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O Ministério das Comunicações instituiu, na última sexta-feira (3), o Programa Redes Digitais da Cidadania. O programa irá criar parcerias entre os governos estaduais e financiamentos de projetos a fim de reduzir desigualdades sociais com o uso da internet e das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação). Será priorizado o atendimento a comunidades com baixos níveis de desenvolvimento e acesso à tecnologia, com foco especial nas micro e pequenas empresas, área rural e mulheres.

A Secretaria de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações será responsável pela gestão do programa, que pode ter como parceiras entidades públicas federais, estaduais ou do Distrito Federal. Na execução do Redes Digitais da Cidadania terão preferência universidades públicas, federais ou estaduais, institutos federais de educação e empresas estatais. 

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O projeto-piloto do Redes Digitais da Cidadania terá o investimento de R$ 15 milhões e apoiará, de início, 150 projetos. Confira a portaria que instituiu o programa no Diário Oficial da União.

Cinco meses depois do incêndio que destruiu boa parte da Estação Antártica Comandante Ferraz, na Ilha Rei George, o Brasil não abandonou o programa de pesquisas no continente gelado.

Os R$ 40 milhões liberados por meio de medida provisória aprovada no fim de junho serão usados na remoção dos escombros acumulados depois do incêndio e para a reconstrução da estação. A Marinha explica que serão feitos módulos antárticos emergenciais, para alojamento temporário do pessoal que fará o desmonte da Comandante Ferraz no próximo verão antártico. Os módulos já estão sendo comprados, por meio de licitação, e a previsão é que esse trabalho comece em novembro.

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Janice Trotte Duha, coordenadora para Mar e Antártica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, explica que o trabalho todo deve levar de cinco a sete anos para ser concluído. “Como o trabalho na Antártica só pode ser feito no verão, porque os navios não conseguem chegar à região durante o inverno, quando o mar congela, a remoção dos escombros só deve recomeçar em novembro. Depois será feito um pré-projeto, com a participação de cientistas, para a reconstrução da estação.”

De acordo com a Marinha, 70% das instalações foram destruídos pelo fogo, incluindo o prédio principal, onde ficavam a parte habitável e alguns laboratórios de pesquisas. Ficaram intactos os refúgios, os laboratórios de meteorologia, química e de estudo da alta atmosfera, os tanques de combustíveis e o heliponto, que ficam separados do prédio principal.

Veículos e tratores que sofreram poucos danos foram trazidos ao Brasil para reparo, os demais permaneceram no local, cobertos com capas protetoras para enfrentar o inverno. De março a abril, também foi feita a retirada de parte dos escombros, com prioridade para resíduos tóxicos e material perecível.

Segundo Janice, fora a perda irreparável de duas vidas (os militares Carlos Alberto Vieira Figueiredo e Roberto Lopes dos Santos, que tentaram combater o incêndio) e de R$ 5 milhões em equipamentos, os prejuízos científicos não foram grandes.

“O que se perdeu de dados, que estavam nos equipamentos destruídos, foi muito pouco. Os pesquisadores mandavam os dados para o Brasil e muitos tinham back-up de tudo. Então, o trabalho não foi interrompido, já que a pesquisa científica não se restringe ao trabalho de campo.”

Atualmente, pesquisadores brasileiros trabalham em estações na Antártica de países parceiros como a Argentina e o Chile, assim como no navio polar Almirante Maximiano. Quatro militares estão hospedados na Base Presidente Eduardo Frei Montalva, que é chilena, e fazem visitas constantes para manutenção e inspeção da Comandante Ferraz.

A coordenadora explica que as instalações, embora adequadas, estavam defasadas tecnologicamente, já que a estação tinha 30 anos. De acordo com Janice, as novas instalações serão feitas com equipamentos muito mais modernos e tecnologias sustentáveis, que não existiam na época.

O Brasil desenvolve, ao todo, 23 projetos de pesquisa científica na Antártica. Entre eles, de observação atmosférica, geologia, ciências biológicas, monitoramento ambiental de baleias e algas, monitoramento climático e o projeto criosfera, que se desenvolve no interior do continente.

O Twitter confirmou os planos de abertura de um escritório no Brasil. Em um encontro com jornalistas da revista Bloomberg em São Francisco, o presidente que responde pela receita global da companhia, Adam Bain, afirmou que o Brasil impressionou a rede social. “O mercado digital no Brasil está vivo e em grande forma”, disse, citando a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas de 2016. 

As atividades do escritório estarão voltadas para a área de vendas. O interesse da rede social é incrementar serviços publicitários em regiões de rápido crescimento, confirmou o executivo. Hoje, a principal fonte de riqueza do Twitter são os tweets patrocinados, mensagens pagas por empresas para fazer propaganda de produtos ou serviços. Esses tweets aparecem na timeline do usuário. 

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Ainda na declaração de Bain no encontro, a equipe dele entrou em contato com pessoas a serem contratadas para a filial da empresa no Brasil. Por enquanto, o nome da cidade que irá sediar a empresa ainda não foi anunciado, porém correm boatos de que Belo Horizonte seria a capital escolhida. 

A informação de que o Twitter abriria um escritório no país começou no jornal Financial Times. O objetivo da rede social é iniciar a nova empreitada até o final deste ano, antes da realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.

As ações do Facebook continuam em queda. Depois da queda forte registrada ontem, o papel chegou a ser negociado abaixo dos 20 dólares nesta quarta. A mínima foi de 19,82, e fechamento de 20,88. Foi a primeira vez após o IPO que as ações chegaram a esse mínimo.

Investidores continuam questionando a capacidade de crescimento das receitas da empresa e sua estratégia para mobilidade. O valor é praticamente a metade dos US$ 38 da oferta inicial.

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A espiral negativa revela o mau humor dos investidores com o balanço da empresa para o trimestre, que revelou prejuízo operacional de 157 milhões de dólares e diminuição na velocidade de crescimento da rede.

Outro fator negativo no horizonte é que em 16 de agosto irá terminar a proibição de que funcionários da rede vendam suas ações - o que pode levar a um 'dilúvio' de papéis do FB na Nasdaq. Cerca de 271 milhões de ações serão disponibilizadas para negociações. Outros 243 papéis serão liberados entre meados de outubro e meados de novembro.

Diante dos avanços tecnológicos que permeiam a sociedade atual, as mídias sociais se tornaram não só meios de lazer, mas também importantes ferramentas mercadológicas. Por isso é importante que os profissionais do meio se qualifiquem cada vez mais a respeito do assunto.

Uma boa oportunidade para tal é o segundo Simpósio de Mídias Sociais, promovido pelo Instituto Empreender-PE, que será realizado do dia 29 a 30 deste mês, das 19h às 22h, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.  

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“Copa no Brasil e os Negócios via Internet”, “O Perfil de Consumo da Classe C na Era Digital”, “Geração Y e os Novos Desafios Digitais” e “Desconstruindo a TV – O duelo audiência x atenção”, são alguns dos temas a serem abordados no evento. O objetivo é debater as melhores práticas nas redes sociais, por meio de cases e palestrantes. A organização do simpósio espera um público de 1.800 pessoas nos dias da atividade.

Alguns dos participantes são Fábio Mariano (ESPM), Ian Black (Ceo da NEW VEGAS), Ulysses Paiva (Web Série Luta de Rua), Bob Wollheim e Bia Granja (Festival YOUPIX). A programação do evento pode ser vista no endereço eletrônico do evento, e na mesma página virtual, as inscrições podem ser feitas.

Sem medidas práticas adotadas pelo Federal Reserve (Fed) e pelo Banco Central Europeu (BCE), a aversão ao risco voltou a tomar conta dos mercados financeiros, resultando no fortalecimento do dólar ante o euro e as moedas emergentes. No mercado à vista de balcão, a divisa norte-americana encerrou a sessão desta quinta-feira cotada a R$ 2,05, com alta de 0,34%. Na BM&F, o pronto encerrou o pregão a R$ 2,0482, com valorização de 0,21%, e o contrato futuro de setembro mostrava aumento de 0,22%, a R$ 2,0615, às 16h43.

Para alguns especialistas, o impulso do dólar não foi maior devido ao fluxo positivo de recursos na sessão desta quinta-feira. Segundo avaliação do gerente de mesa da Icap Brasil, Ítalo Abucater, "estamos tendo um início de mês com entradas pelos segmentos financeiro e comercial". A sua projeção é de que, sem as entradas de dólares, as frustrações com as posições do Fed e do BCE poderiam ter colocado a cotação do dólar numa faixa de R$ 2,07 a R$ 2,08. Abucater também ressaltou a volatilidade maior do euro, que não foi replicada no mercado doméstico.

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Depois de ter sido negociada na casa de US$ 1,22 no início do dia, a moeda única subiu a US$ 1,24 com expectativas positivas em relação à fala do presidente do BCE, Mário Draghi, e caiu para níveis de US$ 1,21, depois que ele se limitou a traçar um cenário ruim para a Europa e a fazer promessas de retomar as compras de bônus de países em dificuldade. "Não anunciou nada prático imediato, o euro oscilou fortemente, mas o real ficou mais ou menos em linha", completou.

Para o operador da Corretora Renascença, José Carlos Amado, esse comportamento comedido das cotações do dólar ante o real estão associadas ao fato de que os investidores sabem que o Banco Central continua vigilante e não deve permitir que o dólar saia do intervalo de R$ 2,00 a R$ 2,10. Esse nível é considerado confortável tanto do ponto de vista da inflação quanto em relação à produção e tem sido defendido pela autoridade monetária e pelo governo por meio de medidas cambiais e por declarações.

