Tópicos | varíola

De tempos em tempos, a humanidade passa por tragédias, pragas, desastres ou eventos que nos lançam a desafios que, muitas vezes, parecem estar além das nossas forças resolver. Tem sido assim ao longo da história, por exemplo, com a peste negra, a varíola, a gripe espanhola e, agora, no embate contra a Covid-19. Pergunto a você: como ficou, nessas condições, a sua busca pelo sucesso e pela realização pessoal e profissional?

Em uma situação como a que passamos nos últimos com a pandemia, é natural que sua energia tenha sido abalada; que seu emocional tenha ficado instável; que o comodismo tenha sido questionado. Com isso, transformações profundas aconteceram e ainda estão acontecendo, tanto interna quanto externamente, como consequência do reposicionamento que temos sido obrigados a adotar e promover. Faz-se necessário aprender a lidar com os efeitos dessa nova realidade nas relações humanas e em nosso propósito de vida.

Com tantas mudanças e acontecimentos, somos chamados para o despertar do verdadeiro “eu” que existe em cada um. A verdade é que estamos em constante evolução. A natureza não nos permite a estagnação, nem mesmo aceita o disparate de andarmos sem rumo ou por caminhos que não nos levem ao nosso melhor. Logo, quando o chacoalhão que a vida nos dá é coletivo, significa que uma transformação comportamental está sendo exigida de toda a raça humana, e, em geral, uma mudança dessa magnitude costuma causar dor e exige um novo posicionamento diante da vida que levamos.

Somente aprendendo a lidar melhor com nossas dores e emoções poderemos assumir esse novo papel que a vida nos exige, a fim de que possamos corrigir nossa rota e percorrer novos caminhos que nos levem a uma convivência mais promissora e, dessa forma, tenhamos uma vida mais plena, significativa e feliz.

Estamos no limiar de um novo despertar, de onde surgiremos mais preparados para dar os próximos passos na evolução do ser humano e conquistar uma vida com mais significado e propósito, ao mesmo tempo que seguimos trabalhando para construir todo o sucesso com que sonhamos. Devemos aproveitar essa oportunidade para melhorar a nós mesmos, crescer, evoluir e passar a contribuir ainda mais para um mundo verdadeiramente melhor.

A epidemia da varíola do macaco está recuando, mas os especialistas e autoridades de saúde dizem que a vitória não deve ser cantada antes do tempo. Apontam que a circulação do vírus nos países africanos, muito antes deste ano, deve ser levada em consideração.

"Estamos caminhando para o fim, mas ainda não chegamos lá", declara o virologista Jean Claude Manuguerra à AFP.

Com mais de 70.000 casos em centenas de países desde maio, "uma epidemia de varíola do macaco tão importante em tão pouco tempo é algo nunca visto", relembra Manuguerra, chefe da unidade de Meio Ambiente e Riscos Infecciosos no Instituto Pasteur.

Desde meados de julho, a curva de contaminação diminuiu de forma considerável, especialmente na Europa Ocidental e na América do Norte. Entretanto, alguns países da América Latina enfrentam um aumento.

A varíola do macaco foi eleita emergência internacional de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 23 de julho, e permanece nessa classificação, assim como a Covid-19.

"Uma epidemia que desacelera pode ser mais perigosa, pois você pode pensar que a crise acabou e abaixar a guarda", o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou no início desse mês.

Apesar disso, segundo especialistas, o declínio da epidemia se deve em grande parte às mudanças de comportamento nas comunidades de risco, embora a imunização também tenha desempenhado um papel importante.

Os comportamentos evoluíram graças ao papel "das associações, talvez mais ouvidas que as autoridades e mais envolvida com o terreno", sugere Manuguerra.

Em relação à vacinação, "ajudou, mas o número de doses disponíveis segue sendo baixa", diz Carlos Maluquer de Motes, professor de virologia na universidade britânica de Surrey, à AFP.

A vacina continua sendo recomendada para prevenção e pós-exposição. Segundo a Agência Europeia de Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), sua eficácia clínica ainda não é sustentada por "dados definitivos", mas apresenta resultados preliminares positivos.

"Ainda há incertezas significativas sobre a evolução da epidemia", destaca a agência europeia.

A epidemia, mais letal, se deve principalmente ao contato com a vida selvagem nas áreas rurais dos países endêmicos da África Central e Ocidental.

Nos últimos meses, "foi visto novamente que as estratégias globais só são implantadas quando os países do norte são afetados, o que não isenta as autoridades de saúde africanas", diz Maluquer de Motes.

O vírus não possui fronteiras e a resposta deve ser local, insistem os defensores da abordagem "One Health", que combina saúde humana, animal e ambiental.

Seus especialistas traçam quatro cenários, dois desfavoráveis que representam um rebote da epidemia relacionado com o retorno de comportamentos de risco ou uma circulação reduzida do vírus com surtos esporádicos.

As duas situações favoráveis envolvem o declínio contínuo da epidemia ou a erradicação da doença na Europa.

Evitar que a varíola do macaco, causada por um vírus de DNA maior e com menos chance de mudanças genéticas brutais do que o vírus de RNA, se torne mais perigosa ou se instale em países sem casos permanece como o prinicipal objetivo.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (29), em Brasília, o uso imediato e emergencial de 24 mil kits moleculares para diagnóstico laboratorial da varíola dos macacos (monkeypox). Os reagentes são produzidos pela Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz e ainda estão em análise para aprovação de registro pela agência. 

A autorização foi concedida após solicitação conjunta da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, e do Instituto Bio-Manguinhos. A diretoria colegiada da agência levou em conta a atual situação epidemiológica emergencial da infecção da varíola dos macacos no Brasil, a limitação da capacidade de resposta laboratorial atual, a quantidade de exames represados, o risco associado à demora no diagnóstico e a necessidade de descentralização dos exames, entre outros fatores.

##RECOMENDA##

Uso emergencial

Atualmente, o Brasil tem oito laboratórios de referência para o diagnóstico da monkeypox, por biologia molecular, mas não estão dando conta da demanda. Com a autorização de uso emergencial, o Ministério da Saúde poderá descentralizar a realização do diagnóstico da doença para a Rede de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) nos estados e reduzir o tempo de liberação dos resultados aos pacientes.  

Até o momento, não há nenhum teste de diagnóstico comercial para a varíola dos macacos com registro aprovado na Anvisa. 

"A Anvisa reforça que o acesso a exames laboratoriais oportunos e precisos de amostras de casos sob investigação é uma parte essencial do diagnóstico e vigilância desta infecção emergente, a fim de mitigar a disseminação do vírus e contribuir na avaliação adequada dos critérios de elegibilidade para acesso a medicamentos e ou vacinas para combate à infecção", destacou a agência, em publicação para informar sobre a decisão.

De acordo com a atualização mais recente, o Brasil tem 4.493 casos confirmados de monkeypox. Outros 4.860 estão suspeita, ainda em investigação. Os dados são do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e do Centro de Operações em Emergências – COE/Monkeypox, do Ministério da Saúde.

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo definiu nessa quarta-feira (24) medidas sanitárias para prevenção e controle da varíola dos macacos em estabelecimentos de prestação de serviços, como restaurantes, supermercados, salões de beleza, academias, hotéis e motéis. O protocolo traz ainda orientações sobre identificação, isolamento e rastreamento de contatos.

A recomendação é que as medidas já adotadas durante a pandemia de covid-19, como uso de máscara, higienização frequente de superfícies, disponibilização de recipientes com álcool em gel 70% ou de pias com água e sabão para lavagem das mãos, sejam reforçadas.

##RECOMENDA##

O comitê técnico operacional para o enfrentamento da doença também está dialogando com a Secretaria Municipal da Educação e com o governo do estado para determinar os protocolos sanitários a serem seguidos pelas escolas.

“Estamos trabalhando no detalhamento das diretrizes, mas a orientação é que pais ou responsáveis não encaminhem seus filhos à escola caso a criança apresente qualquer suspeita de sinal ou sintoma de varíola dos macacos, como lesões na pele associadas ou não a febre, ínguas, cansaço e dores de cabeça, musculares e nas costas e procurem imediatamente a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa para avaliação”, alertou a médica da Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Melissa Palmieri.

Segundo o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, as equipes técnicas da prefeitura avaliam e monitoram atentamente o cenário epidemiológico da varíola dos macacos na cidade elaborando estratégias assertivas e eficazes de controle da doença, assim como foi feito com a covid-19.

“A rede municipal está com toda a operação de atendimento, diagnóstico e monitoramento em pleno funcionamento para o enfrentamento da monkeypox [varíola dos macacos]”.

De acordo com a Secretaria de Saúde, com o registro dos primeiros casos no mundo em maio, a Covisa deflagrou alertas para a rede municipal, com orientações para busca ativa e monitoramento de casos suspeitos nos serviços de saúde. Posteriormente, foram adotadas outras medidas para conter a disseminação do vírus, como elaboração de fluxograma de atendimento, protocolo de assistência laboratorial e capacitações.

O primeiro caso da doença na cidade de São Paulo foi registrado no dia 9 de junho. Até ontem, o total de pacientes confirmados era de 1.912, de acordo com o Boletim Monkeypox da Secretaria de Saúde do município. O atendimento para os casos suspeitos de infecção é realizado em toda a rede municipal de saúde, como UBSs, pronto-socorro e prontos atendimentos da capital.

Nesta sexta-feira (29), o Ministério da Saúde confirmou a primeira morte por varíola dos macacos. A vítima foi um homem, que teve o falecimento registrado em Uberlândia, Minas Gerais, na quinta-feira (28).

Segundo a GloboNews, o paciente estava com a imunidade baixa. O ministério ainda não deu maiores explicações sobre o caso. Até a quinta-feira (28), o país havia registrado 978 casos confirmados da doença, com o maior número de casos concentrados nos estados de São Paulo (744) e Rio de Janeiro; até o momento, Pernambuco tem três casos.

##RECOMENDA##

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, há seis dias, a varíola dos macacos como emergência de saúde pública de interesse internacional. Conhecida internacionalmente como monkeypox, a doença endêmica em regiões da África, já atingiu neste ano 20.637 pessoas em 77 países.

Diante do aumento de casos de varíola dos macacos no país, começa a funcionar nesta sexta-feira (29) o Centro de Operação de Emergências (COE) criado pelo Ministério da Saúde. O principal objetivo da iniciativa é acompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a doença no país.

Foram convidados a participar do colegiado, membros do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e representantes de outras secretarias do Ministério da Saúde, além da própria Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).

##RECOMENDA##

“Mesmo quando não havia nenhum caso no Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu um fluxo de vigilância ativa para o país. Foi definido o que seria um caso suspeito, um caso confirmado e um caso descartado. Também foi imediatamente determinado um fluxo para o diagnóstico e testagem”, destacou a pasta.

Vacinação

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a vacina a ser adquirida possivelmente será de vírus não replicante. A previsão é de que 50 mil doses sejam destinadas ao Brasil, de acordo com solicitação feita à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Os primeiros imunizantes devem ser destinados a profissionais de saúde e o desembarque das vacinas está previsto para ocorrer ainda em 2022. "O esquema de imunização deve ser de duas doses com intervalo de 30 dias entre elas. Já estamos em tratativas com as fabricantes para adquirir os imunizantes. O COE vai acompanhar todo o processo pandêmico em relação à monkeypox", destacou Arnaldo Medeiros.

O último balanço, divulgado pelo Ministério da Saúde ontem, indica que o Brasil registra, até o momento, 978 casos confirmados da doença.

Varíola dos macacos

Causada por um vírus, os sinais e sintomas da doença podem durar entre duas e quatro semanas.

A transmissão ocorre principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados.

A transmissão por meio de gotículas requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, por isso, trabalhadores da saúde, membros da família, parceiros e parceiras têm maior risco de contaminação.

Os Estados Unidos relataram mais de 3,4 mil casos confirmados ou suspeitos de varíola dos macacos, mostraram dados federais, tornando-se o país com o maior numero infecções conhecidas desde o início da emergência global de saúde.

O aumento nos casos ocorre à medida que os EUA expandem a capacidade de testes para o vírus. Especialistas avaliam que o avanço da transmissão aumenta as chances de uma população mais ampla enfrentar o risco de infecções, à medida que a oportunidade de retardar e potencialmente interromper o surto está desaparecendo.

##RECOMENDA##

O surto tem sido registrado principalmente entre homens que fazem sexo com homens. Isso já é uma preocupação, mas uma eventual disseminação mais ampla do patógeno traria o desafio adicional de tentar educar e proteger uma população maior, disseram especialistas em saúde.

"Estamos em um momento muito crítico do surto", disse Jay Varma, médico e epidemiologista que dirige o Centro de Prevenção e Resposta à Pandemia da Weill Cornell Medicine, na cidade de Nova York.

Fonte: Dow Jones Newswires.

Os órgãos sanitários brasileiros confirmaram 36 novos casos de varíola dos macacos (monkeypox), de acordo com o último boletim do Ministério da Saúde desta quinta-feira (7). O total chega a 142 e a maioria (98) foi confirmada no Estado de São Paulo.

O aumento dos casos ocorre no mundo todo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou mais de 7 mil registros em 60 países desde o início do surto, em maio. A Europa é o epicentro, com cerca de 80% das notificações. Até agora, foi registrada apenas uma morte provocada pela doença. Em São Paulo, os casos também vêm se multiplicando. Na última terça-feira (5), o Ministério da Saúde contabilizava 80 pacientes com a doença no País, dos quais 52 estavam em São Paulo.

##RECOMENDA##

Uma das principais preocupações entre todos os profissionais da saúde é a falta de informações sobre a doença e o período prolongado em que ela continua transmissível. A subnotificação também preocupa, considerando que o processo de coleta, envio e análise das amostras é lento e sem controle entre os diferentes níveis da administração pública.

Como a varíola dos macacos é transmitida

Apesar do nome, a doença viral não tem origem nos macacos, apenas foi identificada pela primeira vez nesses animais. A varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a transmissão ocorre principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados.

A transmissão secundária (pessoa a pessoa) pode acontecer por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de um infectado, ou com objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão. A transmissão ocorre também por gotículas respiratórias.

Em São Paulo, médicos têm relatado aumento rápido sobretudo entre homens gays, bissexuais, mulheres transexuais e travestis. Esse padrão de contágio, entre homens que fazem sexo com outros homens, também foi observado em outros países, como a Espanha. Especialistas alertam, porém, que qualquer pessoa pode se infectar pelo vírus. A Secretaria de Estado da Saúde informou que o surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual.

O padrão de infecção também foi reconhecido nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, onde as campanhas de vacinação contra a varíola dos macacos foram direcionadas especificamente para homens gays e bissexuais. No Reino Unido, 96% dos 1.235 casos confirmados até a última sexta-feira, 1º, eram em homens que se relacionam com homens, segundo a Agência de Segurança em Saúde.

Quais os tratamentos para a varíola dos macacos

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves. Os pacientes vêm se recuperando em algumas semanas apenas com repouso, hidratação oral, medicações para diminuir o prurido e controle de sintomas como febre ou dor.

Existem medicamentos antivirais, como o tecovirimat e o cidofovir, que podem ser usados em pessoas sob risco de complicações, mas que não são facilmente disponíveis comercialmente. E, assim como na maioria das viroses agudas, o próprio sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus.

O maior risco de agravamento ocorre, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

Como prevenir a varíola dos macacos

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.

Identificada pela primeira vez em macacos, a doença ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda fora do continente causa preocupação. O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica.

Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%. A monkeypox coloca os virologistas em alerta porque está na família da varíola, embora cause quadros menos graves.

A varíola foi erradicada pela vacinação em 1980, e a vacina desde então foi descontinuada. Diante do aumento de casos em países onde ela não é endêmica, a OMS convocará uma nova reunião de seu comitê para definir como proceder com a questão e não descarta declarar a varíola dos macacos como emergência de saúde global, mesmo status da Covid-19.

O número de casos de varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil chega a 37, segundo informações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. A secretaria confirmou ontem o sexto caso no estado. Agora, são cinco ocorrências na capital e uma na cidade de Maricá, no Grande Rio.

Já Minas Gerais confirmou o seu primeiro caso, um homem com 33 anos, que esteve na Europa no período entre 11 e 26 deste mês. Segundo a Secretaria de Saúde mineira, trata-se de um caso importado.

##RECOMENDA##

“O paciente está estável, em isolamento domiciliar. Os contactantes estão sendo monitorados e, até o momento, não houve identificação de caso secundário”, informa a nota.

Segundo o Ministério da Saúde, São Paulo tem 28 casos confirmados. Somando-se os dois registros do Rio Grande do Sul e os do Rio e de Minas, o Brasil chega a 37 casos.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou, nesta terça-feira (14), que não há casos investigados de varíola dos macacos em Pernambuco. Até esta segunda (13), três casos da doença foram confirmados no Brasil pelo Ministério da Saúde.

A pasta estadual acrescentou que já elabora um informe técnico de alerta para os serviços de saúde, com recomendações diversas relacionadas ao tema, como transmissão, sintomatologia, manejo para coleta de materiais biológicos para exames, protocolo de notificação e isolamento de pessoas com suspeita.

Varíola dos macacos no Brasil

##RECOMENDA##

Na noite do domingo (12), um homem de 51 anos, morador de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foi isolado após apresentar sintomas depois de uma viagem a Portugal.

Outros dois casos foram confirmados em São Paulo, sendo um homem, de 29, que foi isolado no município de Vinhedo, e um homem, de 41, que foi internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital. Os dois têm histórico de viagem recente à Espanha.

O Ministério da Saúde atualizou para sete o número de casos suspeitos de varíola dos macacos. O caso em investigação mais recente foi notificado nesta segunda-feira (6) pela Secretaria de Saúde do estado de São Paulo. 

Até o momento, o Brasil não possui, nenhum caso confirmado da doença. Os estados de Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo têm um caso suspeito cada um, e outros dois casos são monitorados em Rondônia.

