Ney Franco assinou contrato, nesta quarta-feira, com o Cruzeiro até o fim de 2021. Demitido há três semanas no Goiás, o técnico substitui Enderson Moreira, que perdeu o cargo na terça-feira após o empate com o CRB, por 1 a 1, no Mineirão, na última segunda.

"É um desafio, um sonho que estou realizando de treinar o Cruzeiro. Tenho uma história dentro do clube, um trabalho feito na base durante dez anos, com muitos títulos conquistados e atletas revelados. Hoje estou efetivando um desejo mais do que profissional, mas também pessoal, um sonho afetivo, um sonho com muita responsabilidade", disse o treinador, que já conheceu o elenco e iniciou os trabalhos.

Ney Franco sabe como trabalhar na Série B, principal objetivo do clube mineiro no ano. Em seu currículo, o treinador, de 54 anos, possui um título com o Coritiba, em 2010, e um acesso com o Goiás, em 2018. "Quero repetir aqui no Cruzeiro o que fiz nas duas oportunidades que tive de disputar essa competição. O Coritiba começou a Série B com a punição de dez partidas sem poder atuar em seu estádio, tendo que jogar fora da cidade, em uma situação muito desgastante. Em 2018, pelo Goiás, pegamos o time na décima nona colocação, também na oitava rodada, conseguimos uma arrancada e garantimos o acesso. Quando somamos isso à minha motivação e à estrutura do clube, vejo uma perspectiva enorme de conseguirmos o objetivo de que o Cruzeiro esteja em 2021 disputando as principais competições do país novamente."

O treinador já vai comandar a equipe sexta-feira, quando o Cruzeiro recebe o Vitória, a partir das 21h30, no Mineirão, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. "Acho que não tem necessidade nenhuma de fazer minha apresentação hoje e ficar de fora da primeira partida. Quero liderar a equipe na sexta-feira para adiantar um pouco do meu trabalho, participar de um jogo e vivenciar o vestiário com os atletas, tanto na palestra pré-jogo como no intervalo. Quero adiantar esse trabalho o mais rápido possível para que a gente possa começar uma carreira vitoriosa dentro do Cruzeiro."

Ney Franco sabe que o momento do clube é conturbado. Sem vencer há seis jogos, sendo cinco pela Série B, o Cruzeiro tem cinco pontos e está na beira da zona de rebaixamento. "Primeiramente precisamos ter a consciência de que estamos disputando uma competição extremamente difícil. Esse campeonato você não ganha ou fica entre os quatro primeiros apenas com o nome ou com a estrutura do clube", disse o técnico. "Se você não for a campo, não trabalhar, não se entregar diariamente, não vai ter sucesso. Temos um grupo com jogadores experientes, com atletas de base, e vamos montar uma equipe homogênea. Então queria passar para o nosso torcedor que hoje o Cruzeiro tem um profissional que entende o momento do clube e que também tem o desejo enorme de ver essa equipe na próxima temporada da Série A."

Ney Franco trabalhou também no Ipatinga, Flamengo, Athletico-PR, Botafogo, Coritiba, Vitória, Sport e Chapecoense e Goiás. Pelo São Paulo, foi o comandante do time campeão da Copa Sul-Americana, em 2012.

Ney Franco é o novo técnico da Chapecoense. Sem clube desde que recusou a oferta de renovação do Goiás em novembro de 2018, o treinador foi uma indicação de José Carlos Brunoro, que presta consultoria ao presidente Plinio David de Nes Filho. Com uma carreira com passagens por alguns dos principais times do futebol nacional, o novo comandante do time do interior catarinense já comandou São Paulo, Flamengo, Botafogo, Sport, Coritiba e a seleção brasileira sub-20.

A Chapecoense procurou Ney Franco ainda na semana passada, logo após a demissão de Claudinei Oliveira, mas não obteve sucesso em um primeiro contato. As conversas só foram retomadas graças à boa relação com Brunoro, que intermediou o acerto. Com 52 anos, o treinador é aguardado em Chapecó nesta quinta-feira para uma última reunião, quando será assinado o contrato até o final da temporada.

Porém, Ney Franco dificilmente comandará a Chapecoense contra o Brusque no próximo domingo, às 18 horas, pela 16ª rodada do Campeonato Catarinense. Com 28 pontos, o clube está a um empate de confirmar a classificação antecipada para as semifinais, que já tem Avaí e Figueirense assegurados. Nas duas últimas rodadas da primeira fase, o time vai enfrentar justamente os rivais de Florianópolis, como uma prévia para o mata-mata.

Antes de acertar com o treinador, a Chapecoense buscou outros nomes no mercado. O clube fez proposta por Vagner Mancini, atual técnico interino do São Paulo, que preferiu continuar no Morumbi, onde retomará a função de coordenador técnico assim que Cuca iniciar o seu trabalho. A ideia do clube era contratar um nome experiente, mas dentro da realidade financeira do clube. Ney Franco foi um dos responsáveis pelo acesso do Goiás na Série B do ano passado, com 14 vitórias, cinco empates e 11 derrotas à frente do time.

A Chapecoense vem de vitória pro 3 a 2 sobre o Criciúma no primeiro jogo da terceira fase da Copa do Brasil. Logo após o triunfo na Arena Condá, Emerson Cris, que dirigiu o time interinamente, pediu uma oportunidade para continuar no cargo. Com a contratação de Ney Franco, ele voltará para a função de auxiliar técnico e William será o preparador físico.

"O projeto era até esse jogo contra o Criciúma. Não tivemos uma outra conversa. Estou à disposição. Sou funcionário e recebo ordens. Tenho que aguardar e ver. Defendo a Chapecoense, pois tenho um carinho especial. Claro que estou pronto para ser treinador", disse.

Valeu o perrengue, a espera, a demora e as diferentes datas até que o Sport pudesse decidir o Campeonato Pernambucano de 2017. Com mais de um mês de atraso, o Leão conseguiu bater o Carcará e conquistar seu 41º título na história do Estadual. Maior vencedor, o Leão não teve grandes dificuldades durante a primeira fase, mas desbancou a equipe de melhor campanha da competição. O LeiaJa.com relembra a trajetória dos rubro-negros até agarrar mais essa taça.

Por estar na Copa do Nordeste, e fazer parte do seleto grupo de grandes de Pernambuco, o time da Ilha já entrou no Pernambucano na segunda fase, no denominado Hexagonal do Título. O grupo era formado pelos trio de ferro da capital, mais o Belo Jardim, Central e Salgueiro, melhores de seus grupos na primeira fase do torneio. A estreia foi sob a tutela de Daniel Paulista, que o time não enchia os olhos da torcida, mas os resultados vinham com certa frequência. Foram dez rodadas das quais o Leão venceu quatro, empatou cinco e perdeu apenas uma, para o Náutico, na Ilha do Retiro. Sem muito brilho, a equipe tinha apenas o quatro melhor ataque do torneio, mas a defesa era a segunda menos vazada, algo natural em vitórias magras como foi contra Belo Jardim e os vários empates.

Classificado na terceira colocação, já que o Santa Cruz perdeu em casa na última rodada do Hexagonal, algo que coincidentemente o livrava de um clássico, o Sport tinha pela frente o Náutico, adversário que ainda não havia derrotado. Já com Ney Franco no comando, surgia a necessidade de derrubar o Timbu pela primeira vez no ano, tarefa que não seria nada fácil. Na partida de ida, até os 45 minutos do segundo tempo, eram os alvirrubros que comemoravam um suado 2x1, com gols de Marco Antônio e Anselmo, tendo Diego Souza descontado. A grande reviravolta no duelo chegou pelos pés de Juninho que entrou já na segunda etapa e virou o placar para 3x2 marcando aos 45 e 46, levando a Ilha do Retiro ao delírio. Revertida a vantagem para o jogo da volta.

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Na Arena de Pernambuco, o Leão tinha enfrentado o Timbu apenas uma vez e acabou derrotado com atuação de gala do jovem atacante Erick. E o gol marcado por Giovanni, abrindo o placar, traria o medo de mais um resultado negativo. Dessa vez, o 1x0 tirava os rubro-negros da decisão do Estadual. Porém, o heroi improvável, Matheus Ferraz empatou rapidamente o jogo garantindo o resultado necessário para o Leão. Daí em diante, foi um jogo de muita defesa e emoção até a consagração após 100 minutos de jogo, somados os acréscimos. Era a hora de decidir o campeonato diante de um adversário perigoso, o Salgueiro. Pior que o histórico recente que trazia uma eliminação na semifinal em 2015, a partida de volta seria no Sertão.

Ilha do Retiro, 6 de maio de 2017. Sport e Salgueiro se encontram em uma final do Estadual pela primeira vez na história do torneio. O confronto também trazia outro detalhe inédito; o árbitro de vídeo seria testado no Brasil pela primeira vez, e já com polêmicas. André abriu o placar, após várias tentativas de bater o goleiro Luciano, aos 27 do primeiro tempo, dando a impressão de que viria uma vitória tranquila para levar na bagagem rumo à Salgueiro. Tranquilidade que durou até os 48 do segundo tempo. Já nos acréscimos, o Carcará apertava e quando Toty caiu na área, o juiz José Woshington da Silva viu pênalti de Raul Prata. A confusão estava instaurada, hora de inaugurar o sistema de árbitro de vídeo.

