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Estão abertas as inscrições para o Programa Trainee 2014 da Unidade de Negócio Nióbio e Fosfatos da Anglo American, multinacional do setor de mineração. Podem se candidatar profissionais recém-formados de todo o Brasil, pela internet, até o dia 31 de julho.

O objetivo do programa é desenvolver futuros profissionais no segmento de negócios. A duração das atividades é de 24 meses. As oportunidades são para as áreas comercial, recursos humanos, finanças, segurança e desenvolvimento sustentável, mina e geologia, estratégia, produção e processo, supply chain e manutenção. O processo de seleção ocorrerá no decorrer deste ano.

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De acordo com a empresa, a sede da Unidade de Negócio Nióbio e Fosfatos tem sede em São Paulo e realiza operações em Catalão (GO), Ouvidor (GO) e Cubatão (SP). Outros detalhes sobre o programa podem ser obtidos por meio do endereço eletrônico do processo seletivo.

A presidente Dilma Rousseff vai anunciar nesta semana o 20.º pacote de medidas de estímulo à economia de seu governo. O pacote da vez será o novo Código de Mineração, que deve, na visão do governo, impulsionar os investimentos das mineradoras no Brasil já a partir do segundo semestre. O anúncio do novo código está previsto para amanhã, no Palácio do Planalto.

O governo vai enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional. A ideia é evitar o expediente das medidas provisórias, e, com isso, obter uma tramitação suave. Ao sinalizar para os parlamentares que o pacote não exige a mesma pressa para ser aprovado que os demais 19 tiveram, o governo aposta numa nova estratégia.

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Dois empresários que se reuniram nos últimos meses com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e também com técnicos do Palácio do Planalto, contaram ao jornal O Estado de S. Paulo que o "excesso" de ativismo do governo Dilma Rousseff na economia foi positivo, ao atenuar os efeitos da crise mundial no Brasil. Mas, ambos, que optaram pelo anonimato, afirmaram que o outro lado da moeda foi a retração de parte dos investimentos. Como as regras mudavam muito rapidamente, com incentivos sendo disparados com alguma periodicidade, alguns setores resolveram esperar o governo terminar para depois investir.

Esse ativismo na economia ainda não deu resultado prático - o Produto Interno Bruto (PIB) ainda não superou o avanço de 2,7% registrado logo no primeiro ano de Dilma, ao mesmo tempo em que a inflação persiste em patamares elevados.

Segundo afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a atuação do governo federal em ritmo acelerado foi crucial para que o País atravessasse o período de agravamento da crise econômica mundial, entre o segundo semestre de 2011 e o início deste ano.

"Nossa gestão tem foco na proteção da renda das famílias e nos níveis de produção. Mas é claro que essas medidas todas têm um custo. Qualquer enfrentamento à crise tem custo. Mas qualquer um hoje no Brasil avalia que nossos custos são bem menores do que aqueles que os europeus estão tendo e que os americanos tiveram para debelar essa mesma crise", disse Gleisi.

Foco

A maior parte das medidas foi direcionada para estimular o investimento dos empresários, e da indústria de transformação em especial. No entanto, até o início de 2013, o resultado do PIB era essencialmente puxado pelo consumo das famílias - alvo de incentivos pontuais, como as recorrentes prorrogações, por parte do Ministério da Fazenda, de impostos reduzidos à indústria automobilística, e de eletrodomésticos da linha branca.

As críticas feitas pela oposição ao governo apontam para o fato de que os pacotes voltados estritamente ao consumo são mais efetivos. Este seria o caso da desoneração dos produtos da cesta básica, anunciado pela presidente no início de março, e o mais recente pacote, o 19º, anunciado na semana passada - a criação de uma linha de crédito subsidiado para financiar a compra de eletrodomésticos e móveis pelos mutuários do Minha Casa, Minha Vida.

Por outro lado, o governo aposta que, a partir do segundo semestre, o cenário econômico será dominado pelos investimentos. "As concessões de rodovias, portos, ferrovias e aeroportos que anunciamos no fim de 2012 vão efetivamente começar agora", disse Gleisi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou a concessão de seis lavras para exploração mineral. A decisão está em portarias publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira (11).

Os documentos outorgam à empresa Fertimar Mineração lavra de calcário no município de Jaguaripe (BA); à empresa Irmãos Quaglia Minérios lavra de diabásio em Descalvado (SP); à Braminas Brasileira de Granitos e Mármores lavra de granito no município de Salto (SP); à Calmina Cia. Integrada de Calcinação e Mineração lavra de gipsita em Ouricuri (PE); à Mineradora Santa Isabel lavra de argila em Itaí (SP); e à Incopol Indústria e Comércio Pontal lavra de basalto em Ituiutaba (MG).

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Com as permissões, já passa de 20 o número de concessões de lavras minerais autorizadas pelo MME este ano. As portarias de hoje, porém, não trazem a exigência de assinatura de termo de compromisso pelas empresas, concordando com requisitos estabelecidos pelo governo, como condição para a efetivação das concessões. Essa exigência está nas portarias assinadas pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que autorizaram concessões anteriores este ano.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), confirmou na noite desta terça-feira, 4, que o novo marco regulatório para a mineração no Brasil será enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional em forma de projeto de lei, e não como medida provisória.

O deputado, que esteve mais cedo com a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o projeto chega este mês e será pedido regime de urgência para a tramitação. "É o novo marco regulatório que essa Casa vai discutir amplamente. Vai ser a grande discussão no segundo semestre", afirmou.

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Questionado se o governo indicou que passaria a enviar menos medidas provisórias ao Congresso, Alves disse não saber. "Depende da circunstância. Aí é uma definição do governo."

As exportações de minério de ferro em abril somaram 23,347 milhões de toneladas, queda de 8,6% em relação ao registrado no mesmo mês de 2012 (25,546 milhões de toneladas), anunciou nesta quinta-feira a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Na comparação com março, o volume subiu 3,42%. Em março, foram exportadas 22,574 milhões de toneladas. Ainda de acordo com a Secex, o preço médio do minério de ferro praticado em abril foi de US$ 108,6 a tonelada, alta de 8,05% ante o mesmo período de 2012 (US$ 100,5/t). Em relação a março, houve queda de 1,9% (era de US$ 110,8/t).

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, estimou que a proposta do governo para o novo código da mineração deve ser conhecida na primeira quinzena de maio. Segundo ele, o texto, que deverá ser um novo marco para o setor, chegará ao Congresso Nacional por meio de medida provisória.

Lobão voltou a dizer que não deve haver cobrança de participação especial sobre as mineradoras. De acordo com ele, a presidente Dilma Rousseff concordou com a ideia. Questionado sobre a demora no envio da proposta, o ministro respondeu apenas que "o martelo está praticamente batido". Ele participou de entrevista à imprensa na tarde desta terça-feira, 23, para comentar medidas do governo de incentivo ao etanol e à indústria química.

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou nesta quarta-feira que a proposta do novo marco da mineração, que será enviada ao Congresso, prevê que a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), o chamado royalty da mineração, deve ser elevado de uma média de 2% para cerca de 4%. Segundo o ministro, o governo quer que o royalty, que hoje incide sobre o faturamento líquido, seja cobrado sobre o faturamento bruto das empresas.

A proposta também vai criar a Agência Nacional de Mineração, que vai substituir o Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM). Segundo o ministro, o Conselho Nacional de Política Mineral vai estabelecer o processo de licitação para a exploração de áreas minerárias, no lugar das atuais autorizações. O prazo de exploração será de 30 anos, renováveis por mais 20.

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Lobão disse que também deve haver cobrança de participação especial sobre áreas que sejam "extremamente generosas". Segundo ele, a maior parte dos recursos advindos dessa cobrança irá para os municípios. Estados também devem receber uma parte disso, e uma menor parte irá para a União.

O ministro afirmou que o governo ainda não decidiu o que vai fazer com os pedidos de autorização de exploração que já foram feitos ao DNPM, mas que ainda não receberam resposta. A análise desses pedidos foi suspensa desde que as discussões a respeito do novo código começaram. Lobão deu a entender, porém, que esses pedidos não devem ser aceitos. "Estamos examinando sob o ponto de vista jurídico, mas entendemos que enquanto a portaria de lavra não foi concedida, o processo não se concluiu, portanto é passível de modificação", afirmou.

O diretor-presidente da Gerdau, André B. Gerdau Johannpeter, informou nesta quinta-feira, que o plano de investimentos da empresa para o período de 2013 a 2017 foi revisto de R$ 10,3 bilhões para R$ 8,5 bilhões. O executivo reiterou, em teleconferência com jornalistas, que a revisão deve-se às incertezas do mercado econômico mundial e ao patamar de demanda atual.

