Tópicos | negro

O primeiro senador negro dos Estados Unidos eleito pelo voto popular, o republicano Edward W. Brooke, faleceu neste final de semana, aos 95 anos. Segundo informações da família, ele morreu de causas naturais em sua casa na Flórida.

Brooke foi eleito para o Senado pelo estado de Massachusetts em 1966 e foi um dos políticos mais populares durante seus 12 anos de mandato. O ex-senador ganhou reputação como um liberal e foi o primeiro republicano a instar, publicamente, a renúncia do presidente Richard Nixon, envolvido no escândalo Watergate. Ele ajudou a liderar as forças a favor da Emenda dos Direitos da Igualdade das Mulheres e era um defensor da igualdade racial.

##RECOMENDA##

Em entrevista para a agência de notícias Associated Press, o ex-senador disse que era "grato a Deus" por ter vivido até a eleição do presidente Barack Obama. Em outubro de 2009, Obama esteve na cerimônia de entrega da Medalha de Ouro do Congresso para Brooke e disse que ele foi "um homem que dedicou sua vida a quebrar barreiras e a reduzir as divisões em seu país", disse Obama. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente Barack Obama afirmou, em uma entrevista que será exibida nesta segunda-feira (8), que o fim do racismo nos Estados Unidos só ocorrerá de forma gradual, e pediu aos jovens que persistam em combatê-lo. As declarações do presidente acontecem em um momento em que prosseguem protestos em cidades de todo o País, onde milhares de pessoas se manifestam há duas semanas para condenar a morte de afro-americanos em ações de policiais brancos.

"Isto não será resolvido da noite para o dia; isto é algo que está profundamente arraigado em nossa sociedade, está profundamente arraigado em nossa história", afirmou Obama em uma entrevista ao canal Black Entertainment Television. Obama insistiu que os jovens devem prosseguir em sua luta contra o racismo, e disse que a paciência é decisiva.

##RECOMENDA##

"Temos de ser persistentes porque o progresso está em cada passo", declarou. "Quando é preciso lidar com algo que está profundamente arraigado, como o racismo, ou com um preconceito qualquer da sociedade, é preciso estar vigilante, mas é preciso admitir que é algo que levará tempo".

O presidente recordou que as relações interraciais melhoraram nos últimos 50 anos, apesar de persistirem as tensões. "Não estão melhores em alguns casos, mas estão melhores", destacou.

A morte de vários negros americanos em ações de policiais brancos causaram revolta a milhares de manifestantes. O fato também resultou em um debate nacional sobre o racismo e o abuso policial.

Policiais entraram em confronto com manifestantes na Califórnia em mais uma noite de protestos por todo os Estados Unidos contra os recentes assassinatos de negros pela polícia. Manifestantes em Berkeley, na Califórnia, atiraram pedras em policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e fumaça para dispersar a multidão.

Vários policiais ficaram feridos, e prédios e carros foram saqueados e depredados, relatou a porta-voz da polícia Jennifer Coats. "Vários policiais foram atingidos e um oficial foi ferido com um saco de areia e levado para o hospital com o ombro deslocado", disse Coats.

O protesto ocorreu horas após o funeral de Akai Gurley, 28 anos, morto a tiros por um policial quando estava com a namorada na escada de um conjunto habitacional no Brooklyn.

Linchamentos modernos

O funeral de Gurley foi marcado por muitos protestos. O ativista Kevin Powell, que agradeceu ao prefeito Bill de Blasio e à cidade de Nova York por arcarem com os custos do funeral, fez um apelo emocionado. "Akai era inocente, inocente, inocente," repetiu. "Trata-se de um linchamento moderno, mais uma vez. Akai Gurley foi mais uma vítima".

O ativista pediu pela reforma da polícia e falou sobre os recentes protestos que acontecem por todo o país para denunciar os assassinatos de homens negros por policiais brancos. "Temos que fazer o que for possível para evitar mais situações como esta", disse.

O funeral de Gurley se deu em meio à proliferação de protestos por todo o território dos Estados Unidos, contra a morte de negros por policiais brancos. Entre as vítimas estão Michael Brown, de 18 anos, morto em Ferguson, no Missouri, em agosto, e Eric Garner, morto pela polícia nova-iorquina em julho. No mês passado, um menino negro de 12 anos usando uma arma de brinquedo foi morto a tiros pela polícia em Cleveland, Ohio.

Os protestos prosseguiram no sábado. A Rede Aliança Nacional, do reverendo Al Sharpton, celebrou um ato no Harlem, que contou com a presença do cineasta Spike Lee, um conhecido defensor dos direitos da minoria negra americana

Outras personalidades se manifestaram pelas mortes. No sábado, o jogador do Chicago Bulls Derrick Rose usou no aquecimento do jogo da NBA uma camiseta com a frase "Eu não consigo respirar", dita por Garner antes de morrer asfixiado.

Em Washington, ruas foram fechadas no centro da cidade, onde centenas de pessoas se reuniram, repetindo em coro: "Mostre-me o que é democracia!". Na Estação Central de Nova York, manifestantes deitaram no chão, segurando cartazes que lembravam as vítimas.

Lembrando Gurley 

O funeral de Gurley contou com cantores de música gospel e com a leitura de um poema pelo irmão mais novo de Gurley, que, soluçando, foi confortado por um familiar. Houve ainda a exibição de um vídeo com imagens de Gurley com a filha pequena. Autoridades, incluindo a defensora pública de Nova York, Letitia James, e ativistas compareceram à cerimônia.

O promotor do Brooklyn, Ken Thompson, afirmou que apresentará todas as provas para que o grande juri tome sua decisão. "Prometo conduzir uma investigação ampla e justa para dar ao grande juri toda a informação necessária para que seu trabalho seja feito", contou. A polícia de Nova York admitiu que Gurley era "totalmente inocente".

Manifestantes inconformados com a decisão da Justiça dos EUA de não indiciar um policial branco pela morte de um homem negro desarmado se reuniram na noite desta sexta-feira (5) em alguns dos pontos mais conhecidos de Nova York, no terceiro dia de protestos. Eric Garner, que supostamente vendia cigarros ilegalmente, morreu em julho, após ser contido a força por vários policiais, inclusive Daniel Pantaleo, que o segurou pelo pescoço, uma prática proibida em Nova York. A ação foi filmada e divulgada na internet.

Na quarta-feira, um júri decidiu que não havia motivos para indiciar o policial, o que desencadeou vários protestos. Nesta sexta-feira, os manifestantes se concentraram em pontos populares, como as lojas da Macy's e Apple, a praça Times Square e as ruas no entorno da tradicional árvore de natal do Rockefeller Center. O número de participantes, no entanto, diminuiu em relação aos dias anteriores, possivelmente afastados pela possibilidade de chuva.

##RECOMENDA##

Por volta das 19h (horário local), os manifestantes se concentraram em frente a loja da Apple na Quinta Avenida e deitaram no chão, surpreendendo os consumidores que passavam pelo local. Eles carregavam cartazes com dizeres como "Civil desarmado" e "Vidas de negros também importam" e repetiam as últimas palavras de Garner, capturadas no vídeo: "Eu não consigo respirar".

Os protestos desta sexta-feira foram basicamente pacíficos, mas houve um desentendimento com a polícia por parte de um pequeno grupo e uma pessoa foi presa. Desde quarta-feira, o total de presos passa de 300. Fonte: Dow Jones Newswires.

Manifestantes revoltados com a segunda morte de um jovem negro de 18 anos pela polícia enfrentaram os oficiais pela segunda noite em St. Louis, nos Estados Unidos. Representantes da população pedem ao Departamento de Justiça que investigue o caso que levou à morte de Vonderrit D. Myers na quarta-feira. Oficiais da tropa de choque ficaram alinhados na rua, enquanto manifestantes xingavam para provocar, sem que houvesse reação. Helicópteros da polícia rodearam o bairro e foi preciso usar spray de pimenta para conter a multidão.

Alguns queimaram a bandeira americana, enquanto outros rufaram tambores e gritaram "é com isso que a democracia se parece". Manifestantes também bateram nas laterais dos carros da polícia e quebraram vidros. Oito pessoas foram detidas - cinco por "reunião ilegal", duas por danos materiais e uma por posse de maconha - e um oficial foi ferido por um tijolo jogado por manifestantes, além de danos a uma empresa e a dois carros da polícia.

##RECOMENDA##

Segundo os pais de Myers, ele estaria desarmado e carregando um sanduíche quando levou os 17 tiros de um policial, que, por sua vez, afirmou ter contra-atacado os disparos de Myers, que estaria com uma arma roubada e agressivo. O nome do policial não foi divulgado.

"Esse caso aqui foi discriminação racial que se tornou fatal", afirmou a senadora democrata Jamilah Nasheed, em conferência na quinta-feira. No mesmo dia, centenas de pessoas fizeram uma vigília com velas para Myers e protestaram pela sua morte. Esse é segundo caso em dois meses em que a polícia é acusada de discriminação racial ao matar a tiros um jovem negro. O primeiro aconteceu em Ferguson, quando Michael Brown foi morto por um policial branco.

O clima de tensão aumenta à medida que são esperadas manifestações nos próximos quatro dias. Os eventos começam nesta sexta-feira, com protestos em larga escala e marchas em memória de Brown e Myers. Organizações de direitos civis se juntaram para organizar protestos até a segunda-feira, começando com uma manifestação em frente ao escritório do procurador-geral Bob McCulloch.

No caso de Michael Brown, o júri decidirá se o policial Darren Wilson enfrentará as acusações da morte do jovem. Organizadores afirmam que milhares de ativistas e manifestantes de todo o país devem comparecer a St. Louis para quatro dias de protestos e marchas contra discriminação racial e violência policial. Os eventos tomaram caráter de urgência diante da morte de Myers.

A mãe do jovem morto na quarta-feira, Syreeta Myers, afirmou que a "polícia mente" sobre seu filho estar armado. "Eles mentiram sobre Michael Brown, também", disse. Fonte: Associated Press.

A justiça holandesa determinou nesta quinta-feira (3) que a figura do "Zwarte Piet" (Pedro, o Negro), um ajudante do Papai Noel, representa um "estereótipo negativo para as pessoas de pele negra".

De acordo com uma tradição holandês, Santa Claus (o Papai Noel) chega no terceiro domingo de novembro a bordo de um trenó cheio de presentes e acompanhado de 40 ajudantes de pele negra e lábios vermelhos usando trajes medievais, os chamados "Zwarte Pieten".

##RECOMENDA##

Os críticos dessa tradição consideram que a figura de "Pedro, o Negro" tem conotação racista. Os juízes pediram ao prefeito de Amsterdã que busque uma solução que seja do interesse de todos e que não prejudique o desfile de Natal na capital holandesa.

O recorrente debate sobre o caráter supostamente racista da personagem ganhou intensidade no ano passado, depois do anúncio da abertura de uma investigação por parte do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

A própria população fez várias sugestões, como pintar o rosto dos "Zwarte Pieten" de verde. Mas muitos holandeses se opõem a qualquer mudança na tradição do País.

No mês de novembro acontece a 2ª Semana da Consciência Negra em Caruaru, no Agreste pernambucano. Com o tema “Governo e Sociedade Civil: Promovendo a Igualdade Racial e o Respeito às Diferentes Formas de Religiosidade”, as atividades têm início na próxima segunda-feira (18) e se estendem até o dia 28 deste mês.

A programação conta com debate sobre racismo e relações raciais no Brasil; seminário que discutirá a consciência negra na região e exposição Encontro de Matriz Africana e Afrobrasileira, além da Feira de Cidadania e Direitos Humanos e ação voltada à saúde da população.

##RECOMENDA##

Como parte da programação acontecerá ainda a Caminhada de Terreiros de Caruaru, pela promoção da igualdade racial e pelo combate à intolerância religiosa, na Avenida Agamenon Magalhães, no dia 23 de novembro. O evento é promovido pela Gerência de Direitos Humanos da Secretaria Especial da Mulher do município, em parceria com entidades da sociedade civil e do poder público.

