Tópicos | ministeriáveis

Foi ao som do piano do maestro João Carlos Martins que o vice-presidente da República eleito Geraldo Alckmin (PSB) comemorou seus 70 anos. O aniversário é celebrado nesta segunda-feira, 7, mas as tratativas para fechar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição obrigaram a festa a ser antecipada.

Na noite de domingo, 6, o educador Gabriel Chalita promoveu a celebração em sua casa, em Higienópolis, na capital paulista. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), retornou da Bahia após dias de descanso e foi cantar os parabéns para o vice. O presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, que chegou a ser cotado para o Ministério da Fazenda no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), também marcou presença.

##RECOMENDA##

Chalita preparou risoto, bacalhau e massas ao funghi para o jantar que reuniu o novo centro do poder do País. O educador foi um dos fiadores da chapa Lula-Alckmin e, hoje, é dado como certo como ministro do próximo governo. A dúvida é a pasta: se na Educação ou na Cultura. Ao longo da festa, João Carlos Martins executou o Hino Nacional ao piano e emocionou os convivas de Alckmin, que ainda cantaram "Lula lá" para homenagear o presidente eleito, acompanhado da esposa, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja.

Na lista de convidados, a síntese da "frente ampla" cunhada ao longo da campanha eleitoral. Passaram na festa do vice-presidente petistas históricos, como o deputado estadual reeleito Emídio de Souza (PT-SP); mas também economistas liberais, como Persio Arida, idealizador do Plano Real que abraçou a campanha de Lula e deve colaborar com a equipe de transição. Entre os ministeriáveis, Fernando Haddad (PT), Alexandre Padilha (PT), Edinho Silva (PT) e Márcio França (PSB) foram presenças de destaque.

Dois convidados relataram à reportagem um clima descontraído e de tranquilidade ao longo da festa, que reuniu cerca de 40 pessoas. Amigos de primeira hora do próximo presidente - e, agora, próximos a Alckmin, que "Lulou" de vez, segundo uma fonte - tampouco deixaram de ir ao encontro. É o caso do advogado Cristiano Zanin, que defendeu Lula ao longo da Operação Lava Jato, e Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, grupo de advogados progressistas.

A médica Ludmilla Hajjar, que recusou convite para assumir o ministério da Saúde no governo Jair Bolsonaro (PL) por diferenças no combate à pandemia, estava por lá, assim como o economista Gabriel Galípolo, cotado para o BNDES de Lula.

A presidente Dilma Rousseff deve ter uma semana agitada. Ela está no Rio Grande do Sul, onde passa o fim de semana, comemorando, em família, o seu aniversário de 67 anos. A presidente volta domingo, dia 14, à Brasília e a expectativa é de que, na próxima semana, ela consiga fechar e anunciar os nomes do PT e do PMDB que ocuparão ministérios. A princípio, a única agenda de segunda-feira, dia 15, é o comparecimento à posse da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu, que já foi convidada pela presidente Dilma para assumir o ministério da Agricultura.

Na terça-feira, 16, a presidente participa de um almoço de confraternização de final de ano com os oficiais generais, no Clube da Aeronáutica. Há uma grande expectativa com o discurso de Dilma neste almoço, depois do descontentamento dos militares com o teor do relatório final da Comissão da Verdade.

##RECOMENDA##

Na quarta-feira, dia 17 de dezembro, Dilma estará na cidade de Paraná, na Província de Entre Rios, na Argentina, participando da reunião do Mercosul. No dia 18 de dezembro, Dilma será diplomada, no Tribunal Superior Eleitoral, como presidente reeleita.

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira, 16, que deve recuar de sua promessa de anunciar mais nomes que poderão compor seu governo caso vença as eleições no dia 26 de outubro. A desistência ocorre em meio a um bombardeio de críticas da campanha de sua adversária, a presidente Dilma Rousseff, contra Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central que foi anunciado por Aécio como seu futuro ministro da Fazenda no fim de agosto.

"Tem muito candidato (a ministro), não quero contrariar algum deles", disse o tucano em entrevista concedida em São Paulo, antes do debate do SBT. "Eu realmente falei isso (que indicaria mais nomes), mas talvez vou ter que rever."

##RECOMENDA##

Na semana passada, Aécio havia dito que poderia anunciar mais "um ou dois nomes" do primeiro escalão de seu eventual governo.

Arminio foi anunciado pelo tucano como seu futuro ministro da Fazenda no dia 26 de agosto, num momento do 1.º turno em que ele estava em terceiro lugar nas pesquisas, atrás da candidata do PSB, Marina Silva - agentes do mercado, simpáticos à sua candidatura, começavam a "migrar" para Marina.

Ao anunciar Arminio, um economista ortodoxo, a intenção do candidato do PSDB era sinalizar como seria a condução econômica de seu eventual governo.

Após garantir passagem para o 2.º turno, Aécio lidera numericamente as pesquisas, mas em situação de empate técnico com a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT).

Segundo o Ibope e o Datafolha, o tucano tem 51% das intenções de votos válidos ante 49% da petista. Uma das promessas de Aécio, se eleito, é cortar boa parte dos atuais 39 ministérios do governo federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando