Em meio a pandemia do coronavírus a tecnologia tem sido utilizada em função de otimizar o sistema público de saúde. Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), desenvolveu um aparelho capaz de medir o nível de oxigênio, a temperatura e o batimento cardíaco de pacientes, indicadores esses que possibilitam o diagnóstico da covid-19.
O Sistema de Monitoramento em Saúde (SMS), criado sob coordenação do professor Marco Aurélio Benedetti, detecta os sinais a partir de um clip afixado ao dedo do paciente e envia esses dados a um terminal para alimentar um mapa georreferenciado [com dados detalhados da situação do paciente]. Essa informação é analisada por um médico especialista podendo identificar se pelos sintomas apresentados a pessoa pode ou não estar com o coronavírus.
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O coordenador do projeto, Marco Aurélio Benedetti, explica como funciona o aparelho. “Após o atendimento médico na unidade de saúde, se o paciente não apresentar quadro evidente de contaminação pela covid-19 ele recebe o equipamento que é acoplado ao seu celular e é liberado para casa, de onde seus dados passam a ser monitorados a distância; em caso de os sintomas se agravarem, o especialistas é alertado e o paciente é chamado de volta ao hospital”, disse.
O grupo composto por estudantes e professores é vinculado ao Grupo de Pesquisas de Engenharia Biomédica do Departamento de Eletrônica e Sistemas da UFPE. O projeto é uma parceria entre de professores do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) da UFPE e do Instituto para Redução de Riscos e Desastres de Pernambuco, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
“Outra facilidade que o sistema propicia é o fato de o mapa georreferenciado poder evidenciar as áreas onde a contaminação aumenta ou cede e, assim, viabilizar ações focadas pelo poder público", acrescenta o coordenador.
O projeto está em processo de requerimento de patente, em busca de parcerias que podem ajudar na produção em grande escala. Desta forma os possíveis pacientes com sintomas leves da doença poderiam ser monitorados sem necessariamente estar em uma unidade de saúde.