Ainda assim, os especialistas acreditam que durante o mês de agosto o dólar poderá sustentar-se mais próximo de R$ 2,05, superando, portanto, a faixa de R$ 2,03 que prevaleceu no mês passado. Para alguns, o motivo dessa expectativa é a percepção de que esse fluxo positivo identificado no início do mês pode minguar, visto que agosto é período de férias no hemisfério norte, o que tende a encolher os negócios. Já outros ressaltam que há operações de captação externa prontas e, embora a janela de oportunidade para ir a mercado seja curta, algumas operações ainda podem sair.

As Redes Socias devem gerar uma receita global de US$ 16,9 bilhões em 2012, quantia que representa um crescimento de 43,1% na comparação com o ano passado, período em que o segmento movimentou US$ 11,8 bilhões. As informações são de um estudo divulgado pela empresa de pesquisa Gartner.

Dentro do cenário de projeções da empresa de pesquisas, as vendas de publicidade continuarão sendo a principal fonte de receitas para os sites, e responderão por um total de US$ 8,8 bilhões nesse ano.

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Já os jogos sociais irão atingir um faturamento de U$S 6,2 bilhões em 2012, enquanto as receitas com assinaturas irão somar US$ 278 milhões. "O uso das mídias sociais on-line amadureceu e mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo vão usar as redes sociais nesse ano", afirmou Neha Gupta, analista sênior de pesquisas do Gartner. "Embora o número de usuários de mídias sociais seja grande, esse mercado ainda está em seus estágios iniciais sob a perspectiva de receitas", acrescentou.

A Gartner também destacou que os departamentos de marketing das empresas estão destinando alto volume de seus orçamentos de publicidade para as redes sociais, devido às possibilidades avançadas que essas mídias oferecem no reconhecimento de hábitos e preferências dos consumidores.

"As redes sociais devem desenvolver tecnologias de análises de dados para fornecer aos departamentos de marketing um retrato mais apurado desses consumidores", disse o analista.

A Microsoft anunciou nesta quarta-feira que completou o desenvolvimento e testes do Windows 8, a próxima versão de seu sistema operacional para desktops, notebooks e tablets, e um dos produtos mais importantes na história da empresa.

O sistema agora está disponível aos fabricantes que irão incluí-lo em PCs e tablets que chegarão às lojas no final de outubro, quando o Windows 8 também começa a ser vendido diretamente aos consumidores. O Windows 8 irá rodar em aparelhos com processadores x86 da Intel e AMD, bem como aparelhos baseados em processadores ARM. A versão ARM do sistema é chamada Windows RT.

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A Microsoft reitera o dia 26 de outubro como a data em que o sistema estará disponível tanto em novos PCs como também separadamente para instalação em novos PCs ou atualização de máquinas com versões anteriores do Windows. A empresa já anunciou duas ofertas especiais de atualização para usuários com máquinas rodando o Windows 7 ou versões anteriores do sistema.

Alguns parceiros da Microsoft terão acesso antecipado ao sistema, incluindo desenvolvedores, que poderão baixar uma cópia através da MSDN (Microsoft Developer Network) a partir de 15 de agosto. No mesmo dia, profissionais de TI interessados em testar o sistema em suas empresas terão acesso à ele através de suas contas na Microsoft TechNet.

Em 16 de agosto as portas se abrem a consumidores com contratos de “Software Assurance”, que terão acesso ao Windows 8 Enterprise Edition, bem como a membros da Parner Network. Quatro dias depois chega a vez dos Microsoft Action Pack Providers, e em 1º de setembro o clientes com Licenças por Volume sem Software Assurance poderão adquirir o sistema em revendas credenciadas.

 

Wallpaper oficial do Windows 8

Com uma interface otimizada para aparelhos com telas sensíveis ao toque e canetas, a Microsoft pretende usar o Windows 8 para fortalecer sua fraca presença no mercado de tablets, amplamente dominado pela Apple e seu iPad. A empresa observou nos últimos anos que os consumidores estão adotando tablets, especialmente os iPads, não apenas para uso pessoal mas também, para surpresa de muitos, para uso profissional, iniciando um movimento conhecido como BYOD (Bring Your Own Device - Traga seu próprio aparelho) entre as empresas.

O senso de urgência da Micrososft é tanto que ela decidiu até mesmo lançar seu próprio tablet, batizado de Surface, para ampliar as chances de sucesso neste mercado, embora a decisão tenha incomodado alguns de seus parceiros de longa data.

Uma pergunta crucial sobre o Windows 8 é quanto suporte ele terá dos desenvolvedores de aplicativos, um elemento crucial no sucesso, ou fracasso, de um sistema operacional. Ao anunciar a versão RTM a Microsoft mencionou que em 15 de agosto os desenvolvedores irão encontrar no Windows Development Center “todas as ferramentas e recursos” necessários para desenvolver aplicatibos para o sistema, incluindo uma cópia do Visual Studio 2012.