Após sete minutos, avaliando as imagens, o Woshington manteve a marcação do pênalti. E, aos 56, Jean Carlos cobrou no último lance da partida, o Salgueiro garantia o empate para o jogo da volta, no Cornélio de Barros. Foram mais 90 minutos de muita disputa. Em uma partida de baixa qualidade técnica, se destacaram dois lances importantes. O primeiro o gol de Álvaro em cobrança de escanteio que o bandeira anulou, entendendo que a bola saiu durante a curva. A marcação foi muito contestada e o árbitro de vídeo voltou a aparecer na decisão do Estadual. E, mais uma vez, a decisão de campo foi mantida, mesmo com cinco longos minutos de avaliação, para desespero dos sertanejo que queriam o gol.

Sem o gol a favor, o Carcará acabou tomando já aos 34, em jogada que Éverton Felipe tentou de fora da área e o desvio na zaga encobriu o goleiro Mondragón, abrindo o placar, dessa vez, com a confirmação rápida da arbitragem. O jogo seguiu muito pegado, mas o resultado já estava cravado e o Leão levantou sua 41ª taça do Estadual, sob as lágrimas de emoção de Diego Souza, levantando seu primeiro troféu pelo Sport.

A demissão do técnico Ney Franco ainda é recente no Sport. No entanto, instantes após a saída, diretores do clube rubro-negro garantiram que já estavam trabalhando para anunciar o novo comandante. O presidente Arnaldo Barros, na volta ao Recife após a perda do título do Nordestão diante do Bahia em Salvador, garantiu que há pressa para a definição do treinador.

De acordo com informações divulgadas no site oficial do Sport, o diretor Rodrigo Barros, bem como o vice-presidente Gustavo Dubeux e o executivo Alexandre Faria, irão passar por São Paulo e Rio de Janeiro. Nessas viagens, pretendem entrevistar candidatos ao cargo de treinador do Leão.

O presidente Arnaldo Barros garantiu que há sabe o perfil ideal para o Sport. "Esperamos anunciar o mais rápido possível. O vice-presidente Gustavo Dubeux, o diretor Rodrigo Barros e o diretor Alexandre Faria estão em São Paulo e vão também ao Rio de Janeiro, têm algumas entrevistas marcadas, vão conversar com alguns nomes para poder escolher o melhor para o Sport. Já temos definido qual o perfil, o que é que a gente pretende, mas para contratar um técnico precisa de muita responsabilidade, precisa que muitas coisas sejam detalhadas para que a gente não erre. Nós precisamos contratar algum profissional que realmente venha para resolver o nosso problema", afirmou o mandatário rubro-negro, conforme informações do site do clube.

Nome de peso - O técnico Vanderlei Luxemburgo está sendo cogitado para assumir o comando do Sport. Matéria publicada pelo SuperEsportes afirma que a direção do Leão deve se reunir com o treinador para uma possível confirmação.

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O técnico Ney Franco não resistiu à derrota na final da Copa do Nordeste. Ao perder para o Bahia, nesta quarta-feira (24), somando à sequência negativa que o Leão vivia, o treinador acabou perdendo o apoio da diretoria rubro-negra. De acordo com o vice-presidente e diretor de futebol, Gustavo Dubeux, não sobram ressentimentos, mas já é hora de mudar o comando do Sport. Confira a coletiva completa:

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Uma noite mágica de decisão da Copa do Nordeste. Foi vivendo esse sentimento que os torcedores de Bahia e Sport estavam encarando o jogo desta quarta-feira (24). Com um empate em 1x1 na Ilha do Retiro, os donos da casa precisavam vencer ou empatar sem gols. Para o Leão, uma vitória ou um empate com dois ou mais gols. Melhor para os baianos que marcaram um belo gol ainda no primeiro tempo e conquistaram o terceiro troféu da competição.

Com a Arena Fonte Nova brilhando, graças ao show nas arquibancadas de lanternas em meio à escuridão, os tricolores eram empurrados por vozes ensurdecedoras que clamavam pelo título, instigando o Esquadrão. Inflamado, o time começou a partida pressionando e logo aos 12 Edigar Junio recebeu passe de Armero, girou para cima da marcação de Durval e ficou cara a cara com Magrão.