A contribuição do negro nas manifestações culturais, bem como o preconceito racial, são temas do debate que será realizado nesta sexta-feira (13). Trata-se do Fórum sobre Relações Étnico-Raciais, que tem entrada gratuita e ocorrerá na Faculdade dos Guararapes.

As inscrições para o encontro podem ser feitas pelo endereço virtual da instituição de ensino. A faculdade fica no endereço da Rua Comendador José Didier, 27, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Outras informações sobre o debate podem ser conseguidas pelo telefone (81) 3461-5555.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

O preconceito contra os negros, uma herança oriunda do período da escravidão, ainda hoje é presente nos núcleos sociais, mesmo que alguns defendam que isso é coisa do passado. E, no contexto de inserção no mercado de trabalho, a desigualdade entre negros e pessoas de outras raças é comprovada, ocasionando outro eixo de discussão sobre o tema.

##RECOMENDA##

Na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, uma pesquisa mostrou que ainda há diferença entre os salários e jornada de trabalho entre negros e não negros. De acordo com o estudo realizado pela Condepe/Fidem, é fato que foi registrada uma redução na desigualdade no mercado de trabalho nas últimas décadas, entretanto, apesar de a População Economicamente Ativa (PEA) negra representar 69,4%, enquanto os não negros apontam 30,6%, as condições de trabalho dos negros são caracterizadas por ocupações mais precárias, com ausência de proteção social, jornadas de trabalho mais extensas e menores salários.

Entre os desempregados, os negros são 14,4% e os não negros apresentam o percentual de 11,2%. Para as mulheres negras, a situação é ainda pior, uma vez que a taxa de desemprego corresponde a duas vezes a taxa dos homens que não são negros. Esse último dado é oriundo do boletim da Pesquisa Emprego e Desemprego (PED), sobre a inserção dos negros no mercado de trabalho na RMR, em 2011.

A visão de quem é negro

Conseguir uma oportunidade emprego para George de Souza, de 34 anos, de início, foi uma tarefa difícil. De acordo com o cientista social e músico, para ter destaque no mercado, mesmo em meio ao preconceito, ele precisou assumir a sua condição. “É preciso se identificar como negro e buscar colocar na mente que somos iguais a todo mundo”.

O cientista social afirma que a discriminação fere não somente a honra das pessoas, mas também, as atrapalham na condição de busca por emprego. “O dano moral pode ser subjetivo, mas, você acaba enfraquecido. Já conheci pessoas que entraram em depressão”, comenta.

Após passar por uma pastoral religiosa que discutia a realidade dos jovens, George ganhou destaque no mercado de trabalho após ingressar em um órgão público e assumir um cargo de gestão. Segundo o músico, ainda assim muita gente o discriminava, com um tipo de preconceito que ele classifica como racismo institucional. “É como se houvesse uma cobrança maior pelo fato de eu ser negro e estar naquela função de liderança. Eles me questionavam para saber se eu tinha capacidade de estar ali”, conta. Atualmente, o cientista social é um dos responsáveis pelo Centro de Referência Afro Indígena (Akotimene - foto ao lado), localizado na Casa da Cultura, área central do Recife. O espaço oferece produções culturais diversas, de origem nacional de internacional, tais como roupas, adereços, livros, instrumentos musicais, quadros, entre outros.

O ridículo se tornou o bonito

Por muito tempo trabalhando como recepcionista em um grupo religioso, Cintia Almeida, 27, tinha vontade de disseminar um trabalho de origem afro. De pele negra e com vontade de usar roupas e acessórios de seu gosto, a moça conta que não utilizava os adereços com medo de que alguém a recriminasse.

“Sofri preconceito. Mas, pouco a pouco foi usando as minhas roupas de origem afro e algumas pessoas diziam que aquilo era ridículo. Porém, depois de um tempo, o ridículo se tornou o mais bonito”, falou Cintia. Essa última referência corresponde a um projeto que, depois de muita insistência, ela conseguiu realizar no próprio grupo religioso.

Cintia criou um grupo de dança ligada à representações negras, como o maracatu, lundum, maculelê, entre outros. Mesmo com opiniões opostas, o trabalho foi ganhando participantes e o respeito dos integrantes do grupo religioso. “Deixe de ser recepcionista e comecei a trabalhar com cultura, que é o que eu gosto”, diz.

Vanessa Marinho, 30, também revela que foi discriminada, acreditando ela por causa da cor. “Em 2004, trabalhei em uma livraria e percebi que era tratada diferente das outras funcionárias. Notei discriminação também em relação ao número de funcionários, em que dos 20, apenas duas pessoas eram negras”, conta.

Atualmente, Vanessa, que é professora, está desempregada. “Talvez, o fato de ser negra pode ser uma das causas da minha condição de desemprego. O meu currículo é bom, e disso, tenho certeza. Faço questão de entregá-lo pessoalmente, mas, até agora, não surgiu nenhuma oportunidade”, explica.

Confira abaixo um vídeo com opiniões dos personagens desta matéria sobre o tema: 

[@#video#@]

Escrito por Mark Menozzi, o livro O Rei Negro já está nas livrarias do Brasil e conta a história do primeiro protagonista negro da literatura fantástica, o herói Manatasi. O enredo acontece num continente vasto e antigo intitulado Valdar - o berço de grandes civilizações, grupos étnicos e nações, de raças muito antigas e povoado por elfos e anões, kobolds e goblins, humanos e gykshes.

Nos moldes de uma saga fantástica tradicional, entre batalhas, magias e muita ação, a história criada por Mark Menozzi é impulsionada pela força magnética e incontrolável de seu protagonista, o Manatasi.

##RECOMENDA##

Confira o primeiro capítulo aqui.

Serviço

O Rei Negro, de Mark Menozzi

R$ 39,80

 

A partir da próxima terça (29) produtores e artistas negros poderão participar de uma oficina realizada em parceria com Ministério da Cultura e outras instituições vinculadas ao orgão. Elas servirão para ajudar os interessados a participarem da seleção dos editais para projetos culturais.

O encontro é uma oportunidade para adquirir informações e fomentar a troca de ideias e parcerias. Ministrados pela assessora Teresa Huang e o representante da Funarte Nordeste Reinaldo Freire, o encontro terá inicio às 9h da manhã, na sede Regional do MinC (bairro do Recife Antigo).

##RECOMENDA##

Brasileiros que se auto declarem negros, maiores de 18 anos e que atuem nas áreas de artes visuais, circo, música, cinema,  literatura, pesquisa de bibliotecas, dança e teatro são o público principal do evento. Inscrições podem ser realizadas através do e-mail maria-huang@cultura.gov.br.

Serviço

Oficina de orientação aos editais para criadores e produtores negros

Regional do Ministério da Cultura (Rua do Bom Jesus, 237 - Bairro do Recife)

Terça -feira (29)  | 9h

3117-8430 /  3117-8451



Por Juliana Gomes

Alunos da Universidade do Estado do Pará(UEPA) e membros de entidades ligadas ao movimento negro afixaram, na manhã de ontem cartazes, com frases de indignação à atitude de Professora Daniela Cordovil, acusada de, na última sexta-feira(14), agredir verbalmente o vigilante Rubens Santos e o aluno da Universidade Paulo de Paula com injurias raciais.

##RECOMENDA##

No depoimento prestado pelo vigilante, ele não teria citado que foi chamado de "macaco", por isso a professora só foi acusada por injuria simples. Mas depois de surgirem novos fatos o delegado Jaimes Moreira fez a correção do inquérito e a professora passou a ser acusada por injuria racial.

Desde cedo, dois cartazes com dizeres que condenavam a atitude da professora e ressaltavam o orgulho negro afixados no portão da Universidade. A Ouvidoria da UEPA convocou ontem os três envolvidos no caso( a acusada e as duas vítimas) para que prestem depoimentos e encaminhará o mais brevemente possível a recomendação pela a instalação de uma sindicância à Reitoria para apurar o caso.

A punição pode variar desde uma advertência verbal até o afastamento da servidora. O Departamento de Ciências da Religião, do qual a docente faz parte, também tem autonomia para punir a professora, mas a greve dos docentes da Universidade impede que qualquer atitude seja tomada no momento.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando