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O nome da presidente do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco em final de gestão, Luciana Santos, está sendo cotado para assumir o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações do governo Lula (PT). O Partido Comunista faz parte da federação com o PT e o PV e deve assumir uma única pasta na nova gestão, que inicia no dia 1º de janeiro. 

O presidente eleito sinalizou a possibilidade de ceder a pasta ao PCdoB diante da necessidade de nomear mais mulheres, no entanto, Luciana ainda não foi chamada para conversar diretamente com o petista. 

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O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) anunciou na sexta-feira, 27, que investirá R$ 100 milhões em pesquisas na área de saúde. O recurso foi liberado como crédito suplementar pelo Governo Federal e terá como origem o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), conforme nota publicada no site do órgão (www.mctic.gov.br).

Conforme o Ministério, foi anunciado uma chamada pública na área da saúde no valor de R$ 50 milhões, sendo que o MCTIC investirá R$ 30 milhões e o Ministério da Saúde 20 milhões.

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O edital será lançado por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao MCTIC. A chamada contemplará projetos nas áreas de diagnósticos, vacinas, testes clínicos com pacientes, patogênese do vírus e outros temas relacionados ao combate à covid-19.

O MCTIC também lançou o IdearuMCTIC (www.mctic.gov.br), ferramenta para a conexão de ideias e avaliação de maturidade de soluções tecnológicas, com foco inicial nos desafios apresentados pela pandemia.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) publicou nesta quinta-feira (31), no Diário Oficial da União, a Portaria nº 349/2019, que autoriza o reajuste nas tarifas dos serviços postais prestados em regime de exclusividade pelos Correios.

A correção média autorizada para este ano é de 0,3893% para serviços nacionais e internacionais. O primeiro porte da Carta Comercial e da Carta Não Comercial não sofrerão alterações, seus valores permanecem R$ 1,95 e R$ 1,30, respectivamente. No caso de Telegrama Nacional redigido pela internet, a nova tarifa é de R$ 8,19 por página. Antes, a tarifa vigente era de R$ 8,15.

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O reajuste, em conformidade com o disposto na Portaria do Ministério da Fazenda desta quinta-feira (31), que regulamenta o processo de reajuste das tarifas postais, considerou o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado de outubro a dezembro de 2018. As novas tarifas não se aplicam aos segmentos de encomendas e marketing, que são concorrenciais.

Nos próximos 10 anos, o objetivo da Rede Nacional de Pesquisa em Biotecnologia Marinha (Biotecmar), é desenvolver pesquisas inovadoras sobre o ambiente marinho e colocar o Brasil em uma boa posição na liderança internacional em tecnologia e biotecnologia marinha. A proposta foi apresentada no 1º Simpósio Nacional das Redes de Biotecnologia Marinha, realizado este mês, em Brasília.

De acordo com a Ascom do MCTIC, o documento de criação da rede destaca que a vasta área marinha do Brasil - com cerca de 4,5 milhões de metros quadrados-, considerado fonte potencial para a descoberta de novas moléculas e produtos biotecnológicos de grande valor para a economia. A possibilidade de atuação compreende diferentes áreas como fármacos e bioativos, cosméticos, aquicultura e pesca, energias renováveis e alimentos.

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O núcleo inicial da Biotecmar será formado por quatro redes de pesquisa regionais que já existem, selecionadas no edital 63/2013 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Essas redes são coordenadas por pesquisadores das Universidades Federais de Pernambuco (UFPE) – coordenação do professor do CAV Carlos Daniel Perez –, do Rio de Janeiro (UFRJ), do Rio Grande (Furg) e do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A articulação da rede de pesquisa será feita pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). 

Desde 2009, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE) almejava ter uma máquina de Exame PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons). Em 2012, a unidade conseguiu o caro equipamento - que na época custava R$ 3 milhões e hoje possui preço de mercado em torno de R$ 6 milhões -, mas ele ainda não está em uso.

O equipamento de PET-CT serve para diagnosticar o câncer e classificar em que estágio a doença está, ajudando no direcionamento do tratamento. O aparelho consegue detectar lesões pequenas que tomografias e ressonâncias comuns não conseguem.

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Apesar de estar dentro da unidade e fora das caixas, a máquina ainda não está operante por falta de estrutura. O aparelho precisa funcionar em uma sala com condições adequadas de refrigeração e eletricidade. 

A professora de Medicina Nuclear da UFPE e chefe do setor de medicina nuclear do Hospital das Clínicas, Simone Brandão, diz que todo o processo de compra da máquina de PET-CT está repleto de infortúnios 

Simone é responsável pelo projeto de compra da máquina, iniciado em 2009. Segundo ela, as empresas Phillips, Genereal Electric (GE) e Siemens, que disputavam a venda, não avançavam no envio dos documentos solicitados. “O sistema burocrático é muito complicado. As empresas ficam brigando entre elas e não mandam o que a gente precisa”, lamenta a professora. 

Quando o Hospital das Clínicas conseguiu as propostas já era 2012 e o equipamento que a unidade pretendia adquirir já estava ultrapassado. “Abortamos a licitação 15 dias antes do pregão. Ficamos super apreensivos mas decidimos que íamos pedir uma máquina mais nova e melhor”, lembra Brandão. 

Junto a um edital do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, Brandão conseguiu um processo de licitação mais acelerado. Em maio de 2012, fecharam o contrato com a GE. Em setembro, a máquina chegou. O equipamento passou um ano e dez meses encaixotado, por não ter local para ficar. “A sala da máquina tem que ter refrigeração e eletricidade adequada, mas o prédio do HC tem 30 anos que foi inaugurado, de construção é muito mais, e não tem as manutenções. O hospital começa a inflar e vão se criando gambiarras, começam a criar salas sem nenhum planejamento”, justifica a chefe do setor de medicina nuclear.

Brandão lembra que quando finalmente o aparelho foi tirado da caixa, perceberam que era o modelo anterior, ultrapassado. “Falamos com a GE, que queria deixar a máquina com a gente e dar uma de tomografia de brinde. Eu disse que não quero, que não vou utilizar uma máquina antiga”.

Daí, recorda Brandão, foi quase um ano para desinstalar a máquina, botar de novo na caixa, levar ao porto, para levar aos Estados Unidos e trazer a nova. Mais um ano desperdiçado. 

Só em janeiro de 2016, a nova máquina foi instalada. Logo depois houve uma infiltração no hospital que queimou a parte elétrica do local, atrasando mais uma vez o processo de ativação do aparelho. 

Não há previsão para o funcionamento da máquina de tomografia. Mesmo quando ela for finalmente utilizada, não será em uma sala com estrutura ideal. Brandão não sabe precisar quem é o grande responsável por toda a demora, mas tece algumas críticas. “Quando conseguimos os R$ 3 milhões, havíamos solicitado R$ 5,5 milhões ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para poder construir uma sala ideal, comprar mobília, equipamentos de radioproteção, mas eles só deram os R$ 3 milhões e acabou. Não existe uma seriedade”.

A chefe do departamento também critica a lerdeza na construção da sala, que, de acordo com ela, já está sendo feita às gambiarras. “Você não vê vontade nos funcionários públicos de engenharia. Eles ficam travados e as obras não andam. Eu vou lá, digo que a diretoria está mandando fazer e não fazem. Funcionários públicos não estão obedecendo, sabem que não vão ser punidos, eles não veem aquilo como ‘meu’”, acusa. “Eu já peguei três diretorias neste hospital. Às vezes tem um diretor mais persistente, mais ágil, mas ele cansa. Quando ele pega um monte de problema, ele pensa ‘oxe, quero isso para mim não’ e vai levando”. 

O relato da máquina parada partiu de uma denúncia da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), que relata o mesmo problema no Hospital de Base do Distrito Federal e no Rio Imagem, no Rio de Janeiro. Após a denúncia, Brandão percebe que a diretoria da unidade hospitalar está mais comprometida, convocando reuniões para saber do andamento das obras. 

A Tomografia por Emissão de Pósitrons foi incluída no Sistema Único de Saúde (SUS) desde abril de 2014 para diagnóstico de câncer de pulmão, colorretal e de linfomas. A SBMN considera que o acesso à ferramenta é deficitário no país. O Brasil possui atualmente 135 equipamentos, entre esfera pública e privada, sendo 15% no Nordeste.  Pernambuco possui 5 aparelhos de PET-CT. 

As mulheres interessadas em mostrar projetos na área tecnológica poderão se inscrever no projeto da Petrobrás até o próximo dia 18 de novembro. Intitulado "Meninas e Jovens Fazendo Ciências Exatas, Engenharias e Computação", o projeto é viabilizado com recursos não só da Petrobrás, quanto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Secretaria de Políticas através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Ao todo, os órgãos disponibilizaram R$ 11 milhões, sendo R$ 5 milhões dados pela Petrobras e a iniciativa tem como objetivo selecionar 300 projetos no Brasil. "A presença das mulheres na companhia tem sido crescente, sendo resultado de estratégias que contribuem para consolidar a Petrobras como uma empresa em que as mulheres brasileiras se interessem em trabalhar e construir as suas carreiras", informa Armando Tripodi, gerente executivo de Responsabilidade Social da Petrobrás. Cada projeto poderá receber investimento de R$ 20 mil. Para mais informações, basta consultar o site do CNPq. 

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Com informações da assessoria

O governo federal vai investir R$ 440 milhões para fortalecer as ações na área de nanotecnologia até 2014. Conforme antecipado pela Agência Brasil, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN), um conjunto de medidas para criar, integrar e fortalecer as atividades do setor, com foco na inovação.

A iniciativa pretende aproximar a infraestrutura acadêmica e as empresas, fortalecendo as relações entre pesquisa, conhecimento e setor privado. Entre as ações da IBN está a reestruturação do Sistema de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), que terão prioridade nas políticas públicas de apoio à infraestrutura e formação de recursos humanos. Das 50 propostas apresentadas por instituições e universidades de todo o país, 26 foram selecionadas para integrar o sistema.

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O SisNano é composto por unidades especializadas e multiusuárias de laboratórios, direcionadas a pesquisa, desenvolvimento e inovação em nanociências e nanotecnologias. O sistema visa a mobilizar as empresas instaladas no Brasil e apoiar suas atividades, além de reforçar a infraestrutura existente e universalizar o acesso à comunidade científica.

O coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do ministério, Flávio Plentz, explicou em entrevista à Agência Brasil, que os laboratórios do SisNano receberão recursos para operar de maneira “aberta ao uso”, tanto para pesquisadores e empresas.

“Vai modificar muito o ambiente da nanotecnologia no Brasil. Porque, agora, eles [os laboratórios] vão estar à disposição para desenvolvimento e vão ter o compromisso de ser laboratórios abertos onde as pessoas poderão entrar, contratar desenvolvimento ou colocar as suas equipes ou os seus pesquisadores lá dentro fazendo o desenvolvimento”, disse Plentz.

O SisNano é formado por duas categorias. Os laboratórios estratégicos, ligados ao MCTI e aos órgãos públicos, nos quais 50% do tempo de uso dos equipamentos deverá ser disponibilizado a usuários externos. E os laboratórios associados, localizados em universidades e em institutos de pesquisa, deverão oferecer 15% do tempo a pesquisadores e empresas de fora da instituição.

A nanociência é capaz de manipular, sintetizar ou modificar a matéria em uma escala de tamanho de nanômetro, que é 1 bilionésimo do metro. Tudo que se faz em termos de modificação, manipulação ou síntese de materiais nessa escala é considerado nanotecnologia.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Agência Brasileira da Inovação (Finep) lançaram edital de R$ 640 milhões voltado a parques tecnológicos em operação e em estágio de implantação, para incrementar o apoio a empresas que queiram se arriscar e investir em novos projetos tecnológicos. Os investimentos também incluem empresas que ficam nos parques ou em incubadoras.

Parques tecnológicos são espaços onde empresas transformam pesquisa em produto, por meio da troca de experiências com centros de pesquisa, instituições de ensino, incubadoras de negócios e laboratórios em busca de inovação tecnológica e aumento da produtividade.

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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Antonio Raupp, explicou que o novo edital diversificou os instrumentos de apoio para atender melhor aos diferentes tipos de empresas. “Além dos recursos não reembolsáveis que já eram oferecidos, agora temos também instrumentos de crédito direto a juros subsidiados e também a possibilidade de a Finep, por meio de um fundo, participar acionariamente das empresas, especialmente os pequenos empreendedores que precisam de capital para estabelecimento de seu negócio no mercado.”

Do total de recursos, R$ 90 milhões serão não reembolsáveis para parques tecnológicos em operação e em processo de implantação. As propostas deverão ser encaminhadas até o dia 17 de agosto por Formulário de Apresentação de Propostas, que estará disponível no site da Finep a partir de 29 de julho.

Para os parques em operação, os recursos serão de R$ 6 milhões a R$ 14 milhões. Para propostas de parques em fase de implantação, o valor mínimo é R$ 2 milhões e o máximo, R$ 5 milhões. O resultado final da chamada pública será divulgado a partir do dia 21 de outubro.

O edital também oferece R$ 500 milhões em crédito para os parques em operação e implantação e será exigida contrapartida de 20% do valor pleiteado à Finep.

O presidente da Finep, Glauco Arbix, destacou alguns dados que apontam que apesar de a economia estar menos aquecida, a demanda por tecnologia no setor empresarial continue crescente. “Parte das empresas brasileiras compreende que mesmo em situações mais difíceis, elas não podem abandonar planos e projetos de geração de tecnologia”.

As inscrições para a edição 2013 do Prêmio Finep iniciam na próxima segunda-feira (8), e seguirão até o dia 8 de agosto. Ao todo, serão disponibilizados de R$ 100 mil a R$ 500 mil para os melhores colocados regionais e nacionais de cada categoria. De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, responsável pelo órgão Finesp, o investimento nas premiações soma R$ 8 milhões.

Existem nove categorias no prêmio: Micro e Pequena Empresa, Média Empresa, Grande Empresa (apenas na etapa nacional), Instituição de Ciência e Tecnologia, Tecnologia Social, Inventor Inovador, Tecnologia Assistiva, Inovação Sustentável e Inovar Fundos – também restrita à etapa nacional e dividida em três subcategorias (Governança, Equipe e Operação).

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Segundo o Ministério, depois da inscrição, haverá uma fase de pré-qualificação, em que será realizada uma análise sobre o preenchimento do formulário, além de um atendimento ao perfil, às condições de participação e às categorias previstas no regulamento. Logo depois, durante o julgamento da etapa regional, as propostas pré-qualificadas receberão avaliação dos comitês de jurados formados por especialistas, representantes de instituições inovadoras, do setor empresarial e da Finep.

Iniciado no ano de 1998, o Prêmio Finep já beneficiou 500 empresas com suas premiações, além de instituições e pessoas físicas. No ano passado, foram registradas mais de 580 inscrições. Para esta edição, os interessados poderão se inscrever por meio do site do Finep.

Estratégias inovadoras, adotadas por pequenos agricultores para enfrentar os impactos da estiagem e das inundações no Semiárido brasileiro, serão mapeadas e catalogadas a partir do ano que vem. A ideia do projeto é entender como essas práticas sustentáveis têm impacto nos sistemas de produção e na qualidade de vida das populações locais para garantir que outras famílias possam se apropriar das técnicas usadas.