Daí, bastou um toque por cima do arqueiro que saia em velocidade para dar novos traços à disputa, Bahia na frente. O susto foi grande e por pouco o prejuízo não foi maior. Cinco minutos de festa e o time da casa novamente chegou com perigo. Régis aproveitou a falha de Matheus Ferraz na entrada da área para dominar e bater forte, rasteiro.

A finalização tirou o grito da torcida, mas estufou as redes pelo lado errado. Haja coração para baianos e pernambucanos. Assustado, mas vivo, o Sport naquele momento precisava de um gol para os pênaltis, ou dois para o título. Ou seja, tinha que correr atrás do prejuízo. Apostando em bolas aéreas, o Leão se aproveitava das constantes faltas próximas as quinas da grande área. Sem sucesso, já que a defesa adversária cortava todas.

Buscando as jogadas por cima, o visitante finalmente teve sucesso aos 32, com bola escorada por Diego Souza para Rogério. Mas o atacante caiu na área e o juiz entendeu que houva a simulação. Menos de metade do jogo corrido, e o Sport teve o camisa 27 expulso de campo, pois já havia tomado amarelo em falta sobre Régis. O prejuízo aumentou mesmo sem gols.

Nos minutos finais do primeiro tempo, até reserva do Sport acabou tomando cartão por reclamação, o que só mostra que o jogo era muito tenso. Digno de uma decisão entre gigantes do Nordeste. O intervalo de jogo foi de muita festa para os donos da casa e preocupação para quem iria jogar mais 45 minutos em ampla desvantagem.

Últimos passos até a terceira taça

O recomeço de jogo trazia uma alteração no time rubro-negro, mas foi o Bahia quem chegou primeiro. Nos primeiros 10 minutos só dava para o Esquadrão que, por pouco não marcou com Régis, batendo cruzado, mas acertando a rede pelo lado de fora. A pressão pelo gol tranquilizador só aumentava.

A desvantagem numérica pesou para o cansado time rubro-negro a tal ponto que em 20 minutos de jogo só se via Magrão defendendo chutes perigosos e outras finalizações sendo desperdiçadas pelo tricolor. A primeira jogada criada pelo Leão foi em tabela de André e Everton Felipe que o atacante mandou no meio do gol, fácil para Jean recolher.

Enquanto o tempo passava, o Bahia se aproximava da taça, mas continuava desperdiçando chances de garantir tranquilidade com um segundo gol desperdiçado em, ao menos, três grandes lances de Allione e Edigar Junio. O cronômetro jogava em favor, porém os visitantes seguiam acreditando, afinal um gol levaria para os pênaltis.

Os minutos finais eram de pura tensão. Necessitando correr, o Sport tentava apertar principalmente pelos lados do campo. Até os últimos minutos, havia jogadas em profundidade, porém pouco capricho no último passe, o que dificultava o gol de empate. Placar final, Bahia 1x0 e terceiro título da Copa do Nordeste garantido para a festa na Arena Fonte Nova.

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FICHA DE JOGO

Copa do Nordeste - Final - Jogo de volta (Ida: 1x1)

Local: Arena Fonte Nova, em Salvador-BA

Bahia: Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Armero; Edson, Renê Júnior (Juninho), Régis (Matheus Sales) e Allione; Zé Rafael (Gustavo) e Edigar Junio. Técnico: Guto Ferreira.

Sport: Magrão; Henriquez, Matheus Ferraz e Durval; Raul Prata (Marquinhos), Ronaldo (Leandro Pereira), Fabrício (Everton Felipe), Diego Souza e Mena; André e Rogério. Técnico: Guto Ferreira.

Arbitragem: Francisco Carlos do Nascimento - AL

Assistentes: Esdras Mariano de Lima - AL / Rondinee dos Santos Tavares - AL

Gols: Edigar Junio (BAH)

Cartões amarelos: Régis, Edson, Renê Júnior, Allione, Lucas Fonseca, Matheus Sales e Zé Rafael (BAH) / Rogério, Ronaldo, Leandro Pereira, Marquinhos e Mena (SPT)

Cartões vermelhos: Rogério (SPT)

Público: 41.175 torcedores

Renda: R$ 1.620.453,00

Na manhã desta terça-feira (23), o Sport realizou seu último treino antes do confronto pela final da Copa do Nordeste contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, em Salvador, na próxima quarta-feira (24), às 21h45. Após o treino, o técnico Ney Franco falou sobre ter declarado que 'Felizmente, a final é fora de casa'. Segundo o comandante rubro-negro, ele foi mal interpretado.

