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A produção de minério de ferro na China em março caiu 13,4% em relação ao mesmo período de 2014, para 105,1 milhões de toneladas, de acordo com a agência de estatísticas do país.

A produção de materiais siderúrgicos recuou 9,3% nos primeiros três meses deste ano, em relação a um ano atrás, para 281,2 milhões de toneladas.

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A indústria de minério chinesa enfrenta uma perspectiva sombria, já que os preços globais do minério de ferro caíram muito abaixo de seus custos domésticos de produção. Fonte: Dow Jones Newswires.

As exportações de minério de ferro em janeiro somaram 23,3 milhões de toneladas, recuo de 5,7% vem relação ao observado no mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (2), pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na comparação com dezembro, o volume exportado registrou queda de 37,7%.

Já as receitas com as vendas externas do insumo, ainda no mês passado, chegaram a US$ 1,197 bilhão, recuo de 51,8% ante o visto um ano antes. Em relação a dezembro, as receitas recuaram 40%.

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A queda das receitas na comparação anual deve-se à derrocada dos preços do minério de ferro. A média praticada em janeiro do insumo exportado pelo Brasil, foi de US$ 51,4 a tonelada, ante US$ 100,5 a tonelada em janeiro de 2014. Em dezembro do ano passado a média dos preços estava em US$ 53,3.

Uma fusão entre Rio Tinto e Glencore poderia criar a segunda maior produtora de minério de ferro do mundo, atrás apenas da Vale, contudo a aproximação também poderia enfrentar dificuldades regulatórias na Austrália e na China, além de resistência entre acionistas. A Rio Tinto informou nesta terça-feira, 07, que foi contactada pela Glencore em julho sobre uma aquisição, mas a proposta foi logo rejeitada. Apesar da oposição inicial, há razões para Glencore buscar comprar a Rio Tinto.

Analistas afirmam que um acordo poderia unir o minério de ferro de alta qualidade da Rio Tinto e a extensa rede de infraestrutura com poder maior de marketing da Glencore, permitindo potencialmente que a nova empresa leve ativos para a China a um custo menor. "No geral, um acordo potencial seria positivo para Glencore e para o setor, dada a longa lista de possíveis justificativas", disseram analistas do Citi, em uma nota de pesquisa. "A grande questão é a que preço os acionistas da Rio Tinto aceitariam - e se aceitariam - uma vez que estamos em mínimas nos preços de minério de ferro".

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"É muito cedo para ficar animado", disse Andrew Macfarlane, analista da Mitsubishi UFJ Securities International PLC. O acordo "faz sentido a partir de um prospecto de negócios, mas há obstáculos claros. A primeira será a de convencer os acionistas da Rio Tinto, que podem sentir que a sua empresa está sendo negociada excessivamente barata, devido aos declínios nos preços do minério de ferro este ano. A segunda será os obstáculos regulatórios inevitáveis", acrescentou.

Os preços do minério de ferro caíram mais de 40%, a quase US$ 80 por tonelada, desde o início de janeiro diante de temores sobre um excesso de oferta. O custo de produção na região de Pilbara, na Austrália, que responde por metade do comércio global de minério de ferro por via marítima e abriga a maior parte das minas da Rio Tinto, está em torno de US$ 50 por tonelada, em média. A Rio Tinto não indicou como Glencore a planejava estruturar um negócio, ou se iria oferecer dinheiro, além de suas próprias ações, ou mesmo se estava pensando em pagar um prêmio.

Prêmio

Para Jake Greenberg, analista de recursos naturais do Bank of America Merrill Lynch, uma lição obtida com a tentativa fracassada da Xstrata em se fundir com a Anglo American em 2009 foi que as fusões sem prêmio não funcionam. A Xstrata foi posteriormente comprada pela Glencore em um negócio concluído em maio de 2013. De acordo com Liberum Capital, a Glencore teria de pagar um prêmio de, pelo menos, 25% para chegar a um acordo. Isso não é necessariamente prejudicial para o acordo, mas a Glencore teria necessidade de garantir que a sua proposta não reduziria seu lucro por ação em mais de 5% após a contabilização de qualquer redução de custos.

Qualquer negócio daria a Glencore acesso ao balanço patrimonial muito mais forte da Rio Tinto. Paul Gait, analista da Sanford C. Bernstein, disse que um acordo poderia gerar em torno de US$ 50 bilhões em retorno de capital aos acionistas, se a entidade combinada aceitar o mesmo nível de alavancagem financeira que a Glencore tem agora. No entanto, alguns analistas acreditam que uma oferta formal enfrentaria preocupações regulatórias na Austrália, onde a Rio Tinto tem a maioria das minas de minério de ferro e listagem na bolsa de valores do país. O Conselho de Análise de Investimento Estrangeiro da Austrália só vai aprovar ofertas se forem consideradas de interesse nacional.

A Glencore tem se mostrado crítica de mineradoras globais que investem bilhões de dólares para expandir suas operações de minério de ferro na Austrália ou que tentam tirar uma produção maior das minas existentes, devido ao seu impacto sobre os preços do minério de ferro. A Rio Tinto quer ser capaz de produzir 360 milhões de toneladas de minério de ferro da Austrália anualmente dentro de poucos anos, a partir de cerca de 290 milhões de toneladas agora. Os analistas do Citi disseram que o Ministério do Comércio da China também pode ter problemas com o negócio, em particular no que diz respeito aos ativos de cobre e carvão. A China é o maior consumidor mundial de cobre. Além disso, a maior acionista da Rio Tinto é a Aluminum Corp of China, que poderia influenciar qualquer negócio. Fonte: Dow Jones Newswires.

O setor siderúrgico brasileiro poderá dentro dos próximos meses confirmar a expectativa do mercado e iniciar uma onda de corte de preços do aço. Sem encontrar respaldo na demanda doméstica e diante da forte queda dos preços do mineiro de ferro - a principal matéria-prima para a produção -, a percepção é de que um desconto deverá ocorrer para que as companhias consigam se ajustar ao novo cenário.

Uma redução de preços dará ao setor uma dificuldade extra, pois a atividade já vem sendo prejudicada pela deterioração dos negócios dos principais clientes das siderúrgicas, dentre eles o automotivo, cuja produção anual apresenta queda significativa, e da construção civil, com aumento dos estoques das construtoras, fora a morosidade dos investimentos em infraestrutura.

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"Havia uma expectativa de aumento da demanda após a Copa, o que não ocorreu", destaca o analista-chefe da XP Investimentos, Ricardo Kim. "As montadoras ainda estão indicando que terão férias coletivas no fim do ano e, em paralelo, há uma grande oferta de importados. Acho que as usinas terão que refazer o discurso" disse Kim, referindo-se à expectativa de manutenção de preços pela direção das empresas ao fim do primeiro semestre deste ano.

Dados apresentados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) na semana passada ilustram esse movimento. No acumulado de janeiro a agosto, as compras da rede de distribuição nas usinas somaram 2,851 milhões de toneladas, queda de 9,2% ante o mesmo intervalo de 2013. O presidente do Inda, Carlos Loureiro, afirmou que a pressão para um ajuste dos preços é crescente e que a queda do valor do minério de ferro é uma "espada" sobre os preços do aço no mercado brasileiro. Segundo o executivo, a recente diminuição no insumo não foi repassada ainda para os preços do aço no mercado internacional, mas é muito provável que a China pratique uma queda de 10% no seu preço do exportação de aço em breve.

Exatamente por conta da expectativa de recuo dos preços do aço na China, os analistas do BTG Pactual questionam se o atual prêmio do aço (diferença do produto nacional do importado nacionalizado), hoje em 13%, é sustentável. "Antes de se considerar que esse nível é sustentável em mercados equilibrados, temos preocupação de que a referência de preços na China possa cair diante de custos mais baixos das matérias-primas e condições fracas de demanda", afirmam os analistas em relatório recente.

