Tópicos | Mercado Chinês

As vendas de smartphones caíram na China e têm dado sinais de que o mercado, o maior do mundo, está se tornando saturado, declarou nesta quinta-feira (20) o centro de análise Gartner. As vendas globais de smartphones registraram no segundo trimestre seu crescimento mais fraco desde 2013, aumentando em 13,5% para 330 milhões de unidades, segundo o informe.

As vendas caíram 4% na China e as fontes de crescimento do setor estão voltadas para mercados emergentes do leste europeu, Oriente Médio e África. "A China é o país com o maior número de vendas de smartphones, o que representa 30% das vendas totais no segundo trimestre de 2015. Seu fraco desempenho tem um impacto negativo", comentou Anshul Gupta, analista do Gartner.

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"A China atinge a saturação. Seu mercado de telefonia está sendo amparado por substituições de equipamentos e há menos pessoas que compram um pela primeira vez", disse ele. "Além do segmento de telefones mais baratos, os smartphones de alta gama serão a chave para que os fabricantes estimulem a substituição de equipamentos e mantenham ou aumentem a sua quota no mercado chinês", pontuou.

O relatório confirma as estimativas sobre como as marcas são distribuídas no mercado mundial. A Samsung segue como número um, com uma quota de mercado de 21,9%, mas as vendas caíram 5% para 72 milhões de unidades. Atrás vem a Apple com 14,6% de mercado e 48 milhões de iPhones vendidos.

A Apple é seguida pela Huawei (7,8% do mercado), Lenovo (5%) e Xiaomi (4,9%). Quanto aos sistemas operacionais, Android, do Google, ainda domina com uma quota de 82,2% do mercado. Em seguida vem o sistema iOS da Apple com 14,6%.

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O comércio chinês já faz parte do cenário brasileiro e movimenta a economia a partir da geração de emprego e renda. Andando pelas ruas do centro do Recife já é possível identificar a presença dos inúmeros comerciantes dos olhos puxadinhos. Muitos deles, antes de chegarem aqui, já negociavam em grandes centros comerciais como a Rua 25 de Março, na capital paulista. Com preços mais acessíveis, as lojas costumam ter um faturamento muitas vezes, superior às lojas dos comerciantes brasileiros.

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Nossa equipe foi até o centro do Recife para saber como funciona o trabalho deles, além de compreender como eles se relacionam com seus funcionários e entender melhor sobre o espírito empreendedor dos chineses. A febre das mercadorias mais conhecidas como Ching Ling, já se espalhou pela Rua das Calçadas, Rua de Santa Rita, São José, Rua Direita e tantas outras. As galerias recebem um grande fluxo de clientes que estão à procura de produtos mais baratos.

As vagas de emprego são aspectos comemorados pelos que precisam trabalhar. Devido as inúmeras fiscalizações que esses comércios sofrem, os empregadores não costumam atrasar os salários e encargos trabalhistas dos funcionários.

Isabele de Oliveira, 32 anos, conta que seu primeiro emprego foi em uma loja, na Galeria do Chinês, considerada a mais antiga do Recife. Ela diz que prefere trabalhar para eles porque nunca atrasam o pagamento dos salários. "Nunca tive problemas com Dona Vitória (nome brasileiro da chefe), ela sempre cumpriu o que manda a lei", comemorou a funcionária.

O atendimento ao público geralmente é feito pelos vendedores brasileiros, mas na hora de pagar a mercadoria, os chineses que ficam no caixa, nem sempre são simpáticos, como comenta a cliente Sabrina Farias, de 37 anos, que costuma comprar os artigos e produtos chineses, por causa do preço. "A única coisa chata é quando você tenta trocar uma mercadoria. Eles (os chineses) fazem de tudo pra não trocar o produto", explicou.

Muitos clientes costumam reclamar que os donos dessas lojas dificultam na troca dos produtos. E em muitos casos, a nota fiscal nem sempre serve como garantia para fazer valer os direitos do consumidor.

O fator da língua é um aspecto que chama à atenção. Quase todos os chineses aprendem o português enquanto trabalham. São raros os casos que frequentam cursos para aperfeiçoar o idioma. Muitos, só conseguem compreender uma conversa utilizando os verbos no infinitivo.

Mesmo com o medo de serem pegos, alguns empreendedores chineses cometem deslizes que contrariam a legislação trabalhista. No vídeo que registramos, mostramos o depoimento de um trabalhador que já está há dois meses numa loja, sem carteira assinada. Também há denúncias de violência.

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Segundo informações da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio), ainda não existem estatísticas sobre a quantidade de estabelecimentos e o número de empregos que são gerados devido à expansão dos lojistas chineses, no estado pernambucano.

Hoje, a China não fornece seus produtos apenas para comerciantes chineses. Tanto a indústria brasileira quanto o setor do comércio importam os mais variados produtos. Isso acontece graças à forte relação bilateral entre os dois países. " Nos últimos anos, a China aparece como um dos principais parceiros econômicos do Brasil. Em 2013, o Brasil registrou um volume de exportação para a China de US$ 46 bilhões e importou US$ 37 bilhões. Certamente, este fato impacta fortemente a indústria brasileira que precisa avançar no que diz respeito aos fatores de competitividade frente à capacidade de produção dos chineses" confirmou José Oswaldo Ramos, Diretor executivo do Instituto Fecomércio-PE.

Os acordos bilaterais entre o Brasil e a China favorecem o produto chinês, já que a baixa carga tributária e a mão de obra barata são apenas alguns dos fatores que dificultam a competição entre o comércio local. Além disso, a valorização da moeda americana, impede que o governo brasileiro possa alterar as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Não se trata das indústrias locais controlarem a reserva de mercado, mas o governo precisa oferecer incentivos e reduzir a carga tributária para aumentar a oferta de trabalho. Do contrário, o produto chinês continuará sendo uma opção mais atrativa.

O comércio chinês não é visto com maus olhos pelos dirigentes da Fecomércio. Segundo o diretor, a instituição já promoveu 3 missões empresariais para a China, com a finalidade de estreitar as relações comerciais e culturais entre os dois países, especialmente Pernambuco.

"A Fecomércio já promoveu três missões empresariais para a China, com o propósito de estreitar as relações comerciais e culturais entre os dois países, especialmente com Pernambuco. Essa experiência tem contribuído para que os empresários conheçam um modelo de desenvolvimento econômico e social que projeta um crescimento do PIB de dois dígitos. Percebe-se um grande investimento dos chineses em educação, na infraestrutura, inovação e utilização de uma matriz energética mais limpa. Considerando a importância econômica da China para o mundo e especialmente para o para o nosso país é de fundamental importância inserir o Brasil neste debate. A abertura do comércio global implica necessariamente elevar o patamar da competitividade dos negócios locais, o que justifica fortes investimentos em educação, pesquisa e na infraestrutura, visando contribuir para a construção de um ambiente para o desenvolvimento sustentável" finalizou Oswaldo.

A Apple entrou no mercado chinês e já está ocupando ótima posição na questão smartphones. A marca assume o segundo lugar no país, mesmo sem ter parceria com nenhuma operadora na China.

Analistas afirmaram que durante o primeiro trimestre desse ano, o mercado chinês de smartphones cresceu 164%, isso equivale a 33,1 milhões de aparelhos vendidos.

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Durante esse período, a Apple passou de 9,9% para 17,3%, o que lhe deu o segundo lugar da marca mais consumida, deixando para traz a Nokia que, por conta da maçã, está com 11,2%. Já o Android domina o mercado, abocanhando uma fatia de 69,5% do mercado.

Os analistas afirmam que as operadoras estão pensando em diminuir o subsídio da Apple, visto que não estão gostando muito desta política da empresa. A diferença seria repassada para os consumidores, mas tudo indica que essa mudança não virá em breve, afinal, as operadoras conseguem reaver o valor através dos planos de fidelidade; os consumidores de iPhone são os que geram mais retorno para as empresas de telecomunicações; o custo para adquirir novo cliente é menor, visto que o iPhone já possui sua fama e não necessita de investimentos para divulgação.

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