“Fiz uma reclamação com meia dúzia de torcedores que ficam ali atrás do banco. Deu o ponta pé inicial e já começou a ter manifestação contra o treinador da sua equipe. Eu coloquei que, em alguns momentos está sendo mais confortável trabalhar fora do que dentro de casa”, afirmou.

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Para Ney Franco, as reclamações da torcida não são um problema só pra ele. “A gente vai estudar, conversa com outros treinadores e a gente entende que isso não é um privilégio só meu, só do Ney Franco. Todo treinador que passa pelo o Sport tem essa reclamação de que em alguns momentos não tem muita tranquilidade para trabalhar dentro de casa”. 

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O futebol apresentado pelo Sport na noite deste domingo (21), diante do Cruzeiro, rendeu reclamações de alguns torcedores rubro-negros. Sem brilho, o Leão apresentou erros técnicos e táticos, e não conseguiu sair do empate de 1x1 com a equipe mineira.

Durante a coletiva de imprensa realizada após a partida, o técnico Ney Franco foi questionado se neste momento, vésperas de uma decisão diante do Bahia pela Copa do Nordeste, seria necessário a torcida deixar as críticas de lado e só pensar em apoiar a equipe. O treinador, por sua vez, afirmou que o torcedor tem todo direito de cobrar, mas acabou confessando que as cobranças atrapalham seu trabalho na beira do gramado.

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Ney Franco mencionou principalmente os torcedores que ficam no setor das sociais, próximos do banco do Sport. "Não posso chegar aqui e pedir para o nosso torcedor ter uma reação diferente, porque eles pagam ingresso. Principalmente o pessoal que fica atrás do banco está fazendo cobranças que eles acham justas", declarou o treinador.

Diante das críticas, o técnico rubro-negro afirmou que decidir a Copa do Nordeste longe da Ilha do Retiro poderá ser algo positivo para a tranquilidade do seu trabalho. "Felizmente a nossa final é fora de casa. Por incrível que pareça, acho que a gente vai ter uma tranquilidade maior no segundo jogo. Acho que o treinador faz o trabalho lá mais concentrado. Se tiver xingamento lá vai ser para o adversário", explicou Ney Franco.  

Diante de uma decisão contra o Bahia, pela Copa do Nordeste, na próxima quarta-feira (17), o cenário para o Sport não é dos melhores. O time rubro-negro vai enfrentar o Tricolor de Aço com a moral abalada pela segunda goleada consecutiva. Algo que aconteceu após o primeiro gol do jogo deste domingo; ao menos é o que pensa o técnico Ney Franco. 

"Tentamos montar uma equipe em cima de apenas quatro titulares. Precisamos mudar novamente a equipe por conta de desfalques e jogadores no limite físico. Tivemos pouco tempo para treinar. Foi um jogo equilibrado até os 30 minutos, onde quem marcasse primeiro, poderia sair vencedor. Acabamos nos perdendo em campo, a Ponte Preta marcou em um lance de bola parada e o time sentiu. Eles foram superiores à nossa equipe", afirmou.

O comandante vai ter trabalho para motivar seus atletas e espera contar com o apoio da torcida rubro-negra para conseguir começar bem a final, na Ilha do Retiro. "Tem que reunir todos os atletas, mostrar que é uma competição diferente. O adversário ganhou bem, então vamos precisar de mobilização. Além da parte física, vai pesar o emocional. Quero pedir ao torcedor que apoie o grupo, ninguém queria uma derrota dessas, mas peço um voto de confiança. É uma final importante e o incentivo deles é fundamental nesse processo", destacou.

Entre os motivos da goleada estão as mudanças que o treinador promoveu na equipe. Ney sabe que vai precisar ajustar o time, principalmente o setor defensivo para essa nova postura que está tentando implementar, já que tomou sete gols nos últimos dois jogos. 

"A gente precisa ajustar a parte defensiva. Entramos diferente do que vínhamos fazendo, com a defesa mais desprotegida, buscando ofensividade. Quando tomamos o gol, desmoronamos e a Ponte dominou. Precisamos de ajustes para os próximos jogos", disse.

Questionado sobre reforços, o técnico admitiu que espera algumas contratações por parte da diretoria, mas prefere não entrar em detalhes no momento. "Eu não entro na linha de reforços agora. Prefiro focar nas finais, na Copa do Brasil, competições onde não podemos inscrever jogadores. Temos conversado com a diretoria sobre contratações e no tempo certo iremos falar sobre isso", contou.

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