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O Ministério Público de Minas Gerais apresentou à Justiça, nesta quinta-feira (15), uma denúncia contra o ex-presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, o ex-vice-presidente-executivo de futebol, Itair Machado, o ex-diretor-geral, Sérgio Nonato, um ex-assessor de futebol do CEC, três empresários, o ex-presidente do Ipatinga Futebol Clube (IFC) e o pai de um atleta das categorias de base do Cruzeiro.

A denúncia, apresentada por meio da 11ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, acusa os suspeitos de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. O rombo pelos crimes é de cerca de 6,5 milhões de reais. À justiça, a Promotoria também pediu indenização ao Cruzeiro.

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"O MPMG destaca que as investigações ainda prosseguem em relação a outros fatos, entre eles contratos mantidos em nome do CEC com pessoas e empresas ligadas a dirigentes e conselheiros, burlando vedação estatutária ao recebimento de remuneração, como forma de angariar apoio à gestão e impedir/dificultar a atuação dos mecanismos de controle e concessão de ‘vantagens a terceiros, especialmente ligados a torcidas organizadas do clube, com o propósito de angariar apoio à gestão’; visando à identificação integral dos envolvidos, beneficiários finais e valores auferidos", afirmou o órgão em publicação no seu site oficial.

O Ministério Público de Minas Gerais está com inscrições abertas até 22 de fevereiro para concurso público que visa a contratação de 40 promotores de justiça substitutos. Para se inscrever, é preciso que a pessoa seja brasileira, formada em direito e tenha no mínimo três anos de prática jurídica após a formatura. 

As inscrições devem ser feitas através do site do concurso e também é necessário pagar uma taxa de inscrição no valor de R$ 261,25 até o dia 23 de fevereiro. Em até cinco dias antes da data de realização da prova, o comprovante de inscrição preliminar será divulgado no site da organização do concurso. Segundo a organização do concurso, os salários para os aprovados passam de R$ 26 mil. 

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O concurso é composto de prova preambular, de caráter eliminatório e classificatório, provas especializadas, orais, exame de títulos, entre outras avaliações. Mais informações sobre o certame podem ser obtidas no endereço virtual da organização do certame.

 

Uma investigação do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) em parceria com a Polícia Civil de Minas confirmou, nessa quarta-feira (26), que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi fraudado. Segundo o delegado da Polícia Civil Antônio Prado, a quadrilha conseguiu os cadernos de questão antes da aplicação das provas, em Mato Grosso. Segundo as investigações, entre 15 e 20 candidatos tiveram acesso às respostas.

De acordo com o delegado, a polícia tem os registros das comunicações feitas entre os envolvidos na fraude. As investigações, que começaram em abril, apontam indícios de um esquema lucrativo que há anos pode estar fraudando vestibulares e o Enem.

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Este grupo é considerado pela polícia uma das principais organizações criminosas especializadas em fraudar vestibulares no País. No último domingo (23), 11 pessoas foram presas em flagrante, repassando o gabarito das provas, por ponto eletrônico, a 22 candidatos que prestavam vestibular para a Faculdade de Ciências Médicas, em Belo Horizonte. Outra pessoa acusada de integrar o grupo foi presa na última terça-feira (25). Os 12 integrantes do grupo estão presos preventivamente.

Representantes do MP-MG e da Polícia Civil informaram que, somente nos últimos meses, quatro vestibulares de medicina, a maior parte no estado de São Paulo, além do Enem, foram fraudados. Os investigadores também constataram que até janeiro de 2015 a organização pretendia atuar em outros cinco certames.

O grupo contava com “pilotos”, pessoas com alta capacidade intelectual, que faziam parte das provas rapidamente, saíam com os resultados das questões e, com o apoio de colaboradores e sob a coordenação de dois líderes, repassavam o gabarito para os candidatos, compradores das vagas, por meio de transmissão eletrônica, com a utilização de equipamentos de última geração, alguns deles importados da China.

As vagas para os vestibulares, conforme apurado, custavam entre R$ 50 mil e R$ 70 mil, e a maior parte do valor somente era depositada para o grupo criminoso após confirmada a aprovação do candidato. Pais dos candidatos suspeitos de comprar vagas também poderão ser investigados. Eles poderão ser indiciados e denunciados por fraude em certame de interesse público. Já os operadores da fraude poderão responder pelos crimes de formação de organização criminosa, fraude em certame de interesse público, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Segundo o Ministério Público, os vestibulares e exames fraudados poderão ser anulados caso não se consiga identificar todas as pessoas favorecidas. A medida poderá ser tomada tanto via administrativa, caso o ente responsável pelo certame considere apropriado, quanto por meio judicial, se o Ministério Público comprovar o dano à coletividade.

Procurado pela reportagem da Agência Brasil para se manifestar sobre a investigação, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disse que não foi informado, sequer contatado, pela Polícia Civil de Minas Gerais sobre o teor das investigações. “O Instituto já solicitou à Polícia Federal informações sobre o caso. O Inep reafirma que qualquer pessoa que tenha utilizado métodos ilícitos para obter vantagens no Enem será sumariamente eliminado do exame, sem prejuízo a outras sanções legais”, disse em nota.

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