##RECOMENDA##

Segundo a pasta, os pacientes estão "isolados e em recuperação, sendo monitorados pelas equipes de vigilância em saúde. A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise laboratorial".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) contabiliza 780 casos de varíola dos macacos no período entre 13 de maio e 2 de junho. Esse é o total de infecções registradas em 27 países fora das regiões central e ocidental da África, nas quais a doença é considerada endêmica. A OMS informou que avalia o risco em nível global como moderado, considerando que essa é a primeira vez que muitas infecções são relatadas simultaneamente em países não endêmicos e endêmicos em áreas geográficas amplamente díspares.

As investigações epidemiológicas seguem em andamento, ainda de acordo com o comunicado oficial da organização. A maioria dos casos notificados até agora envolveram principalmente, mas não exclusivamente, homossexuais homens.

##RECOMENDA##

A maior parte dos pacientes confirmados com histórico de viagens relatou idas a países da Europa e América do Norte, informa a OMS. A confirmação da doença em pessoas que não viajaram para uma área endêmica é atípica.

O aparecimento súbito e inesperado da varíola dos macacos simultaneamente em vários países não endêmicos sugere que pode ter havido transmissão não detectada por um período de tempo desconhecido, seguido por eventos amplificadores recentes.

O número de casos confirmados de varíola do macaco no mundo era 219 nesta quarta-feira (25), sem contar os países onde a doença é endêmica, de acordo com um balanço de uma agência sanitária da União Europeia (UE).

No total, 19 países onde a doença não é habitual, a maioria da Europa, relataram ao menos um caso confirmado, indicou o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) em uma nota epidemiológica divulgada nesta quarta à noite.

“A maioria dos casos são de homens jovens, que se identificam como homens que têm relações sexuais com homens. Não há nenhuma morte”, afirmou a agência com sede em Estocolmo.

Fora os 11 países africanos onde a varíola do macaco é endêmica, três países concentram atualmente a maioria dos casos registrados: Reino Unido (71), o primeiro onde foram detectadas infecções não habituais no começo de maio, Espanha (51) e Portugal (37), segundo o ECDC.

A Europa tem a maioria dos casos, com 191, dos quais 118 estão em países da UE. Canadá (15), Estados Unidos (9), Austrália (2), Israel (1) e Emirados Árabes Unidos (1) são os países não europeus com infecções.

Casos suspeitos sem confirmação não foram incluídos no balanço.

O número total de casos registrados pelo ECDC quase quintuplicou desde seu primeiro relatório, de 20 de maio, em que a agência apontava 38 infecções.

Na segunda-feira, em sua primeira avaliação de riscos, o ECDC considerou que a probabilidade de contágio na população geral era “muito fraca”, mas que era “elevada” para pessoas com vários parceiros sexuais.

No mesmo dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou uma situação “atípica”, mas julgou possível deter a transmissão da doença entre humanos.

A doença, menos perigosa que a varíola erradicada há cerca de 40 anos, é endêmica em 11 países da África Ocidental e Central. Costuma se traduzir em uma forte febre e evolui rapidamente para erupções cutâneas com formação de crostas.

A infecção dos casos iniciais se deve ao contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões cutâneas ou mucosas de animais infectados. Segundo a OMS, os sintomas duram entre 14 e 21 dias.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota nesta terça-feira (24) esclarecendo as recomendações feitas pela agência para retardar a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil. Segundo a Anvisa, foi apenas reforçada a adoção das medidas que já estão em vigência em aeroportos e em aeronaves e que são destinadas a proteger “o indivíduo e a coletividade não apenas contra a covid-19, mas também contra outras doenças.”

Na nota, a Anvisa esclarece que não recomendou o “isolamento” como uma medida para o enfrentamento à varíola dos macacos.

##RECOMENDA##

“De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a varíola do macaco pode ser transmitida aos seres humanos através do contato próximo com uma pessoa ou animal infectado, ou com material contaminado com o vírus. O vírus pode ser transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama”, diz a nota.

A Anvisa informou que atua consoante com as ações das agências internacionais e de organismos mundias de saúde e que permanece monitorando a evolução dos casos da varíola dos macacos, mantendo um contato constante com o Ministério da Saúde. “Tão logo se justifique, serão propostas as medidas sanitárias, quando cabíveis, em aditamento às regras existentes e vigentes no Brasil.”

A doença

Diante do quadro, o Ministério da Saúde criou uma sala de situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos no Brasil. A medida, anunciada pela pasta na noite desta segunda-feira (23), tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.

"Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no país", informou o Ministério da Saúde, em nota. A pasta afirma que encaminhou aos estados um comunicado de risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença.

O Ministério da Saúde criou uma sala de situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos - vírus Monkeypox - no Brasil. A medida, anunciada pela pasta na noite desta segunda-feira (23), tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença.

"Até o momento, não há notificação de casos suspeitos da doença no país. A pasta encaminhou aos estados um comunicado de risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis até o momento sobre a doença”, informou o Ministério da Saúde, em nota.

##RECOMENDA##

A vigilância de doenças com potencial para emergência em saúde pública é monitorada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs Nacional), que atua de forma permanente, detectando informações 24 horas por dia.

A varíola dos macacos é uma doença viral endêmica no continente Africano, com transmissibilidade moderada entre humanos. 

No último sábado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações constituiu, em caráter consultivo, uma Câmara Técnica Temporária de pesquisa chamada Câmara Pox MCTI, para acompanhar os desdobramentos científicos sobre o vírus Monkeypox, conhecido como varíola dos macacos. 

A medida de vigilância científica com consulta a especialistas é necessária, segundo o órgão, diante de casos de infecção registrados em países como Portugal, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, em maio deste ano.

Os casos confirmados de infectados pela varíola dos macacos já chegam a 37 em Portugal, após 14 pessoas terem a doença detectada nas últimas horas. As autoridades de saúde não descartam um aumento, porque aguardam resultados de outras amostras.

Entre as análises realizadas, a Direção Geral de Saúde (DGS) de Portugal comunicou nesta segunda-feira, 23, a identificação de uma variedade do vírus da África Ocidental que é "menos agressivo". O número de casos confirmados no País lusitano disparou desde quarta-feira passada, dia 18, quando a DGS comunicou os primeiros cinco casos de varíola dos macacos.

##RECOMENDA##

As autoridades de saúde portuguesas recomendam a ida ao médico antes do aparecimento de úlceras, erupções cutâneas ou gânglios linfáticos acompanhados de febre, dores musculares e cansaço. Eles também pedem às pessoas com sintomas que evitem o contato físico direto, além de compartilhar roupas, toalhas, lençóis e objetos pessoal.

A varíola dos macacos, do gênero Orthopoxvirus, é uma doença rara transmissível por meio do contato com animais, pessoas ou materiais infectados ou contaminados pelo vírus. Vários países europeus relataram casos deste vírus que foi detectado pela primeira vez na República Democrática do Congo em 1970 e se multiplicou na última década em países de África Ocidental e Central.

Dinamarca e Escócia têm primeiros registros da doença

A Dinamarca registrou a sua primeira incidência da varíola dos macacos em um homem adulto que havia retornado de uma viagem à Espanha, disse o Ministério da Saúde em declaração nesta segunda-feira. "As autoridades de saúde não esperam uma infecção generalizada na Dinamarca, mas estamos acompanhando de perto a situação para estarmos preparados para um possível desenvolvimento na situação de infecção", disse o ministro da Saúde, Magnus Heunicke, em um comunicado.

O homem infectado está atualmente em isolamento e as autoridades estão em contato com quaisquer contatos próximos, disse o ministério.

A Escócia também anunciou seu primeiro caso. O primeiro-ministro britânico Boris Johnson disse, também nesta segunda-feira, que o governo está analisando cuidadosamente as circunstâncias que cercam a transmissão da varíola na Grã-Bretanha, já que a Escócia confirmou seu primeiro caso do vírus. "É basicamente uma doença muito rara e até agora as consequências não parecem ser muito graves, mas é importante que fiquemos de olho", disse Johnson.

Já a Inglaterra tem 20 casos confirmados atualmente, de acordo com a última atualização, ocorrida na sexta-feira, dia 20. Outros casos foram identificados em vários países globalmente.

A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido disse que o risco para a população britânica permanece baixo, e que pessoas com contato próximos aos casos confirmados devem se isolar por 21 dias. (Com agências internacionais).

O Reino Unido está registrando casos diários da varíola do macaco, os quais não têm relação com qualquer viagem à África Ocidental, onde a doença é endêmica - disse a assessora médica-chefe da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês), Susan Hopkins, neste domingo (22).

"Estamos encontrando casos que não têm contato identificado com um indivíduo da África Ocidental, que é o que vimos anteriormente neste país", afirmou Susan.

"Estamos detectando mais casos diariamente", acrescentou a especialista, em entrevista à emissora BBC.

De acordo com a UKHSA, os novos números serão divulgados segunda-feira (23), após o boletim de sexta-feira (20), relatando a ocorrência de 20 casos.

A médica-chefe se negou a confirmar a informação de que uma pessoa estava em terapia intensiva, mas disse que o surto se concentra em áreas urbanas, entre homens homo, ou bissexuais.

"O risco para a população em geral continua sendo extremamente baixo neste momento, mas acho que as pessoas têm de estar alertas", completou Susan.

Segundo ela, para a maioria dos adultos, os sintomas seriam "relativamente leves".

O Reino Unido deu o alarme em 7 de maio, com uma pessoa que havia estado na Nigéria recentemente.

Israel e Suíça confirmaram casos no sábado

Ontem (21), Israel e Suíça confirmaram suas primeiras infecções da varíola do macaco, depois que Estados Unidos e vários países europeus - entre eles, França, Alemanha, Suécia e Espanha - detectaram casos dessa doença endêmica nas Áfricas Central e Ocidental.

Em Israel, um porta-voz do hospital Ichilov de Tel Aviv declarou à AFP que um homem de 30 anos, que havia voltado recentemente da Europa Ocidental, está infectado.

Na sexta-feira (20), o Ministério da Saúde informou que o homem esteve em contato com uma pessoa doente no exterior. Ele apresenta sintomas leves.

No caso da Suíça, a pessoa infectada, que mora em Berna, também esteve em contato com o vírus no exterior, informou a direção de saúde deste cantão. No momento, a pessoa se encontra em isolamento domiciliar, e todos os seus contatos foram informados, acrescentaram as autoridades locais.

Na Grécia, suspeita-se de que um turista britânico tenha contraído a doença, informou o organismo grego de saúde pública, acrescentando que o cidadão britânico foi transferido para um quarto de isolamento no hospital, junto com sua companheira, assintomática.

Análises de laboratório confirmarão na segunda-feira (23) se ele está, de fato, infectado com a doença.

A varíola do macaco, ou "ortopoxvirosis simia", é uma doença rara, cujo patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa.

Seus sintomas são semelhantes, em menor escala, aos observados no passado em pacientes de varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas nos primeiros cinco dias. Em seguida, surgem erupções (no rosto, nas palmas das mãos e nas solas dos pés), lesões, pústulas e, finalmente, crostas.

Não existem tratamentos específicos, ou vacinas, contra a varíola do macaco, mas as crises podem ser contidas, explica a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença geralmente se cura por conta própria, com sintomas que duram de 14 a 21 dias.

A transmissão de pessoa a pessoa ocorre através de contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias, lesões cutâneas de uma pessoa infectada, ou de objetos contaminados recentemente com fluidos biológicos, ou com materiais procedentes das lesões de um paciente.

A maioria dos casos registrados nos últimos dias ocorreu em homens que mantêm relações sexuais com outros homens, informou a OMS na sexta-feira.

Uma sauna em Madri, capital espanhola, foi obrigada a fechar as portas por ser um possível foco de transmissão da varíola do macaco, uma doença rara que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), poderia se espalhar rapidamente pela Europa.

"Com a chegada da temporada do verão (...), com reuniões maciças, festivais e festas, me preocupa que a transmissão possa se acelerar", disse o diretor regional para a Europa da OMS, Hans Kluge.

O vírus, que provoca erupções cutâneas em várias partes do corpo e que geralmente é curada espontaneamente, foi identificado pela primeira vez em humanos na República Democrática do Congo em 1970.

Estes últimos dias foram detectados casos em vários países da Europa, em Estados Unidos, Canadá e Austrália, segundo Kluge, que descreve a propagação como "atípica".

Seus sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas nos primeiros cinco dias.

Em seguida surgem as erupções (no rosto, nas costas das mãos, nas solas dos pés), lesões, pústulas e finalmente crostas.

O Reino Unido deu o alerta em 7 de maio e, segundo o ministro de Saúde britânico nesta sexta-feira já havia 20 pessoas infectadas no país.

Com exceção do primeiro caso - o de uma pessoa infectada que tinha viajado recentemente para a Nigéria -, os pacientes se contagiaram no Reino Unido.

"Todos os casos recentes, exceto um, não têm antecedentes de viagens relevantes a regiões onde a varíola do macaco é endêmica", informou Kluge.

- Primeiros casos em vários países europeus -

Segundo a autoridade sanitária, a transmissão poderia ser impulsionada pelo fato de que "os casos que estão sendo detectados atualmente ocorrem entre pessoas que mantêm relações sexuais" e muitas não reconhecem os sintomas.

