadeira de rodas desde que sofreu um acidente de carro oito anos atrás, e também deu consultoria para a Sony sobre o novo controle. "Eu lutava no ensino médio, jogava futebol. Levantava muito peso, todas essas coisas. E embora eu ainda possa treinar de algumas formas, existem coisas físicas que eu não posso mais fazer. Quando jogo videogame, isso me lembra que ainda sou humano. Isso me lembra que ainda sou um dos caras."

Deixando o controle tradicional de lado, Lane, de 52 anos, troca para o Access. É um dispositivo redondo e customizável, que pode ficar sobre uma mesa ou uma bandeja de cadeira de rodas e ser configurado de inúmeras formas, dependendo das necessidades do usuário. Isso inclui trocar botões e alavancas, programar controles especiais e emparelhar dois controles para serem usados como um só. O carro "Gran Turismo" de Lane corre por uma pista digital enquanto ele o guia com as costas da mão no controle.

"Eu jogo de uma forma meio estranha, então é confortável para mim poder usar as duas mãos quando jogo", diz. "Para isso, eu preciso posicionar os controles a uma distância tal que eu consiga usá-los sem ficarem esbarrando um no outro. Conseguir manusear os controles tem sido incrível, mas também o fato de que esse controle já sai da caixa pronto para funcionar."

Lane e outros jogadores colaboram com a Sony desde 2018 para ajudar a projetar o controle Access. A ideia era criar algo que pudesse ser configurado e funcionar para pessoas com uma vasta gama de necessidades, não apenas uma deficiência específica.

"Mostre para mim uma pessoa com esclerose múltipla e eu mostro uma pessoa que tem deficiência auditiva, ou alguém que tem uma deficiência visual ou motora", diz Mark Barlet, fundador e diretor-executivo da organização sem fins lucrativos AbleGamers. "Por isso, pensar no rótulo da deficiência não é a melhor abordagem. A ideia é pensar na experiência de que os jogadores precisam para fazer a ponte entre um jogo e um controle que não foi projetado para sua apresentação única no mundo."

Barlet diz que sua organização, que ajudou Sony e Microsoft a criarem controles acessíveis, vem defendendo os interesses dos jogadores com deficiência há quase duas décadas. Com o advento das redes sociais, os próprios jogadores puderam amplificar a mensagem e se dirigir diretamente aos criadores em fóruns que não existiam antes.

"Nos últimos cinco anos, vi o movimento pela acessibilidade dos jogos deixar de ser feito apenas por estúdios independentes trabalhando em alguns recursos e chegar a jogos AAA que podem ser jogados por pessoas consideradas cegas", conta. "Em cinco anos, foi de tirar o fôlego."

A Microsoft disse em um comunicado que se sentiu encorajada pela reação positiva ao controle Xbox Adaptive quando foi lançado em 2018, e que é "animador ver outros participantes da indústria adotarem uma abordagem semelhante para incluir mais jogadores em seu trabalho com foco em acessibilidade".

O controle Access estará a venda mundialmente a partir de 6 de dezembro, e custará 90 dólares (450 reais) nos EUA.

Alvin Daniel, um gerente técnico sênior de programa do PlayStation, diz que o dispositivo foi projetado com três princípios em mente para torná-lo "amplamente adequado" ao máximo de jogadores possível. Primeiro, o jogador não precisa segurar o controle para usá-lo. Ele pode ser colocado sobre uma mesa ou bandeja de cadeira de rodas, ou pode ser montado em um tripé, por exemplo. Era importante que ele se encaixasse em uma bandeja de cadeira de rodas, pois quando alguma coisa cai da bandeja, pode ser impossível que o jogador pegue de volta sem ajuda. Também precisa ser resistente, pelo mesmo motivo - para sobreviver a ser atropelado por uma cadeira de rodas, por exemplo.

Segundo, é muito mais fácil apertar os botões do que em um controle padrão. É um kit, que vem com capas de botão em diferentes tamanhos, formatos e texturas, para que as pessoas possam experimentar as formas de reconfigurá-lo da maneira que funcione melhor para elas. O terceiro são as alavancas, que também podem ser configuradas dependendo da funcionalidade para a pessoa que está usando.

Como pode ser usado com bem menos agilidade e força do que o controle de PlayStation padrão, o Access também pode ser um divisor de águas para uma população em crescimento: jogadores idosos que sofrem de artrite e outras doenças limitantes.

"Da última vez que verifiquei, a idade média dos jogadores estava na casa dos quarenta", conta Daniel. "E tenho total expectativa, falando por mim, de que eles vão querer continuar a jogar, assim como eu vou querer continuar a jogar, porque é uma diversão para nós".

Depois do acidente, Lane parou de jogar por sete anos. Para quem começou a jogar videogame ainda criança, usando o Magnavox Odyssey, lançado em 1972, ele diz que "ficou um vazio" em sua vida.

Começar de novo, mesmo com as limitações de um controle de jogo padrão, foi como reencontrar um "amigo perdido há muito tempo".

"O simples impacto social dos jogos mudou a minha vida. Passei a ter uma disposição melhor", conta Lane. Ele observa que o isolamento social muitas vezes acontece quando as pessoas que antes eram fisicamente capazes ficam incapacitadas.

"Tudo muda", diz. "E quanto mais tiram de nós, mais isolados nos tornamos. Jogar e ter a oportunidade de fazer isso em níveis muito altos, poder fazer isso de novo, é como um reencontro, (como perder) um companheiro próximo e poder se reunir novamente com essa pessoa."

O juiz José Eduardo de Mello Leitão Salmon, da 4ª Vara Cível de Curitiba, acolheu pedido da Defensoria Pública do Paraná e mandou o TikTok tirar do ar vídeo do comediante 'Mr Hugo Soares', de Portugal, com discriminação contra pessoas com Síndrome de Down. A plataforma tem cinco dias para tornar o link indisponível.

O vídeo questionado foi divulgado em maio, com o título 'Barbie Trissomia 21 #humornegro #standupcomedy #comedia'. Nele, o humorista português afirma: "Mattel lançou uma Barbie com trimossia 21. Uma edição especial. Não é uma ideia original, toda gente sabe que os chineses já vendem bonecas com defeito".

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Após se depararem com a gravação nas redes sociais, 12 famílias de crianças curitibanas com Síndrome de Down classificaram o vídeo como 'discriminatório e cruel', e procuraram a Defensoria Pública para denunciar o caso. Antes de acionar a Justiça, a Defensoria enviou um pedido para que o TikTok derrubasse o vídeo. Segundo a Defensoria, a empresa respondeu que não poderia retirar o vídeo do ar.

Ao analisar o caso, o juiz José Eduardo de Mello Leitão Salmon entendeu que o vídeo 'extrapola a liberdade de expressão, uma vez que configura discurso discriminatório que ofende aos direitos das pessoas portadoras da Síndrome de Down e, consequentemente, pode ser caracterizado como ato de natureza ilícito'.

"Por certo, a Síndrome de Down não pode e não deve ser conceituada ou compreendida como um defeito, haja vista que se trata de uma condição genética que determina aos seres humanos portadores dessa genética necessidades específicas para o seu pleno desenvolvimento, condição essa que em nada diminui ou altera a sua condição de ser humano pleno e capaz de viver de acordo com toda a construção cultural e civilizatória para toda a humanidade", ressaltou.

A defensora pública Camille Vieira da Costa, autora da ação, argumentou que os direitos das pessoas com Síndrome de Down 'estavam sendo incessantemente violados'. " É preciso ressaltar que o uso do humor como subterfúgio para propagar preconceito, discriminação, violando direitos de outros, é um abuso que não é acolhido pela legislação brasileira, e com muito acerto. A decisão da Justiça mostra isso e lembra que o humor tem limites quando atinge o direito de outras pessoas", afirmou.

COM A PALAVRA, O TIK TOK

A reportagem do Estadão busca contato com o Tik Tok. O espaço está aberto para manifestação da empresa.

Os dados confidenciais de 14.200 pessoas infectadas com o vírus do HIV, muitas delas estrangeiras, foram roubados e publicados na Internet - anunciaram as autoridades de Singapura na segunda-feira (28) à noite, no que parece ser a segunda falha de segurança informática na cidade-Estado em alguns meses.

O Ministério da Saúde acredita que os dados foram publicados por um americano condenado várias vezes pela Justiça. O suspeito os teria obtido por meio de seu parceiro, um médico de Singapura que tinha acesso ao registro nacional de pessoas portadoras de HIV.

Durante outro ataque informático importante em junho e julho, os dados médicos de 1,5 milhão de cidadãos de Singapura, incluindo os do primeiro-ministro, Lee Hsien Loong, foram roubados. As autoridades de Singapura disseram suspeitar, naquele caso, de que o ataque estava ordenado por um Estado, sem especificar qual.

"Uma pessoa não autorizada obteve informações confidenciais de 14.200 indivíduos portadores de HIV até 2013 e as coordenadas de 2.400 delas", indicou o Ministério em um comunicado.

"Essas informações foram publicadas on-line", acrescentou o Ministério, desculpando-se "pelas preocupações e pelo desespero" das vítimas.

Os dados publicados incluem nomes, identificadores, coordenadas, resultados de testes de HIV e outras informações médicas.

As pessoas afetadas por esse roubo são 4.500 singapurianos, diagnosticados como infectados pelo vírus até janeiro de 2013, e 8.000 estrangeiros diagnosticados como portadores do HIV até dezembro de 2011.

Cidade-Estado do Sudeste Asiático, Singapura conta com vários estrangeiros expatriados entre seus 5,6 milhões de habitantes.

O Ministério identificou um cidadão americano, Mikhy K. Farrera Brochez, que viveu em Singapura de 2008 a 2016, como o suspeito de possuir os dados roubados.

Foi condenado por fraude e por delitos relacionados com as drogas em março de 2017 e expulso de Singapura após cumprir sua pena. Hoje, ele não se encontra em Singapura, indicaram as autoridades.

Brochez mantinha uma relação com Ler Teck Siang, um doutor singapuriano que foi condenado em setembro por ter ajudado o parceiro em suas atividades criminosas e condenado a 24 meses de prisão. Ele apelou da sentença.

Responsável por notificar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) sobre a condenação do impeachment por crime de responsabilidade, o senador Gladson Cameli (PP-AC) informou que a petista não quis, inicialmente, receber a documentação.

"Estávamos ali apenas para cumprir uma determinação regimental. Mas ela enviou o ex-ministro Jaques Wagner para receber o documento. Como isso não era possível, argumentamos com o ministro e ela acabou decidindo receber apenas o senador Vicentinho e assinou a notificação", explicou Gladson, que estava acompanhado do senador Vicentinho Alves (PR-TO).

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Cameli é o terceiro-secretário da Mesa Diretora do Senado Federal e Vicentinho Alves é o primeiro-secretário. Após a notificação a Dilma, coube a ambos a mesma tarefa junto ao novo presidente Michel Temer (PMDB) que, segundo ele, os recebeu prontamente.

Após receber a notificação, Dilma fez um pronunciamento à imprensa. Na fala, a petista disse que “permanecerá na luta” e prometeu “a mais determinada e enérgica oposição" a gestão do peemedebista, que chamou de "governo golpista". 

O japonês que confessou ter assassinado 19 pessoas em um centro para portadores de deficiência mental sorriu para as câmeras da imprensa nesta quarta-feira (27), ao ser levado para um interrogatório.

A polícia revistou a casa do homem de 26 anos, que sempre defendeu a teoria de que "pessoas com problemas mentais deveriam desaparecer". Foi isso que o levou na terça-feira a assassinar os pacientes a facadas.

Com um casaco azul cobrindo sua cabeça, Satoshi Uematsu foi escoltado da delegacia de polícia até uma van, ante uma multidão de repórteres. Dentro do veículo, ele tirou o casaco e sorriu abertamente para a imprensa.

Durante a chacina, Uematsu amarrou os funcionários do centro e começou a atacar os deficientes com facas e, depois do massacre, se entregou à polícia, declarando que "todos os deficientes deveriam desaparecer".

As vítimas são nove homens e dez mulheres com idades entre 18 e 70 anos. Entre os 25 feridos, 20 sofreram "cortes profundos no pescoço", segundo um médico. As vítimas foram levadas a seis hospitais diferentes.

A polícia informou que há uma investigação em andamento "para determinar os detalhes" do incidente ocorrido em Sagamihara, cidade de 700 mil habitantes. O agressor, que chegou a trabalhar por um tempo no centro, teria quebrado as janelas para entrar no lugar, onde havia 160 internos.

O autor da matança já havia enviado em fevereiro passado uma carta ao presidente da Dieta, a câmara baixa do parlamento japonês, ameaçando matar 470 deficientes. Na carta, Satoshi Uematsu dizia que essas matanças seriam uma "revolução", que impediriam "a Terceira Guerra Mundial", segundo a imprensa japonesa. Depois disso, ele ficou hospitalizado durante dez dias.

Os japoneses se questionavam um dia após o pior massacre registrado no país por que foi permitido que ele deixasse o hospital sem uma avaliação mental mais profunda. A polícia da localidade de Tsukui não quis fazer comentários sobre a investigação, limitando-se a informar que o agressor foi levado para um tribunal para ser interrogado.

A imprensa local informou que Uematsu teria dito aos policiais que queria pedir desculpas às famílias das vítimas pela perda súbita de seus entes queridos, mas que não se arrependia do que tinha feito. "Eu salvei pessoas com muitas deficiências", teria comentado.

Este foi o ataque interno mais sangrento no Japão desde 1938, quando um homem munido com um sabre e um fuzil matou 30 pessoas antes de tirar a própria vida. Massacres deste tipo são muito raros no Japão, que tem uma legislação de controle de armas muito severa e uma taxa de criminalidade relativamente baixa.

Em junho de 2008, um homem de 28 anos armado com faca e dirigindo um caminhão semeou pânico no bairro de Akihabara, em Tóquio, atropelado pessoas e depois esfaqueando várias outras. Sete pessoas morreram e dez ficaram feridas. O agressor foi condenado à pena de morte.

Em junho de 2001, um homem entrou em uma escola primária de Ikeda, na cidade de Osaka, e matou oito crianças com uma faca.

Mas uma das ocorrências que mais abalou o país aconteceu em 20 de março de 1995, quando um ataque com gás sarin matou 13 pessoas no metrô de Tóquio, em uma ação praticada por membros da seita apocalíptica Aum Shinrikyo.

O gás altamente tóxico afetou ainda 6.300 pessoas, algumas de forma irreversível.

Médicos suíços realizaram em outubro de 2015 o primeiro transplante de fígado do mundo entre duas pessoas portadoras do vírus HIV, informa um comunicado publicado em Genebra após seis meses de observação do paciente.

O anúncio, também publicado em um artigo no American Journal of Transplantation, foi feito após uma operação idêntica realizada por médicos dos Estados Unidos em 15 de março de 2016, também apresentada como uma novidade mundial.

Os Hospitais Universitários de Genebra (HUG) informam que os seis meses de observação mostraram que não há rejeição do órgão, nem perda de controle do vírus no receptor.

"Este primeiro transplante praticado na Suíça, que acaba de ser seguido por outro transplante análogo nos Estados Unidos, abre perspectivas inéditas para as pessoas que vivem com o HIV", destacam os HUG.

Isto significa que os portadores de HIV podem se declarar possíveis doadores de órgãos, e, ao mesmo tempo, os que estão à espera de um órgão têm melhores perspectivas de ser operados.

A lei suíça sobre os doadores de órgãos autoriza desde 2007 o transplante de órgãos entre doadores e receptores soropositivos, mas foram necessários oito anos para a primeira operação.

"Há duas razões: de um lado o desconhecimento por parte de médicos e pacientes soropositivos deste dispositivo da lei e, de outro, o problema da compatibilidade necessária entre doador e receptor", explicou à AFP Nicolas de Saussure, porta-voz dos HUG.

Neste caso, o doador era um homem de 75 anos, que faleceu após uma hemorragia cerebral. Era soropositivo desde 1989 e havia autorizado a doação de seus órgãos.

O receptor foi diagnosticado soropositivo em 1987 e foi informado antes da operação dos possíveis riscos adicionais. Ele aceitou os riscos.

Em uma entrevista, o receptor, que sofria uma doença grave do fígado, disse que estava na lista de espera há dois anos e meio.

O transplante foi realizado por uma equipe integrada pela professora Alexandra Valmy, diretora da unidade HIV, o professor Thierry Berne, médico chefe do serviço de transplantes, o professor Christian van Mendel, diretor da unidade de infectologia de transplantes, e o professor Emiliano Giostra, especialista em doenças do fígado.

Nesta sexta-feira (8), das 14h às 18h, 20 jovens da Associação Amor 21, portadores da Síndrome de Down, irão participar de uma oficina de Gastronomia Inclusiva, oferecida pela unidade Maceió da Faculdade Maurício de Nassau. O curso também está aberto para outras instituições que atuem com portadores da síndrome.

Os estudantes do curso de gastronomia da instituição irão ministrar uma aula prático demonstrativa de sanduíche de frango e creme de papaia. Os alunos e o professor responsável pela atividade também irão montar um cardápio, em que os jovens serão responsáveis pela  montagem do prato.

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A unidade Maceió da Faculdade Maurício de Nassau está localizada na Avenida Sandoval Arroxelas, 239, Ponta Verde. Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (82) 3036-2299.

Os portadores da Doença Renal Crônica de Pernambuco pedem socorro. Em reunião aberta realizada na tarde desta quarta-feira (8), os pacientes apresentaram falhas nas condições do tratamento do Estado e as situações da clínicas que oferecem a diálise. O encontro foi realizado na Santa Casa da Misericórdia, no bairro de Santo Amaro, região central do Recife.                

O objetivo da reunião é pedir pelo direito à vida. "Hoje em dia o tratamento carece de muitos fatores que precisam ser melhorados. Algumas clínicas e hospitais estão sem condições de oferecer o tratamento, por falta de dinheiro", disse o presidente da Associação Pernambucana de Renais e Transplantados (ASPRET), Rubens Costa.                                                      

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Além da falta de investimento nos locais de tratamento, a falta de médicos neufrologistas também preocupa os pacientes. "A lei diz que o certo é ter um médico para 35 pacientes. Mas a realidade é outra. O que vemos é um médico para cada 100 pacientes. Com isso, o tratamento fica ainda mais demorado", complementou Costa.

Portador da doença há 15 anos, a falta de medicação é um problema que sempre esteve presente na vida do psicólogo Azael Santos, de 48 anos. "Usamos medicamentos muito específicos pra nossa doença. Uns chegam a custar R$ 1,8 mil e não temos condições de pagar tudo isso. Às vezes, passo mais de três meses para conseguir uma medicação. Outras vezes, quanto tenho o remédio, chego a dividir com outro portador, que não tem nenhum. Mas minha saúde fica bem debilitada. Só que não posso deixar o outro de lado", explica.

Diante dos fatos apresentados, a Secretaria de Saúde do Estado se responsabilizou em levar pra mais perto das casas dos pacientes o tratamento. "Estamos nos mobilizando para facilitar o tratamento aos portadores, tanto através de medicamentos como também pela construção de novas clínicas que oferecem a diálise. O objetivo da Secretaria também é levar para mais perto do povo o direito ao tratamento, através da construção de novas clínicas de diálise. Atualmente, os municípios de Palmares, Petrolina e Arcoverde oferecem o tratamento, além da Região Metropolitana do Recife", afirmou o representante da SES, Ruy Cavalcanti.

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) também esteve presente na reunião e se colocou a disposição dos portadores. "Diante de tudo o que nos foi apresentado, iremos fiscalizar estas ações. Porém, só podemos fazer isso se a Associação nos solicitar através de documento", explicou o conselheiro do Cremepe, Fernando Cabral.

Entenda aqui como é feito o processo da hemodiálise e o que é a Doença Renal Crônica.

Aprendizado, equilíbrio e muitas gargalhas. Toda esta energia contagiante marcou o início do Projeto Circo Social UNINASSAU, voltado para jovens especiais. A iniciativa é do Grupo Ser Educacional e foi criada para comemorar o Dia Internacional da Pessoa com Síndrome de Down, celebrado nesta sexta-feira (21). Hoje, os participantes puderam conhecer um pouco do projeto.

Entre os meses de abril e outubro,  vão acontecer aulas de malabares, acrobacia, equilíbrio e balé clássico na sala de ginástica do Centro Superior de Tecnologia da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau. O professor responsável pelas oficinas, Bóris Trindade Júnior, contou como foi a primeira experiência dos adolescentes com a arte circense. 

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“Confesso que fiquei impressionado com a desenvoltura dos alunos. Eles são muito espertos e têm muita vontade de aprender. Outra coisa que me chamou muita atenção foi em relação ao equilíbrio deles. É algo surpreendente”, conta o treinador.

A alegria do professor em ver o entusiasmo dos aprendizes é a mesma que Gisele Carla (foto/esquerda), de 30 anos, sente ao ter participado da aula inaugural. “É a primeira vez que participo de uma aula tão legal assim. O que eu mais gostei foi quando coloquei as argolas na cabeça para me equilibrar”, conta Carla, com um sorriso estampado no rosto.

As aulas serão ministradas as terças e quintas-feiras, das 14h às 17h, e também aos sábados, das 9h às 12h, no mesmo local que foi iniciado o projeto.

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