Hoje o preço da bobina a quente (HRC, na sigla em inglês) da China, exportada para Europa e Estados Unidos, está em US$ 495 a tonelada, queda de mais de 7% no ano e o valor mínimo de 2014.

Como cita Loureiro, do Inda, a queda do minério neste ano já chega a cerca de 42%, criando componente extra para a expectativa de recuo de preços, diante do menor custo para a produção. Como os clientes não vivem bom momento, a demanda é que as siderúrgicas dividam esses menores custos. "Na nossa visão, os grandes clientes da indústria siderúrgica irão buscar uma fatia da melhor margem que as usinas estão tendo diante do menor custo das matérias-primas, como minério de ferro e carvão", destaca o analista Marcelo Aguiar, do Goldman Sachs, em relatório recente. Em seu cálculo, os contratos de longo prazo das siderúrgicas com as montadoras e autopeças deverão ser renegociados até o fim deste ano e os preços a serem implementados a partir de janeiro de 2015 poderão ficar entre 5% e 10% menores.

Para o analista da Coinvalores, Bruno Piagentini, esse ajuste nos preços acontecerá, mas deverá esperar 2015. Isso porque a percepção é de que o minério de ferro apresentará recuperação até o final do ano, por conta da expectativa de maiores compras pelas siderúrgicas chinesas, que historicamente ampliam os estoques nessa época do ano para se prepararem para o rigoroso inverno no país. "Com isso, pode haver um pouco mais de equilíbrio da oferta e demanda, mas em 2015 deverá surgir uma discussão para ajustes de preços", conclui o analista.

O preço do minério ficou apenas um dia estável e voltou a cair no mercado à vista chinês, renovando assim o valor mais baixo em cinco anos. De quarta-feira, 24, para esta quinta-feira, 25, a tonelada do insumo, com teor de 62% negociado no porto de Tianjin (China), caiu 1%, cotado em US$ 78,6.

No acumulado do ano, a queda chega a quase 42%. O valor mais elevado em 2014 foi registrado no dia 02 de janeiro, data em que estava sendo negociado por US$ 135 a tonelada.

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Os projetos de expansão de capacidade de minério de ferro das siderúrgicas brasileiras poderão ser colocados na gaveta diante do baixo patamar do preço da matéria-prima, que alcançou a mínima em cinco anos. A commodity encerrou o dia a US$ 83,60 a tonelada no mercado à vista chinês. No acumulado do ano, o minério já perdeu quase 40% de seu valor, o que poderá frear projetos de grandes indústrias, como Gerdau, Usiminas e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que têm nos planos elevar a produção do insumo.

A Usiminas, por exemplo, finalizou seu projeto Friáveis, para aumentar a produção de 8 milhões para 12 milhões de toneladas de minério de ferro. A companhia pretende submeter ao seu conselho de administração no primeiro semestre de 2015, o projeto Compactos, que poderá aumentar a capacidade para 29 milhões de toneladas de minério de ferro/ano.

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Já a Gerdau projeta uma capacidade de 18 milhões de toneladas em 2016 e de 24 milhões de toneladas em 2020, em comparação a 11,5 milhões de toneladas atuais. Até maio deste ano, a divisão de mineração já havia recebido investimentos de R$ 1 bilhão, segundo a empresa.

Tanto Gerdau quanto Usiminas anunciaram foco em mineração em um momento que se discutir a verticalização (integração da produção com o fornecimento de matéria-prima) era estratégia para manter competitividade, já que o minério estava com preços valorizados e não ser autossuficiente poderia significar ficar atrás dos concorrentes.

Com o valor do minério de ferro próximo de US$ 90 a tonelada, ou até menos, a percepção do banco BTG Pactual é de que a expansão de projetos de Usiminas e Gerdau dificilmente irá para frente. "Calculamos que esses projetos poderiam gerar uma taxa interna de retorno bem abaixo de 10% ( em dólar)", dizem Leonardo Correa e Caio Ribeiro, em relatório. Os analistas dizem que o adiamento ou cancelamento da expansão dos projetos da Usiminas seriam bem recebidos.

Recuo

Segundo um analista financeiro, que pediu para não ser identificado, o movimento natural é que as siderúrgicas recuem, ao menos por enquanto, em sua intenção de aumentar a produção e que qualquer sinalização contrária não seria bem recebida. O analista lembrou, ainda, que a Gerdau já reduziu seus investimentos previstos para este ano e que a Usiminas já vem adiando sua decisão em relação ao seu aumento da capacidade de minério. Em julho, a Gerdau anunciou a diminuição de seu programa de investimentos para este ano de R$ 2,9 bilhões para R$ 2,4 bilhões.

A CSN, por sua vez, depois de não alcançar o aumento de produção que vinha sendo prometido, passou a expandir seus volumes neste ano, exatamente no momento em que o preço do minério de ferro passou a cair. A projeção da empresa é de que a capacidade de produção da mina Casa de Pedra atinja 40 milhões de toneladas no próximo ano, em comparação aos 24 milhões de toneladas atuais.

"Estimamos o custo caixa da CSN (pela base CIF, custo seguro e frete) em aproximadamente US$ 55 a tonelada. Assim, a CSN poderia continuar operando com lucro com o minério de ferro em US$ 80 a tonelada, no entanto gerando fluxo livre de caixa (FCF, na sigla em inglês) negativo (R$ 1 bilhão) e a alavancagem continuaria a subir (acima de 3,5 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda)", dizem os analistas do BTG, no documento.

Além de retirar a atratividade dos projetos, o preço corrente do minério de ferro poderá tornar pouco lucrativa a exportação do insumo pelas usinas. "As companhias gastam algo em torno de US$ 32 a tonelada para colocarem o minério em um navio no litoral brasileiro, mais US$ 24 a tonelada pelo frete marítimo. Nossa análise indica que Usiminas/Gerdau/CSN deverão gerar perdas exportando minério de ferro nos atuais preços", diz relatório do Goldman Sachs, assinado pelos analistas Marcelo Aguiar, Humberto Meireles e Diogo Miura.

Já os analistas do BTG Pactual citam que a indicação é de que no atual preço do minério, as operações dessa divisão da Usiminas e Gerdau estão se aproximando de margens muito estreitas, com o Ebitda por tonelada beirando zero. "Com os preços atuais é praticamente inviável vender no mercado transoceânico com rentabilidade e as vendas ao mercado doméstico são mais competitivas. Assim, poderemos ter uma modesta redução das exportações", afirmam.

Procuradas, a Usiminas disse que não teria porta-voz disponível para comentar o assunto, enquanto CSN e Gerdau não comentaram o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As preocupações em torno do setor imobiliário na China pressiona o minério de ferro, que atingiu nesta sexta-feira, 16, o preço mais baixo em 20 meses. A percepção é de que a deterioração da indústria siderúrgica chinesa, diante de preços do aço com tendência de queda, o que, na visão de especialistas, poderá trazer o preço da matéria-prima ainda mais para baixo, caso os investimentos na China não voltem a crescer. Neste ano, o preço do minério de ferro já caiu mais de 25% e alcançou hoje US$ 100,7 a tonelada. A queda deverá afetar os resultados da Vale no segundo trimestre, mas sua posição competitiva está mantida.

Mesmo com pressão negativa sobre as ações em Bolsa, a Vale deve atravessar esse momento de preços mais baixos do minério em posição privilegiada por conta do seu produto de qualidade superior, inclusive em relação aos seus principais concorrentes. A percepção de analistas é de que a companhia deverá continuar como destaque nos embarques transoceânicos. "A Vale continua como um player completamente competitivo em relação ao minério de ferro. As siderúrgicas chinesas precisam do minério da Vale pela qualidade, o que as ajuda em relação às questões ambientais", disse ao Broadcast o especialista em mineração e ex-diretor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e consultor da J.Mendo, José Mendo de Souza.

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O minério com maior teor de ferro é menos poluente. O projeto da Vale Serra Sul, o S11, por exemplo, que entrará em operação em 2016, tem um teor médio de ferro de 66,7%, muito acima do minério que é explorado na China, com teor abaixo 15%.

O preço em queda neste ano já pesou nos resultados da mineradora no primeiro trimestre. Um dos motivos para a companhia ter apresentado uma geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) menor do que o esperado foram as vendas, no período, baseadas no preço futuro do minério de ferro. Como caiu, a Vale teve que ajustar o preço para baixo.

No mês passado, o diretor-executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale José Carlos Martins, disse, em teleconferência, que, caso a companhia não trabalhe dessa forma, os clientes chineses acabam "cancelando" o pedido, caso o preço recue no intervalo do momento da compra e o recebimento do produto. Quando isso ocorre, preferem ir ao mercado à vista, o que é negativo para a companhia.

"O spot realmente tem sido muito volátil nos últimos anos, mas, sempre ficou abaixo de US$ 100 a tonelada apenas por alguns dias", disse um analista, que falou na condição de não ser identificado. A última vez que o preço do minério de ferro foi negociado no mercado à vista abaixo de US$ 100 a tonelada foi em setembro de 2012, quando ficou abaixo desse patamar por aproximadamente duas semanas e depois voltou a subir.

A percepção de analistas é de queda dos preços do minério de ferro. O UBS, por exemplo, acaba de revisar suas estimativas. Para este ano, a previsão caiu de US$ 121 para US$ 111 a tonelada. Em relatório enviado a clientes, a instituição financeira destaca que apesar dos dados da produção de aço estarem mostrando alta, uma parcela relevante desse produto está sendo destinada à exportação, o que pode ser uma sinalização de que o "consumo interno não está tão forte quando os dados de produção podem sugerir".

O analista do UBS, Andreas Bokkenheuser, destaca que o risco para o preço do insumo é sim de baixa, já que demanda pelo produto não estar compensando o aumento da oferta que está vindo neste ano da Austrália, país que ao lado do Brasil é a grande fornecedor mundial de minério de ferro, onde estão as gigantes Rio Tinto e BHP Billinton. "A demanda sazonal deverá atingir o pico nos próximos dois meses, seguido por um abrandamento da atividade de construção e, dessa forma, passando por uma desaceleração na demanda por minério de ferro. Por isso acreditamos que a tendência do preço é para o lado negativo", disse o analista ao Broadcast. As estimativas chinesas mostram, ainda, que os portos chineses possuem mais de 100 milhões de toneladas de minério de ferro em estoque, outro fator negativo.

Além disso, ainda segundo levantamento da equipe de commodities do UBS, o fornecimento global de minério de ferro deverá crescer 8% neste ano. Depois disso a alta anual deverá ser de 4% até 2018. Os fornecimento marítimo, por outro lado, segundo a instituição financeira, deverá ter uma extensão ainda maior, de 10,3% neste ano em relação ao ano anterior. O UBS espera um aumento da oferta de minério de ferro de 112 milhões neste ano, apenas vindo da Austrália.

As exportações brasileiras de minério de ferro diminuíram 18,6% no mês passado, para US$ 2,063 bilhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No mesmo mês de 2013, a receita cambial com as vendas do produto somaram US$ 2,535 bilhões. Em volume, os embarques subiram 5,8%, passando de 23,347 milhões de toneladas para 24,702 milhões de toneladas. Os preços continuam caindo: em abril, a diminuição foi de 23,1%, para US$ 83,5 a tonelada.

Na análise dos números frente a março, as vendas externas de minério de ferro recuaram 13,7% em receita, mas subiram 0,9% em volume. Os preços diminuíram 14,5% na mesma base de comparação.

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Os investimentos em mineração no Brasil devem recuar no ciclo 2014-2018 para US$ 53,6 bilhões, de acordo com o relatório do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), com base em informações passadas pelas mineradoras. Esse valor representa queda em relação ao se que se pretendia aportar entre 2012/2016, cerca de US$ 75 bilhões. A queda dos preços do minério de ferro nos últimos meses e o aumento dos custos de produção são apontados como redutores de apetite no Brasil. O País produz aproximadamente 415 milhões de toneladas por ano, ou quase 15% da oferta global.

"No Brasil, o apetite das siderúrgicas pelo minério não é tão mais aquecido como antes. Grupos, como CSN e Usiminas, que produzem aços planos, não encontram mais na indústria automobilística um vetor de crescimento. Eventos como Copa do Mundo e Olimpíada criaram demanda para as siderúrgicas voltadas para construção pesada, mas agora são necessários novos projetos", disse Victor Penna, analista do Banco do Brasil.

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Importantes projetos de mineração estão em andamento no País. O S11D, da Vale, em Carajás, no Pará, é considerado um dos com mais baixos custos de produção do mundo, em torno de US$ 50 por tonelada. O de Minas-Rio, da Anglo American, que começa a operar em etapas a partir do fim do ano, é avaliado em cerca de US$ 20 bilhões, de acordo com o Ibram.

De acordo com especialistas do setor, grandes siderúrgicas, como a CSN, estão fazendo investimentos em mineração. "No caso da CSN, a geração de caixa (Ebtida) de 2013 na área de mineração já é maior que o da divisão siderúrgica", disse uma fonte. No balanço de 2013, divulgado pela companhia, a CSN registrou receita líquida de R$ 12,4 bilhões na divisão siderúrgica e R$ 5,3 bilhões em mineração. O Ebtida na área de mineração respondeu por 46% do total do grupo, com R$ 2,6 bilhões, e o de siderúrgica 43% do total. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor executivo de Ferrosos e de Estratégia da Vale, José Carlos Martins, disse, nesta segunda-feira (7), que embora a oferta de minério de ferro esteja em ascensão o mercado segue apertado. Segundo o executivo, uma das razões para isso é o crescimento da China. "O mercado está muito apertado, apesar do aumento da oferta", disse.

Segundo o executivo, pela primeira vez em dez anos a oferta de minério de ferro está se equiparando à demanda. Na visão do executivo, isso deverá continuar nos próximos cinco a seis anos, quando o suprimento de minério deverá estar acima da demanda. "Isso deverá ser bom para a siderurgia e deverá diminuir a volatilidade dos preços", frisou, em apresentação no Congresso organizado pela Associação Mundial do Aço (WSA, na sigla em inglês).

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As exportações de minério de ferro em abril somaram 23,347 milhões de toneladas, queda de 8,6% em relação ao registrado no mesmo mês de 2012 (25,546 milhões de toneladas), anunciou nesta quinta-feira a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Na comparação com março, o volume subiu 3,42%. Em março, foram exportadas 22,574 milhões de toneladas. Ainda de acordo com a Secex, o preço médio do minério de ferro praticado em abril foi de US$ 108,6 a tonelada, alta de 8,05% ante o mesmo período de 2012 (US$ 100,5/t). Em relação a março, houve queda de 1,9% (era de US$ 110,8/t).

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A produção de minério de ferro da Vale totalizou 67,536 milhões de toneladas métricas no primeiro trimestre de 2013, segundo relatório divulgado na tarde desta quarta-feira, 17, pela mineradora. O montante representa uma retração de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o quarto trimestre de 2012, o indicador encolheu 21% sobre o patamar recorde do período (85,5 milhões de toneladas métricas), variação explicada por questões como sazonalidade, licenças e outras questões operacionais.

A produção de pelotas encolheu 11,7% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 11,672 milhões de toneladas métricas. A produção de nível, por outro lado, teve alta de 3% em igual base comparativa, para 65 mil toneladas.

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O relatório da mineradora destaca que a produção de carvão no trimestre alcançou 1,752 milhão de toneladas métricas, o maior patamar da história para primeiros trimestres. O resultado foi 16,6% superior ao registrado nos três primeiros meses de 2012.

Estimativa do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) aponta que, em 2012, a produção nacional de minério de ferro e pelota deve alcançar 510 milhões de toneladas, um aumento de 10,8% em relação às 460 milhões de toneladas de 2011. Os dados oficiais serão divulgados em março.

O Instituto também faz estimativas para 2015, quando espera que a produção de minério e pelotas alcance 790 milhões de toneladas. A produção de alumínio primário é estimada em 1,48 milhão de toneladas em 2012, leve alta em relação ao 1,44 milhão do ano anterior.

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Para bauxita e cobre, a expectativa também é de crescimento. O Ibram espera que a produção de bauxita chegue a 35 milhões de toneladas em 2012 contra 31 milhões em 2011. A expectativa para o cobre é 450 mil toneladas contra 400 mil no ano anterior. Para manganês, a perspectiva é de 2,7 milhões em 2012, aumento em comparação aos 2,6 milhões de um ano antes.

A China ampliou as importações de minério de ferro em setembro, mas diminuiu as compras externas de petróleo.

Segundo dados da Administração Geral Aduaneira da China, o país importou 65,01 milhões de toneladas de minério no mês passado, 7,3% mais que em setembro do ano passado. Em relação a agosto, a alta foi de 4,1%.

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De janeiro a setembro, as importações de minério avançaram 8,4%, para 550,8 milhões de toneladas.

Já as importações de petróleo bruto em setembro ficaram em 20,08 milhões de toneladas métricas, o equivalente a 4,9 milhões de barris por dia, de acordo com números preliminares. O resultado ficou 1,8% abaixo das 20,45 milhões de toneladas importadas em igual mês do ano passado, mas 9,1% acima do dado de agosto, segundo cálculos da Dow Jones. Enquanto isso, as exportações de petróleo da China totalizaram 200 mil toneladas em setembro. As informações são da Dow Jones.

O preço do minério de ferro voltou a romper uma importante barreira e desceu nesta quinta-feira (30) para US$ 88,7 a tonelada seca, de acordo com dados do The Steel Index (TSI). Na quarta-feira, o preço já havia apresentado forte recuo e estava em US$ 90,3 a tonelada. Esse preço é segundo o minério com teor de 62% de ferro importado no Porto de Tianjin, na China.

O novo valor renovou a mínima do ano e é o mais baixo desde o dia 30 de outubro de 2009, quando o minério, na mesma referência, estava sendo negociado a US$ 88,4 a tonelada.

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O forte recuo do preço do insumo surpreendeu especialistas consultados pela Agência Estado, já que não se esperava que o valor rompesse a barreira dos US$ 100. No entanto, apesar da queda, não se acredita que esse será o novo patamar de equilíbrio dos preços. A estimativa é de que o valor deverá subir ainda no segundo semestre deste ano.

Com o patamar de preços atual, de acordo com o consultor Luciano Borges, da Adhoc, poucas mineradoras são capazes de fornecer o insumo. "O preço em US$ 90 mata a mineração chinesa", disse. Segundo ele, muitas mineradoras já estão suspendendo a produção e isso irá, mais cedo ou mais tarde, refletir nos preços.

Em 12 meses, o preço mais alto do minério foi alcançado em 7 de setembro de 2011, quando a tonelada estava sendo negociada no mercado spot a US$ 181. Em fevereiro do mesmo ano o preço ultrapassou a barreira dos US$ 190. Já em 2012 o preço mais elevado foi registrado no dia 13 de abril, quando a tonelada seca do minério era cotada a US$ 149,4.

Depois de esboçar uma reação, o preço do minério de ferro voltou a cair, nesta quinta-feira (2), para US$ 117,1 a tonelada seca. Na quarta-feira(1) a tonelada do insumo havia subido pelo segundo dia seguido, sendo negociado a US$ 117,4 a tonelada, de acordo com o preço de referência no mercado à vista para o minério com 62% de ferro importado no Porto de Tianjin, na China. Antes disso, o preço passou três semanas em queda.

No dia 10 de julho, o preço, nessa referência, estava a US$ 135,5, o valor mais alto do mês. Em 2012, segundo o The Steel Index (TSI), o preço mais alto foi verificado em 13 de abril, quando a marca ficou em US$ 149,4.

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