“O Brasil tem que dar esse passo, tem que criar uma infraestrutura que permita, tanto ao pesquisador industrializar a tecnologia, como às empresas terem acesso a uma rede de conhecimento, para converter ideias de seus setores de desenvolvimento em produtos”, afirma o físico Flávio Plentz, que assumiu, esta semana, a Coordenação Geral de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CGNT/MCTI).

Para Plentz, os avanços na área de tecnologia no país viriam em um momento de maturidade do cenário nacional. “Nos últimos anos, o Brasil deu um salto muito grande em formação de recursos humanos, em produção de trabalhos científicos e em publicação de artigos”, afirma. “Se não está completamente consolidado, esse sistema está em um patamar muito melhor do que ocupava em um passado recente”.

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Para colaborar com esse crescimento, o coordenador tem a expectativa de que o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano) promova a interação entre pesquisadores e empresas que trabalhem com matérias em escala atômica. “Na verdade, vai ser uma rede de laboratórios financiada pelo ministério, que deve formar uma base de infraestrutura para pesquisa e desenvolvimento em nano”, adianta.

A próxima etapa para a implementação do DIsNano deverá ocorrer no fim de agosto, quando o Comitê Consultivo de Nanotecnologia deve analisar as primeiras propostas de instituições que possuem interesse em compor a rede. Criado em maio de 2011, esse grupo tem como secretaria executiva a CGNT e se é composto por representantes de institutos de pesquisa do MCTI, empresas públicas, entidades privadas e universidades. O objetivo é assessorar a pasta no setor, considerado estratégico para o desenvolvimento industrial do País. 

GESTÃO

Para promover a integração entre a gestão das atividades, o coordenador do CGNT considera fundamental a atuação do Comitê Interministerial de Nanotecnologias (CIN), fundado em 9 de julho, a fim de organizar as respectivas ações do governo. O MCTI coordena o grupo, com participação dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Defesa (MD), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), da Educação (MEC), do Meio Ambiente (MMA), de Minas e Energia (MME) e da Saúde (MS).

“Esse comitê coloca a nanotecnologia num outro nível de ação governamental, porque ele vai poder criar um determinado programa a partir de conhecimentos e recursos de oito ministérios”, analisa Plentz. “Isso vai dar uma consistência, uma robustez bem maior para as ações do MCTI e do governo federal”.

Também para aproximar o Brasil das potências mundiais do setor, o Ministério instituiu em fevereiro o Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia (CBC-Nano). A formatação da rede cooperativa será definida por uma comitiva brasileira com viagem programa para a Ásia em setembro. Flávio Plentz integra o grupo, chefiado por Adalberto Fazzio, assessor especial do ministro.

Graduado em Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1985, Flávio Orlando Plentz Filho fez mestrado e doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1989 e 1993, e pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 1995. Ele é professor da UFMG, com formação em física de semicondutores e atuação recente com nanomateriais de carbono, além de técnicas de micro e nanofabricação.

Fonte: Assessoria do MCT

O comércio de Belo Horizonte está proibido de cobrar pelas sacolas plásticas biodegradáveis. A proibição é uma decisão administrativa do Procon, que considerou haver formação de cartel, já que todos os estabelecimentos comerciais cobravam os mesmos R$ 0,19 pela embalagem, além de propaganda enganosa, pois não há coleta seletiva na capital mineira e o material é descartado no aterro sanitário com os demais resíduos. Mas, como o comércio também não está obrigado a distribuir o material gratuitamente, a Associação Mineira de Supermercados (Amis) orientou seus associados a decidirem individualmente o que fazer.

A distribuição das sacolas plásticas tradicionais foi proibida na capital mineira em abril do ano passado e, desde então, todo comerciante passou a cobrar pelas novas embalagens biodegradáveis. Porém, para o promotor Amauri Artimos da Matta, do Ministério Público Estadual (MPE), o fato de todos estabelecimentos cobrarem o mesmo valor pelas sacolas é ilegal. "Essa nova realidade do mercado, inspirada numa suposta proteção ambiental teve como efeito colateral a formação de cartel e a lesão a outros princípios como a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor. Quer na defesa do livre mercado e da concorrência, quer na proteção do consumidor, há lesão efetiva à ordem econômica", afirmou.

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Segundo a Amis, desde que a lei municipal entrou em vigor, cerca de 180 milhões de sacolas deixaram de circular. Anteriormente, aproximadamente 450 mil embalagens eram distribuídas diariamente. Com custo médio de R$ 0,01 por sacola, o comércio economizou mais de R$ 2 milhões nos últimos 15 meses. E os estabelecimentos ainda passaram a lucrar com a venda das sacolas biodegradáveis. Segundo fabricantes do produto, as embalagens têm preço médio de R$ 0,10 no atacado, o que representa ganho de 80% com a venda por R$ 0,19.

Segundo o promotor, a mudança imposta pela lei causou um "desequilíbrio" com "desvantagem exagerada" para o consumidor. "O fornecedor deixou de ter que arcar com o custo do fornecimento das sacolas plásticas descartáveis ao consumidor, passando a cobrar pela compra de sacolas reutilizáveis, sem deduzir do custo de seus produtos o valor antes neles embutidos referente ao fornecimento de sacolas plásticas gratuitas", avaliou.

Com relação à questão ambiental, Amauri Artimos assumiu que houve ganho, mas devido à mudança de postura da população, principalmente por causa do atual custo. "O ganho ambiental divulgado pelo setor supermercadista é relativo, pois não tem relação com a natureza da sacola biodegradável. Deve-se apenas à cobrança", ressaltou. "Há, inclusive, a possibilidade de que todos estejamos sendo vítimas de propaganda enganosa, quer pela distribuição de sacolas falsificadas, quer pela necessidade de descarte em usina de compostagem, não existente no município. O ganho ambiental supostamente obtido no processo de fabricação da sacola biodegradável está sendo anulado com seu descarte no aterro sanitário", acrescentou.

Por meio de nota, a Amis informou que recomendou a seus associados cumprirem a decisão e orientou os comerciantes a incentivarem o uso de embalagens retornáveis "por meio de promoções, oferta de sacolas retornáveis de baixo custo, coleções culturais e sociais, entre outras iniciativas". A multa pelo descumprimento da decisão do Procon pode passar de R$ 8 milhões, dependendo do faturamento do estabelecimento.

Os contratos futuros de ouro e prata fecharam em queda nesta quarta-feira na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), em uma sessão de pouco movimento marcada pela expectativa dos investidores em relação ao resultado da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve Bank norte-americano.

"Acho que estamos observando uma probabilidade mais baixa de estímulo por parte do Fed e o mercado está precificando essa atividade", opinou Dave Meger, diretor de negócios com metais da Vision Financial Markets.

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O ouro para entrega em dezembro fechou em queda de US$ 7,30 (0,45%) na Comex, a US$ 1.607,30 por onça-troy. Já a prata para entrega em setembro recuou US$ 0,379 (1,36%), encerrando em US$ 27,535 por onça-troy. A prata é historicamente mais volátil que o ouro. As informações são da Dow Jones.

A ausência do Banco Central, que resolveu não rolar o vencimento dos

contratos de swap cambial que vencem na quarta-feira foi o destaque do dia no mercado doméstico de câmbio. Pelo menos durante este último pregão de julho, os investidores esqueceram-se dos motes que continuam movendo os negócios no exterior - as expectativas e apostas em torno dos resultados das três reuniões de política monetária agendadas para esta semana - e focaram os negócios nas consequências que pode ter a decisão do BC de "enxugar" os cerca de US$ 4,5 bilhões que correspondem a 91.400 contratos que devem ser liquidados nesta quarta-feira.

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A consequência foi uma alta de 0,34% no dólar à vista de balcão, que encerrou a sessão valendo R$ 2,047. No mês, a alta ficou em 1,84%. A Ptax, que vai ser usada para a liquidação dos contratos futuros e de swap, fechou a R$ 2,0499, com valorização de 0,92% no dia e de 1,41% em julho. No mercado futuro, o contrato de agosto valia R$ 2,050, com aumento de 0,39% e o contrato de setembro, R$ 2,065, com elevação de 0,56%, às 17h21.

"Os investidores que vão precisar compensar a liquidação desses contratos para manter operações de proteção, o hedge, foram a mercado comprar dólares e isso pressionou a moeda norte-americana para cima. Mas o mercado comportou-se muito bem, não houve exageros", disse um operador. Segundo esse especialista, os agentes incorporaram bem o fato de que o Banco Central está vigilante em relação à taxa de câmbio e não estão correndo muitos riscos. "Por isso, as oscilações das cotações ocorrem em intervalos curtos", completou.

Com a alta desta terça-feira o dólar voltou a rondar o nível de R$ 2,05 e a percepção dos especialistas é de que essa marca pode se sustentar, se nenhuma novidade jogar a moeda norte-americana em novos patamares. Mas, pelo menos um fato previsto para amanhã tem potencial para mudar o atual equilíbrio da moeda norte-americana, para cima ou para baixo: o resultado da reunião de política monetária do

Federal Reserve.

Há tempos os investidores aguardam novidades da autoridade monetária norte-americana no sentido de incentivar a economia, e as expectativas em torno do tema têm sido determinantes para o comportamento do dólar. Também pesam perspectivas semelhantes em relação ao Banco Central Europeu (BCE) e ao Banco da Inglaterra (BoE), estas em menor escala. Essas duas instituições discutem as respectivas políticas monetárias na quinta-feira. Diante disso, o dólar perdeu fôlego ante a

maioria das moedas, na contramão do que ocorreu no mercado doméstico.