A iniciativa é uma parceria entre o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e a Articulação do Semiárido (ASA), rede formada por mil organizações da sociedade civil que atuam nos estados do Nordeste e em Minas Gerais.

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De acordo com Antônio Barbosa, coordenador de programa da ASA e um dos responsáveis pelo projeto, serão observadas as práticas de 900 famílias em nove estados (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Paraíba, Alagoas e Minas Gerais) durante a primeira fase do projeto, marcada para começar em março de 2013.

“Vamos conhecer as práticas de agricultores que têm terras com até 15 hectares, perfil que engloba cerca de 90% das famílias que vivem no Semiárido. Em um período de seca como a que temos visto, muitos deles têm sofrido as consequências, mas há outros que desenvolvem estratégias que os ajudam a passar quase sem perceber a seca. Queremos mapear essas formas de manejo, saber como são montadas as estrutura de segurança, e analisar os dados com números”, explicou.

Barbosa acrescentou que os primeiros resultados devem ser conhecidos ao fim do ano que vem, com a conclusão da primeira fase. Em 2014, durante a segunda etapa, serão selecionados os exemplos com maior impacto e caráter inovador e que podem ser multiplicados com mais facilidade pelas famílias do Semiárido. Com o apoio de centros de pesquisa e universidades, serão realizados estudos de caso para avaliar, de forma científica, os impactos das estratégias na qualidade do solo e das sementes. Por fim, com base nos resultados apurados, serão formuladas sugestões de políticas públicas e de ações para outros institutos e organizações socais que atuam na região.

O coordenador de pesquisa do Insa, Aldrin Martin, informou que o projeto será financiado em parte pelo ministério, e por parceiros que ainda estão sendo definidos. Ainda não há estimativa exata do valor que será necessário para a execução.

Há três anos, o pequeno agricultor Abelmanto de Oliveira, construiu quatro barragens subterrâneas para armazenar a água da chuva em sua propriedade de 10 hectares, em Riachão do Jacuípe, município a pouco mais de 180 quilômetros de Salvador. Com a tecnologia, a água captada é infiltrada no solo, eleva o lençol freático e viabiliza a prática da agricultura mesmo em períodos de seca prolongada.

“A última vez que tivemos chuva intensa por aqui foi há dois anos, em outubro de 2010. Mesmo assim, quem chega a esta área fica encantado, porque o efeito que a gente percebe, a olho nu, é que foi criado um verdadeiro microclima. A umidade relativa do ar aumenta e a vegetação se manifesta”, disse.

Mesmo com a seca que atinge a região, ele consegue produzir feijão, milho, mandioca e hortaliças. Além disso, aproveita as margens das barragens para plantar capim para alimentação animal. O agricultor gastou R$ 120 para construir as quatro barragens com capacidade de armazenar 80 mil litros de água na superfície. “É uma técnica simples e barata que qualquer agricultor pode fazer”, destacou.

Oliveira, que também tem em sua propriedade uma cisterna que acumula água da chuva para uso doméstico e uma cisterna-calçadão para produzir alimentos e matar a sede de animais, calcula que a água armazenada seja suficiente para o consumo da família pelos próximos meses.

“Com as tecnologias, consigo armazenar até 1,8 milhão de litros de água em minha propriedade. A maioria das pessoas da minha região já depende de carro-pipa por causa da estiagem, mas eu ainda tenho água para beber por oito meses e para usos domésticos, como lavar roupa e tomar banho, por cinco meses”, disse.

 

“O Brasil tem que dar esse passo, tem que criar uma infraestrutura que permita, tanto ao pesquisador industrializar a tecnologia, como às empresas terem acesso a uma rede de conhecimento, para converter ideias de seus setores de desenvolvimento em produtos”, afirma o físico Flávio Plentz, que assumiu, esta semana, a Coordenação Geral de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CGNT/MCTI).

Para Plentz, os avanços na área de tecnologia no país viriam em um momento de maturidade do cenário nacional. “Nos últimos anos, o Brasil deu um salto muito grande em formação de recursos humanos, em produção de trabalhos científicos e em publicação de artigos”, afirma. “Se não está completamente consolidado, esse sistema está em um patamar muito melhor do que ocupava em um passado recente”.

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Para colaborar com esse crescimento, o coordenador tem a expectativa de que o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano) promova a interação entre pesquisadores e empresas que trabalhem com matérias em escala atômica. “Na verdade, vai ser uma rede de laboratórios financiada pelo ministério, que deve formar uma base de infraestrutura para pesquisa e desenvolvimento em nano”, adianta.

A próxima etapa para a implementação do DIsNano deverá ocorrer no fim de agosto, quando o Comitê Consultivo de Nanotecnologia deve analisar as primeiras propostas de instituições que possuem interesse em compor a rede. Criado em maio de 2011, esse grupo tem como secretaria executiva a CGNT e se é composto por representantes de institutos de pesquisa do MCTI, empresas públicas, entidades privadas e universidades. O objetivo é assessorar a pasta no setor, considerado estratégico para o desenvolvimento industrial do País. 

GESTÃO

Para promover a integração entre a gestão das atividades, o coordenador do CGNT considera fundamental a atuação do Comitê Interministerial de Nanotecnologias (CIN), fundado em 9 de julho, a fim de organizar as respectivas ações do governo. O MCTI coordena o grupo, com participação dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Defesa (MD), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), da Educação (MEC), do Meio Ambiente (MMA), de Minas e Energia (MME) e da Saúde (MS).

“Esse comitê coloca a nanotecnologia num outro nível de ação governamental, porque ele vai poder criar um determinado programa a partir de conhecimentos e recursos de oito ministérios”, analisa Plentz. “Isso vai dar uma consistência, uma robustez bem maior para as ações do MCTI e do governo federal”.

Também para aproximar o Brasil das potências mundiais do setor, o Ministério instituiu em fevereiro o Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia (CBC-Nano). A formatação da rede cooperativa será definida por uma comitiva brasileira com viagem programa para a Ásia em setembro. Flávio Plentz integra o grupo, chefiado por Adalberto Fazzio, assessor especial do ministro.

Graduado em Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1985, Flávio Orlando Plentz Filho fez mestrado e doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1989 e 1993, e pós-doutorado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 1995. Ele é professor da UFMG, com formação em física de semicondutores e atuação recente com nanomateriais de carbono, além de técnicas de micro e nanofabricação.

Fonte: Assessoria do MCT

A promessa do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, de abrir uma filial do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) no Brasil segue de pé. Segundo o Ministro, suas esperanças cresceram ao receber uma mensagem do futuro reitor do Instituto, Rafael Reif.

“Como futuro presidente do MIT, estou muito interessado em novas formas de colaboração com o Brasil, incluindo a instalação de um centro de pesquisa”, diz Reif, que atualmente ocupa o cargo de vice-reitor, mas foi escolhido para assumir a frente do instituto a partir de julho.

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Mercadante acrescentou que Marco Raupp, ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, sua antiga pasta, também recebeu a mensagem. A possibilidade do centro de pesquisas ter uma filial no Brasil surgiu durante uma viagem da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos em Abril. Na ocasião, Mercadante anunciou que o MIT iria abrir uma "filial" no Brasil, porém, horas depois, o MIT emitiu uma nota negando a informação e sugerindo que ocorreu um "mal entendido".

Acordos - Existe um acordo envolvendo o MIT e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com o objetivo de expandir a formação de engenheiros no Brasil. Além disso, cursos online resultado de uma parceria entre o MIT e Harvard poderão ser oferecidos no Brasil futuramente. Esses dois itens são os únicos fatos concretos entre o Brasil e o MIT.

Provavelmente uma declaração sobre um centro do MIT no Brasil poderá sair em julho. O ministro da Educação afirmou que convidará um represetante do instituto para visitar o país depois da Rio+20, quando a agenda do governo estará menos cheia.

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