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O suspeito de ter assassinado o mestre de capoeira e ativista cultural Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, mais conhecido como Moa do Katendê, confessou à polícia ter desferido 12 golpes de faca contra a vítima por conta de uma discordância política. O barbeiro Paulo Sérgio Ferreira, de 36 anos, defendia o candidato à presidência Jair Bolsonaro, enquanto o mestre Moa era eleitor do Fernando Haddad; o que teria motivado o crime.

O assassinato foi cometido dentro de um bar localizado na Avenida Vasco da Gama, em Salvador, na madrugada dessa segunda-feira (8). Segundo informações divulgadas pelo Portal Terra, o autor confesso do crime chegou no bar onde a vítima estava gritando que "o Brasil precisava ser livrar do PT". Neste momento o mestre Moa entrou na discussão e começou a defender o partido. Depois do desentendimento, Paulo Sérgio foi até a sua casa e voltou com uma faca peixeira e desferiu vários golpes contra a vítima e o seu irmão Germinio do Amor Divino Pereira, de 51 anos, que está internado.

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Em depoimento à polícia, o autor confesso do crime disse ter atingido as costas e o pescoço do capoeirista. Já para a imprensa, Paulo Sérgio se contradisse ao afirmar que a discussão teve a ver com divergência sobre futebol e não com política. A Polícia Militar da Bahia confirmou que Paulo foi encontrado com uma mochila com roupas no intuito de fugir antes de ser preso nesta segunda (8), mesmo dia do crime.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o barbeiro já tinha outras duas passagens pela polícia: em 2009 por ter ameaçado uma criança de 14 anos com uma tesoura após o garoto tê-lo abordado para pedir esmola, e em 2014 por ter se envolvido numa briga de rua. Agora o homem vai ser indiciado por homicídio e tentativa de homicídio.

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Na noite em que se encerrou o primeiro turno das eleições no Brasil, nesse domingo (7), na Bahia, Romualdo Rosário da Costa, conhecido como mestre Moa do Katendê, foi assassinado a facadas após discussão política com um morador da localidade que defendia ideias do candidato Jair Bolsonaro. Não gostando da posição contrária do mestre, o agressor identificado como Paulo Sérgio Ferreira foi em casa, pegou uma faca peixeira e assassinou a vítima.

Além de Moa, o seu irmão Germinio do Amor Divino Pereira, de 51 anos, também foi atingido pelos golpes tentando proteger o familiar. Segundo apurado pelo site Correio, Germinio está internado e continua sedado no Hospital Geral do Estado (HGE). Paulo Sérgio, identificado por testemunhas, foi preso pela polícia e será apresentado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Segundo relatos no Facebook de pessoas que conheciam o mestre, Moa sempre foi defensor das classes menos favorecidas. Conforme divulgado pelo Correio, na discussão o capoeirista disse que o agressor Paulo Sérgio era muito jovem e que não sabia nada da história do país; nesse momento Paulo foi até a sua casa e voltou já esfaqueando o mestre, que morreu no local.

Moa era mestre tradicional da capoeira angolana da Bahia e do Afoxé. Era também compositor, dançarino, percussionista e educador.

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