O euro caiu para uma nova mínima histórica diante do dólar australiano e se aproximou do nível mais fraco em mais de duas décadas frente aos dólares canadense e neozelandês, mas subiu em relação ao dólar dos EUA, chegando a superar US$ 1,23. O mercado de câmbio segue focado nas decisões de política monetária do Federal Reserve, amanhã, e do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira.

A moeda europeia caiu para 1,1645 dólar australiano enquanto os investidores favoreciam a divisa com retornos mais altos e ligada a commodities. Já o avanço para mais de US$ 1,23 foi resultado das vendas de dólar de fim de mês e da relativa calmaria nos mercados de bônus soberanos europeus.

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Mas a cautela já começa a crescer e alguns analistas afirmam que o rali do euro parece exagerado. "A reunião do BCE é sem dúvida a maior variável que temos nesta semana", comentou Charles Diebel, estrategista do Lloyds Banking Group. "Os mercados estão se preparando para uma decepção e, tendo em vista o tamanho das expectativas sobre o BCE, há um claro risco de que esse seja mesmo o caso", acrescentou.

Indicadores econômicos também destacaram os desafios que a zona do euro enfrenta, como a taxa de desemprego recorde em junho e os fracos gastos dos consumidores na França.

Surgiram sinais de que o Banco Nacional da Suíça (SNB) está tendo dificuldades para diversificar os euros que comprou para evitar que o franco se valorizasse demais e a moeda da zona do euro caísse para menos de 1,20 franco. Dados indicaram que 60% das reservas internacionais do banco central eram compostas por euros no fim de junho, acima de 51% no fim de março.

Às 8h50 (de Brasília), o euro subia para US$ 1,2277, de US$ 1,2260 no fim da tarde de ontem, e para 95,95 ienes, de 95,83 ienes, enquanto o dólar tinha leve queda para 78,15 ienes, de 78,17 ienes. A libra operava a US$ 1,5670, de US$ 1,5710 ontem. O índice do dólar medido pelo Wall Street Journal estava em 71,731, de 71,770. As informações são da Dow Jones.

Os contratos futuros de petróleo operam com pouca oscilação enquanto os investidores esperam as decisões de política monetária do Federal Reserve, amanhã, e do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. A sessão também é marcada pelo baixo volume de negócios em razão das férias de verão no hemisfério norte.

"Isso pode ser a calmaria antes da tempestade, já que o mercado aguarda importantes dados macroeconômicos nesta semana como os resultados do Fed amanhã, a reunião do BCE na quinta-feira e os números sobre o mercado de trabalho dos EUA na sexta-feira", comentaram analistas da JBC Energy, em nota a cientes.

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Muitos investidores esperam que o BCE e o Fed relaxem a política monetária como forma de combater a crise de dívida soberana da zona do euro e impulsionar a economia. Os EUA são o país que mais consome petróleo no mundo. Se os bancos centrais decepcionarem o mercado de petróleo, os preços do brent deverão cair para o piso da faixa de US$ 102 a US$ 108 por barril na qual vêm operando, segundo Ole Hansen, estrategista do Saxo Bank.

"Mas eu não acho que veremos os preços do brent a dois dígitos tão cedo, já que ainda há muitos riscos para a oferta", afirmou Hansen. Analistas da PVM disseram que "pode estar tudo tranquilo no momento, mas os preços do petróleo estão em um campo minado diante da possibilidade de o Oriente Médio, a zona do euro ou ambos implodirem".

Hoje o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) publicará os dados semanais sobre estoques nos EUA, às 17h30 (de Brasília), que serão seguidos pelos dados oficiais do governo amanhã.

Às 8h30 (de Brasília), o WTI para setembro subia 0,08% na Nymex, para US$ 89,85 por barril, e o brent para setembro caía 0,12% na ICE, para US$ 106,07 por barril. As informações são da Dow Jones.

O uso de banda larga em residências continua crescendo no Brasil. Em junho de 2012, o número de usuários ativos de conexões de mais de 2 Mbps (megabits por segundo) chegou a 16,8 milhões, ou 91% mais do que em junho de 2011, segundo o estudo NetSpeed Report, do Ibope Nielsen Online. 

Comparado ao número de pessoas que usavam conexões mais rápidas no mesmo período do ano passado, isso representa um acréscimo de 8 milhões de pessoas, segundo a metodologia de aferição de velocidade utilizada pela Nielsen em oito países.

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Enquanto isso, diminuiu a quantidade de usuários em conexões de menor capacidade. O número dos que usam até 512 Kbps (kilobits por segundo), que era de 10 milhões em junho de 2011, caiu 39% e chegou a 6,1 milhões em junho de 2012. Esse número se manteve inalterado nos últimos três meses.

Os usuários de mais de 2 Mbps são os que ficam mais tempo na frente do computador e os que abrem mais páginas. Eles também já representam 40,5% do total de usuários ativos em domicílios. O grupo dos que usam mais de 8 Mbps já é de 5,2 milhões de pessoas, ou 12,6% do total.

O número de usuários ativos em domicílios no Brasil foi de 41,5 milhões em junho de 2012, de um universo de 64,9 milhões de pessoas que moram em residências com acesso à internet.

Acesso no trabalho e em domicílios - O total de pessoas com acesso em casa ou no local de trabalho é de 68 milhões, segundo o Ibope Nielsen Online. Dessas, 50,5 milhões foram usuários ativos em junho, diminuição de 0,8% em relação ao mês anterior e crescimento de 11% na comparação com junho de 2011.

Já o número total de pessoas com acesso à internet no Brasil em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, lan houses ou outros locais) atingiu 82,4 milhões no primeiro trimestre de 2012.

O euro opera em baixa nesta segunda-feira, depois de atingir seu maior nível em três semanas na última sexta-feira. O clima no mercado, no entanto, é de relativa tranquilidade antes das decisões de política monetária nos EUA e Europa, segundo analistas.

A moeda única europeia chegou a bater mais cedo a mínima de US$ 1,2238, apesar de um comunicado conjunto da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e do primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, divulgado no sábado, em que os dois prometeram fazer tudo para proteger a zona do euro e evitar o aumento do yield (retorno ao investidor) dos títulos soberanos da Espanha.

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Na semana passada, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, também prometeu fazer "o que fosse necessário" para salvar o euro.

Nesta semana, os investidores acompanharão de perto os anúncios sobre juros do Federal Reserve, o BC dos EUA, na quarta-feira, e do BCE e Banco da Inglaterra, na quinta-feira.

Para Adam Myers, estrategista sênior de mercado do Crédit Agricole em Londres, os mercados de câmbio estão em modo de espera antes da reunião do BCE.

"O mercado, no entanto, sempre espera muito do BCE, e a instituição raramente corresponde, então, estou atento para ver se o Draghi anuncia mais compras de bônus, levando-se em conta que o Ministério das Finanças alemão que teria de comparecer com dinheiro para apoiar um novo programa e isso é algo que eles não querem", disse Myers.

Além da decisão do Fed, outro evento de destaque nos EUA esta semana é a divulgação do relatório de desemprego, prevista para sexta-feira.

Enquanto isso, o dólar da Austrália e Nova Zelândia atingiu hoje novos recordes de alta em relação ao euro.

Às 9h17 (de Brasília), o euro caía para US$ 1,2241, de US$ 1,2322 no fim da tarde de sexta, e para 95,72 ienes, de 96,69 ienes, enquanto o dólar caía para 78,19 ienes, de 78,44 ienes. A libra recuava para US$ 1,5700, de US$ 1,5748 ontem. O Wall Street Journal Dollar Index, que mede a moeda norte-americana frente a uma cesta de divisas internacionais, operava a 71,778, de 71,666. As informações são da Dow Jones.

Os contratos futuros de petróleo operam sem direção definida nesta segunda-feira, com os investidores aguardando as decisões de política monetária a serem anunciadas pelo Federal Reserve e Banco Central Europeu ao longo da semana.

"O mercado começou a semana em modo de consolidação e mesmo as movimentações cambiais não geram qualquer tipo de impulso", disse Myrto Sokou, analista de pesquisa da Sucden Financial.

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Os dois primeiros dias da semana deverão ser relativamente tranquilos, já que a atenção do mercado estará voltada para a decisão sobre juros do Fed, o banco central dos EUA, na quarta-feira, segundo Andrey Kryuchenkov, analista da VTB Capital. No dia seguinte, será a vez de o BCE e o Banco da Inglaterra fazerem seus anúncios sobre juros.

Dados de atividade dos EUA, que saem na manhã desta segunda-feira, poderão dar alguma direção aos contratos de petróleo, de acordo com Sokou.

Na sexta-feira, os investidores estarão atentos ao relatório de desemprego dos EUA. Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgará esta semana a pesquisa de produção deste mês, lembrou o Commerzbank.

Às 8h17 (de Brasília), o WTI para setembro caía 0,02% na Nymex, para US$ 90,11 por barril, depois de subir mais cedo e atingir a máxima de US$ 90,85 por barril. Enquanto isso, o brent para setembro recuava 0,34% na ICE, para US$ 106,11 por barril. As informações são da Dow Jones.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira na bolsa mercantil de Nova York (Nymex), pela quarta sessão consecutiva, impulsionados pelo otimismo com a zona do euro após a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, comprometerem-se a salvar a moeda única europeia.

O petróleo para entrega em setembro fechou em alta de US$ 0,74 (0,83%) na Nymex, a US$ 90,13 por barril. Na semana, porém, o produto recuou 1,85%. Na plataforma eletrônica ICE, o Brent para setembro subiu US$ 1,21 (1,15%), para US$ 106,47 por barril. No entanto, na semana caiu 0,34%.

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Em um comunicado, Merkel e Hollande prometeram fazer tudo que for possível para proteger a zona do euro, ecoando as palavras do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que ontem disse que a instituição vai fazer o que puder para preservar a moeda única europeia.

"Alemanha e França estão profundamente comprometidas com a integridade da zona do euro. Os países estão determinados em fazer o que for possível para proteger a zona do euro", disse o comunicado, divulgado após os dois líderes conversarem por telefone.

Os comentários da Merkel nesta sexta-feira deram às observações de Draghi "um pouco mais de credibilidade", afirmou o analista de energia Dominick Chirichella, do Energy Management Institute.

A alta do petróleo ocorreu apesar da mais recente série de dados negativos dos EUA, que apontam para a continuação do crescimento lento.

Os EUA divulgaram nesta sexta-feira um crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. O resultado ficou acima da previsão dos economistas consultados pela Dow Jones, de expansão de 1,3%, mas representou uma desaceleração em relação ao avanço registrado no primeiro trimestre deste ano, que foi revisado para cima, para ganho de 2,0%.

Além disso, o índice de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, veio fraco, embora acima das previsões. O indicador caiu para 72,3 na leitura final de julho, de 73,2 em junho, mas acima do dado preliminar de julho, de 72,0. O resultado também superou a previsão dos analistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam que o dado preliminar fosse mantido. As informações são da Dow Jones.

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), fecharam em alta nesta sexta-feira pela terceira sessão consecutiva, após um comunicado conjunto da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e do presidente da França, François Hollande.

O ouro para entrega em agosto subiu US$ 2,90 (0,18%) na Comex, encerrando em US$ 1.618,00 por onça-troy, no maior nível desde o início deste mês. Na semana, o metal avançou 2,22%.

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No comunicado, que animou os investidores, Merkel e Hollande prometeram fazer tudo que for possível para proteger a zona do euro, ecoando as palavras de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), que na quinta-feira afirmou que a instituição fará o que puder para preservar a moeda única europeia. As informações são da Dow Jones.

O mercado futuro de câmbio da BM&FBovespa acompanha discretamente neste início de sessão a queda externa do dólar em relação ao euro, o iene e as moedas de países emergentes com forte correlação com commodities.

Enquanto lá fora a moeda americana recua generalizadamente com investidores apostando num PIB fraco dos EUA e em novas ações de estímulo pelo Federal Reserve no curto prazo, o mercado de câmbio local atua sob moderação. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou nesta sexta-feira em Londres que o BC está pronto para agir para assegurar que mercado cambial funcione apropriadamente.

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De modo geral, os participantes dos mercados se posicionam para receber a primeira prévia do PIB do segundo trimestre dos Estados Unidos, daqui a pouco. Se o crescimento da economia americana de abril a junho cair para o 1,3% estimado pelos analistas, abaixo do 2,1% de expansão de primeiro trimestre, deve intensificar o declínio do dólar, porque ampliará expectativas de alguma ação de estímulo por parte do Federal Reserve já em sua reunião de política monetária da próxima semana.

Paralelamente, os dados econômicos negativos na zona do euro hoje reforçam as apostas de que o Banco Central Europeu também já poderá adotar medidas para "salvar o euro" em seu encontro na semana que vem. A possibilidade cresceu com a promessa ontem do presidente da instituição, Mario Draghi, de que o BCE está pronto para fazer o que for preciso para preservar o euro.

No mercado doméstico, a intensidade do declínio do dólar ante o real deve continuar limitada ao longo da sessão. Isso porque o BC poderá intervir no mercado futuro para garantir liquidez e minimizar a volatilidade, se for necessário, afirmou o operador de câmbio da Correparti, de Curitiba, Judson Preuss.

Segundo ele, a advertência de Tombini significa que, se houver risco de valorização acentuada do real nesta sexta-feira e nas próximas sessões, o BC poderá intervir para dar sustentação ao dólar, de modo que a moeda americana não rompa o suporte informal recente de R$ 2,01. "O dólar ante o real deve continuar com volatilidade controlada, dentro de uma faixa estreita", avaliou. Também há expectativas pelo anúncio de pesquisa de demanda para a rolagem do próximo vencimento de US$ 4,5 bilhões em contratos de swap cambial em 1º de agosto.

Na BM&FBovespa, o contrato de dólar que vence em 1º de agosto de 2012 abriu com leve queda de 0,05%, a R$ 2,0215. Até 9h11, oscilou entre R$ 2,020 (-0,12%) e R$ 2,0225 (estável).

Em Nova York, nesse horário, o euro estava em US$ 1,2311, de US$ 1,2281 no fim da tarde de ontem. O dólar americano recuava 0,27% ante o dólar australiano; caía 0,25% em relação ao dólar canadense; perdia 0,1487% diante da rupia indiana; e cedia 0,55% em relação ao dólar neozelandês.

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