O executivo preferiu não abrir, no entanto, os segmentos e regiões que receberão os aportes do novo plano de negócios da empresa. Ele também reiterou que o resultado do quarto trimestre de 2012, divulgado nesta quinta-feira, não representa uma tendência para 2013. Segundo o executivo, a visão baseia-se na retomada gradual da economia dos Estados unidos, na recuperação no Brasil, China e outros países da América Latina.

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"Juntamente com medidas que estão sendo tomadas pela empresa, vamos melhorar a rentabilidade em 2013", afirmou. Entre as medidas, Johannpeter citou o início das operações do segmento de mineração, ingresso no segmento de aços planos (um novo nicho) e ainda a diversificação dos negócios, com a entrada em operação da planta de aços especiais na Índia.

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, se reuniu nesta quarta-feira com o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), dando prosseguimento às consultas que o Planalto está fazendo com diversos segmentos para a elaboração do texto final do novo código de mineração, que deverá ser enviado ao Congresso no mês de março.

Segundo o governador Anastasia, a ministra confirmou a disposição do governo de alterar os critérios da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), dentro do novo marco regulatório da mineração, uma das reivindicações dos tucanos.

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Hoje, as alíquotas do CFEM chegam a 2% para ferro, fertilizante, carvão, e 3% para minério de alumínio, manganês, sal-gema e potássio. A ideia do governo é elevá-las. Os números ainda estão em discussão e não foram fechados pelo governo. A ministra Gleisi está garantindo aos governadores que a intenção do Planalto é garantir que Estados e municípios, que são produtores de minérios, tenham uma "justa compensação" financeira. O governo quer "tornar esta atividade econômica competitiva, de forma que ela agregue valor ao País".

Segundo o governador Anastasia, o texto que está sendo elaborado deve promover "evoluções positivas" na legislação atual. De acordo ele, na conversa, ficou demonstrado que há "pontos de vista semelhantes" entre o que defende o governo mineiro e o que o Planalto pretende modificar. "Nós mostramos que os valores atuais são pequenos, principalmente diante dos royalties de outros produtos, como o petróleo", declarou após se reunir com a ministra.

Anastasia defendeu a necessidade de elevação da alíquota da CFEM justificando que "a economia mineira ainda é muito calcada na cadeia produtiva que se origina na mineração". Para ele, "esse novo marco vai estimular a mineração, é claro, com as preservações necessárias". A ministra Gleisi vai se reunir ainda esta semana com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.

A siderúrgica sul-coreana Posco informou, nesta terça-feira, que ela e seus parceiros decidiriam comprar fatia de 15% de uma mineradora controlada pela ArcelorMittal no Canadá por US$ 1,1 bilhão.

O consórcio formado pela Posco concordou, na segunda-feira, em adquirir a parcela na ArcelorMittal Mines Canada, disse a represente da Posco Kim Ji-young para a Dow Jones. Ela não citou o nome dos parceiros da Posco e quanto cada um iria investir.

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A agência de notícias sul-coreana Yonhap publicou que a China Steel iria investir US$ 540 milhões na aquisição, enquanto a Posco colocaria US$ 270 milhões. A agência não cita fontes na reportagem, relatando ainda que a Posco está tratando com investidores potenciais para se juntarem ao consórcio, incluindo um fundo de pensão coreano.

A aquisição daria a Posco maior acesso à matéria-prima para sua produção de aço. As informações são da Dow Jones.

A Vale obteve licença de instalação (LI) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC). De acordo com comunicado da mineradora, a licença foi concedida junto com a Autorização para Supressão de Vegetação (ASV), o que permite o início das obras que visam aumentar a capacidade da EFC para 230 milhões de toneladas métricas por ano (Mtpa).

A estrada de ferro liga as operações de mineração da Vale no Pará ao terminal marítimo de Ponta da Madeira no Maranhão.

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"A concessão da LI é um marco relevante no processo de execução do projeto S11D, que envolve investimento total de US$ 19,5 bilhões, sendo US$ 8,1 bilhões na mina de minério de ferro e planta de processamento em três módulos, e US$ 11,4 bilhões na ampliação da infraestrutura de logística, ferrovia e terminal marítimo", diz a empresa, em nota. O projeto S11D também é conhecido como Serra Sul.

A Vale informa ainda que a licença abre espaço para obras que totalizam 786 quilômetros de extensão com conclusão prevista para 2017 e incluem a duplicação de 559,7 quilômetros de ferrovia.

"O início do ramp up da produção de minério de ferro está previsto para o segundo semestre de 2016 e a operação à plena capacidade para o final de 2017. A capacidade adicional de 90 Mtpa deverá ter custo operacional - mina, planta, ferrovia e porto - extremamente baixo e criará oportunidades para expansões futuras brownfield com custos de investimento também muito baixos", explica a Vale, no comunicado.

O governo da Guiné negou na segunda-feira, em comunicado do Ministério de Minas, que esteja negociando com o BTG e a B&A Mineração - empresa do banco e de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale - um contrato para exploração das áreas 1 e 2 do complexo de Simandou, considerado a maior reserva inexplorada de minério de ferro do mundo. As áreas pertencem atualmente à mineradora brasileira Vale e à israelense BSG Resources.

O comunicado foi divulgado um dia após o presidente da BSG, Asher Avidan, afirmar, em entrevista ao 'Estado', que pretende processar o banco de André Esteves e Agnelli, que negociam um contrato de assessoria financeira e estratégica com a Guiné. Segundo o executivo, o contrato seria amplo o suficiente para dar aos consultores brasileiros influência sobre todo o complexo de Simandou, colocando seus interesses em risco.

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Na nota divulgada na segunda-feira o governo da Guiné afirmou que as negociações com o BTG ainda estão em curso, mas que o contrato se refere ao financiamento de obras de infraestrutura, incluindo a ferrovia para transportar o minério de Simandou, no interior da Guiné, aos compradores internacionais. O comunicado não descarta uma eventual entrada do BTG e de sua empresa de mineração em outras áreas de Simandou, hoje sob responsabilidade da australiana Rio Tinto.

Na nota, o ministro de Minas da Guiné, Lamine Fofana, disse que as negociações com o BTG estão sendo feitas de maneira transparente. “O Estado trabalha de maneira responsável e legal, com todas as partes interessadas, incluindo investidores e operadores do setor de mineração”, disse o comunicado. Sobre a presença do filho do presidente Condé nas negociações, afirma que Mohamed Condé participa como conselheiro.

A Vale, que entrou no projeto na Guiné há dois anos e meio, ao comprar 51% da concessão da BSG por US$ 2,5 bilhões, informou na segunda-feira que não pretende entrar como coautora em um eventual processo que sua sócia venha a mover contra o BTG e Roger Agnelli. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

As greves na África do Sul se espalharam da indústria da mineração de platina para as minas de ouro, inspiradas pelo violento movimento que ocorreu na mina de Marikana, onde os trabalhadores grevistas conseguiram nesta semana um acordo com a empresa controladora da jazida, a Lonmin. Os trabalhadores da mina Kopanang, da AngloGold, começaram uma greve na noite da quinta-feira. A mina emprega cinco mil trabalhadores. Nesta sexta-feira, foi emitida uma ordem de prisão contra Julius Malema, político dissidente do partido governista Congresso Nacional Africano (CNA) que incitou à greve. Malema é acusado de fraude e corrupção.

A greve continua nesta sexta-feira na mina Kopanang. Alan Fine, porta-voz da AngloGold, informou que a empresa ainda não recebeu reivindicações dos grevistas. O porta-voz do Sindicato dos Mineiros da África do Sul, Lesiba Seshoka, disse que se reuniu com os trabalhadores de Kopanang nesta sexta-feira e que eles pedem um aumento salarial. Seshoka pediu aos mineiros que voltem ao trabalho.

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Nas últimas semanas, Julius Malema fez vários discursos incitando os milhares de trabalhadores das minas à greve. Nesta sexta-feira, a advogada do político dissidente confirmou que a Justiça emitiu uma ordem de prisão contra ele. "Sim, eu me encontrei com meu cliente e nós estamos ocupados com isso. Não tenho uma cópia da ordem de prisão e não conheço as acusações", disse a advogada Nicqui Glaktiou.

Nesta sexta-feira, mineiros de outra jazida de ouro, a de Carletonville, entraram no 12º dia de greve. A mina é da Gold Fields. Os 15 mil mineiros locais querem aumento salarial para 12,5 mil rands mensais (US$ 1,5 mil). O salário é o mesmo que os trabalhadores de Marikana reivindicaram e conseguiram da Lonmin. O Sindicato Nacional dos Mineiros faz o papel de intermediador entre a empresa e os trabalhadores. Os trabalhadores também querem que outros delegados sindicais sejam nomeados. Sven Lunsche, porta-voz da Gold Fields, disse que o pedido salarial está além das possibilidades de pagamento da empresa.

A greve na mineração da África do Sul, que teve início no começo de agosto, já deixou 47 mortos. Pelo menos 34 mineiros em greve foram mortos pela polícia a tiros em Marikana em 16 de agosto.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A mineradora britânica Lonmin Plc anunciou nesta segunda-feira que suspendeu a exploração de uma nova mina na África do Sul, o que significará a perda de 1.200 empregos, no momento em que a sangrenta greve dos mineiros sul-africanos entra na quinta semana. A greve, que deixou pelo menos 45 pessoas mortas, 34 das quais abatidas a tiros pela polícia em meados de agosto, suspendeu os trabalhos em sete minas de ouro e platina na África do Sul, informou a agência de notícias do governo South African Press Association.

Nesta segunda-feira, a polícia impediu que o político dissidente Julius Malema fizesse um discurso a três mil mineiros em greve em um estádio em Marikana, perto de Johannesburgo, onde fica a mina de platina da Lonmin e onde teve início a paralisação. "Você está preso" disse um policial a Malema, que no entanto recebeu 20 minutos para deixar o local e não ir para a cadeira. O político obedeceu e foi embora, sob protestos: "Porque vocês estão me perseguindo? Vocês vão atirar em mim?" perguntou aos policiais antes de sair com seus partidários.

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Malena foi expulso do partido governista Congresso Nacional Africano (CNA), do presidente Jacob Zuma, em abril, acusado de provocar a "desunião" no grupo. Ele tem pedido por uma greve nacional dos mineiros

A greve dos mineiros sul-africanos se alastrou nesta segunda-feira, com 15 mil trabalhadores da mina de ouro KDC iniciando uma paralisação e o comparecimento ao trabalho de apenas 6% dos 28 mil empregados da mina de platina de Marikana, a terceira maior produtora do metal no mundo. No total, o número de mineiros que estão parados é de 41.200. Em uma segunda mina de platina, Implats, os 15 mil trabalhadores compareceram ao serviço mas exigem um aumento de 10% nos salários.

Centenas de trabalhadores realizaram um protesto na mina de Marikana, da empresa Lonmin Plc, nesta segunda-feira. Muitos carregavam lanças e porretes. Eles marcharam sob supervisão de tropas de choque. Um confronto entre policiais e manifestantes deixou 34 mineiros mortos em 16 de agosto. Os grevistas ameaçam matar qualquer um que não respeitar a paralisação, convocada até que a Lonmin concorde em aumentar os salários para pelo menos 12,5 mil rands por mês (US$ 1,5 mil).

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A Gold Fields International, empresa responsável pela mina KDC, disse que a greve começou na noite de domingo. Mais de 12 mil mineiros querem a remoção dos atuais delegados sindicais e o aumento no salário mínimo para 12,5 mil rands mensais.

A Lonmin esperava que os mineiros voltassem ao trabalho em Marikana, após ter assinado na semana passada um acordo com a central sindical e dois outros sindicatos de mineiros. Trabalhadores não sindicalizados e uma dissidência sindical, contudo, rechaçaram o acordo e prosseguiram com a greve.

Mineiros disseram à Associated Press que estão ficando desesperados porque não têm mais dinheiro para alimentar suas famílias. Ainda assim, dizem estar resolutos a não voltar ao trabalho até que a demanda seja atendida. Eles se recusaram a informar os nomes à reportagem.

A porta-voz da Lonmin, Sue Vey, disse que as negociações entre os mineiros, os sindicatos e a empresa foram adiadas por 24 horas nesta segunda-feira porque representantes dos grevistas não sabiam que uma reunião havia sido marcada. Segundo ela, quando as negociações forem retomadas, deverão durar dias e serão baseadas em um documento que discutirá aumentos salariais.

O CEO da mineradora Xstrata, Mick Davis, poderia receber um pagamento de cerca de 38 milhões de libras esterlinas (US$ 60,8 milhões) se a última proposta de fusão com a Glencore for aceita, informou o jornal Sunday Telegraph. De acordo com o jornal, Davis deve receber remuneração de pelo menos 8 milhões de libras esterlinas e poderia ainda ganhar recursos de ações da companhia da ordem de 30 milhões de libras esterlinas, se a negociação, que teve novos desdobramentos na sexta-feira, for em frente e ele acabe ficando sem cargo. Executivos da Xstrata e da Glencore não quiseram comentar o assunto.

A proposta de "fusão de iguais" entre a Glencore e a Xstrata teve uma reviravolta na sexta-feira, quando a Glencore submeteu uma nova oferta de US$ 36 bilhões pela Xstrata. A proposta revisada também prevê que o executivo-chefe da Glencore, Ivan Glasenberg, torne-se executivo-chefe da companhia combinada. Sob a proposta anterior, Glasenberg seria vice executivo-chefe e Davis se tornaria o CEO. As informações são da Dow Jones.

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Paris, 28/07/2012 - O ministro da Indústria da França, Arnaud Montebourg, vai iniciar conversas sobre o futuro da fábrica de aço da ArcelorMittal rapidamente. A preocupação do ministro com a gigante do aço é decorrente de um estudo feito por um consultor que revelou que para se manter competitiva, a fábrica precisará de investimentos rápidos e significativos.

O ministro irá conversar com os executivos da ArcelorMittal para assegurar que um projeto de desenvolvimento para a indústria corresponda à estratégia da empresa.

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Dois meses atrás, ArcelorMittal confirmou seu plano de extender por outros seis meses o funcionamento apenas parcial da fábrica até o final de 2012. O futuro desta fábrica é um dos muitos casos que estão sendo observados de perto pelo governo francês à medida que o enfraquecimento da demanda europeia e questões de competitividade estão afetando a indústria francesa.

A empresa automobilística francesa Peugeot também está no meio de intensa negociação com o presidente francês Francois Hollande sobre seus planos de reestruturação. As informações são da Dow Jones. (Equipe AE)

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia, suspendeu desde a última segunda-feira (16) os prazos previstos na legislação de mineração, por causa da greve dos servidores da autarquia.

De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, o reinício da contagem dos prazos pelo tempo restante será a partir do 5º dia útil após a publicação de outra portaria a ser editada.

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O DNPM é o órgão encarregado de gerir e fiscalizar o exercício das atividades de mineração no País, para o bom aproveitamento dos recursos minerais, de forma racional.

O grupo de trabalho formado pela Vale e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) para decidir sobre o imbróglio envolvendo a cobrança da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), conhecida como royalties da mineração, concluiu as atividades, disse o presidente da Vale, Murilo Ferreira. A informação também foi confirmada nesta quarta-feira pelo secretário de Geologia e Mineração do Ministério de Minas e Energia (MME), Claudio Scliar.

Em rápida entrevista ao chegar ao Ministério dos Transportes, onde agora está reunido com o ministro Paulo Passos, Ferreira não quis adiantar os valores a serem pagos pela empresa. O DNPM alegava que a Vale devia R$ 4,8 bilhões, mas um relatório divulgado pelo Credit Suisse previa que o acordo reduziria o montante para R$ 1,2 bilhão.

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Segundo a Vale, os termos do acordo serão anunciados após o fim da greve do DNPM, que começou na segunda-feira (16). "Ficou mais perto do que é o real devido", limitou-se a dizer o presidente da mineradora.

A arrecadação da Compensação Financeira pela Produção Mineral (CFEM), conhecido como os royalties da mineração, somou R$ 589,959 milhões nos primeiros cinco meses do ano, crescimento de 6% em relação ao mesmo período de 2011, de acordo com dados do Departamento Nacional de Produção Nacional (DNPM).

Nos dois primeiros meses do ano, a produção de minério de ferro em Minas Gerais, uma das principais regiões produtoras do País, foi afetada pelo elevado índice pluviométrico.

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A CFEM é calculada sobre o valor do faturamento líquido do produto mineral quando vendido. Segundo o DNPM, esse faturamento líquido significa o valor de venda deduzindo-se impostos e despesas com transportes que incidem no ato da comercialização. No caso do minério de ferro, a alíquota é de 2%; já no de potássio e alumínio, de 3%.

As alíquotas cobradas pelo governo às mineradoras são objeto de uma das mudanças que deverão vir com o marco regulatório do setor, prometido pelo governo para entrar em vigor este ano. A indicação é que o porcentual cobrado seja dobrado com o projeto de lei. Ou seja: no caso do minério de ferro, a alíquota passaria para 4%.

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