A maioria dos casos registrados nos últimos dias ocorreram em homens que mantêm relações sexuais com outros homens e buscaram tratamento em clínicas de saúde sexual, disse Kluge.

"Isto sugere que a transmissão pode ter começado há algum tempo", acrescentou.

Na terça, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que queria esclarecer, com a ajuda do Reino Unido, os casos detectados desde o começo de maio, especialmente na comunidade homossexual.

A declaração de Kluge ocorreu depois de França, Bélgica e Alemanha anunciarem seus primeiros casos.

A Itália também registrou três casos de pessoas infectadas até o momento, segundo disseram autoridades sanitárias nesta sexta.

A doença foi identificada na quinta-feira pela primeira vez em um jovem que tinha voltado recentemente das ilhas Canárias (Espanha) e em outras duas pessoas nesta sexta, informou o Instituto de Doenças Infecciosas do Hospital Spallanzani de Roma.

- Espanha na mira -

Na Espanha, as autoridades fecharam uma sauna na capital. O estabelecimento - um local gay chamado "El Paraíso" - é suspeito de ter sido a origem de muitos contágios na Comunidade de Madri.

Segundo as autoridades locais, há 21 casos confirmados e 19 suspeitos na região.

Na Espanha, a Saúde é uma competência regional, e por isso a contagem geral não é imediata.

Em nível nacional, o Ministério da Saúde confirma até o momento sete casos, enquanto outros 23 testaram positivo para "varíola não humana" e ainda precisam ser sequenciados "para determinar que tipo de varíola é".

Se confirmado, o balanço nacional alcançaria 30 casos, o que faria da Espanha o país com mais contágios identificados da Europa.

Segundo a assessora médica em chefe da agência britânica de segurança sanitária no Reino Unido, Susan Hopkins, "este aumento continuará nos próximos dias e serão identificados mais casos na comunidade em geral".

Em particular, pediu aos homens homossexuais e bissexuais a estarem atentos aos sintomas, afirmando que uma "proporção notável" dos casos no Reino Unido e na Europa procedem deste grupo.

A infecção dos casos iniciais se deve ao contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões cutâneas ou mucosas de animais infectados. Segundo a OMS, os sintomas duram entre 14 e 21 dias.

burs-har/ah/sag/mvv

As autoridades sanitárias da Itália confirmaram nesta sexta-feira (20) mais dois casos de varíola de macaco, doença rara provocada por um vírus semelhante ao da varíola, que está erradicada no mundo desde 1980.

De acordo com o secretário de Saúde da região do Lazio, Alessio D'Amato, as duas pessoas estão ligadas ao "caso zero" de varíola de macaco no país, detectado na última quinta (19), em Roma, em um paciente recém-retornado das Ilhas Canárias, na Espanha.

##RECOMENDA##

"Os dois casos suspeitos, relacionados ao caso zero italiano, foram confirmados, portanto sobe para três o número de casos de varíola de macaco", afirmou D'Amato. Todos os infectados estão em isolamento no Instituto Lazzaro Spallanzani, em Roma, principal referência no combate a doenças infecciosas na Itália.

"Essa não é uma doença nova e não deve gerar alarmismo. É uma varíola mais fraca, tem sintomas mais leves que a varíola tradicional. Precisamos ter grande atenção, mas nada de alarme", afirmou o diretor-geral do Spallanzani, Francesco Vaia, à emissora Rai Radio1.

O vírus da varíola de macaco pode ser transmitido por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas, inclusive durante relações sexuais. Já os sintomas são semelhantes aos da varíola, como febre, dores musculares e o surgimento de bolhas na pele, embora de forma mais leve.

Casos da doença já foram confirmados em outros países nos últimos dias, como Espanha, Estados Unidos, França, Portugal e Reino Unido.

O nome "varíola de macaco" se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno.

O primeiro caso em humanos data de 1970, na República Democrática do Congo, durante os esforços para a erradicação da varíola.

Da Ansa

O estado americano de Massachusetts relatou nesta quarta-feira (18) um caso raro de varíola em um homem que viajou recentemente para o Canadá, e as autoridades de saúde estão investigando se ele está conectado a pequenos surtos na Europa.

Monkeypox, ou varíola do macaco, é normalmente limitada à África, e casos raros nos EUA e em outros lugares geralmente estão ligados a viagens para lá. Um pequeno número de casos confirmados ou suspeitos foi relatado este mês no Reino Unido, Portugal e Espanha.

##RECOMENDA##

Geralmente, o processo começa com uma doença semelhante à gripe e inchaço dos gânglios linfáticos, seguido por uma erupção cutânea no rosto e no corpo. Fonte: Associated Press

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando